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Crítica – Todas as Histórias São Possíveis | Entre perdas e lembranças

Por 4 Parede
28 de setembro de 2020
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Imagem – Reprodução Youtube

Por Halberys Morais de Holanda

Ator, Produtor Cultural e Licenciando em História (UPE)

 

Às 19:32, o telefone toca. Era dia 29 de agosto, mas eu já aguardava essa ligação há semanas. Todas as terças-feiras, era preciso enfrentar o site do Sesc Av. Paulista para conseguir retirar o ingresso de Todas as Histórias Possíveis. Após inúmeras tentativas, devido ao grande número de pessoas que, assim como eu, aguardavam sua vez na fila virtual, pude, no fim de agosto, desfrutar desse experimento-cênico sensorial do grupo pernambucano Magiluth.

– Alô, aqui é o Giordano Castro, do Grupo Magiluth.

Havia começado minha experiência!

Pausa.

Antes de dar prosseguimento ao texto, talvez seja importante dizer que, nas linhas que se seguem, posso acabar por dividir também a minha história, também bastante atravessada por Todas as Histórias Possíveis. Talvez, nessa crítica, vocês poderão até se confundir sobre aquilo que é meu e o que é da experiência. Todavia, mover aquilo que até então estava fechado em mim parece ser uma convocação do próprio experimento. Vamos lá…

Assim como em Tudo que coube numa VHS, os integrantes do grupo se dividem nesse experimento-cênico realizando ligações e diversas interações multimídia com os espectadores/participantes. Recebemos ligações e mensagens no Whatsapp com textos, áudios e links de vídeos a serem acessados no YouTube. Dessa forma, nesse 1×1, cada experiência acaba sendo única, ainda que se haja um percurso dramatúrgico previamente estabelecido a ser cumprido.

Em março deste ano, recursos cênicos similares estavam sendo utilizados na França pela Cia. La Colline: o grupo vendia ingressos para uma ação que consistia em receber uma ligação de um dos participantes da companhia, que compartilham trechos de dramaturgias, rendendo assim bons encontros. A conexão através do telefone móvel, se estendendo a outras plataformas digitais, elaborada pelo Magiluth, parece ter conseguido grande atenção do público aqui no Brasil, abrindo espaço para o fazer artístico teatral se remodelar, diante de um presente e um futuro tão incerto para o campo.

No começo da pandemia, o pesquisador Rodrigo Dourado, no artigo Teatros da Pandemia – O Giro Viral, já conseguia apontar alguns desses movimentos de readaptação:

Professores de dança dão aulas online; coros cantam também pela web; grupos de teatro disponibilizam espetáculos filmados na íntegra em plataformas como Youtube, Vimeo; conferências de mestres do teatro são compartilhadas entre admiradores e aprendizes; em solo ou coletivamente, artistas performam para câmeras de celular e/ou computadores, ao vivo; debates sobre teatro acontecem no formato live pelo Instagram; dramaturgos compõem textos colaborativamente pela rede; chamadas para dramaturgias sobre a quarentena são lançadas nas redes sociais; textos teatrais são lidos em horário marcado, via net, a fim de reproduzir a experiência de expectação comunal. (DOURADO, 2020, p.10)

Num momento em que todos e todas tentam se adaptar a esses novos formatos de vida, o teatro parece ser um bom antídoto para lidar com dolorosas e incontáveis perdas. Nele, também estamos vendo algumas doses de movimento que podem nos inspirar à vida, não permitindo que nos entreguemos totalmente ao desolamento ou a um estado de inércia. E, nesse sentido, abro espaço para contar também minha história.

Meu pai faleceu em 27 de abril, um dia após seu aniversário de 73 anos. Ele não acreditava no poder que esse vírus possuía. Naquele mês, vi-o morrer em meus braços, em frente a UPA. Me deparei discutindo com a médica do SAMU, pois não havia vaga para recebê-lo. Até hoje, não sei se ele faleceu devido à COVID-19 ou por problemas cardíacos. Mas a lembrança dele indo a óbito, segurando a minha mão, como quando me ensinou a andar de bicicleta, ainda lateja aqui dentro. Essa também é uma história possível e a acessei durante o experimento, de alguma forma.

Focado em cada informação passada pelo performer do experimento-cênico sensorial, me abri àquela experiência de forma despretensiosa, como as ondas do mar que quebram à costa, formando espumas ao ir e voltar, nos caminhos que a mãe das águas, Iemanjá, rege. Aqui, estamos falando de vidas. Daquelas que estão aqui ou aquelas que já se foram. Esse deixar viver e deixar morrer, essa necropolítica, essa importância da vida num contexto como esse.

