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Home›.Tudo›#11 Corpos [In]Visíveis | Teatro na Perspectiva de uma Educação Inclusiva

#11 Corpos [In]Visíveis | Teatro na Perspectiva de uma Educação Inclusiva

Por 4 Parede
9 de setembro de 2018
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Por Manaíra de Melo Pereira

Licenciada em Teatro (UFPE) e Licencianda em Dança (UFPE)

Para discutir os conceitos de inclusão e integração voltados às questões pedagógicas relacionadas ao teatro, sobretudo no que diz respeito ao trabalho com pessoas com deficiência, necessitamos entender como é vista e tratada a educação de pessoas com deficiência, de acordo com as leis brasileiras, partindo dos conceitos de Educação Especial e Educação Inclusiva. A Educação Especial nasce no intuito de colocar pessoas com deficiência nas escolas, mas a forma ela se dá não pressupõe a inclusão do sujeito, mas sua integração:

Em 1994, é publicada a Política Nacional de Educação Especial, orientando o processo de ‘integração instrucional’ que condiciona o acesso às classes comuns do ensino regular àqueles que ‘[…] possuem condições de acompanhar e desenvolver as atividades curriculares programadas do ensino comum, no mesmo ritmo que os alunos ditos normais’. (MEC, 1994, p.7 apud ANDRADE; ANTÔNIA, 2010, p. 133).

A integração parte do princípio de que o estudante com deficiência precisa se adaptar à “realidade da escola”, pois se tem a compreensão de que, sendo ele uma pessoa diferente naquele espaço, precisa se integrar ao ritmo da instituição. Isso, no entanto, não estimula a inclusão. Caso a pessoa com deficiência não consiga se adaptar, deve ir para uma instituição especializada.

A reflexão sobre diversidade e igualdade ampliou a discussão sobre educação especial e questionou seus princípios, conflitando-os com as ideologias da LDB e da Constituição Brasileira. Desse modo, em 2004, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão analisou esses documentos e passou a defender o conceito de Educação Inclusiva no sistema educacional brasileiro:

A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola. (BRASIL, 2007).

Essa mudança de Educação Especial para Educação Inclusiva deve interferir na postura dos professores, dos pais, dos estudantes com deficiência e dos outros estudantes, ou seja, da comunidade escolar como um todo, pois todos os estudantes devem passar a conviver, realizando-se, assim, a inclusão escolar. Quando passam a ter esse direito garantido por lei, as pessoas que vivenciam um espaço escolar inclusivo podem perceber suas contribuições para a inclusão social: “a inclusão é, ao mesmo tempo, motivo e consequência de uma educação de qualidade e aberta às diferenças” (PRIETO apud SANTOS, 2007, p.5).

Na prática, enquanto professora de artes em escola pública – mais especificamente de Teatro -, observo que o entendimento sobre educação inclusiva fica reduzido a manter o estudante com deficiência em sala com os demais, mas as formas como esses atos vêm se dando talvez não pressuponham a inclusão. Por exemplo, em uma das turmas em que trabalho, tenho uma estudante com autismo severo e, quando a turma se encontra agitada, ela fica extremamente incomodada com o barulho. Nesse caso, esse educando com deficiência poderia ser atendido pela educação formal em um espaço especial, mas a orientação da escola é que a estudante permaneça em sala, mas será que essa permanência será positiva para a aprendizagem?

Em relação a isso, são perceptíveis várias lacunas: alguns estudantes com deficiência estão no 6º ano do ensino fundamental II e não sabem ler nem escrever minimamente. Em atividades em que todos os alunos trabalham, a pessoa com deficiência, geralmente, está acompanhada por um estagiário de Psicologia ou Pedagogia e o professor precisa passar uma atividade diferenciada para esse estudante. Como uma professora de artes que trabalha com 25 turmas conseguiria ministrar atividades diferenciadas, considerando a situação de cada estudante em turmas e séries diferentes? Na prática, o que normalmente fazemos é conversar com o estagiário sobre o tema e pedi-lo para pensar em atividades que o estudante consiga fazer, já que ele lida diariamente – o que termina não sendo o caso dos professores do fundamental II, porque são aulistas.

Diante desse cenário, como trabalhar artes com todos sem excluir?

Em meio a esses questionamentos, o potencial inclusivo do teatro me fez pensar em algumas categorias que poderiam sugerir e transformar algumas metodologias trabalhadas, partindo do pressuposto de que o teatro

proporciona experiências que contribuem para o crescimento integrado da criança e do adolescente sob vários aspectos. No plano individual, proporciona o desenvolvimento de suas capacidades expressivas e artísticas; no plano coletivo, por ser uma atividade grupal, oferece o exercício das relações de cooperação, diálogo, respeito mútuo, reflexão sobre como agir com os colegas, flexibilidade de aceitação das diferenças e aquisição de sua autonomia, como resultado de poder agir e pensar com maior ‘liberdade’ (CAMARGO, 2003, p.39).

Assim, conseguimos inferir que o Teatro tem diversos elementos que podem favorecer uma prática inclusiva, dependendo somente de como o processo será desenvolvido. Desse modo, elegemos alguns elementos baseados nas propostas de práticas pedagógicas apontadas por Paulo Freire, que se aproximam do conceito de educação inclusiva – autonomia, diálogo, percepção e reflexão crítica -, relacionando-as às práticas apontadas pelo diretor de teatro Peter Brook sobre o processo de estudo da interpretação e a inclusão.

