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Crítica – RAGNAROK | Quando até os deuses calam

Por 4 Parede
20 de janeiro de 2020
1992
0
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Imagem – Divulgação

Por Dário Santos
Mestre em História (UFPE)

18:57. Lorenna e eu apressávamos nossos passos, na avenida Guararapes, em direção ao MUAFRO. O espetáculo, marcado para às 19:00 horas, chamava-se Ragnarok, no Festival Janeiro sem Censura. Tal nome faz com que exista em meu pensamento certa expectativa em torno de uma representação do evento escatológico da mitologia nórdica. A chegada é rápida, escolhemos nossos assentos. Um dos primeiros elementos da espacialidade é a não existência do palco italiano, elemento que já coloca questões sobre o espetáculo que ali vai ser representado. A sala ainda se encontra esvaziada. Revejo dois queridos amigos, trocamos algumas falas e brincadeiras, mas continuo a pensar no crepúsculo dos deuses. A fixação que o título da performance exerce em minha cabeça, faz-me lembrar do famoso livro de Nietzsche: Crepúsculo dos Ídolos. Será que o martelo vai bater mais uma vez? O fato de pensar no fazer artístico a partir de um título é, de certo modo, um reducionismo. Mas, naquele momento, acabo considerando como uma espécie de “reconhecimento de campo”. Não sabendo distinguir, nesse momento, se estou próximo do método dos antropólogos ou se é um automatismo da operação mental que se efetua quando nos aproximamos de algo ainda que não conhecemos.

Mas não só de Filosofia vive o jovem crítico, o filme da Marvel também se faz presente. Thor: Ragnarok (2017) aparece fugidiamente pelo meu pensamento. Neste momento, rememoro uma frase de Nelson Rodrigues: “O homem, nada mais é, do que a soma de suas fixações”. O anjo pornográfico, mais uma vez, tinha razão. Não é assim que fixam-se as referências? Esse conjunto de categorias abstratas que nos facilitam o pensar. Aristóteles que o diga: não é nada fácil a sua doutrina das categorias. Mas entre pensamentos e fixações, esses dois fenômenos tão idênticos e diferentes entre si, começo a observar o ambiente da performance.

Vejo um púlpito que é erguido por uma grande quantidade de livros. Tais livros, ao observar mais atentamente, são títulos da alta literatura. Ao deter ainda mais minha visão, no entorno do clima de performance que vai se formando, percebo a performer, Pollyana Monteiro, do d’Improvizzo Gang, em seus exercícios de pré-palco. É um fato que muito me chama a atenção, a entrada em cena. Ela remete sempre a um outro. Não o Outro Lacaniano, essa figura determinante do tempo subjetivo e das representações narcísicas, mas sim o outro do artístico. Esse ser da alteridade e do dionisíaco. O outro que se apresenta é o de um outro tempo, outro momento, mas ainda assim é um outro. Nesse sentido, o pré-palco é sempre um diálogo com uma certa alteridade, muito embora que esse outro representado possa estar dentro de nós. Ah, Freud explica, e muito. Mas não só ele…

Quando o ruído das pessoas subindo ao espaço da performance começa a se fazer, vamos lutando com o confronto das realidades: uma ordinária, que se coloca como objetiva; e a outra, do fazer artístico, do saber estético. É o elemento de anterioridade da Aura Benjaminiana ou da sensação do sublime, de Todorov. Aos poucos, com as pessoas devidamente assentadas, o clima está todo voltado para a performance, e é aí que o espetáculo, em seu acontecimento, começa.

Ouve-se uma música colossal, que irrompe a espacialidade pela sua potência sonora. A sensação de grandiosidade que se impõe pelo espaço faz-se perceber. Tudo nela é magnânimo, épico. Constrói-se um primeiro discurso que vem com a escolha da Ópera Götterdämmerung, de Richard Wagner, para abrir o espetáculo. Não à toa, claro. Poderia soar como nadar no confortável, a escolha de Wagner, em um espetáculo que tem com título um acontecimento da mitologia nórdica, o Ragnarok. Mas, ao mesmo tempo que, a construção desse primeiro movimento estético poderia soar como clichê, ele é contraposto com a entrada da performer.

Entra em cena, de forma altiva e imperiosa, como se seguindo a música, uma personagem com trejeitos pastorais, ao melhor estilo evangélico. Os seus modos são colocados, de forma que remetem aos pastores das igrejas evangélicas, e muitos dos elementos ali colocados sugerem tal leitura. O figurino da performer começa a nos mostrar símbolos do neopentecostalismo. A roupa, o púlpito, a atenção centralizada em torno de si. O tom sóbrio de suas roupas lembram o modelo puritano da sobriedade, que inspira esse segmento. Quem vê a performer, pode pensar em um Silas Malafaia ou um R.R. Soares. A aparição dela, junto a sua expressão corporal, vai se aproximando à performance dos cultos neopentecostais. 

 

Pollyana Monteiro em “RAGNAROK” | Foto – Divulgação | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Mulher branca vestida de calça cinza, top preto e blazer preto. A imagem está focada, mostrando metade do seu corpo, que está com os braços para frente, se movimentando. Com os cabelos soltos, cobrindo parcialmente seu rosto, expressa feições de dor.

