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Home›.Tudo›Crítica – Tropeço enquanto falo | Incômodo desejo: crítica ao consumo da arte e corpos negros

Crítica – Tropeço enquanto falo | Incômodo desejo: crítica ao consumo da arte e corpos negros

Por 4 Parede
3 de janeiro de 2024
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Imagens – Inara Resende

Por Mariana Queen Nwabasili

Jornalista e pesquisadora, Doutoranda e Mestra em Meios e Processos Audiovisuais (ECA/USP)

A contagem regressiva feita pelo cronômetro de um celular colocado no chão é imperativo e primeiro comando para demarcar um espaço-tempo específico e delimitado na Galeria Vermelho, em São Paulo, durante a 17ª edição da Mostra de Performance VERBO, realizada entre julho e agosto de 2023. A obra “Tropeço enquanto Falo”, de Lucas Bebiano, artista oriundo de Ibiúna, no interior de São Paulo, tem horário para começar e, sobretudo, tempo calculado para acabar. Não é realidade nem vida propriamente, é trabalho artístico em jogo assumido com essas outras instâncias.

O performer necessita de um marcador simultaneamente material e abstrato – o tempo tecnologicamente cronometrado – para iniciar seu ofício, e nós, como público, aceitamos, por extensão e vontade, tal imperativo para entrar em uma atmosfera diferente de antes do peso temporal ter sido colocado no chão da sala. Um detalhe é fundamental: o peso ali foi instaurado por um corpo-performer negro (de pele clara) prestes a explodir – o cronômetro conta –, sem nunca, de fato, fazê-lo.Vestindo apenas tênis brancos, uma touca do tipo balaclava preta e uma tanga, também preta, minúscula, como aquelas usadas por gogoboys que deixam a bunda quase totalmente à mostra, o performer fita os presentes enquanto, gradativamente, começa a tremer.

Num primeiro momento, o uso da touca especificamente por aquele corpo leva a leituras comuns, remetendo à clandestinidade e ou à contraversão. Porém, outros aprofundamentos são propostos e possíveis de ler, como a percepção mais atenta da escolha por cobrir o rosto, símbolo de individualidades e singularidades humanas, e deixar à mostra o corpo negro (um figurino historicamente criado e, ali, conscientemente assumido). A escolha pela imagem de um corpo negro “sem rosto” pode ser percebida, então, como forma de explicitar generalizações físicas associadas a ele, ao seu histórico valor de uso, inclusive sexualmente falando.

Uma vez que estamos todos comandados, colocados em situação previsível de apreciação artística, o que esperar de um corpo negro masculino, de tônus muscular evidente, seminu posto no centro de uma caixa branca? Como em uma associação livre, flashes rápidos de imagens do curta-metragem “Alma no olho” (Zózimo Bulbul, 1974) vêm à lembrança: a caixa branca constrói, por contraste, o corpo negro, o enquadra, o pressiona, o oprime.

Imagem colorida de um espaço de uma sala. No primeiro plano, um homem negro e magro está seminu, usando somente uma balaclava e uma cueca fio dental.. Ao redor dele, uma plateia com características diversas e, do lado direito, um fotógrafo que o registra.

Performance ‘Tropeço enquanto falo’ | Créditos – Inara Resende | #4ParedeParaTodes #ADnoTextoAlternativo

Na Galeria Vermelho, paira no ar o incômodo. É evidente que todos esperam algo desse corpo – e consequentemente de outros iguais ao seu –, nesse contexto controlado/programado e também fora dele. E é esse híbrido de expectativas artísticas, sociais e sexuais que o trabalho aciona, mobiliza.

A expectativa sobre o corpo do performer gera pressão e excitação nele. A expectativa e desejo alimentam a movimentação do artista. Os graduais tremores irradiados por Bebiano propõem como resposta aos olhares externos a explicitação dos efeitos de tal expectativa, remetendo a estados físicos como nervosismo, raiva (acumulada?), tensão, excitação, tesão, convulsão e transe. Fazem lembrar, rapidamente, por exemplo, o “jika” do candomblé: certa forma de gesto corporal realizada pelos orixás quando incorporados. Uma movimentação definida da seguinte forma em breve e singelo texto[1] do mestre de capoeira Jean Pangolin, que associa o “jika” à ginga da capoeira:

“No Candomblé os termos ‘jika’ ou ‘gicá’ são associados a movimentos circulares executados com os ombros, em uma dança sensual, sinuosa e com muito molejo, perspectiva que nos aproxima de parte do sentido atribuído à palavra ‘ginga’ no Brasil, em referência à capacidade de mobilidade de um indivíduo, seu ‘meneio’, sua habilidade em desvencilhar-se de situações difíceis com a corporeidade […] Assim, em capoeira, o sentido da ginga incorpora esta ambiguidade metafórica, ratificando que o referido movimento transita entre a capacidade de mobilidade corporal no jogo, mas também assume a subjetividade nos comportamentos para a superação dos conflitos em sociedade. Tecnicamente, a biomecânica da ginga em capoeira possui uma função fluida, que mescla simultaneamente a capacidade de defesa, ataque e dissimulação de intenções”.

