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Home›.Tudo›#20 Territórios em Trânsito | BÍPEDE SEM PELO: plano coreográfico

#20 Territórios em Trânsito | BÍPEDE SEM PELO: plano coreográfico

Por 4 Parede
23 de dezembro de 2024
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Arte – Rodrigo Sarmento

Por Alexandre Américo[1]  

Artista e Pesquisador. Licenciado em Dança e Mestre em Artes Cênicas (UFRN) e Fundador da TORTA, Plataforma de Arte Expandida[2]

 

planos de composição

A dança contemporânea, ao longo de seus inúmeros e específicos processos de nomeação, parece voltar-se para a experiência do corpo e seu entorno a fim de elaborar modos de sustentação enquanto proposição estética. E essa dança, por privilegiar a sua qualidade de efemeridade, negligencia, recorrentemente, suas estruturas de notação escrita em prol do seu fazer prático e cinético.

De modo agravante, quando se trata da elaboração da experiência em dança por corpos racializados, a notação escrita revela-se como um recurso ainda menos oportuno. Logo, a iminente exclusão de nossos corpos em ambientes coreográficos de arte. Sentindo e pensando nesta questão, é que tenho tentado hackear e compartilhar ferramentas de conceituação e roteirização para corpos que, historicamente, por uma questão de classe e racismo estrutural, não tiveram acesso, bem como eu, ao modo de produção vigente do sistema de arte. Para tanto, compartilharei, de modo reflexivo, o que tenho nomeado de Plano Coreográfico.

Antes, para a elaboração deste texto, preciso marcar a compreensão do corpo como um fenômeno vivo, médium e encruzilhada das camadas de composição que compreendem as performatividades pretas nos ambientes coreográficos tradicionais e contemporâneos. Portanto, além das práticas orais que incorporo em meu fazer, justo por seu caráter efêmero, é que sinto a necessidade da formulação e consequente notação em dança.

Me parece cada vez mais emergente, a garantia do assentamento das ideias em sistemas sígnicos de notação, em contraponto ao tempo desenfreado do progresso do qual os nossos corpos são também matéria, pois somente atentando para os “saberes da terra” (MAFFESOLI, 2021)[3] é que conseguimos deitar no “colo da ancestralidade” (BISPO, 2023)[4] esticando a nossa “duração no tempo” (LAPOUJADE, 2017)[5], na “tessitura da realidade comum” (RANCIÈRE, 2002)[6] dos nossos modos de ser ‘outras histórias em dança’.

Para tanto, me imanto do termo cunhado por Leda Maria Martins[7], “oralitura”, no intuito de pensar as práticas orais de transmissão e confluência de saberes tensionando, também, as performances escritas no corpo-tela e no plano do papel.

Assim, irei refletir sobre a prática da dança como intrinsecamente corporal e intelectual, ou seja, uma produção de natureza não-dicotômica que valoriza e compreende o ser/estar da dança como produção de saberes e articulações multimidiáticas e específicas.  Portanto, escrever, mover, desenhar, respirar, perceber, filmar, sentir, pensar, esquecer, roteirizar, memorizar, sonhar, imaginar, cantar, falar e atuar, são todos gestos também em dança.

A imagem mostra uma performance artística em que um indivíduo com cabelo volumoso e barba aparece em movimento, criando um efeito de desfoque e linhas de luz que atravessam seu corpo. A figura está em um ambiente com grandes janelas de vidro, permitindo ver prédios iluminados ao fundo. A iluminação e o movimento sugerem uma atmosfera dinâmica e experimental.

‘O Rodante’ da peça Bípede Sem Pelo no Sesc Avenida Paulista – 2024 | Créditos – Zuma Link | #ADnoTextoAlternativo #4ParedeParaTodes

Assim, me muno da noção/provocação de André Lepecki acerca dos planos de composição para a elaboração de danças contemporâneas:

Um plano de composição é uma zona de distribuição de elementos diferenciais heterogêneos intensos e ativos, ressoando em consistência singular, mas sem se reduzir a uma ‘unidade’. Todo objeto estético envolve em sua construção a ativação de mais de um plano de composição. Alguns dos planos de composição que distinguem a dança teatral como modo de fazer arte são: chão, papel, traço, corpo, movimento, espectro, repetição, diferença, energia, gravidade, gozo e conceito. Cada um desses planos não deixa de ser também um elemento de outros planos. Planos entrecruzam-se, sobrepõem-se, misturam-se, entram em composição uns com os outros, atravessam-se. Por vezes, mesmo, se repelem e se autonomizam. Isso não os impede, contudo, de permanecerem inter-relacionados no metacampo de expressão que os agencia – por exemplo, um metacampo chamado ‘dança’, construído, definido e desmanchado a cada novo e singular obrar, a cada nova peça que se dança. (2010, p. 13)[8]