Atravessado, escrevo:

Corpos matáveis que pesam
E os que vivem?
Venha cá, cê já parou pra pensar como as valas de esgoto se assemelham às covas de cemitério?
Se não, é bom começar a fazer essa análise.
Corpos matáveis que pesam
No bolso do governo, da polícia, dos encarceramentos, da saúde, do que mais?
Tudo né porra!
O ato do morrer é fácil e as mãos estão sujas de sangue.
Pega água, sabão, álcool, ácido pra vê se tira, mas antes vê a marca, quem sabe ela pode te salvar.
Deus, jesus, espírito santo, clama o nome deles, agora clama alto, grita se for preciso. Só não te garanto que vão te responder
Corpos que pesam kg, centenas, toneladas de vida, mas que esvaem dia após dia.
A carne mais barata do mercado é a carne negra, já dizia Elza Soares.
Então, me diz, na balança o que pesa pra você?
(Halberys Morais, Projeto Entre Telas, Grupo São Gens)

A data é 25 de abril. Uma data-memória em que a personagem de Todas as histórias… sofreu algo. Poderia ser um acidente, uma bomba nuclear, uma pandemia. Lembrei do meu pai. A partir das vivências da personagem, ora ativada no jogo pelo próprio performer, ora mencionada pela narração em terceira pessoa, consigo elencar vários problemas que constituem o nosso presente: hospitais sucateados, desvios de verbas da educação, extinção de editais, programas com bolsas para pesquisas cortados, lava jato, corrupção, fake news, os 89 mil de Queiroz à Michele Bolsonaro.

No meio disso tudo, há a história de um casal que desejava viver juntos, mas que terá seus sonhos interrompidos. Os convidados não chegarão, o sim foi interrompido, a chave ficou na porta à espera do tão amado…

Na minha cabeça, estou embalado pelos sinos das lembranças, que ora adormecem numa tentativa de esquecimento total desse presente, ora os fortes badalos remontam certo passado. Mais uma mensagem chega no meu celular. O tempo se acelera. Somos levados às ruas, asfaltos, prédios… Estamos na Av. Paulista, em São Paulo. Num momento em que parte de nós não podemos sair de casa, é nesse movimento que podemos viajar entre as telas, nos permitindo sair desse aprisionamento.

À direita, vejo o Museu de Arte de São Paulo (MASP). Seguimos mais a frente e consigo ver alguns seres, árvores, vejo uma lagoa. Será o Parque Ibirapuera? Andando mais um pouco e estamos na Gervásio Pires… Uma rua do Recife? Percebo o prédio do hospital IMIP, no bairro dos Coelhos. Atravessamos a ponte, seguimos mais alguns metros. Ruas e mais ruas. Carros, transeuntes.

Entrelaçado em perdas e lembranças, numa curva à extrema direita, surge um fino risco político no experimento, que subverte a “ordem e progresso” da paisagem urbana. Utilizando-se de uma mensagem política que parece não enxergar essas ausências e vazios, a frase Obrigado Presidente Bolsonaro por salvar nossas vidas pós pandemia, do outdoor ganha outros contornos após o trajeto preparado pelo Grupo Magiluth.

Agora é o choro de um bebê que intervém o experimento: era o filho recém-nascido da minha vizinha. Ele parecia estar com fome. O choro naquele momento começa a ganhar outros contornos, pois volto ao início da história. Lembro do amor interrompido, da despedida não esperada. Meu celular toca. Os tempos se atravessam e Giordano diz que parece que nós já conversamos sobre aquele assunto.

As histórias se assemelham, só mudam os sujeitos, os anos e as situações. A ligação cai novamente, voltamos ao Whatsapp. Um texto é compartilhado e a canção Volta, de O Terno, parece dar ainda mais densidade àquilo que estou lendo. O luto é reforçado, a vontade de querer voltar ao passado e fazer diferente também. A vontade de reencenar aquele olho-no-olho que deixamos para trás…

O experimento vai se encerrando… As mensagens, aos poucos, vão uma a uma sendo apagadas e dá um tom quase confessional ao que tinha acabado de acontecer. Naquele momento, percebi como o experimento fez abrir feridas que estavam aparentemente fechadas em mim. Me lembro do início da atividade, do meu pai. Me sinto só. O fio que conectava esse breve encontro, se desconectou. Mais uma micro-perda. Pareço ver fechaduras abertas daquilo que ainda virá. Sinto vidros estilhaçados. Tudo gira. Mas as chaves continuam lá. Abertas ou fechadas, todas as histórias continuam sendo possíveis.

Todas as histórias só se tornam possíveis quando nos permitimos, nos abrimos, nos jogamos em abismos ou no desconhecido. Lembro do caminho que percorri até o fim do experimento. É nesse ato de lançar-se, como eu me permiti, e como o grupo tem feito, que as coisas passam a acontecer. Se é teatro ou não, faço coro a outras pessoas: não interessa. Importante é esse momento de tatear, ir, voltar, e, no fim, produzir os encontros.


Referências

DOURADO, Rodrigo Marques de Carvalho. Teatros da Pandemia: Giro Viral. 2020. Acesse AQUI

 

Esse texto foi produzido durante a Oficina de Crítica Teatral, ministrada por Lorenna Rocha e Rodrigo Dourado, no edital emergencial #CulturaEmRedeSescPE, do Sesc Pernambuco, em 2020.

TagsCrítica TeatralGrupo MagiluthHalberys MoraisTeatroTodas as histórias possíveis
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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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