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Home›.Tudo›Crítica – Mi Madre & Histórias Bordadas em Mim | Escrevivências nas cenas negras

Crítica – Mi Madre & Histórias Bordadas em Mim | Escrevivências nas cenas negras

Por 4 Parede
26 de março de 2021
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Imagem – Divulgação

Por Lorenna Rocha
Licencianda em História (UFPE), pesquisadora e crítica cultural

Duas costuras, dois universos, duas constelações. Os solos autobiográficos, Mi Madre e Histórias Bordadas em Mim, se encontram na grade de programação do Festival Luz Negra. Mas não só: eles também possuem zonas de contato pela presença de duas mulheres pretas, Jhanaina Gomes e Agrinez Melo, assim como pelas memórias que ambas compartilham, cada uma em sua singularidade, no palco. Podemos identificar que algumas dessas vivências expressam grandes similitudes, sobretudo no tocante às questões de gênero e racialidade. No entanto, as formas de contarem ao público suas histórias marcam a distinção das poéticas que edificam ambos os espetáculos.  

Em Mi Madre, o primeiro quadro que vemos é ocupado pela performer-bailarina. Ela está sentada numa cadeira de madeira, ao lado de um pequeno móvel, que nos remonta a um tempo localizado no passado. Com expressão serena, ela segura um bastidor de bordado, trajada com um vestido vermelho de detalhes pretos. Ele é longo em sua extensão, assim como suas mangas, as quais percorrem boa parte dos braços de Jhanaina. Essa visualidade montada no palco está impregnada de passado, o qual é constantemente friccionado pelo corpo jovem e magro daquela mulher. O excesso de tecido, unido ao cheiro daquilo que é antigo, cria algum tipo de descompasso. É como se aquela roupa parecesse pesar demais. Vestindo um salto preto, a decisão de colocar-se de pé e andar pelo o espaço canta a firmeza daquela mulher que parece não estar só. Ela é uma linhagem de mulheres-mães-avós inteira. 

A performer-bailarina começa seu trânsito entre memórias pessoais, oferecendo um pouco de si e desejando um pouco do que seu corpo pode dar para cada uma das mulheres que antecederam-a. No momento em que evoca cada uma delas, três pinos de luz, localizados nas extremidades frontais do palco, aparecem sequencialmente em cena. Se acionar as luzes possibilita trazer simbolicamente essas mulheres ao palco, eles também fazem emergir as sombras e penumbras que compõem a vida dessas madres, sombras essas que, por vezes, elas mesmas produzem. Optando por uma investigação contraditória, Jhanaina embarca no passado e no presente, apostando na força inventiva e terapêutica desse processo.

As narrativas das cenas-depoimentos de Jhanaina percorrem, sobretudo, a relação das mulheres de sua linhagem genealógica com os homens e, também, os relacionamentos amorosos que ela mesma experienciou. A performer-bailarina parece constatar a repetição dolorosa que acontece dentro de sua família, deslocando-se para aquilo que também pode se manifestar em tantas outras famílias (negras). Para acessar suas memórias, ela investe na ativação do seu olhar da infância, o qual testemunhou violências físicas e psicológicas, as quais parecem estar sendo reprocessadas durante o espetáculo. No entanto, ao invés de investir na reiteração dos episódios de dor e trauma, ela busca readaptá-los ou reinvestigá-los usando seu próprio corpo, criando possibilidades de reposicioná-los. 

Negando-se a apagar as marcas do passado, a performer-bailarina dá atenção a cada repetição ou a cada representação de uma mímica violenta e diária, elaborando novos gestos para contar suas histórias, de um jeito que possa performa-las, sem necessariamente abandonar totalmente o peso de suas feridas. Passar as mãos nos cabelos, encarar os puxões de uma violência vivida por uma das mulheres de sua vida, até se transformar num movimento outro que deixe de ser aquilo que se filia à memória traumática: essa é a composição da dramaturgia assinada por Jhanaína Gomes.

Colocar-se na posição dessas mães (a sua e suas avós) não se dá apenas no gestual. O peso da roupa já era uma pista: Jhanaina inicia seu solo carregando outras presenças (alegrias e dores, tudo junto). O figurino torna-se, então, elemento mobilizador de identificação dessas mulheres que coabitam a performer-bailarina. Em uma das cenas, ela tira os grampos de seu cabelo e deixa de ser sua avó: embarca em si mesma, assume a voz de narradora das histórias, criando certo distanciamento daquelas lembranças. Num outro momento, volta a ser uma de suas avós ao colocar um lenço de tecido em sua cabeça.

Após uma incursão entre canções românticas (e abusivas por normatizarem a violência psicológica e o amor romântico como justificativa para tal), as quais preenchiam a casa da família de Jhanaina e seu próprio imaginário, ela abandona o lenço. Depois de fazer as pazes com sua mãe e convidá-la para dançar no presente, o gesto de ruptura definitiva parece vir daí. Esse procedimento desencadeia seu desnudar em cena. Se antes seus gestos eram bruscos e repetitivos, agora ela passa a dançar consigo mesma, de maneira mais fluída, longe dos desenhos de castração que estavam atrelados às violências que ela e todas as outras mulheres de sua família compartilharam até aqui.