 

fundamentos

Para evitar a armadilha da criação em dança esvaziada de envolvimento e crítica, tenho compreendido a importância de uma elaboração em dança que demande tempo, repetição e profundidade. Este modo de fazer está diretamente enovelado à noção de campo de composição enquanto zona ou instância deste metacampo ao qual, aqui, nomeamos dança. Assim, como um exercício de duração nas materialidades que fazem parte do processo artístico em que estamos imersos, elaborar, notar, transmitir e “corpar” os planos composicionais são fundamentos imprescindíveis para uma dança com maiores condições de eco entre os corpos e contextos na contemporaneidade.

Para tanto, irei compartilhar uma notação coreográfica e seus planos de composição, a fim de criar uma zona de confluência e transmissão desse modo de organizar os materiais efêmeros de nossas danças contemporâneas. A partir de um núcleo dramatúrgico, orientei este arquivo nomeando cada plano de composição um a um, me dedicando à elaboração conceitual e sensível de seus aspectos. Assim, Conceito, Materialidades, Peles, Luz, Teatro Colonial e Coreografia, conformam o Plano Coreográfico desta peça.

BÍPEDE SEM PELO[9]

Notação coreográfica escrita por

Alexandre Américo e Pedro Vitor

 PLANO COREOGRÁFICO

Conceito: O Bípede é resultado da dialética do natural e cultural. Animal humano da idade da terra, preto de cabelos crespos e barba emaranhada. De cabeça feita à Omolú, ele encarna o complexo paradoxo entre a vida e a morte, a praga e a doença. Um animal que busca os assombros dos mistérios que compõem a matéria escura de sua carne.

Materialidades: Os tecidos e a palha da costa como representação do orgânico. Solo terroso de espiral contorno e de um tempo incapaz de medição.

Peles: A Pele de dendê e mel reflete as coisas visíveis e

invisíveis, como o abebé de Oxum. Corpo escoriado, lamacento e

negro, carrega, em si, a justa potência de Nanã no barro, bem

como o trabalho de Ogum em sua cintilância azul.

Luz: Feito o antigo branco de dupla essência de Oxalá, a luz

circular cria e recria, constantemente, o mundo carnificado em

seus mistérios e macumbarias.

Teatro Colonial: Representação do inorgânico. Corpo da razão moderna, do tempo da cisão entre o oriente e o ocidente. Invenção expropriadora que invade, à base de sangue e aterramento, territórios e vidas que outrora dançavam em pisos de terreiro. Um ser duro e insensível, cuja única razão é perpetuar o delírio de ser Branco no mundo.

***

Todavia, vale lembrar a importância de um movimento intenso de ausculta ao processo de fazimento de refazimento das obras, pois à cada dança o que lhe é devido, ou seja, para cada dança faz-se necessário e urgente, a nomeação de seus próprios planos e instâncias, pois não há, em uma sequer dança, as mesmas condições de uma outra. Farejemos, então, o devir inaugural de cada acontecimento, convocando, sempre, outros modos de agenciamento.

Na medida em que a poética da obra vai se revelando, em meio às escolhas e seus materiais, descobrimos uma poética também desta notação.  A lógica misteriosa da escrita deve servir à ativação da peça, esse é outro fundamento importante. Com isso, quero dizer que a notação funciona como um tipo de arquivo, dispositivo ancestral de memória viva que, ao encostar no corpo daquele que pisa o terreiro da peça, possui o corpo/rodante como um santo. Dotando-o da presentidade encantatória da obra. Assim, o passado se matiza ao presente e ao porvir, inscrevendo a dança no corpo.

Uma imagem capturada durante uma performance artística, mostrando uma figura em movimento rápido que cria um efeito de desfoque fluido e colorido. A pessoa usa um figurino brilhante e volumoso, com detalhes em dourado, vermelho e verde, que gira intensamente, formando um padrão visual dinâmico. No cenário, há um ambiente com janelas de vidro e reflexos de luz externa, além de algumas pessoas sentadas ao fundo, observando a apresentação. A atmosfera sugere energia, expressão artística e intensidade performática.

