#13 Negritudes | Teatro Negro – Um Discurso a Muitas Vozes
Ouça essa notícia
|
Imagem – Arquivo Pessoal | Arte – Rodrigo Sarmento
Por Evani Tavares Lima
Professora Adjunta (UFSB), Doutora em Artes (UNICAMP) e Mestra em Artes Cênicas (UFBA)
Quando, em minha trajetória, comecei a estudar sobre o negro no teatro, a principal dificuldade era encontrar bancos de dados institucionalizados e referências a respeito do tema. Além disso, de minha parte, havia um total desconhecimento dessa história e da complexidade que ela encerrava. Essa compreensão só veio se dando a cada passo, mais ou menos, aprofundado, nessa caminhada.
Hoje, alguns anos depois, para minha fortuna, graças ao “correio nagô” (nossos canais paralelos de comunicação) e às ações da militância negra e daqueles e daquelas que se engajaram na luta do enfrentamento ao racismo institucionalizado no Brasil, observo uma quantidade expressiva e diversa de elencos e/ou coletivos que buscam problematizar a temática negra no palco. Essas falas negras que tomaram corpo a partir desse contexto trazem novos ângulos ao discurso negro nas artes cênicas, o que se constitui numa excelente oportunidade para aprofundar reflexões a respeito dessa “práxis”.
Por essa razão, considerando esse significativo aumento de iniciativas sobre a experiência negra na cena, a partir do advento das ações afirmativas no Brasil, propõe-se com este escrito levantar algumas considerações a respeito da importância do aspecto político enquanto baliza para garantir a assertividade de um discurso cênico em diálogo com a luta antirracista.
Eu, Também
Eu também canto a América
Eu sou irmão negro
Eles me mandam comer na cozinha
Quando chegam as visitas
Mas eu rio,
E como bem,
E cresço forte.
Amanhã
Eu estarei na mesa
Quando as visitas vierem
Ninguém ousará dizer-me
“Vá comer na cozinha”.
Então.
Além disso
Eles verão como eu sou bonito
E terão vergonha.
Eu também sou América.
Langston Hughes (1902 – 1967)[1]
As conquistas alcançadas com a implementação de ações de enfrentamento ao racismo institucionalizado, a exemplo, das políticas públicas de ação afirmativa e diretrizes para a promoção da igualdade racial propostas pelos movimentos organizados civis negros de todo país, e aplicadas pelo Estado brasileiro a partir do ano de 2002 mudou a cor das universidades brasileiras[2]. Em 2003, Lei 10.639 inicia a mudança com a obrigatoriedade do ensino da história e cultura africana nas escolas. Em 2012, por exemplo, foi aprovada por unanimidade, a Lei n° 12.711/2012 (acesse AQUI), que obriga as instituições federais a reservarem 50% das vagas para pretos, pardos e estudantes de escolas públicas. Cabe destacar que o projeto desta Lei foi proposto em 1983 por uma das figuras mais representativas do teatro negro, o também deputado federal, Abdias Nascimento (acesse AQUI).
Após a Lei 12.711/2012, o número de negros nas universidades federais saltou de 2% (em 2012), para 40% (em 2014) (veja notícia AQUI). Uma diferença expressiva que não poderia passar em branco, no que diz respeito à reverberações das mais diversas em um país com sérios conflitos quanto a suas heranças identitárias negras e indígenas, como esse.
E essa ocupação (ainda muito aquém da igualdade), de alguns lugares, antes, reservados exclusivamente aos privilegiados brancos brasileiros, por negros, coloca de vez a problematização do racismo em pauta na sociedade: as identidades raciais passam ser alvo de profundas reflexões, principalmente, entre os não brancos. O que se dá não somente pela necessária declaração de filiação racial[3], por parte daqueles que se candidatam às cotas raciais, mas também pelo enegrecimento de muitos indivíduos fortalecidos pelo aumento dessa representatividade negra.
Neuza Santos explica que “[ser negro não é uma condição dada a priori. É um vir a ser]”. Segundo ela, a construção de uma identidade negra, esse enegrecimento, só se torna possível a partir da tomada de consciência dessa condição de subjugamento, e da consequente assunção de um discurso de combate antirracista (SOUZA, 1983, p.77). Discussões acirradas em defesa de uma pseudo igualdade/democracia racial, em várias instâncias da sociedade, também emergem e põem a nu o racismo à brasileira que se pronuncia toda vez que se sente ameaçado.
