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Home›.Tudo›#13 Negritudes | De branco para pretx(s)

#13 Negritudes | De branco para pretx(s)

Por 4 Parede
19 de dezembro de 2018
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Imagem – Arquivo Pessoal | Arte – Rodrigo Sarmento

Por Bruno Siqueira

Doutor em Letras (UFPE) e Professor da Licenciatura em Teatro (UFPE)

[ou de como os movimentos identitários de esquerda podem rever suas estratégias de articulação]

América Latina. Brasil. Pernambuco. Recife. Novembro de 2018. Quem está escrevendo estas linhas é um homem cis, gay, branco, classe média e agnóstico, ainda que tenha corpo e espírito abertos aos mais variados misticismos.

Branco, assim… se considerarmos a oposição binária branco vs. preto, tão ao gosto do Ocidente colonial. Para a família de minha mãe, de ascendência portuguesa, com corpos brancos leitosos, sempre fui tido como “moreno”. Isso porque sou filho de um pai “moreno”, mais moreno do que eu. Só tardiamente fui identificar meu avô paterno como negro, que havia se casado com minha avó, branca, de cabelos louros e olhos azuis. Ele também era tido como “moreno”, mais moreno que meu pai, que, por sua vez, era mais moreno do que eu. Como se vê, houve, nessa linhagem, um branqueamento da espécie. De forma que, no contexto espácio-temporal e racial em que me encontro, eu sou classificado como branco. Na perspectiva de Fanon e de Mbembe, dois pensadores negros da negritude, eu me tornei um branco. Eu fui atravessado pelo discurso racial e qualificado como branco. Ao entrar em qualquer recinto, entre mim e um homem de pele mais escura, as pessoas costumam identificar o segundo como ameaça. Nesta sociedade racializada, eu fui posto, portanto, num lugar de privilégio.

Apesar de meu privilégio social como homem e branco, minha identidade fragmentada ainda traz como dado prismático uma sexualidade homo-orientada, o que me qualifica socialmente como gay. Esse é meu maior estigma, no sentido em que Goffman (2004, p. 4) empresta ao termo: “a situação do indivíduo que está inabilitado para aceitação social plena”. É minha marca social, um sinal de que sou socialmente menos valorizado, um desqualificado, para os padrões culturais hegemônicos. Tomando como referência o parâmetro de privilégio numa sociedade ocidental, capitalista, colonial e patriarcal – HOMEM/BRANCO/HETEROSSEXUAL/CRISTÃO/PROPRIETÁRIO DE BENS MATERIAIS E DE PRODUÇÃO – o meu estigma é ser gay, tanto quanto o dx negrx é não ser brancx. E no meu caso, em particular, ainda gozo do desprestígio de não ser cristão nem proprietário de bens materiais e de produção, outros espectros de minha identidade fragmentada.

Essa comparação entre mim e x negrx não põe os termos em pé de igualdade. Jamais. No estudo da história moderna e numa análise profunda da realidade, verificamos que o racismo se transformou numa marca estruturante da modernidade/colonialidade, organizando, a partir de dentro, “todas as relações de dominação da modernidade, desde a divisão internacional do trabalho até as hierarquias epistêmicas, sexuais, de gênero, religiosas” (Grosfoguel, 2018, p. 59). Sendo assim, a categoria raça passou a orientar as relações de poder e de saber que a Europa manteve com os países sob seu domínio, marcando uma cerrada distinção entre ocidentais (mais evoluídos) e não ocidentais (menos evoluídos). Xs negrxs escravizadxs e levadxs para as demais colônias europeias, estrangeiras, foram destituídxs da sua dimensão humana e passaram a ser  propriedade do homem branco e instrumento de trabalho forçado. As marcas desse passado se arrastam até o momento histórico atual, mesmo com a abolição formal da escravatura. Nossa sociedade é profundamente racista.

Meu pensamento me conduz à compreensão de que eu e x negrx participamos da esfera dos sujeitxs estigmatizadxs, ainda que para a nossa sociedade racializada x negrx seja um oponente ainda maior. Não somos capazes de saber exatamente o que passa cada qual em suas próprias e profundas vivências. Mas somos capazes de nos colocarmos no lugar dx outrx e sabermos, por equivalência às nossas próprias dores, o que possa sentir cada um.  Isso é o que pode ser entendido por solidarizar-se com a dor dx outrx.

