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Crítica – A Mulher Monstro | Do Nosso Grotesco Cotidiano

By 4 Parede
8 de novembro de 2016
1730
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Imagens – Divulgação

Por Iago Josef

Graduando de Licenciatura em Teatro (UFPE)

Temos um monstro dentro de nós? E se as nossas primeiras impressões das pessoas fossem teatralizadas? A mulher monstro existe? O monólogo A mulher monstro foi apresentado na sexta, dia 21 de Outubro de 2016, no Edifício Texas, integrando a 1ª Mostra de Teatro Alternativo do Recife – Outubro ou Nada.

Escrito, dirigido e encenado por José Neto Barbosa, ator da S.E.M Cia de Teatro (RN), o monólogo foi inspirado no conto Creme de alface, de Caio Fernando Abreu, publicado no livro Ovelhas Negras (1995). O livro é composto por contos rejeitados pelo autor entre os anos de 1962 a 1995. Escrito na época da ditadura militar, a história ainda é bastante atual. Estruturado num fluxo de consciência, o conto nos mostra uma mulher fria, que se revela uma mulher-monstro, como a denomina Caio Fernando. Essa mulher-monstro reproduz o discurso de uma sociedade preconceituosa, machista e discriminatória. Uma mulher que mascara a solidão com o ódio e o estresse.

Neto dá uma nova roupagem ao conto e o mescla aos acontecimentos políticos e sociais que estão acontecendo no Brasil. Ele ainda tem como recurso para a criação do monólogo algumas opiniões de pessoas que expressaram, por meio das redes sociais, discursos antidemocráticos e preconceituosos sobre o atual momento político no qual vive o país. Quando esses discursos são corporificados e teatralizados, parece que levamos um choque para acordarmos e percebermos a realidade na qual estamos vivendo. O monólogo A mulher-monstro nos faz sair do teatro pensando em que momentos do nosso dia a dia somos aquela mulher, sim, todos nós temos um pouco daquela monstruosidade, somos sociedade.

E é na construção da monstruosidade dessa mulher que José Neto se mostra um ótimo ator. Suas várias formas de interpretação para dar vida a diversos momentos daquela mulher surpreendem quem está na plateia. O monólogo não chega a se tornar monótono, pois o ator consegue dar corpo e ritmo as palavras por meio de ações precisas. Os olhares curiosos da plateia demonstram o quanto o ator consegue capturar a atenção de quem o assiste, mas, para que isso aconteça, Neto conta com o auxílio de outros elementos. A jaula como cenário, a máscara da mulher monstro, a iluminação alternativa, a sonoplastia sendo executada aos olhos do espectador – tudo coopera para uma encenação harmoniosa.

Em alguns momentos, as palavras ditas por aquela mulher chegam a incomodar, por pensar que seriam impossíveis de serem ditas por um ser humano que tem sentimentos. Mas é sair do teatro que nos deparamos com uma sociedade na qual existe tudo aquilo que foi teatralizado – é uma pena, mas existe.  O monólogo A mulher monstro merece diversas temporadas, precisa percorrer o nosso Brasil. Não é um teatro político planetário, é político porque o teatro já é político por essência.

ABREU, Fernando Caio. Ovelhas negras. Porto Alegre: L&PM, 2010, v.283.

Este texto resulta da parceria entre o Quarta Parede e a Licenciatura em Teatro (UFPE)

TagsA Mulher MonstroCríticaFestivalMostraOutubro ou Nada
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