Quarta Parede

Menu

  • Sobre o 4ª Parede
  • Quem Faz?
  • Fale Conosco

Seções

  • INÍCIO
  • Dossiês
    • Atual
    • Anteriores
  • Podcasts
  • Entrevistas
  • Videocasts
  • Críticas
  • Como Colaborar
  • Expediente
  • Sobre o 4ª Parede
  • Quem Faz?
  • Fale Conosco

logo

Quarta Parede

  • INÍCIO
  • Dossiês
    • Atual
    • Anteriores
  • Podcasts
  • Entrevistas
  • Videocasts
  • Críticas
  • Como Colaborar
  • Expediente
  • Podcast #64 | Sal no Palco, Tempo no Deslocamento

  • #21 Ruínas ou Reinvenção? | Panapaná e a escrita como dança

  • #21 Ruínas ou Reinvenção? | O Picadeiro e a Fênix

  • #21 Ruínas ou Reinvenção? | Uma pausa para revelar memórias invisíveis: dança a partir das ruínas

  • #21 Ruínas ou Reinvenção? | As vísceras da dramaturgia. Práticas de loucura para uma escrita

.TudoEntrevistas
Home›.Tudo›Mistérios no mundo | Entrevista – O Bando Coletivo de Teatro

Mistérios no mundo | Entrevista – O Bando Coletivo de Teatro

Por 4 Parede
28 de maio de 2024
486
0
Ouça essa notícia
Voiced by Amazon Polly
COMPARTILHE ESSE CONTEÚDO

Imagem – Morgana Narjara

Nos debates que integram a programação da edição 2024 do Palco Giratório, as obras voltadas para a infância e juventude conquistaram uma forte presença nos palcos e o Seminário Nacional de Teatro para as Infâncias no Recife possibilitou refletir sobre as temáticas e as dramaturgias voltadas para esse público.

Dentre os espetáculos pernambucanos, Quatro Luas, do Bando Coletivo de Teatro, cumpriu essa presença a partir da combinação entre formas animadas, música ao vivo e o universo do escritor espanhol Federico Garcia Lorca. O espetáculo é contado e interpretado por um grupo de ciganos reunidos sob a sombra de uma velha árvore e a narrativa é baseada na história de Federico, um jovem ciganinho órfão que era fascinado pela Lua Cheia e tinha o sonho de subir em um cometa e voar bem alto em direção às estrelas, até conseguir alcançá-las. 

Para saber um pouco mais sobre o processo de criação deste espetáculo, o co-editor-chefe do Quarta Parede, Márcio Andrade, conversou com o diretor e dramaturgo Cláudio Lira sobre as influências de Lorca e a abordagem de temas sensíveis na infância. 

O que te inspirou a criar “Quatro Luas” e como surgiu a ideia de conectar o universo de Federico Garcia Lorca com um espetáculo de teatro para a infância?

Venho pesquisando a obra de Federico Garcia Lorca há bastante tempo, em 2012, dirigi o espetáculo inspirado na trilogia Rural de Lorca (Bodas de Sangue, A Casa de Bernarda Alba e Yerma) que era Um rito de mães, rosas e sangue, onde eu dava o enfoque no feminino na obra de Lorca. Na dramaturgia Lorquiana, existem algumas peças para crianças, como Os títere de Porrete e o Malefício da Mariposa, mas seus texto mais conhecidos e montados são os dramas rurais com temas adultos. Lendo a biografia de Lorca, vi a influência na sua infância das brincadeiras de bonecos (coisa que ele gostava muito de fazer), reunindo seus familiares e fazendo pequenas peças como uma brincadeira descompromissada de criança, onde misturava elemento do seu cotidiano, animais falantes e seres imaginários.

Então, eu pensei: ‘Por que não levar esse universo tão rico e poético de Lorca para as crianças, resgatando essa criança de Lorca e levando a cena, como se fosse uma brincadeira de faz de contas?’. Sei que existem autores consagrados na história da literatura que, usualmente, não são relacionados ao universo da criança – e Lorca é um deles. Entretanto, acredito que faz parte da função do artista transpor essas barreiras. Apesar de frequentemente densa, as temáticas contidas nas obras de Lorca são reais, são sempre dilemas humanos que estão presentes. A criança também tem o direito de se conscientizar a respeito da condição humana e seus dilemas. Esse foi um primeiro pensamento meu e, observando tanto as suas poesias, num primeiro momento, quanto as suas peças, observei que havia elementos suficientes para construir algo poético e potente que atingisse todas as infâncias.