A crença na raça é o artigo de fé do racismo. A fabricação de raças oficiais e a distribuição seletiva de privilégios segundo rótulos de raça inocula na circulação sanguínea da sociedade o veneno do racismo, com seu cortejo de rancores e ódios. No Brasil, representaria uma revisão radical de nossa identidade nacional e a renúncia à utopia possível da universalização da cidadania efetiva (manifesto contra cotas, 21 de abril de 2008) (acesse AQUI).
Esse é um dos argumentos subscritos no manifesto contra a implementação do sistema de cotas raciais nas universidades e assinado por artistas, educadores, empresários e outras pessoas sócio e culturalmente atuantes em nossa sociedade, a exemplo de Caetano Veloso, Ferreira Gullar e Aguinaldo Silva. Um discurso que destoa totalmente de nossa realidade, mas em que mundo será que essas pessoas vivem? Muito possivelmente, não é no Brasil descrito neste relatório das Organizações Unidas:
No ranking de qualidade de vida, os brancos ficam em 46º lugar e os negros em 107º lugar, pior que todos os países africanos, inclusive a Nigéria e a África do Sul [..] o rendimento-hora de negros e pardos correspondia a 57,4% do rendimento-hora dos brancos […] Em 2009, o índice de analfabetismo para negros foi de 13,3%; pardos, 13,4% e brancos, 5,9% […] Relatório sobre a Situação dos Direitos Humanos dos afro-brasileiros constatou que o perfil racial determina um alto número de detenções ilegais e que a população negra é mais vigiada e abordada pelo sistema policial (ONU – Relatório de Direitos Humanos Sobre a Situação do Negro no Brasil, 07/2018).
É, “Narciso acha feio o que não é espelho”! Esse manifesto contra as cotas é um discurso de privilegiados para manter privilégios. Ora, ora, “invocar o conceito de igualdade abstrata quando concretamente, é a desigualdade que se verifica, é se omitir da responsabilidade de lutar por uma sociedade mais justa”, nos ensina, Djamila (2018, p. 35).
Em que pesem todas as pressões e resistências de toda parte, o maior o acesso da população negra ao ensino superior tem trazido transformações substanciosas e a mais importante delas, certamente, é a retomada da fala em primeira pessoa, sem a qual não há possibilidade de se reescrever a própria história, e emancipar-se (SOUZA, 1983, p.17).
É dessa maneira, embalados por essa mobilização política, que tem surgido muitos grupos e experiências que buscam discutir a temática negra na cena. Abaixo, uma pequena amostra do resultado de uma rápida busca na web com a expressão teatro negro:
A cena negra em foco – Afirmação, reconhecimento de si próprio e do outro, identidade, diálogos, união e fortalecimento são algumas palavras que definem uma série de ações que vêm fervilhando em vários palcos, ocupados por companhias, grupos experimentais e coletivos de artistas negros e negras pelo país afora (Oswaldo Faustino, 23/05/2018) (acesse AQUI)
“Enquanto na televisão a justificativa para o minúsculo espaço dado aos negros nas telinhas é a falta de profissionais, fora dela, muitos profissionais mostram que a coisa não é bem assim. Embalados por esse boom nos teatros, vários coletivos resolveram pôr em prática projetos que há anos estavam no papel e que também são direcionados para o público negro e feito por artistas negros. Na literatura, é o caso do Escrita Preta, um ciclo de leituras dramatizadas com texto, a para fomentar a dramaturgia negra que acontece nesta semana no Rio.” (Laís Gomes, 15/8/2018) (acesse AQUI)
Pode algo “ser” preto? Pode uma determinação explicar um ser? Pode uma pessoa ser preta? A resposta é não e sim. A peça (de teatro) “Preto”, da Companhia Brasileira de Teatro , dirigida por Márcio Abreu, com dramaturgia dele, de Grace Passô e Nadja Naira, vai a fundo com o questionamento sobre o que significa “ser preto” no Brasil a partir, predominantemente, do “ser preta”. (Thiago Aguiar Simim, 03/9/18) (acesse AQUI)
Isto É um Negro? impacta FIT Rio Preto e se consagra como uma das melhores do teatro brasileiro em 2018. Sinopse: um estudo sobre práticas e temporalidades que incorporam e desincorporam a “carne mais barata do mercado”, numa luta contra formas de destituição da fala, produzindo outros corpos […]. Direção – Tarina Quelho Codireção: Lucas Brandão; Dramaturgismo: José Fernando Peixoto de Azevedo. (acesse AQUI)
