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Home›.Tudo›Crítica – O Encontro da Tempestade e a Guerra | Entre o Sagrado e o Acrobático

Crítica – O Encontro da Tempestade e a Guerra | Entre o Sagrado e o Acrobático

Por 4 Parede
12 de novembro de 2025
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Imagem – Divulgação

Por Camille Benedita Rossiter Sá Oliveira e Edna Paula Oliveira Andrade

Em meio à força musical e à leveza dos corpos, O Encontro da Tempestade e a Guerra convida o público a refletir sobre a presença dos orixás na natureza e sobre nossa própria conexão com ela.

Apresentado no dia 25 de outubro de 2025, a convite do 28° Festival de Dança do Recife, no Teatro Apolo, o espetáculo traça um recorte na cultura afro, buscando, por meio do circo e dos arquétipos dos orixás, promover uma interação harmoniosa com a natureza. A pesquisa parte do entendimento de que cada orixá está presente nela e de que, ao nos conectarmos com eles, podemos reconhecer nossa própria natureza — não apenas pensando em preservá-la, mas em estabelecer uma relação saudável com ela.

Coreografado por Alex Batista, que também assina a produção e a direção, o espetáculo tem duração aproximada de 40 minutos e inicia com a entrada de  Rob Silva em cena, segurando um bastão de madeira, vestes e turbante azuis, ao som da música “Festa Pra Ogum”, do grupo Bongar. Seus movimentos são fortes e precisos, remetendo a ações de caça, e demonstra grande controle muscular e rítmico. A outra intérprete em cena é Hammai Assis, que entra vestida com uma pele de búfala, manifestando atenção e sutileza em seus movimentos.

Toda a apresentação estabelece um diálogo poético com os movimentos característicos do circo, ao incorporar o trampolim, as argolas e o tecido acrobático. No entanto, para além de uma simples exibição de técnica, esses elementos são atravessados pelas forças e energias dos orixás.

Uma das grandes dificuldades que permeiam o fazer artístico é a falta de recursos, e, para o Circo Experimental Negro, não foi diferente. Inicialmente, os artistas investiram recursos próprios, redirecionando verba de outros trabalhos para a pesquisa do espetáculo apresentado no 28º Festival de Dança do Recife. Foi por meio da Lei Paulo Gustavo, em 2013, que conseguiram financiamento para montá-lo. A visão dos artistas é bastante grandiosa, com muitos elementos cênicos que exigem montagem e transporte específicos, o que dificulta a adequação aos espaços cênicos e o pagamento dos custos que a estrutura requer.

De acordo com Rob e Hammai, o foco do grupo é levar o elemento estético da negritude aos palcos e também às escolas, a fim de atender à Lei 10.639, que torna obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira em todas as escolas públicas e privadas de ensino fundamental e médio no Brasil. Por meio de suas apresentações, o Circo Experimental Negro promove o letramento racial e pratica o ativismo cultural, buscando manter seu trabalho vivo.

O espetáculo O Encontro da Tempestade e a Guerra cumpre o objetivo dos artistas ao apresentar — ou reforçar, para aqueles que já conhecem — o conhecimento ancestral e indispensável dos orixás. As músicas selecionadas, a iluminação, a caracterização (figurino, maquiagem e objetos cênicos) e, principalmente, a movimentação e interpretação dos artistas trabalham em conjunto de forma extremamente eficaz para a construção e identificação dos personagens ao longo da obra.

A performance é dividida em cenas que alternam entre os dois personagens e tem como base uma mistura harmoniosa entre a linguagem circense e a dança. Nos momentos dançados, os movimentos são ora guiados pela letra, ora pelo ritmo predominante da música, ora por instrumentos específicos. Esses aspectos são amplamente explorados durante a encenação.

É interessante ressaltar a conexão dos figurinos com a obra. É Rob quem nos explica que quando entra em cena com o turbante azul, o figurino faz parte de um projeto de pesquisa inspirado nos tuaregues — os “homens azuis do deserto”. Por serem islâmicos, eles não vestem nem utilizam ouro, apenas prata, e Ogum também é associado ao uso de aço, prata e ferro. Além disso, o uso de objetos como o facão, as espadas e a haste surge como um elemento de ligação simbólica.

É também Rob quem nos relata que existe um itan de Ogum no qual ele declara a um povo que, uma vez por ano, na exata data em que partiu, a população deveria fazer um voto de silêncio e permanecer sem comer. Um dia, ao retornar da guerra justamente nessa data — sem recordar da ordem que ele próprio havia dado —, Ogum, tomado pela ira, ataca as pessoas, até que uma delas, desesperada, o lembra do voto. Envergonhado pelo seu comportamento, Ogum reconhece o erro e decide nunca mais usar a espada, fincando-a no chão, que se abre; então, ele se encanta. Esse momento é reproduzido no espetáculo para retratar a importância dos ensinamentos que essas histórias carregam.

Os orixás trazem, nos itans, que são as narrativas místicas a eles associadas, tanto aquilo que precisamos cultivar quanto o que devemos evitar. A energia da guerra é importante no sentido de nos impulsionar a lutar pelos nossos direitos, mas não deve se sobrepor à justiça, ao bom senso e ao afeto — caso contrário, acabamos cometendo erros.

 

 

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Rob Silva iniciou sua trajetória na ginástica artística, permanecendo na modalidade até 1989. Em 1981, deu início à sua jornada na dança, nas modalidades neoclássica e balé clássico. Estreou no circo em Londrina, utilizando o aparelho argolas, assim como o faz no aqui referido espetáculo. Posteriormente, morou em São Paulo por oito anos e, durante esse período, teve contato com a dança contemporânea. Retornou, então, a Londrina e formou uma trupe com Sérgio Oliveira, a partir da qual desenvolveu a Associação Londrinense de Circo, a Escola de Circo de Londrina, entre outras conquistas e realizações. Anos depois, a dupla se associa a Hammai Assis e, juntos, criam o Circo Experimental Negro.

Hammai Assis iniciou sua trajetória nas artes por meio da música, na Escola Municipal de Arte João Pernambuco, em Recife. Posteriormente, migrou para o teatro, participando de diversas oficinas e apresentações voltadas especialmente ao público infantil. Mais tarde, ingressou nas artes circenses, tornando-se artista, educadora e formadora de educadores por meio de oficinas do Cirque du Soleil. Integrou a Rede Circo Mundo Brasil, principal referência de Circo Social no país, onde atuou como socioeducadora.

Durante a pandemia, Hammai percebeu uma falha na Rede Circo Mundo Brasil: havia muitas pessoas brancas dando aulas para pessoas negras da periferia. Diante disso, propôs a criação de um núcleo de afrocentricidade, com o objetivo de desenvolver pedagogias antirracistas na rede pública de ensino. Juntos, Sérgio Oliveira, então presidente da Rede, Hammai Assis e Rob Silva, dão início ao desenvolvimento do projeto. Durante dois anos, no período da pandemia, realizam diversas ações, como rodas de conversa, formações e apresentações on-line.

Ao fim da pandemia, o trio dá continuidade aos trabalhos com a craição do Circo Experimental Negro, que permanece ativo até hoje e fortalece o protagonismo negro na cena circense pernambucana.

 

Crítica produzida em parceria com a disciplina Dramaturgia e Apreciação Crítica em Dança – Docente: Francini Barros Pontes | CAC | UFPE

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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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