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Home›.Tudo›Imaginar futuros possíveis | Entrevista – Clébio Oliveira

Imaginar futuros possíveis | Entrevista – Clébio Oliveira

Por 4 Parede
17 de julho de 2024
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Imagem – Dieter Hardig

Depois de criar Transe para o Balé da Cidade de São Paulo e Crocodilos Debaixo da Cama para a Companhia de Dança de Diadema, em 2021, o coreógrafo brasileiro, radicado na Alemanha há mais de 15 anos, Clébio Oliveira, apresenta no Brasil corpo.onda, obra que ganha o palco do Sesc Pompeia, entre os dias 18 e 21 de julho (veja programação completa abaixo), com interpretação de Christine Ceconello e Zula Lemes, duas artistas brasileiras também radicadas no mesmo país.

Em sua essência, corpo.onda busca transcender o imediato, oferecendo uma reflexão sobre a condição humana e as interações entre mente, corpo e o ambiente que nos cerca, especialmente diante de possíveis catástrofes. A obra, concebida no período da pandemia, se tornou uma investigação alegórica que explora não apenas as complexidades da mente humana, mas também nossa resposta emocional e psicológica diante da adversidade. Toda a performance se transforma em um ritual próprio, alienado, visando a catarse e a purificação dos afetos da destruição para um estado de cura.

Para abordar mais sobre o processo de criação, o coreógrafo Clébio Oliveira conversou com o co-editor-chefe do Quarta Parede, Márcio Andrade.

Alguns dos motes em torno do espetáculo envolvem o exercício de lidar com situações extremas. Considerando o contexto pandêmico, como foi o processo de criação de corpo.onda?

O processo de criação de corpo.onda, à luz da pandemia, pode ser visto como um espelho da condição humana diante do caos e da incerteza. A pandemia nos forçou a confrontar a fragilidade da existência e a impermanência de nossas circunstâncias. Em meio a essa crise, a criação de corpo.onda emergiu como um rito de resistência e adaptação, onde o corpo não é apenas um veículo de expressão, mas um testemunho vivo da luta e da resiliência. Os intérpretes foram compelidos a internalizar o isolamento, transformando a solidão e a vulnerabilidade em matéria-prima para a performance, canalizando as angústias e as esperanças em ações e gestos que reverberam a profundidade do ser em tempos de adversidade.

Depois de encerrado esse período de isolamento social, quais foram as transformações temáticas e estilísticas que o espetáculo atravessou nesse reencontro com o presencial?

O reencontro com o presencial pós-isolamento social trouxe uma metamorfose fascinante para o espetáculo. A distância física imposta pelo isolamento deu lugar a uma redescoberta das potencialidades e da presença tangível do outro, refletindo-se na intensidade e vulnerabilidade dos movimentos, bem como na ressignificação da performance. Revisitar a obra após um período de distanciamento é sempre uma experiência enriquecedora, como se a peça precisasse de tempo para alcançar sua plenitude e maturidade.

Tematicamente, o espetáculo evoluiu para explorar não apenas a sobrevivência, mas também a regeneração, a busca por sentido e conexão em um mundo fragmentado. Estilisticamente, a performance tornou-se mais visceral, incorporando elementos de improvisação que capturam a espontaneidade do reencontro e a efemeridade do momento presente.

Como foi seu encontro com as intérpretes Christine Ceconello e Zula Lemes e como vem sendo esse retorno de ambas para apresentar o espetáculo de forma presencial?

O encontro com Christine Ceconello e Zula Lemes foi um diálogo entre gerações, onde cada uma traz uma bagagem única de experiência e sensibilidade. Christine, com sua energia visceral, e Zula, com a profundidade de décadas de vivência, criam um contraponto dinâmico que enriquece a narrativa do espetáculo.

O retorno de ambas ao palco presencialmente é um ato de coragem e, principalmente, de celebração. É como se o palco fosse um santuário onde as memórias e as emoções encontram uma nova expressão, e cada apresentação é um ritual de renovação, onde a arte se torna um testemunho da persistência e da capacidade humana de se reinventar.

Além dos corpos das intérpretes, o espetáculo também emprega elementos multimidiáticos, como instalações e projeções. Como foi a investigação para encontrar a presença e o alinhavo desses recursos no espetáculo?

A integração de elementos multimidiáticos no espetáculo foi uma busca por transcender os limites físicos do corpo, ampliando o campo de percepção e imersão do público. O design de luz, criado pela incrível Mirella Brandi, que trabalha comigo desde 2015, desempenha um papel crucial nesse processo.

A investigação envolveu uma exploração profunda da sinergia entre tecnologia e corporeidade, onde as instalações e projeções não são meros adornos, mas extensões dos próprios intérpretes. As projeções refletem as emoções e narrativas que os corpos carregam, criando uma teia complexa de significados. Esse alinhavo busca harmonizar a materialidade do corpo com a intangibilidade da imagem e do som, criando um espaço cênico onde o real e o virtual se entrelaçam em um diálogo contínuo.

Em 2024, o Brasil se deparou com mais uma situação trágica com o desastre que aconteceu no Rio Grande do Sul. Quais são suas reflexões em torno dessas temáticas ao se deparar com cenários de tamanha incerteza e mudanças globais?

O desastre no Rio Grande do Sul em 2024 é um lembrete pungente da fragilidade de nossas construções humanas diante das forças naturais. Reflexões sobre essas tragédias evocam um sentimento de humildade e urgência em repensar nossa relação com o meio ambiente e uns com os outros.

A arte, nesse contexto, se torna uma forma de resistência e de transformação, uma maneira de processar o luto e a dor, e de imaginar futuros possíveis. Em cenários de incerteza e mudanças globais, a criatividade e a empatia são ferramentas essenciais para reconstruir e reimaginar nosso lugar no mundo. O espetáculo, então, se torna um espaço de reflexão e ação, um convite à conscientização e à mudança.

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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

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Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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