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Home›.Tudo›Crítica – Donos | Os donos são (os) outros – até quando?

Crítica – Donos | Os donos são (os) outros – até quando?

Por 4 Parede
6 de dezembro de 2019
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Imagem – Divulgação

Por Paulo Ricardo Mendes

Jornalista e Produtor cultural

“Ninguém ouviu, um soluçar de dor, no canto do Brasil// Um lamento triste sempre ecoou, desde que o índio guerreiro, foi pro cativeiro, e de lá cantou// Negro entoou, um canto de revolta pelos ares, no Quilombo dos Palmares, onde se refugiou// Fora a luta dos Inconfidentes, pela quebra das correntes, nada adiantou// E de guerra em paz, de paz em guerra, todo o povo dessa terra, quando pode cantar, canta de dor”

Clara Nunes (Canto das Três Raças) 

Em meio ao público, os personagens aparecem carregando compassadamente um balde, entoando o cântico negro supracitado, rompendo com o som ambiente de mais um dia de aulas no Centro de Artes e Comunicação (CAC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Estudantes e professores logo se aproximam dos atores e atrizes para observar a ação.

O trecho contado fez parte da performance Donos, do Coletivo Contantes da Resistência, que integrou a programação da XII Semana de Cênicas da UFPE. Na conversa que tive com George Swan, estudante da Universidade, integrante do grupo e autor do texto encenado, ele revelou que a apresentação foi construída em abril, nas ruas, junto às manifestações contra o desmonte da educação proposto pelo atual governo brasileiro, durante as apresentações ocorridas nos atos.   

Após uma sequência de encenações em diferentes lugares, o coletivo apresentou, no dia 04 de novembro, uma versão na íntegra desse trabalho, que aparenta sempre está se modificando. Na ocasião, todos os performers estavam reunidos, fato que nos outros momentos não aconteceu, segundo Swan. Eles somaram à apresentação, diluído no texto, o poema Os Ninguéns do escritor uruguaio Eduardo Galeano. Além disso, dois objetos cênicos foram adicionados: um balde, que minutos antes de iniciar a apresentação foi posto sobre um banco na Entrada do CAC. 

O balde, a princípio passa despercebido pelos transeuntes: talvez sozinho não seja suficientemente representativo. Será? Ele é coberto por fotos de Marielle Franco, socióloga e política brasileira assassinada em 2018; pela bandeira do Brasil e pelo símbolo fasces, com os dizeres Fascismo e Liberta, que delineia a ideia de poder e foi usado pelo ditador italiano Benito Mussolini, durante seu regime autocrático. O objeto ganha corpo quando é segurado pelos personagens negros. Todos eles carregam o balde como se estivessem segurando algo pesado, um fardo a julgar pela fisionomia dos atores e pela dificuldade deles ao andar. De dentro dele sai uma espécie de lama, que escorre pelas mãos dos personagens. 

Imagem do balde utilizado na performance “Donos” | Imagem – Halberys Morais | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Imagem colorida. Uma mão segura um balde. A imagem está com o foco no balde que possuí as imagens de Marielle Franco, mulher negra e política assassinada no Rio de Janeiro, em 2018. Além disso, possui imagens do símbolo do fascismo, regime autocrático italiano, coladas no balde.

A partir daí, surgem na performance inúmeros símbolos e objetos a serem observados: balde, lama, chutes, gritos, dor, Marielle e fascismo. Essa aproximação com o real dialoga com as características do teatro performativo, cujos elementos convidam os espectadores a mergulhar na ação. Num dado momento, os atores negros apanham e depois avançam em direção ao público com as mãos cheias de lama, cantando a música Lama, do grupo Mulamba, numa espécie de súplica, após serem humilhados pelos brancos. 

É lama, é barro, é doce, é mancha, é sangue, é feto…
Mulamba – Lama

Afinal, “Donos”. Donos do quê? Ou melhor, de quem? E quem são os donos? É certo que o título da performance expressa uma relação de poder, propriedade, aquele que possui algo, que tem posse. Na apresentação, esse poder expresso na forma de autoridade está, a princípio, nas mãos dos brancos, enquanto os corpos pretos são violentados pelos patrões (poderiam ser também padrões). Percebe-se isso quando durante boa parte da apresentação os negros encontram-se abaixados em constante contato com o chão, expressando algo de inferioridade, sem levantar a cabeça para se comunicar com os seus Donos. Obedecendo às ordens. Enquanto os brancos apresentam-se imponentes, emitindo um ar de superioridade pelo semblante. 