No que diz respeito à produção do conhecimento, ambos os autores afirmam a necessidade do estímulo à criação (autonomia) e à reflexão (criticidade). Quando afirma que a “forma não precisa ser inventada exclusivamente pelo diretor. […] O processo de dar forma é sempre um compromisso que temos que aceitar, dizendo ao mesmo tempo: ‘É provisória, tem que ser renovada’. Trata-se de uma dinâmica que nunca terá fim.” (2005, p.43-45), percebe-se como o espaço cedido à autonomia para o processo de construção oferece oportunidade para que os envolvidos se posicionem, provocando possibilidades de mudança, a reflexão crítica dos sujeitos e a disposição para dialogar.

A categoria autonomia está ligada ao respeito à liberdade do sujeito e o estímulo ao posicionamento crítico: tanto Freire quanto Brooks supõem uma prática democrática que provoca a inclusão. No que se refere à categoria diálogo, observamos o incentivo ao respeito e a disposição para discussão; e sobre percepção e reflexão crítica, a provocação à sensibilidade para a reflexão que envolve um movimento dialético. Acredito que, se essas categorias forem minimamente exercitadas em sala de aula, contribuiremos com uma educação inclusiva.

Na minha prática, mesmo que, nem sempre consiga trabalhar com essas categorias,  às vezes, algumas situações possibilitam que esse exercício aconteça. Por exemplo, em uma turma em que criávamos cenas baseadas em enredos que eles construíram com a temática traição, um dos estudantes pessoa com deficiência começou a participar da cena. Os outros alunos queriam que ele interpretasse o personagem de um menino que eles denominaram de ‘doente’ que não falava nada, justamente por esse estudante ser uma pessoa calada.

Percebendo isso, sugeri aos estudantes que a cena poderia ser justamente a oportunidade para que ele se pronunciasse e escutarmos a sua voz. Os outros alunos não gostaram da sugestão, mas o menino, para minha surpresa, adorou e, depois da aula, constantemente me procurava para saber quando teríamos aquele tipo de exercício novamente. Ao criar a oportunidade para que esse estudante exercitasse autonomia por meio da palavra, o teatro o deixou entusiasmado e permitiu que, em alguns momentos, experimentasse a inclusão na sala de aula.

Contudo, mesmo que percebamos os avanços nas interações desse estudante com a turma, a avaliação da aprendizagem de conteúdos também podem atravessar as categorias autonomia, diálogo, percepção e reflexão crítica. Mesmo que tenha certeza de que não consigo atingir a todos de forma igualitária, creio que estar atenta e sensível pode fazer com que meus alunos guardem em suas memórias não somente conteúdos, mas a experiência de uma educação inclusiva possível.

Mesmo que, às vezes, pareça uma utopia, a educação inclusiva acontece nessas pequenas ações e se reflete nas pessoas por ela contempladas, mostrando-se essenciais à formação de estudantes de teatro em qualquer grau de escolaridade. A partir disso, esses estudantes podem questionar sobre sua realidade social, por exemplo, a relação estudante-mundo do trabalho, estudante-família, estudante-teatro, estudante-instituição, descobrindo outros modos de lutar pela inclusão, e construindo um ensino como meio de sensibilização e de intervenção no mundo.

Formar atores ou formar estudantes de teatro, qualquer um desses objetivos, deve favorecer a inclusão social, que compreende a inclusão escolar, estimulando os educandos a serem questionadores e reflexivos e a exercitarem a autonomia para a construção do conhecimento. O teatro pode ajudar a promover a inclusão social dos sujeitos, mas isso depende de uma série de fatores, tais como: a metodologia usada pelo professor, o posicionamento político do professor e da instituição, as famílias dos educandos, os próprios educandos.

Observamos que as análises e as observações feitas neste trabalho pretendem contribuir para uma reflexão crítica no que diz respeito às metodologias utilizadas na prática teatral envolvendo pessoas com deficiência, bem como apresentar os conceitos de inclusão no exercício da prática docente. Queremos contribuir para a reflexão das práticas das instituições e dos orientadores dos processos, considerando sempre o que Paulo Freire chama de “inconclusão do ser humano”, na qual se refere à constante aprendizagem e transformação de todos nós.


Referências

A formação docente na perspectiva da inclusão. In: Ix Congresso Estadual Paulista Sobre Formação de Educadores, 2007, São Paulo.

BRASIL. Conselho Nacional de educação, Câmara de Educação Básica, Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, Resolução CNE/CEB n. 2 de 11 de setembro de 2001. Brasília: Diário Oficial da União de 14 de setembro de 2001.

BROOK, Peter. A porta aberta. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.

CAMARGO, Maria Aparecida. Teatro na Escola – a Linguagem da Inclusão. Rio Grande do Sul. Editora da Universidade de Passo Fundo, 2003.

CARVALHO, Lívia Marques. O Ensino de arte em ONGs: um instrumento para a reconstrução pessoal e social. 2008. In: Portal Unesco. Disponível AQUI. Acesso em: mar.2015.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia- saberes necessários à prática educativa. 39ª ed. São Paulo. Paz e Terra, 2009.

SANTOS, Maria Luisa dos. Inclusão Escolar: análise dos fatores potencializadores da permanência dos alunos com necessidades educacionais especiais em classe comum. In: V Semana da Educação – A Universidade de São Paulo e a Formação Docente, 2007, São Paulo. Anais da V Semana da Educação, 2007.

LIMA, Priscila Augusta. Educação inclusiva e igualdade social. São Paulo: Avercamp, 2006.

TagsDireitos HumanosDossiê Corpos [In]VisíveisEducação InclusivaEnsaioManaíra MeloPessoa com Deficiência
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A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

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#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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