Existe uma música orquestral, um ritual e os seus maneirismo vão no encontro da figura pastoral. Ao mesmo tempo, quem leu o texto de Jorge Luis Borges, sinopse da performance, pensa que existe um tom de aproximação com a figura divina. Mas, em ambas possibilidades interpretativas, as figuras se colocam em uma aura de divindade. Existe um púlpito, o ar triunfal proposto pela música com contornos clássicos e épicos, a predileção pelo microfone. Nas ações da performer, notamos uma vontade de comunicar. Entretanto, a incapacidade dessa realização causa estranhamento quando vemos que seu ato de fala é interditado inesperadamente.

O esforço para falar, a movimentação dos lábios que se tenta pronunciar um boa noite, faz com que tenhamos a sensação de que a comunicação está suspensa, pelo simples fato das palavras não saírem de sua boca. O esforço para a comunicação é feroz, tenta-se de várias formas fazer com que as palavras saíam, mas elas parecem não chegar. É então que a referência a Borges ganha um contorno representativo. A imagem dos deuses que, após anos de desterro, voltam e tentam se comunicar é apresentada por Pollyana em seu corpo. O esforço para a comunicação, que os deuses não conseguem no texto, aparece nos movimentos apresentados pela performer. Comunica à medida que se vê impossibilitada de expressar pelas palavras, faz o corpo falar justamente por não ser possível a transmissão oral. Requisita então, nesse momento, o corpo como ato de fala, como linguagem.

É um dado importante do texto de Borges, que não aparece de formas tão evidentes no espetáculo, a clareza que se trata de um sonho. No mundo onírico, onde o fantástico tem suas amarras afrouxadas pelos desígnios do Id, a comunicação não acontece como no mundo dos olhos abertos: regidos pelas convenções linguísticas e sociais. Lá na literatura matamos os deuses com um revólver. No espetáculo, ele sofre, arrasta-se, urra, contorce-se, mas não consegue comunicar através das palavras.

A impossibilidade da saída das palavras estabelece uma sensação de estranhamento em quem assiste. Não sabemos em que momento as palavras aparecerão, mas o fato de não saírem, nos faz atentar para outros elementos da linguagem que não as palavras. Existe uma angústia que remete à nossa tradição oral. Estranhamos a ausência da oralidade, o que não é expresso em palavras e, por isso, o corpo e as linguagens fora dela vão se fazendo notar. É nesse momento que vemos a derrubada do púlpito e o estabelecimento de uma relação dúbia com os livros que o formava. Os livros são jogados, atacados. Mas logo em seguida são colocados nas costas, como que em sinal de reverência. A referência aos neopentecostais, que já aparecia nos trejeitos pastorais da entrada da performer, agora ganha contornos mais claros com o aparecimento desse elemento dúbio. Lembra-nos que, ao mesmo tempo que são obcecados em um certo tipo de hermenêutica, também são criadores de Índex e de fogueiras de livros. É o complexo de Savonarola.

Existe um discurso também no que diz respeito ao corpo. O medo do corpo, tão presente no regime puritano do controle do mesmo, que foi apropriado pelos evangélicos até hoje, é apontado nos trejeitos da performer. Mas ao mesmo tempo tempo que aponta, ela reivindica. Reivindica para o corpóreo o espaço da fala. A impossibilidade das palavras representarem faz com o que o corporal represente e tome para para si o espaço discursivo.

Ragnarok, desse modo, apresenta-nos um espetáculo desconfortável, mas ainda assim rico. Desconfortável pelo fato de esperarmos as palavras, embebecidos que somos pela comunicação oral. Rico porque insere o corpo na economia discursiva, dando-lhe poder de comunicação. Não fala de uma morte dos deuses, mas fala da impossibilidade da comunicação por quem diz o representar. O desconforto causado pela incapacidade de falar, ao mesmo tempo que desloca o espectador, faz atinar para outros elementos que não os atos de fala. Os maneirismos, os contorcionismos e todo um conjunto de linguagens que não são transmitidos através da palavra, aparecem de forma manifesta justamente pelo fato de que o diálogo oral é interrompido. Mas ao mesmo tempo que causa desconforto, leva a pensar.  Pensar em quê? Em tantos cenários. A incapacidade de diálogo no Brasil 2019, a ascensão de grupos censuradores nos espaços das artes e da cultura, a impossibilidade de transmissão da experiência do mundo moderno. São tantas questões, como diria Brecht. Mas a mensagem do Ragnarok ainda está lá: há um crepúsculo, um desterro. E ao que tudo indica, um desterro da palavra. Afinal de contas, a palavra é o divino. Não lembram do texto bíblico? “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. 

Este texto faz parte da cobertura crítica do Festival Janeiro sem Censura, ocorrido nos dias 10 a 12 de janeiro de 2020.

TagsCríticad'Improvizzo GangDançaDário SantosFestivaisJaneiro sem CensuraMUAFROPerformancePollyana Monteiro
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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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