Na luta contra a opressão, o Teatro do Oprimido (TO), de Augusto Boal, por exemplo, esteve sensível a essa questão do solidarizar-se com a dor dx outrx. Em seu livro Stop: c’est magique!, Boal apresenta o Teatro Foro como modalidade do TO, em que os atores e as atrizes constroem um modelo dramatúrgico, com uma situação de opressão baseada em fatos reais. Nele, instaura-se um conflito entre opressores e oprimidos, cada qual defendendo seus respectivos interesses. Quando o oprimido fracassa, o público é convidado pelo coringa (espécie de mestre cerimônias) a entrar em cena e substituir o ator protagônico, a fim de procurar resolver o problema encenado. Em síntese, trata-se de um teatro que lança uma pergunta à plateia e espera que algum voluntário entre em cena para procurar respondê-la dramaticamente. Se outros espectadores não se satisfizerem com a solução, tornam-se voluntários para proporem, eles mesmos, outras alternativas.

Pois bem, partindo de um ou mais relatos pessoais, esse teatro visa multiplicá-los, a fim de abranger o problema da maioria, e não apenas o do indivíduo que originou o modelo com seu relato. Essa multiplicação se dá ou por identificação ou por analogia. Ou as pessoas envolvidas no jogo podem vir a se identificar com o mesmo problema relatado por um indivíduo, ou a se solidarizar por analogia a um problema semelhante. Eu posso supor a dor do outro mediante a minha própria dor, ainda que as dores sejam de naturezas distintas. A isso chamamos empatia.

E isso acontece na real, ou pode vir a acontecer, de fato. É por isso que parece, a primeira vista, profundamente contraditório encontrar um gay racista e misógino ou uma mulher e um(a) negrx homofóbicx, por exemplo. E elxs existem aos montes. Digo que há uma contradição aparente, porque, se vamos destrinchando as múltiplas camadas que constituem nossa realidade, vamos também percebendo que a colonização não acabou, como nos fez acreditar a história dos países colonizados libertos. Continua havendo, sim, uma colonialidade do ser, do saber e do poder que controla nossas formas de existência espácio-temporal, nossos objetos e métodos de conhecimento, e nossas estruturas político-econômicas e culturais. Essa colonialidade, imposta pelo bloco hegemônico do Norte mundial – leia-se Europa e Estados Unidos –, é “racista, sexista, heterossexista, cristão-cêntrico, ocidental-cêntrico, eurocêntrico, ecologicida, cartesiano, etc.” (Grosfoguel, idem, p. 62).

Boal, no mesmo livrinho, fala que,

dentro de uma sociedade autoritária,  produz-se uma cadeia de opressões , que se consolida e se exerce através do oprimido-opressor. É a mesma cadeia de obediência feudal-suserano X vassalo → vassalo-suserano X vassalo (em que cada vassalo era, por sua vez, suserano do outro vassalo), a qual se reproduz na hierarquia militar, general-coronel-capitão-tenente-sargento-soldado-povo, em que cada elo da cadeia é representado por alguém oprimido que, por sua vez, exerce sua opressão contra o elo seguinte, o qual, por sua vez, oprimido, também oprime. (Boal, 1980, p. 27)

Todx oprimidx, porém, mantém em si o impulso de alterar essa ordem, subvertendo-a. Esse caráter subversivo, ainda segundo Boal, pode ser canalizado no sentido de destruir o próprio sistema de opressão. Mas, infelizmente, pode também ser canalizado no sentido de oprimir, mantendo e reforçando a estabilidade da sociedade opressora. O patrão oprime o capataz, que oprime o operário, que oprime a esposa, que oprime os filhos. Boal afirma que “uma sociedade opressora, autoritária, conta com o oprimido-opressor para poder instalar-se e manter-se” (Boal, idem, p. 27).

Esse pensamento faz eco à fala de Simone de Beauvoir (2005, p. 82), segundo a qual “o opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos”. Mesmo não tendo consciência disso, xs oprimidos mantêm o ciclo vicioso da opressão. É o que acontece, por exemplo, quando vemos um gay racista e misógino ou uma mulher e um(a) negrx homofóbicxs. Ambxs xs autores, Boal e Beauvoir, acreditam que a superação das opressões se dará à medida que x oprimidx, ao tomar consciência desse ciclo vicioso, volte sua força não contra xs outrxs oprimidxs, mas contra as estruturas sociais de opressão.