‘O Giro’ da peça Bípede Sem Pelo no Sesc Avenida Paulista – 2024 | Crédito – Zuma Link | #ADnoTextoAlternativo #4ParedeParaTodes

Logo, oriento a escrita dos planos desde uma perspectiva performativa, que valorize a complexidade da peça. Podemos escrever ancorados na concretude das coisas, nos mistérios, ou matizando ambos. Talvez, a instrução mais efetiva seja: escreva orientado à construção imagética do acontecimento-dança. Isso quer dizer que devemos compreender que, inclusive, as emoções e os sentimentos também são imagens. Aliás, tudo o que percebemos e sentimos, cheiros, temperaturas, emoções, o “corpo propriamente dito” e todos os fenômenos estéticos fazem parte do que entendemos por imagem (DAMÁSIO, 2018[10]). Imagens alicerçam a mente e são a terra fértil e necessária à produção dos processos de consciência, é por isso que      sustentar as imagens que gestamos em dança é mais um fundamento que não podemos vacilar. Pois “as imagens competem” por suas ínfimas realidades (BITTENCOURT, 2012)[11].

 

sobre o plano coreográfico

Dessa forma, proponho uma escrita um pouco mais poética e coerente no tocante aos incontáveis e singulares planos composicionais da peça. Todavia, ao longo dos últimos quase 10 anos de criação coreográfica, percebo que um plano parece recorrente e comum às práticas em dança: o Plano da Coreografia. Nomeamos, nesta pesquisa, este modo de fazer notação em dança de Plano Coreográfico. Este, por sua vez, é composto pelos planos singulares de composição, bem como o Plano de Coreografia, que falaremos a seguir.

Com isso, sugiro que o Plano de Coreografia seja fundamentado a partir de cenas, quadros, momentos, atos, com suas nomeações próprias respeitando a poética da peça. Com uma escrita enfocando nos agenciamentos que o corpo/rodante media ao ser a encruzilhada das zonas tensivas de composição. A dança aqui é expressão das forças de composição dada a ver e sentir pelo corpo em estado de encruzilhada. Pois como confluem Helena Katz e Christine Greiner:

O corpo não é um meio por onde a informação simplesmente passa, pois toda informação que chega entra em negociação com as que já estão. O corpo é o resultado desses cruzamentos, e não um lugar onde as informações são apenas abrigadas (2005, p. 130-131)[12].

Portanto, é basilar que a escrita da coreografia siga uma lógica mais concreta e causal, de acordo com a sequência de acontecimentos dispostos no tempo, bem como costumeiro dos roteiros filmíticos.

 plano coreográfico:[13]

O preto que corre

No espaço escurecido, um caiçara corre circularmente revelando-se, em partes, por feixes de luz que recortam seu corpo vestido com um calção azul cintilante, típico dos momentos de futebol da população encarcerada.

A pausa ritual

Na penumbra, o bípede pausa em frente a um prato e uma xícara de ágata brancas. Ainda ofegante agacha-se e se banha com água, azeite de dendê e mel, respectivamente.

O mergulho

Levanta-se e vira em direção à palha da costa disposta no fundo esquerdo do palco. Seu corpo dobra lentamente pendendo seu tronco para frente. Fundindo-se à palha, ele pausa.

A revelação

Sustentando as palhas com a força de suas carnes, o bípede caminha em um pulso quaternário, lento e silencioso. Seu deslocamento espiralado é acompanhado pela luz, que revela todo o espaço à sua passagem. As palhas caem no centro das materialidades dispostas no chão. A caminhada em espiral continua agora distanciando-se do centro, até seu desaparecimento na periferia do espaço.

A dissolução na paisagem

O corpo adentra a paisagem outra vez. Abaixa-se, veste a matéria, bate a cabeça e os quadris no chão para dar início às torções e amarrações de todos os tecidos à sua cabeça.

A devoração

Pausa diante de outro emaranhado de tecidos. Lentamente, devora brilhos abaixo do monte.

A viração

Agarra o monte com as mãos e desloca-se para o centro do palco. Subitamente, vira o amontoado de panos em direção à sua cabeça desvelando penas e brilhos coloridos, tais como os caboclos.

A sustentação

Em meia ponta o bípede sustenta todo o peso de seu corpo e de

todas as materialidades sobre sua cabeça. Ele cai da meia ponta.

O giro

Ainda sustentando as materialidades sobre sua cabeça, ele inicia um giro suave no sentido anti-horário. Pouco a pouco, as coisas se desfazem na medida em que o pulso do giro ganha peso e velocidade. Ele tomba.

A morte-vida

No chão, em meio aos tecidos terrosos, materiais brilhosos e

coloridos, algo pulsa. Treme.

O quadrúpede

Parido pelas coisas, uma criatura quadrúpede desloca-se

lentamente até desaparecer na escuridão.