Em contraposição, Histórias Bordadas em Mim tem como ponto de partida uma infância com sabores mais palatáveis. Ainda que maneje algumas memórias igualmente sensíveis e, em certo sentido, dolorosas, Agrinez opta por tratá-las com certa sutileza e comicidade. Em diálogo também com a poética do teatro de objetos, ela produz um ambiente menos marcado pela dor. A atriz caminha por suas histórias como quem manuseia levemente uma série de tecidos. Ela mobiliza seus ancestrais de sangue, cascabulhando no seu próprio baú (simbólico e cênico) retalhos de suas vivências particulares, mas que também encontram pontos de contato com a história de outras mulheres pretas.

Inspirada na figura do griot, o uso da palavra é extremamente valorizado no monólogo, território onde ela fabula e reelabora suas memórias. É através dela que a atriz explora os ritmos e os modos de falar, criando imagens através da oralidade. Por focar bastante no uso da primeira primeira pessoa, por vezes, o solo parece dificultar que as narrativas deságuem para o público. Num tom um pouco persistente em si mesma e para dentro, as vezes se torna difícil encontrar coletividade entre essas memórias, o que não necessariamente inviabiliza a relação com o espetáculo, mas que, de alguma maneira, fratura e paralisa seu (aparente) gesto. Sinalizo que essa dificuldade de aproximação também possa ter se alargado pela escolha de como se registrou o próprio arquivo audiovisual da peça, o qual, por si só, pode impor uma série de distâncias.

O processo de fortalecimento de si, em Histórias Bordadas em Mim, é atravessado pelas questões implicadas a negrura de maneira um pouco mais transparente, em comparação a Mi Madre. Ao tecer o fio de sua cronologia, a atriz nos apresenta episódios de racismo e de sexismo sofridos na adolescência e no começo da vida adulta. No entanto, o esforço de acessar histórias que extrapolam tais questões adicionm uma série de outros sentimentos a serem evocados em seu monólogo. Encantado e estruturado pelos arquétipos dos orixás, em suas gestualidades e movimentos, o solo edifica-se através das pesquisas desenvolvidas por Agrinez, nomeadas Dramaturgia dos Orixás. As canções e sonoridades, que são executadas no palco em companhia de Talles Ribeiro, também distanciam a figuração da dor, através dos acordes soltos do violão e da vibração enérgica do atabaque e de outros instrumentos.

Da inocência da infância até a posição de confrontar a realidade da vida adulta, a atriz nos mobiliza a acompanhar o processo de sua transformação em vida. Dentro dessa encruzilhada, ela (re)encontra sua negridade e sua religiosidade. Em um dos momentos mais encantados da sua contação de história, a atriz divide um sonho que teve com alguns orixás, entre eles, Oxum. Aquilo que começou com mistério e pavor com sua avó, ao ter se deparado com um terreiro de forma desavisada e logo interditada por sua mãe, ganha outros contornos no palco: ao abraçar sua orixá, ela canta e dança (com e) para ela, ativando as alegrias e os mistérios envolvidos nesse (re)encontro. Seu corpo, ao fim da jornada, ganha firmeza e fluidez, tornando-se incontornavelmente radiante.

Assim como Mi Madre, ambos os solos autobiográficos parecem estar alinhados às demandas de autonomeação das mulheres pretas, o que se produz enquanto discurso político (portanto, coletivo), mas também na própria poética dos espetáculos, quando ambas, por exemplo, optam pelo gesto negritado de falar seus próprios nomes, se apresentarem, colocarem suas histórias no mundo. Porém, entrelançando-as com as provocações de Leda Maria Martins, sobre as Tiranias da Subjetividade, pergunto: como construir artisticamente esse eu de forma que as memórias e experiências compartilhadas em cena produzam coletividades e escapem do individualismo?

Entre sons, luzes e texturas tão distintas, a programação do Festival Luz Negra promoveu o encontro de duas mulheres que rompem com certas tramas que já se envolveram em vida, mas que não as abandonam, ao ponto de desejarem compartilha-las na esfera pública. Jhanaina opta pelo vazio, pelo silêncio, penumbra e sombras para encarar as figuras femininas e masculinas que lhe marcam no presente. Já Agrinez, encena com as luzes acesas, onde preenche as lacunas e os intervalos de suas memórias com muita musicalidade, sons e canções. Nessas duas (re)escrituras de si mesmas, essas escrivivências, como nos diz Conceição Evaristo, desperta diferentes maneiras de nos encontrarmos e desencontrarmos com essas narrativas, possibilitando processos de identificação com nós mesmas ou com alguma outra mulher preta que, provavelmente, pode estar muito próxima de nossas vidas.

Esse texto foi produzido durante a cobertura crítica do Festival Luz Negra – 4ª edição (Grupo O Poste), realizado na modalidade on-line com incentivo da Lei Aldir Blanc – Pernambuco.

TagsAgrinez MeloAutobiografiaDançaFeminilidadesFestival Luz NegraJhanaína GomesLorenna RochaNegritudesPerformanceTeatro
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Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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