Imagem de protesto | Foto – Autor Desconhecido | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Imagem em preto e branco de três mulheres negras em uma rua, usando casacos longos. Enquanto duas delas levantam suas mãos espalmadas para frente, outra delas, ao centro, segura um cartaz que, em inglês, tem escrito ‘Se você é neutro em situações de injustiça você escolheu o lado do opressor’.

Os movimentos identitários de esquerda – negro, LGBTI+, feminista, indígena, MST, MTST etc. – a meu ver, só conseguirão garantir seus direitos civis se construírem alianças e solidariedade dentro das diferenças, evitando reproduzir as lógicas racistas, sexistas, heterossexistas, cristão-cêntricas, ocidental-cêntricas, eurocêntricas, ecologicidas, cartesianas etc de um sistema-mundo capitalista/patriarcal/ocidental-cêntrico/cristão-cêntrico/moderno/colonial.

Sendo assim, esses movimentos podem (e precisam, a meu ver) repensar urgentemente suas estratégias de articulação, sobretudo, em nosso atual contexto político, marcado pela crise do capital financeiro internacional, o qual está revelando uma ofensiva neofascista que visa criminalizar ou deslegitimar os movimentos sociais por direitos civis que agem na contramão do capital. Estamos vivendo, novamente, uma crise sistêmica mundial (Grosfoguel, idem.)

Como já falou minha colega Renata Wilner (Teoria da Arte/UFPE), há que se aprofundar o debate para além das frases de efeito, no reconhecimento das diferenças, dos mecanismos de opressão e na formulação de estratégias de superação. É preciso avançar nas frentes sociais e, sobretudo, em tempos de guerra, identificar o inimigo maior e construir alianças para compor uma frente ampla de combate, numa contraofensiva à altura, através de ações micro e/ou  macropolíticas potentes e eficazes. Ativismo que possa levar em conta nossas influências corpo-políticas e geopolíticas, ou seja, nossos lugares de enunciação e nossas experiências corporais desviantes da lógica e da ordem hegemônicas. Com isso, podemos perseguir nossa utopia comum, qual seja, a construção de uma democracia plurirracial e transcultural, caracterizada pela coexistência e pelo diálogo entre diversos grupos raciais e culturais.

*     *     *

Eis um reflexo da nossa sociedade racista e do racismo institucional: na história do curso em que atuo, Teatro/Licenciatura, na UFPE, nunca houve um(a) professor(a) negrx, salvo uma rápida passagem da atriz e arte/educadora Naná Sodré, que foi contratada como professora temporária nos anos de 2008 e 2009. Membro efetivo do grupo teatral pernambucano O Poste Soluções Luminosas (acesse videocast sobre o grupo AQUI), que investe na pesquisa de um teatro negro, Naná Sodré foi a primeira e única professora negra em nosso curso. Lamentavelmente, o contrato de professor substituo é temporário e ela não pôde mais continuar seu trabalho na UFPE.

 Tendo em vista a (cada vez mais) alta demanda de estudantes negrxs querendo desenvolver pesquisa sobre x negrx no teatro, num curso de estrutura curricular ainda profundamente eurocentrada e, por isso mesmo, sem disciplina ou pesquisas que atendam a essa demanda, decidi dedicar minha atividade de pesquisa à linha de pesquisa Teatro e Relações Étnico-raciais, enfocando o teatro africano e afrobrasileiro.

Com isso, pretendia fazer justiça em dois pontos: (1) por em prática a lei 10.639/03, alterada  para a lei 11.645/08, que prevê o ensino da história e da cultura africana e afrobrasileira na educação formal; (2) atender, em parte, dentro do que me é possível oferecer, às expectativas dxs estudantes negrxs que, felizmente, passaram a colorir uma universidade outrora predominantemente branca. Oxalá possa, daqui para frente, haver mais candidatxs negrxs em concursos para professor efetivo e, assim, mais professorxs negrxs no meu curso, reparando, ainda que tardiamente, uma dívida histórica.