Imagem colorida de um palco. Em primeiro plano, dois atores e duas atrizes estão em pé, vestidos como ciganos, em posições distintas, entoando um canto diante do público. Ao fundo, um cenário é composto por um tecido branco, alguns galhos de árvore e uma lantera chinesa.

Espetáculo ‘Quatro Luas’ | Imagem – Morgana Narjara | #ADnoTextoAlternativo #4ParedeParaTodes

Por que você escolheu um jovem ciganinho órfão como protagonista e de que maneira esse personagem ressoa com a obra de Lorca?

O primeiro poema de Lorca que me inspirou a criar Quatro Luas é um poema do Romanceiro Gitano chamado Romance de Lua, Lua, que conta exatamente a história de um ciganinho órfã que encantado pelo reflexo da Lua cheia em um poço, tenta alcançá-la e acaba caindo dentro desse poço. Na encenação, a gente reproduz esse acontecimento, que como Alice nos Países das Maravilhas, leva o menino, no caso do espetáculo, para outra dimensão cheio de mistério e encantamento, inclusive a palavra “Mistério” se repete várias vezes no espetáculo, é a nossa forma de levar a criança para esse universo onírico e fantasioso da poética Lorquiana, e a fazê-la se perguntar: ‘O que há por trás dos mistérios no mundo?’. Há, em alguns poemas de Lorca, a citação de um fato que aconteceu na sua infância e que o marcou profundamente, que é a história de um menino afogado, aí vem a relação de Lorca, desde o início da sua obra, com a morte e ele repete esse fato em alguns de seus poemas.

Como o uso de formas animadas e música ao vivo contribui para a narrativa e a atmosfera do espetáculo? Pode compartilhar alguns detalhes sobre a criação desses elementos?

Como todo esse texto traz animais fantásticos e luas que falam, para mim é quase inevitável que esses elementos me remetessem de cara às formas animadas.  E esse tipo de recurso, além de ser presente na minha infância, menino do interior do sertão do Pajeú – onde havia os mamulengueiros que encantavam as festas populares – na infância de Lorca, a presença dos Títeres também era muito forte. Nada mais justo, então, que esses elementos das formas animadas estarem presentes nessa encenação.

É uma forma de potencializar todo esse arsenal de elementos fantásticos e fictícios contido na obra, transpondo para um universo mais lúdico possível, em que posso brincar entre esse o real – por muitas vezes duro e cruel – de uma forma suave e poética. É a leveza e a beleza do boneco diante das dificuldades da vida. Aqui nesse espetáculo, a música tem grande importância, pois faz parte da dramaturgia da cena, do pulsar da cena. Aqui, a música entra como dramaturgia, também contando uma história, dando os climas e os contornos e acrescentando camadas de entendimento diante desse universo tão rico e particular que a encenação impõe.

 O espetáculo mistura tradições mouras, ciganas e nordestinas. Quais convergências vocês percebiam nessas tradições que trouxe o interesse em integrá-las ao espetáculo e como se incorporaram na sua dramaturgia?

Há uma pesquisa na encenação entre as relações de elementos culturais presentes na Espanha e no Brasil, sobretudo em Pernambuco. Sabe-se que, tendo os Mouros dominado toda a Península Ibérica na Idade Média, Portugal e Espanha se hibridizam antropologicamente com costumes oriundos do norte da África. Esses costumes criaram raízes no Brasil, sobretudo no Nordeste e elementos da culinária, música, arquitetura nos aproximam do universo ibérico, por vezes, mais do que imaginamos.

Além disso, essas tradições mouras e ciganas estão presentes diretamente em toda a poesia Lorquiana e a inspiração inicial para criação do texto está diretamente ligada aos poemas Gitanos em Lorca e na região onde nasceu Lorca. Na minha infância, lembro que havia muitos ciganos andarilhos que passavam pelas cidades do interior e, hoje, esses ciganos já não são vistos com tanta frequência como antigamente. Essa relação das memórias da minha infância com o que estudei sobre a infância de Lorca e da região que ele nasceu, o sul da Espanha e o sertão nordestino, essa região quente e árida de texturas gris, de certa forma nos aproxima e me serve de inspiração sempre. 

Imagem colorida de um palco. Nele, estão dois atores e duas atrizes sentados em caixotes, olhando para a plateia e vestindo roupas de cigano. Ao fundo, o cenário é composto por tecidos de cores distintas, mas em tons pastéis.

Espetáculo ‘Quatro Luas’ | Imagem – Morgana Narjara | #ADnoTextoAlternativo #4ParedeParaTodes

Questões como morte, velhice e solidão são abordadas no espetáculo. Quais foram os principais desafios para tratar esses temas de maneira adequada para o público infantil?