O negro em estado de representação é a proposta do projeto de artes cênicas “Luz negra”, que trará ao Recife uma série de espetáculos cujo protagonismo é de artistas negros. Essa mostra inédita busca suscitar a reflexão do que é ser negro, afirmando que a negritude não é estanque, existindo uma pluralidade de vivências entre os afrodescendentes. (acesse AQUI)
“Território Cultural Livre” debate negritude na SP Escola de Teatro – é organizado pela própria escola em parceria com o Núcleo Negro, coletivo de aprendizes da Instituição. O tema desta edição está relacionado às discussões propostas em sala de aula, levantando questões sobre a negritude em diferentes esferas. (acesse AQUI)
O Departamento de Teatro (DTE) da UFS promove o “Seminário Teatro Negro: Sergipe em Cena” com o objetivo de trazer discussões referentes aos grupos de teatro em Sergipe que se dedicam a realizar espetáculos e ações voltadas para o mundo afrodescendente, nos seus temas de espetáculos ou nas estéticas exploradas neles. (acesse AQUI)
Vale destacar alguns eventos bem significativos, como Festival Dramaturgias da Melanina Acentuada – SP/BA; AfroTranscendence (programa de imersão em processos criativos – SP); I Fórum Negro de Artes Cênicas (Escola de Teatro da UFBA); Segundas Pretas (BH), Segundas Black (RJ), só para citar alguns. Nosso objetivo deste artigo não reside em analisar especificamente essas novas iniciativas, mas citá-las para que se possa ter um vislumbre, através desse aleatório e acanhado recorte, do crescimento de proposições artísticas sobre a temática na cena.
Se, antes, “a pergunta que não queria calar” era se existia ou não um teatro negro, agora, as questões são: que teatro negro é esse e o que será que essas novas vozes cantam? Porque, não há mais dúvida, com certeza, temos um teatro negro! Entendendo-o como:
Aquele que abrange o conjunto de manifestações espetaculares negras, originadas na Diáspora, e que lança mão do repertório cultural e estético de matriz africana como meio de expressão, de recuperação, resistência e/ou afirmação da cultura negra […] uma primeira que, genericamente, denominaremos performance negra, abarca formas expressivas, de modo geral, e não prescinde de audiência para acontecer; a segunda, categoria (também circunstancialmente definida), teatro de presença negra estaria mais relacionada às expressões literalmente artísticas (feitas para serem vistas por um público) de expressão negra ou com sua participação; e a terceira categoria, teatro engajado negro, diz respeito a um teatro de militância, de postura assumidamente política” (LIMAa, 2010, p. 43).
Sim, essas iniciativas cênicas que tomaram a experiência negra como tema para suas produções se constituem, certamente, num teatro de presença negra. Ainda não foi possível averiguar qual o percentual delas que, além dos corpos e das formas negras, trazem também um discurso comprometido com a “emancipação política e social do povo negro” (LIMA, 2010a, p.54).
Na perspectiva da discussão que se pretende realizar, neste espaço, e tendo em conta o contexto sociopolítico do qual emergiram essas proposições, considera-se esse aspecto como de suma importância, por tudo que implica a discussão sobre a problemática negra, no Brasil. Um país que tem sérias dificuldades em autoidentificar-se com seus referenciais negros, e no qual quanto mais marcas negroides, maiores são as barreiras a enfrentar, e maior a vulnerabilidade às consequências do racismo institucional (PAIXÃO; GOMES, 2011).
Uma situação que, como descrito, acima, à medida que avança no debate e enfrentamento da problemática racial, encontra resistência de todo aparato construído no imaginário coletivo da nação de que somos uma democracia racial: “que todos vivemos em igualdade de condições e não há nenhum tipo de distinção entre as diferentes culturas que nos conformam”. Isso seria muito bom se fosse verdade, mas não é.
Num contexto, como esse, de profunda desigualdade social, é válido perguntar-se: – pode a problemática negra, ser tratada em cena sem a perspectiva política? Como não vê-la através sob esse ponto de vista? Cabe assinalar que o fato de compreender a política como elemento central para um teatro negro que se queira consciente da problemática na qual está inserido, não implica em destituí-lo da virtualidade artística. Afinal, a arte dá a estrada e o artista faz seu caminhar.
