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Crítica – Retomada | O ancestral no contemporâneo

By 4 Parede
7 de novembro de 2016
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Imagens – Divulgação

Por Cleyton Nóbrega

Graduando em Licenciatura em Teatro (UFPE)

Foi no Coletivo Lugar Comum, no bairro de Santo Amaro, na Rua Capitão Lima, que tive a oportunidade de assistir a apresentação da performance Retomada, do Grupo Totem. Seis atrizes em cena tinham em seus corpos desenhos tribais, vestiam uma roupa neutra preta. Ao fundo, vários instrumentos que eram utilizados no decorrer da apresentação em conjunto com os movimentos que eram feitos. Diversos elementos foram surgindo aos poucos, era como uma cerimônia harmoniosa.

Em seus corpos, as atrizes traziam significados, a força, poder, expressão, espiritualidade. Todos esses elementos trazidos à cena através das menções a ritos tribais trazidos pelo grupo. Sentidos essa é uma excelente definição. São cheiros, projeções, formas, imagens que vão se montando, aguçam os sentidos, afloram percepções. A terra é valorada o pertencimento, a resistência dos povos indígenas é trazida a cena através de todos os elementos que constituem a ação. Acima de tudo, a performance do grupo Totem traz uma força ancestral latente, força esta que os povos indígenas têm em não se rederem aos costumes do homem branco, em não se darem por vencidos. Ao professarem sua cultura, estão exercendo o seu poder de resistência.

O Grupo Totem teve a oportunidade visitar os povos indígenas Pankararu, Xucuru e Kapinawá. Por opção, decidiu não reproduzir os rituais vistos por eles na performance. Mesmo assim, isto não impediu que o grupo trouxesse a cena vários sentidos semióticos. Num dos momentos da apresentação, as atrizes utilizam indumentárias que lembra-nos a cerimônia religiosa do Toré, as indumentárias usadas trazem a memória o praia

O praiá está relacionado a um complexo ritual específico do Nordeste brasileiro: o complexo da jurema (Mota e Barros, 2002; e Nascimento, 1994). O praiá é usado em uma dança cerimonial coletiva realizada como ato final de uma série ritual centrada na instituição da “promessa” (dádiva que se contrai com um ser espiritual). A dança cerimonial figura como congraçamento coletivo e agradecimento de um feito milagroso, uma cura espiritual, atribuída à ação de uma entidade sagrada, genericamente chamada de encantado, cujo praiá é a representação material (FERRAZ, 2014, p.4)

Vemos na apresentação da performance um diálogo constante com o divino, com o sentido de relação com a terra e a natureza que os povos indígenas têm, a força feminina é evidenciada, o circundar do ambiente pelas atrizes carrega e si elementos plurais e relativos. Em suma, Retomada do Grupo Totem é um salutar a força, ao poder da mulher, do homem, dos povos indígenas. A performance foi parte integrante do OUTUBRO OU NADA – 1ª Mostra de Teatro Alternativo do Recife, evento que propôs mais de 50 apresentações de espetáculos que já estiveram em temporada, estreias, ensaios abertos e performances em catorze espaços alternativos da cidade.

 

Referências

Albuquerque, Marcos Alexandre dos Santos. O praiá Pankararu: objeto-fetiche modernista. PROA: Revista de Antropologia e Arte, v. 1, n. 5, 2013/2014. Disponível AQUI. Acesso em: 05/11/2016.

Este texto resulta da parceria entre o Quarta Parede e a Licenciatura em Teatro (UFPE)

TagsCleyton NóbregaCríticaOutubro ou NadaRetomadaTotem
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