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Home›.Tudo›Acredite no Mistério | Entrevista – Aline Marosa

Acredite no Mistério | Entrevista – Aline Marosa

Por 4 Parede
13 de setembro de 2024
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Imagem – Daniel Barboza

O espetáculo infantojuvenil As Belas Coisas da Vida nos leva aos verões em São Pedro do Mar, onde o jovem Dom Miguel passa férias com o tio Tatí. Juntos, eles compartilham momentos de carinho e brincadeiras, construindo um laço afetivo profundo. Escrita por Aline Marosa e dirigida por Marcio Nascimento, que também atua, a peça destaca a beleza das pequenas coisas e o valor das relações humanas.

Ao longo da trama, o menino e o tio mantêm contato por cartas, enquanto a gaivota Clarim faz a entrega das correspondências. Com o passar dos anos, Dom Miguel descobre que o tio está perdendo a memória, o que o motiva a guardar suas lembranças mais preciosas. Nessa jornada, ele explora o universo das memórias e do tempo, compreendendo a importância de preservar o afeto.

Em entrevista à Quarta Parede, Aline Marosa fala sobre a peça, a pesquisa sobre Alzheimer e as inspirações que guiaram sua dramaturgia.

Como foi o processo de pesquisa sobre Alzheimer para a elaboração da dramaturgia?

A base da pesquisa foi a ciência. Pesquisei documentários, entrevistas e podcasts de diversos médicos e pesquisadores sobre a formação da memória no cérebro, o armazenamento de informações nos neurônios e os transtornos desse processo, ocasionados pelo Alzheimer. Também assisti a documentários e conversei com familiares que convivem com essa questão, para entender o que mantém os laços de afeto quando as memórias escapam. E, realmente, a resposta é sempre o amor.

Existem elementos autobiográficos ou referências pessoais na peça que você incorporou à dramaturgia?

Sim. Minha mãe faleceu em abril de 2023. O medo de encarar uma nova forma de amá-la — eu aqui e ela na eternidade — me ajudou a compreender o medo da perda que Dom Miguel, o protagonista, sente ao perceber que as memórias de seu tio estão escapando. Assim, a transmutação e a renovação do amor para outra forma de existência foram meus guias nessa escrita.

O castelo de areia é uma metáfora para esse corpo físico ou memória que escapa, mas cuja essência permanece. O mistério que envolve a vida, a morte, a perda e a renovação também se transformou em um integrante da obra. Tive que reaprender a confiar no mistério, que se encarna na cena — tanto em palavras quanto em personagem.

Qual foi o maior desafio desta criação, considerando o público infantil?

Adaptar o Alzheimer para uma linguagem lúdica. Encontrar metáforas e símbolos sobre a renovação das possibilidades de vida. Explicar como se forma e como se perde uma memória, além de descobrir outras formas de conexão para além da memória.

A música parece desempenhar um papel crucial na peça. Como você integrou a música ao texto e à narrativa?

Acredito que a música chega quando a emoção ultrapassa qualquer fronteira e se derrama em nós. Ela vem quando é inevitável, quando só ela poderia existir. Digo isso como instrumentista que sente quando a música quer chegar e até mesmo invadir. Nesses momentos, eu simplesmente a deixo fazer o que quiser.

Pode nos falar sobre algum momento ou cena específica da peça que seja particularmente significativa para você?

Sim! A carta do Tio Tatí para seu sobrinho, tentando acalmá-lo sobre o medo da perda de memória entre eles. Essa parte eu escrevi para os adultos — e para mim mesma:

“Vivi muitas aventuras nesse mundo. Algumas imaginárias, outras verdadeiras. Já dormi no deserto, no alto-mar e no topo de uma montanha. Já costurei com a linha do Equador. Já senti o toque das nuvens. Já escrevi livros, li muitos outros. Derrotei dragões de verdade e perdi para moinhos de vento. Passei por coisas que muitos consideram pequenas, mas que considero gigantes: a gentileza, o afeto, o carinho, o perdão, a honestidade. E tudo isso é tão profundo e intenso que minhas memórias iriam querer se espalhar por aí, como sementes ou pedrinhas. Seria impossível guardar tudo comigo. Agradeço sua preocupação, mas pode deixar, vou me cuidar. Mantenha-se aquecido no inverno, meu Dom. O Mistério gosta de calor. Um abraço, Tio Tatí.”

Desejo que todos os adultos possam sentir essa paz em relação às suas escolhas. Não é uma paz de desistência ou resignação, mas uma calma que vem da confiança na obra de si. Acredite no Mistério das Belas Coisas da Vida. Mesmo quando não for possível entender, é possível amar.

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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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