Na performance, não há recursos cênicos como luz, sonoplastia ou um cenário montado, são apenas os performers rodeados pela plateia. Os atores usam esse lugar da experiência para explorar corpos, sensorialidades e provocar novas formas de percepção no público, visto que a apresentação acontece em lugar improvisado, em plena luz do dia. 

Há também um contato físico entre os atores por meio de tapas, puxões de cabelos e gritos, gestos que são ensaiados, mas na apresentação precisam transparecer o mais real possível. Realidade e ficção se interseccionam ao longo dos 15 minutos de performance. 

De forma anacrônica, os brancos violentam os pretos, que estão retraídos no chão, chorando, sendo obrigados a limpar a sujeira dos patrões. Este fato remete à escravidão, mas também dialoga com outras formas de agressão ao negro que persistem na atualidade: desigualdade social, estigmatização, perseguição policial, etc. 

Performance “Donos” | Imagem – Autor(a) Desconhecido(a) | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Imagem em preto e branco. No primeiro plano, dois homens e uma mulher vestidos de pretos encaram alguém do lado direito da câmera. Em segundo plano, um público de pessoas que assistem a performance.

Donos tem proposta valiosa, uma vez que denuncia a violência cotidiana, costurando a narrativa com elementos relacionados à escravidão. Assim, permite suscitar reflexão e reacender novos debates sobre os problemas sociais carregados pelo negro em um ambiente predominantemente dominado por brancos.

Segundo o IBGE (2019), pela primeira vez as universidades brasileiras possuem 50,3% de negros em seu corpo discente. A inserção de grande parte desses estudantes ocorreu devido à política de cotas. Apesar do acesso, a universidade ainda é um espaço educacional desigual. Logo, promover também essa discussão por meio da arte tem grande valor.

E quando esses corpos além de sofrer discriminação racial, ainda passam a ser violentados pela orientação sexual (lgbts) e pela classe social (pobres, periféricos)? Na performance, uma personagem branca, após chutar um negro, diz: “Não basta ser negro, tem que ser pobre e viado!”. Infelizmente, esse comentário ainda é muito comum na vida das populações vulneráveis, o que, no atual momento político, tem se agravado pelos discursos conservadores.

Esses debates dialogam com a metodologia do Teatro do Oprimido, proposta pelo diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta brasileiro, Augusto Boal, na década de 1970; e que surge como forma de resistência ao contexto autoritário e de censura da época. Nesse sentido, Boal, mesmo vivendo na época da ditadura militar, persiste na ideia de um teatro político com o intuito de denunciar o cenário opressor, trazendo à tona questões ligadas à igualdade, justiça social e libertação humana. 

Em Donos, o processo de criação que resultou na performance ocupa esse lugar político, contra-hegemônico que, assim como o teatro do oprimido, é instrumento de transformação social. Nas palavras de Boal, “Não basta produzir ideias: necessário é transformá-las em atos sociais, concretos e continuados”. 

Na apresentação, após sofrerem ataques, os negros reagem. Eles se dão as mãos. Os personagens se erguem. Empoderam-se. Pronunciam algo como lugar de preto é onde ele quiser. Afrontam os opressores. Despejam a lama em cima dos brancos. Eles podem. Assumem o poder. As imagens de resistência é o que fica de Donos.

Este texto é fruto da parceria entre o 4 Parede e a Semana de Cênicas (UFPE), na 1ª edição da ação formativa “Cobertura Crítica”, projeto idealizado e ministrado por Lorenna Rocha e Rodrigo Dourado.


Referências

SIMONI, Mariana. Dilemas e desafios na contemporaneidade atos e desafios teóricos: sobre performatividade no teatro contemporâneo. III Simpósio Nacional Discurso, Identidade e Sociedade (III SIDIS). Campinas, 2012. (acesse AQUI)

OLIVEIRA, Cristiane Souza de. Do teatro a performance – um lugar de colapso. Revista landa. Vol. 6 N° 1, Rio de Janeiro: 2017. (acesse AQUI)

GUIA DO ESTUDANTE. Quase metade dos estudantes de universidades veio de escolas públicas. Visto em 10/11/2019. (acesse AQUI)

FILHO, José Pereira Peixoto. MARQUES, Emiliana Marilia Diniz. Teatro do oprimido e educação: perspectivas para as práticas escolares na atualidade. acesse AQUI)

TagsCríticaNegritudesPaulo Ricardo MendesPerformanceSemana de Cênicas da UFPEUniversidade Federal de Pernambuco
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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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