Este espetáculo investe na quebra de um paradigma de educação que delega à criança um local superprotegido, exclusivamente de fantasia, distante da realidade. No meu ver, não devemos menosprezar o potencial cognitivo da criança: uma das consequências de se compreender a criança como ignorante é incorrer no erro de acreditar que ela não é suficientemente inteligente ou sensível para fruir de um espetáculo por vias menos explicativas ou facilitadas. Para garantir um entendimento por parte das crianças, abre-se mão da poesia, da metáfora, das complexidades postas pelo mundo, e de suas contradições. Só que nesta encenação não abrimos mão disso, ao contrário, potencializamos isso, para podermos falar das coisas duras da vida, como por exemplo da morte. 

Para mim, cabe ao artista e a obra artística, oferecer aquilo que ele tem de mais valioso a acrescentar: o seu trabalho artístico. E cabe à criança o processamento dessa experiência, e aos pais e educadores, a mediação, quando possível ou necessária. Nessa encenação, esses temas tidos como ‘polêmicos’, são falados através dos “mistérios” da vida, onde vemos o envelhecer, por exemplo, como um processo da vida que pode ser divertido, não há tristeza no envelhecer, assim dizem as personagens de uma rã quase cega e uma rã quase que quase não escuta, e assim é o destino, quem nasce também morre, é um processo natural do existir.

Em Quatro Luas, quem morre alcança as estrelas e encontra quem mais se ama, é uma forma poética de reencontro com os seus afetos que partiram e com você mesmo. Assim sendo, esse que poderia ser um desafio, tratar de temas não comuns no universo da infância, torna-se mais fácil, mais natural e mais palatável em se falar, pois estão na boca de seres, lúdicos, poéticos, por vezes engraçados, misteriosos e fantásticos.

____________________________________________

O Bando Coletivo de Teatro é formado por um grupo de artistas com experiências de vida diferentes, mas com o um desejo em comum de estabelecer uma discussão viva e criativa sobre o fazer teatral, e suas múltiplas formas e práticas. Alguns dos componentes desta equipe já vêm desenvolvendo um trabalhando juntamente com o diretor Claudio Lira desde 2015, e de lá pra cá realizaram alguns trabalhos de relevância, como a montagem do espetáculo destinado ao teatro para infância e juventude “Sebastiana e Severina”, que conquistou nove prêmios no 22 Janeiro de Grandes Espetáculos de 2016, entre eles o de melhor direção e espetáculo. Este trabalho já circulou pela Paraíba, participou do Aldeia do Velho Chico 2016 promovido pelo SESC/PE, do XIX MIT Valongo em Portugal e do 18 Festival Recife do Teatro Nacional, entre outros festivais.

Post Anterior

De forças e de sonhos | Entrevista ...

Próximo Post

Ocupe os espaços | Entrevista – Eron ...

Posts Relacionados Mais do autor

  • .TudoCríticas

    Crítica – Meia Noite | Gingar com a luz da escuridão

    19 de março de 2021
    Por 4 Parede
  • .TudoEm Cartaz

    Espetáculo cearense “Frei Tito: Vida, paixão e morte” faz curtíssima temporada no Teatro Apolo

    8 de outubro de 2015
    Por 4 Parede
  • .TudoDossiêsPodcasts

    #18 Atos de Retomada | Podcast #46 Ocupações e Cenas Indígenas – Gestos de Retomada

    9 de maio de 2022
    Por 4 Parede
  • .TudoCríticas

    Crítica – A Visita | Inconformismo marca encenação rapsódica do Arte-Em-Cena

    14 de janeiro de 2016
    Por 4 Parede
  • .TudoCríticas

    Crítica – Amortiçada | Silêncio Mordaz

    3 de dezembro de 2019
    Por 4 Parede
  • .TudoCríticas

    Crítica – Tudo é Amor – Almério canta Cazuza | En’quadrilhando corpos, gênero e sexualidade nos espaços de poder

    6 de junho de 2022
    Por 4 Parede

  • .TudoEm Cartaz

    “Beijo no Asfalto” retoma temporada no Teatro Apolo

  • .TudoEm Cartaz

    Mazdita apresenta “Diafragma – Ensaio sobre a Impermanência” no Porto Mídia

  • .TudoEm Cartaz

    “Na Beira” volta à sala de estar…

ÚLTIMOS PODS

INSTAGRAM

Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
Siga no Instagram

Receba feeds quentinhos

Cadastre seu e-mail e receba as novidades em primeiro lugar

Quarta Parede - Palco & Plateia. Unidos! Direitos Reservados. Desenvolvido pela Atuante Agência Digital. V1.1