Em minhas pesquisas, procuro assumir uma atitude decolonial, de sujeito antes de mais nada questionador e potencial agente, numa prática pedagógica cujxs colegas, em grande parte ainda, veem a emergência dx colonizadx como uma ameaça ao que, para elxs, constitui a ordem certa e verdadeira do conhecimento, o da epistemologia ocidental. A esse respeito, as palavras de Maldonado-Torres (2018, p. 34) são reveladoras:

Respostas a essa situação são viscerais e objetivam relativizar a questão sobre o colonialismo e a descolonização, bem como mitigar a posição do colonizado como um questionador: “isso aconteceu no passado e precisamos nos mover para frente”, “mas meus antepassados também foram colonizados”, “meus pais eram pobres”, “eu também sou minoria”, “na verdade, nós todos somos racistas”, “minha esposa (meu marido ou meu melhor amigo) é como você”, “eu tento me juntar, mas vocês me rejeitam”, etc., etc., etc.

Todas essas formas de evasão ou de má-fé constituem esforços para fazer as questões sobre colonialismo e descolonização inertes e irrelevantes.

Eu mesmo, enquanto sujeito (en)formado aos moldes coloniais, lido constantemente com tensões que geram dúvidas e questionamentos. Por exemplo: não sendo negro, estarei sendo ético ao assumir uma linha de pesquisa sobre o teatro negro? Não tendo um corpo-politico negro nem pertencendo, precisamente, à geopolítica desse conhecimento específico, tenho direito de me valer de minha posição de privilégio, como branco, para abrir essa linha de pesquisa numa instituição de ensino superior? Por outro lado, caso não me veja no direito nem no dever de assumir a linha de pesquisa sobre teatro negro, o curso continuará sem possibilitar a(o)s alunxs negrxs desenvolverem suas pesquisas sobre teatro negro ante uma estrutura curricular que teima em não sair da sombra do Ocidente?

Decidi continuar desenvolvendo minhas pesquisas sobre o teatro negro, assumindo todas as responsabilidades. Assumo que elas terão a limitação evidente de ser um branco falando de um teatro feito por pretxs. No entanto, minha atitude diante desse conhecimento procura ser sempre decolonial: em vez de me colocar como sujeito de um saber universal abstrato, valho-me de meu privilégio de professor branco num curso de professorxs brancxs para assumir a postura de um mestre ignorante (no sentido em que Rancière empresta ao termo), o que cria condições para que professor e estudantes construam conjuntamente um saber universal concreto.

Por saber universal abstrato, compreendo, na mesma linha de pensamento de Aimé Césaire (2010), um tipo de particularismo que se estabelece como hegemônico, como que desincorporado. Ao contrário, o saber universal concreto permite a coexistência dos saberes particulares, sem que cada particular precise se esconder por trás de uma ideia desincorporada e abstrata. “Diferentemente do universalismo abstrato, que estabelece uma relação vertical, o universalismo concreto supõe um projeto político que propõe relações e diálogos horizontais entre as diversas particularidades” (Grosfroguel, idem, p. 15).

Como homem cis, gay, branco, classe média, agnóstico (ainda que tenha corpo e espírito abertos aos mais variados misticismos), professor universitário e de convicções políticas de esquerda, acredito que criar condições para a existência de uma ecologia dos saberes que colabore para a construção de uma sociedade democrática de direito, qualificada, requer uma articulação dos movimentos identitários da esquerda, com suas pautas particulares, mas abertos ao diálogo político e intercultural.

Referências

BEAUVOIR, Simone de. Por uma moral da ambiguidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.

BOAL, Augusto. Stop: c’est magique! Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980.

BUTLER, Judith. Corpos em aliança e a política das ruas – notas para uma teoria performática de assembleia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.

CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre o colonialismo. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2017.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.

GOFFMAN, Erwin. Estigma. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.

GROSFOGUEL, Ramón. Para uma Visão Decolonial da Crise Civilizatória e dos Paradigmas da Esquerda Ocidentalizada. BERNARDINO-COSTA, Joaze; MALDONADO-TORRES, Nelson; GROSFOGUEL, Ramón. Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.

MALDONADO-TORRES, Nelson. Analítica da Colonialidade e da Decolonialidade: Algumas Dimensoes Básicas. BERNARDINO-COSTA, Joaze; MALDONADO-TORRES, Nelson; GROSFOGUEL, Ramón. Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.

MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. Porto: Antígona, 2014.

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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

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#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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