Nesse sentido, compreende-se política como o exercício do direito de opinar, discutir, visibilizar e atuar proativamente, na sociedade, ante a questões de relevância para um coletivo e, a princípio, de benefício para sociedade, em geral (CHAUÍ, 2000, p.560). A arte política, segundo Marcos Napolitano (2011, p. 29) apresenta duas principais facetas: a militante, nascida no próprio campo da luta partidária e dela sendo instrumento; e a engajada, proposta por artistas conscientemente empenhados com mudanças em alguma esfera da sociedade, seu âmbito de atuação é a arte e dela são seus instrumentos. É o caso, por exemplo, do teatro engajado negro:
Cuja base fundamental é a afirmação da identidade negra associada a proposições estéticas de matriz africana, embasadas em questões existenciais e político-ideológicas negras […] Nesse teatro, a sociedade interpreta um papel dos mais expressivos: é a partir dela, para e/ou em oposição a ela, que ele se realiza (LIMA, 2010a, 48).
Para Abdias Nascimento (1988, 114) o teatro e política eram equivalentes, e foi com esse pensamento que criou, junto a outros parceiros, o Teatro Experimental do Negro (TEN), em 1944, no Rio de Janeiro. Um teatro explicitamente de militância negra e que veio revolucionar o teatro brasileiro e pautar, de maneira enérgica os problemas vividos pelo negro no Brasil. O propósito de seu teatro negro era acabar com a estigmatização da imagem do negro e de sua cultura e colocá-lo como protagonista da própria fala, mostrando assim seu valor (LIMA, 2010a).
No início de meus estudos sobre o teatro negro, como pouco sabia, de fato, levei um tempo para entender a razão pela qual o teatro do TEN se constituía muito mais em uma ação política, do que artística, propriamente, dita. Como jovem artista, não compreendia muito bem aquela militância, somente algum tempo depois, pude reconhecer o modo estratégico como o TEN se estruturava, e mais, o quão importante era o lugar central que a política deveria ocupar em propostas da natureza do teatro negro.
Ora, a política é a razão do discurso, aquilo que justifica as escolhas e garante a coerência das ações. O negro, para além de tema, é política, porque ele é e contém matéria viva: o drama da experiência negra, e por essa razão não deve ser tocado sem uma explícita posição política que vise contribuir para sua afirmação. Pois todas as estereotipias impostas as culturas negras e seus elementos no dia a dia, não se apartam voluntariamente do palco. Elas estarão lá e serão ratificadas, caso não sejam realizadas as reflexões sobre esta temática.
Não há neutralidade para o racismo, mas contra-discurso. Por essa razão, considera-se, neste caso, a consciência política como algo fundamental. Pois ela fornecerá o aparato que necessário para sustentar o discurso que se pretende afirmar; garantirá a assertividade nos objetivos; evitará atitudes que contrariem os próprios interesses; possibilitará a necessária interlocução com os pares e, principalmente, terá legitimidade perante os mesmos.
Discutir temas sensíveis como esse é se predispor à revisão de conceitos e ao exercício constante da autorreflexão, de modo que a medida que se aprende e se aprofunda, aumenta a responsabilidade com o caminho, com aquilo que você lida e com aqueles que vieram antes. É o compromisso que muda (ou pode mudar) todo um modo de olhar e fazer, e conduz a uma coerência, de fato. Partindo dessa premissa, considera-se arriscado propor um discurso negro sem permitir o deslocamento em si mesmo, ou seja, um movimento de mudança de dentro para fora. Sem isso, corre-se o risco do contraditório e, pior, na “melhor da boa vontade”, ratificar velhos modelos.
A estrutura proposta pelo TEN se tornou efetiva no propósito de colocar o tema negro em debate: a consciência política como elemento basilar. Muitos grupos de teatro engajado negro que se seguiram a ele, também tomaram para si esse tipo de organização (LIMA, 2010b). E, assim, portar esta bandeira negra, numa postura explícita de combate, tem sido uma constante dos grupos de teatro político negro – militante e engajado (LIMA, 2010b).
Por consequência de mobilizações feitas por esses e essas que enegreceram seus discursos na arte e em outras instâncias da sociedade, tem-se atualmente uma expressiva presença negra na cena que, muito possivelmente, canta a própria experiência. São novos lugares de fala e encontros também. Ser a primeira ou terceira pessoa? Tudo pode ser determinante. Entre os cantos, alguns ruídos: reclames por uma “liberdade de expressão” – sem política na arte!?