A intensidade dos tremores de Bebiano – possível por uma evidente e admirável técnica corporal – se dá por meio de um contraste interno da própria movimentação proposta. Seu corpo treme de forma rígida, contida. Associada a grunhidos emitidos pelo performer que remetem a dor, prazer, quase-grito/engasgo e ensaios de gargalhadas, tal gestualidade cria como possibilidade de leitura a imagem de um animal prestes a dar o bote em quem o ameaça, sendo o riso pleno uma possibilidade de ataque (gozo gracioso, amigável e feroz).

Bebiano parece prestes a atacar todos que o observam como objeto de uma obra artística, sendo sintomaticamente preto na sala branca que reflete a cor de pele da esmagadora maioria dos presentes. Ele vai atacar. Não vai. O que resta é gingar para, frente à própria sensação de ser consumido, poder jogar com a preservação da individualidade garantida pela touca-máscara, e, assim, apenas pelo olhar, poder consumir quem o consome, objetificar quem o objetifica.

Em verdade, a própria duração da iminência de um ataque pelo performer é sentida como provocação a ser enfrentada. Uma ou duas pessoas saem da sala antes de o cronômetro apitar o fim do jogo. Por vezes, Bebiano segue essas pessoas emitindo grunhidos de chateação enquanto seu corpo, já brilhando pelo suor do trabalho, fica ainda mais agitado, excitado. Depois, ele acalma, recua. Volta a encarar de forma fisicamente muito próxima um ou outro espectador sedento por sua potência.

Imagem colorida de um performer realizando uma apresentação em uma sala de paredes brancas. Na cena, ele está seminu, usando uma balaclava e uma cueca fio dental e diante de outro homem. Este está vestido com uma camisa social azul, uma calça, um casaco e um boné (todos pretos). O homem sorri enquanto é observado pela plateia.

Performance ‘Tropeço enquanto falo’ | Créditos – Inara Resende | #4ParedeParaTodes #ADnoTextoAlternativo

O artista reage às reações de quem o observa, abrindo-se, assim, ao imponderável como composição intrínseca a toda performance. Ora Bebiano bate forte e repetidamente o pé no chão ao perceber uma mulher quase dormindo em meio ao público. Ora provoca e banca, por minutos, um flerte com um espectador marrento que demonstra não se intimidar com o desejo refletido proposto pelo artista aos presentes, que são, por vezes, vacilantes e desistentes frente ao proposital incômodo.

Quando os grunhidos animalescos se misturam com possibilidades de risadas ao longo da performance, o próprio corpo ali observado pelo público parece zombar do desejo a ele dirigido e também da possibilidade de seu horror escancarado pela obra. Bebiano instaura, torna opaco e simultaneamente ridiculariza o incômodo desejo.

O cronômetro apita. O tempo da performance-trabalho-excitação mútua acaba abruptamente. Qualquer relação com diferentes mercados de trabalho, inclusive os mais clandestinos, não parece ser mera coincidência. Ao invés de atenuar o corte no tempo-espaço, a saída do performer de cena de forma objetiva e protocolar acentua o estranhamento e parece nos dizer: o trabalho (artístico e sensualmente) consumido acabou, podem ir embora. Comandados, obedecemos, podendo seguir para novos e socialmente diferentes corpos-trabalhos em meio a um festival de artes.

_________

Mariana Queen Nwabasili é jornalista e pesquisadora, doutoranda e mestra em Meios e Processos Audiovisuais pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Mestra em Curadoria Cinematográfica pela Elías Querejeta Zine Eskola, na Espanha, com bolsa do Projeto Paradiso. Curadora de curtas-metragens da Mostra de Cinema de Tiradentes 2023 e 2024 e do Cabíria Festival Audiovisual 2022. Participou da 10ª edição do Critics Academy do Festival de Cinema de Locarno, em 2021. Pesquisa autorias, representações e recepções cinematográficas vinculadas a raça, gênero, classe, colonialismo e (de)colonialidade.

___________

Notas de Rodapé

[1] Texto “Ginga…”, do Mestre Jean Pangolin, disponível AQUI

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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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