O rodante

Do breu sob uma contraluz, surge um bípede que pulsa axé e dança rodopiando como um brincante. Salta, gira e gira. Encantado, o ser dá corpo às manifestações culturais da terra cuspindo mel, saliva e brilho. A luz finda e o único que resta é a memória sonora, visual e olfativa daquilo que rodou.

FIM.

 

nota pós-plano coreográfico

Por fim, compartilho a notação coreográfica, na íntegra, junto a um pedido silencioso de cuidado. Acredito nas confluências, nas somas, mas sobretudo, na ética ancestral do respeito às nossas referências e ancestres, encarnados ou encantados. Que possamos ser co-responsáveis com o decurso dos saberes em dança. Que possamos, com essa notação, cantar, dançar, sonhar e inventar os nossos mundos comuns.

 

Notas de Rodapé

[1]  Artista caiçara e neurodivergente, pesquisador da Dança com Licenciatura em Dança e Mestrado pelo PPGARC, ambas pela UFRN. Hoje é atuante na área da investigação em Arte Contemporânea, com enfoque em estruturas performativas, improvisação e seus desdobramentos dramatúrgicos. Foi aluno especial de Doutorado em Estudos da Mídia, UFRN (2021) e Direção Artística da Cia Giradança (2018-2023), Natal-RN. Se interessa, também, pelos estudos da Cripstemologia (teoria aleijada) junto a artistas DEFs da periferia de Natal-RN, fundando a TORTA plataforma de arte expandida, ainda em 2024.

[2] Conformada em 2024, TORTA – Plataforma de arte expandida, é um projeto de pesquisa e experimentação comprometido com a produção e difusão de arte contemporânea numa perspectiva ANTICAPACITISTA, ANTIRRACISTA e ANTILGBTFÓBICO.  Compreendendo a condição híbrida das artes na atualidade, ele traz a noção de zona dissoluta como conceito de pesquisa e criação artística a fim de emancipar os corpos divergentes numa perspectiva acessível e racializada, no combate às desigualdades sociais. Aqui, a arte contemporânea se expressa dissolutamente sem fronteiras definidas à priori e admite a experimentação de linguagens artísticas, híbridas ou expandidas, no intuito de provocar deslocamentos, entortando e questionando a  realidade dada para abrir espaço à criação de novos mundos menos desiguais e potentes de pulsão de vida.

[3] MAFFESOLI, Michel (2021). Ecosofia: uma ecologia para o nosso tempo. São Paulo: SESC EDIÇÕES.

[4] SANTOS, Antônio Bispo dos (2023). A Terra Dá, A Terra Quer. São Paulo: Ubu Editora/PISEAGRAMA.

[5] LAPOUJADE, David (2017). As Existências Mínimas.  São Paulo: N-1 edições.

[6] RANCIÈRE, Jacques (2002). O Mestre Ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual. Tradução de Lílian do Valle. Belo Horizonte: Autêntica.

[7] MARTINS, Leda Maria (2021). Performances do Tempo Espiralar: poéticas do corpo-tela. -1ed.- Rio de Janeiro: Cobogó.

[8] LEPECKI, André (2010). Planos de composição. GREINER, Christine, ESPÍRITO SANTO Cristina, SOBRAL, Sônia (Org). Cartografia Rumos Itaú Cultural Dança: Criações e Conexões. – São Paulo: Itaú Cultural, p. 13-20.

[9] Sinopse

“O Bípede perdeu os pelos, o cérebro, a razão. Ele gira e na gira faz do mundo a carne de seu corpo”.

Esta peça torce a ideia do animal humano, o Bípede Sem Pelo, e revela, assim, feito um corpo-que-dança-em-transe-que-dança-corpo, um evento estético que nos põe em continuidade com as coisas mundanas, em giros, saltos cruzamentos e amarrações, devolvendo-nos um saber próprio das manifestações culturais da terra.

FICHA TÉCNICA

Dança e Coreografia: Alexandre Américo | Direção: Pedro Vitor | Interlocução Cênica: Laura Figueiredo | Interlocução Coreográfica: Elisabete Finger | Cenografia: Ana Vieira e Jô Bomfim | Luz: Camila Tiago.

[10] DAMÁSIO, António. A estranha ordem das coisas : As origens biológicas dos sentimentos e da cultura ; tradução Laura Teixeira Motta. —1 a ed. — São Paulo : Companhia das Letras, 2018.

[11] BITTENCOURT, Adriana (2012). Imagens Como Acontecimentos: dispositivos do corpo, dispositivos da dança. Salvador: EDUFBA.

[12] GREINER, Christine; KATZ, Helena (2005). O Corpo: pistas para estudos indisciplinares. São Paulo: Annablume.

[13] Teaser da peça

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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

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Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

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#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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