Em uma sociedade como a nossa, será mesmo que um corpo negro em cena escapa às associações impostas a suas marcas fenotípicas, determinadas pelo imaginário racializado brasileiro? Será possível encontrar essa neutralidade, tão sonhada? Ou um negro será sempre um negro? Como será que se conquista essa neutralidade? Qual será o ponto de referência para o neutro, entre o negro e o branco? Será que pensar neutro, é o suficiente?
Não há montanha que oculte o sol, pois de alguma maneira ele será descoberto.
Durante um tempo, em minha adolescência eu usei muito bege e cinza, evitava usar cor ou qualquer roupa mais ousada para não chamar a atenção para minha negrura, para o fato de ser o que era – nada neutra. Talvez, seja um pouco ingênuo trabalhar com a temática negra, e não ser confrontado com questões, como, por exemplo – de que lugar se fala e o que se fará com isso. E tomar posição é um ato político.
Em que medida esses reclames por uma fala negra dissociada ou independente de questões políticas entram em confronto com as vozes que abriam caminho? De que modo essa nova geração de negra na cena contribui para fortalecê-la?
Será que todas vozes que discutem a temática negra na cena conseguem se escutar, e até que ponto?
Será que elas se dão conta de que seus cantos têm o poder de reverberar?
Os negros, aqueles que se tornaram negros, ‘todos os seres humanos’, e os de ‘boa vontade’… Serão seus diálogos, dissonantes ou consoantes?
Referências
BANDO; COMUNS, 2005,08. I Fórum nacional de performance negra. In: MELLO, G.; BAIRROS, L. I Fórum nacional de performance negra. Salvador: Bando de Teatro Olodum e Cia dos Comuns, 2005.
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2000, p.560. Disponível AQUI. Acesso em 11/11/18
LIMA, Evani Tavares. Um olhar sobre o teatro negro do Teatro Experimental do Negro e do Bando de Teatro Olodum. Tese de doutoramento. Instituto de Artes, UNICAMP. Fevereiro, 2010a.
LIMA, Evani Tavares. Fórum Nacional de Performance Negra: O novo movimento do teatro negro no Brasil. In: VI Congresso da ABRACE, 2010, São Paulo. Memória Abrace Digital, 2010b.
NASCIMENTO, Abdias. A Energia do inconformismo. In: MULLER, Ricardo Gaspar (Org.) Revista Dionysos, Especial: Teatro Experimental do Negro. Rio de Janeiro: FUNDACEN, 1988.
NAPOLITANO, Marcos. A relação entre arte e política: uma introdução teórico-metodológica Temáticas. In: Temáticas, Revista de Pós-graduação em Sociologia/Unicamp, Campinas, v. 37-38, p.25-56, 2011.
RIBEIRO, Djamila. Quem tem medo do feminismo negro? São Paulo: Companhia das letras, 2018.
PAIXÃO, Marcelo; GOMES, Flávio. Razões Afirmativas: pós-emancipação, pensamento social e a construção das assimetrias raciais no Brasil (45-92). In: MANDARINO, Ana Cristina de Souza Mandarino; GOMBERG, Estélio (organizadores). Racismos: olhares plurais. Salvador: EDUFBA, 2010. Disponível AQUI. Acesso em 12/03/18
SOARES, Maria. A Ontologia do Tema Negro: produção artística, autonomia e posicionalidade da negritude na mobilização do Akoben. May 31, 2017. Disponível AQUI Acesso em 16/11/2018.
SOUZA, Neuza. Tornar-se negro, as vicissitudes da Identidade do Negro Brasileiro em Ascensão Social. Rio de Janeiro: Ed. Graal, 1983.
Notas de Rodapé
[1] Tradução de Zilá Bernd “I, too, sing America”./ I am the darker brother./They send me to eat in the kitchen/ When company comes,/ But I laugh,/ And eat well,/ And grow strong./ Tomorrow,/ I’ll be at the table/ When company comes./ Nobody’ll dare/ Say to me/ “Eat in the kitchen”,/ Then./ Besides,/ They’ll see how beautiful I am/ And be ashamed -/ I, too, am America. Disponível AQUI. Acesso em 12.10.18
[2] Decreto 4.228/202 instituiu no âmbito da Administração Pública Federal, o Programa Nacional de Ações Afirmativas e dá outras providências; Lei 10.639/03, da obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e africana.
[3] Quem faz a opção para acessar o sistema de cotas assina um termo de autodeclaração de filiação racial, ou seja, declara-se na categoria que pretende concorrer.