“Projeto Pólo Marginal – Opereta de Rua” faz apresentações gratuitas no Recife e Olinda
Imagens – Miguel Igreja
Depois de passar pelas cidades de São José do Belmonte, Triunfo, Garanhuns e Caruaru, a irreverente e poética peça Pólo Marginal – Opereta de Rua, do Grupo de Teatro de Rua Loucos e Oprimidos da Maciel, que está circulando por Pernambuco através de projeto financiado pelo Funcultura, sempre apresentada ao ar livre e gratuitamente, chega na Quadra do Morro da Conceição, no bairro de Casa Amarela, Recife, no sábado, dia 14 de maio, às 20h. No dia 15 de maio, domingo, às 17h, é a vez de aportar na Praça do Carmo, em Olinda. Entrada sempre franca. A montagem, baseada na obra do jornalista Marco Pólo Guimarães, mostra um grupo de saltimbancos que usa a poesia como alimento à alma das pessoas. Na trilha sonora executada ao vivo, canções da banda Ave Sangria. Dois outros municípios ainda receberão a turnê: Ribeirão, no dia 21 de maio, às 20h, na Praça Abelardo Sena (Praça do Surfista); e Itaquitinga, no dia 22 de maio de 2016, às 17h, na Praça Central de Chã de Sapé.
Com projeto incentivado pelo Funcultura/Governo do Estado de Pernambuco e realizado em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Social (IDS), a montagem, em teatro de rua, é baseada na obra do poeta e jornalista pernambucano Marco Pólo Guimarães, com roteiro e encenação de Carlos Salles (in memoriam) e assistência de direção de Rodrigo Torres. No enredo, a história de um grupo de poetas-piratas-saltimbancos que resolve ocupar as praças das cidades para levar o poder da palavra, a poesia como forma de alimentar a alma das pessoas de sentimento, sensibilidade e emoção.
Reforçado pelas músicas da banda Ave Sangria, pioneira na fusão sonora que permeou os anos 1970 no Recife, da qual o autor dos textos era vocalista e compositor, o espetáculo tem trilha sonora ao vivo e a participação de nove artistas em cena: Cris Santos, Maria Dias, Pedro Félix, Roberta Lúcia, Rodrigo Torres, Sandro Sant’na, Celso José e Walgrene Agra. As personagens falam da relação do homem com o mar, rios, o cheiro do mangue, a vida. Utilizando versos livres, ora rimados, os piratas declaram sua paixão com poemas fortes e lancinantes, dramatizando monólogos que abordam várias facetas do poeta como: solidão, tristeza, fugacidade e o vazio existente em cada um de nós, além dos problemas observados nos grandes centros urbanos, a prostituição, a religiosidade do povo, os meninos em situação de rua, ou seja, o homem contemporâneo, suas angústias e seus medos.
O Grupo de Teatro de Rua Loucos e Oprimidos da Maciel está em atividade desde 2007 e já levou às ruas montagens como “Do Moço e do Bêbado Luna”, inspirada na obra do saudoso poeta Erickson Luna (há ainda o desejo de encenar a obra de outros poetas marginais como França e Miró), e desenvolveu o projeto “Trupe do Patrimônio”. A peça “Pólo Marginal – Opereta de Rua” estreou em 2010 e já participou de diversos projetos nacionais e estaduais. Esta circulação estadual conta com apoio das prefeituras municipais e do SESC Garanhuns. A equipe técnica é ainda formada por Felipe Santos (registro de imagens); Josi Rodrigues (contrarregra); Rodrigo Torres (coordenação de produção); Celso José (produção executiva); e Josi Rodrigues, Maria Dias e Walgrene Agra (assistência de produção).