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Crítica – O TEMPO DAS LEBRES | o tempo é cíclico, o cansaço permanente: o tempo não-horário das lebres e do bicho gente

Por 4 Parede
12 de novembro de 2025
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Imagem – Anderson Stevens

Por Dandara de Morais

“Merece um tiro quem inventou a bala” – Miró da Muribeca. É com essa frase, responsabilizando inventores e invenções que regulam e violentam nosso modo de sobrevivência, que resolvo iniciar essa dança para, no caminho, complexificar uma discussão já deveras antiga que atravessa a sociedade, seus povos e acontecimentos cíclicos: o tal do tempo. O relógio não dita o tempo, ele dita as horas que são utilizadas como medida para controle do que não pode ser controlado: o tempo natural de todos os seres, animados e inanimados, existentes no planeta terra.

Uma invenção egípcia, o primeiro registro de um relógio é datado no Egito antigo, mais precisamente em 1500 a.C., quando aqueles povos que ergueram pirâmides sem a ultra-tecnologia existente nos dias atuais, usavam a luz solar como guia para suas atividades cotidianas. Não existiam horas, existia movimento, observação e resolução, resultando num saber ancestral, uma ciência aplicada em modos de sobrevivência que passa a ser substituída, com o passar dos anos, dos séculos e do milênio, por necessidades impostas socialmente. E é exatamente isso que assistimos na sexta feira 25 de outubro de 2025, a luta contra o tempo, as horas e o controle de corpos distintos, no novo espetáculo O TEMPO DAS LEBRES, da Cia. Etc, em comemoração aos 25 anos da companhia, que integra dança, audiovisual, performance e arte sonora em mais um trabalho instigante e questionador. Na direção e em cena Marcelo Sena e Filipe Marcena encenando danças, gestos e imagens que brincam com a mente do telespectador num jogo cênico repleto de estímulos visuais e sonoros incessantes.

Seguindo o embalo do espetáculo, trago aqui palavras do próprio Marcelo, que, ao final da apresentação agradece toda a equipe e traz a informação de que o espetáculo foi baseado no livro O Tempo Das Lebres: ensaio sobre um rebento contemporâneo do filósofo José Antônio Feitosa Apolinário, tio de Filipe, natural de Triunfo, cidade que foi a segunda parada da turnê de estreia do espetáculo que ocupou um dos estúdios da TV universitária – TVU, em Recife. O livro foi lançado durante a pandemia em PDF disponível AQUI , quando diversas pessoas foram acometidas por sintomas psíquicos como ansiedade, depressão e o famoso burnout, em que o corpo não aguenta mais a exaustão de correr contra o tempo horário para produzir e ganhar dinheiro. A ideia do espetáculo surgiu em 2019, enquanto Marcelo lia o livro e, automaticamente, se viu dançando de motoqueiro, essa criatura que insiste em lutar contra o tempo em sua máquina veloz e extremamente letal, o que me faz lembrar a máxima “apressado come cru”, dito popular que critica o afobamento na realização das tarefas.

Um telão presente durante todo espetáculo dá o start, exibe toda a ficha técnica da obra e apresenta a palavra FIM – KRAJ, TAPITRA… – repetidamente em diversos idiomas, introduzindo lentamente o conceito de tempo invertido e a crítica à aceleração proposta no espetáculo. A escolha do espaço não é por acaso, contando com elementos clássicos de um SET de filmagem na cenografia como o objeto multiuso chamado carinhosamente por 3T (três tabelas, um caixote de madeira vazado estrategicamente para permitir o manuseio), diversos tripés com luzes vermelhas e verdes que também são personagens, formando inúmeros caminhos entrecruzados de fios cobertos por fitas listradas que gritam “cuidado, aqui seu tempo tropeça e pode cair”, refletores, telão, projetor…diversas parafernalhas que nos jogam para um SET de filmagem, e quem não ama o cinema?

Talvez seus fazedores, pois o audiovisual é a linguagem artística mais cara de se re-produzir, e também a mais desgastante e adoecedora, com uma jornada de trabalho de 12h num esquema 6/1. Cansaços, exaustões, ansiedades, crises… doenças essas que foram enfrentadas durante o processo criativo e foram reconfiguradas, servindo como matéria prima para a criação do espetáculo. Um exemplo é a fase burnout, cena em que Filipe dança trazendo exclusivamente para o corpo, movimentos que lembram um colapso, enquanto o foco de luz apontado diretamente para ele vai diminuindo de tamanho, lembrando e reforçando a ideia de que não há mais tempo para nada.

Para que O Tempo Das Lebres seja fidedigno ao estresse que é produzir arte no Brasil, uma figura muito pontual entra e sai de cena representando um AD, assistente de direção, pessoa responsável por acelerar o processo criativo num set de filmagem, que bem sabemos, não pode ser medido no tempo hora inventado pelo homem. A presença desse ser que corporifica essa pressa, trazendo um sanduíche e água mineral para serem engolidos em ínfimos três minutos mostrados na contagem regressiva do telão. A trilha sonora em batidas techno lembra que é preciso correr, por mais que outros sons e melodias, como uma ópera em gritos de melodrama, fosse intercalada com as batidas, elas estavam sempre presentes.

Com uma tempestade de referências ao universo pop – desde o figurino remetendo ao Batman e ao grupo de música eletrônica Daft Punk, às poses de super-heróis, dancinhas de TikTok e um fim digno do filme 2001: Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick – todas as referências me pareceram ser pensadas minuciosamente para causar desconforto em quem assiste, tecendo um fio de informações que bailam num tempo que corre e dilata e, inclusive, é manifestado em imagens, como a escolha de trazer o timecode no telão, código de tempo digital precioso de sincronização de elementos como som, imagem e efeitos visuais, essencial para o andar da carruagem sem colocá-la na frente dos bois.

Ambos dançarinos/diretores (geração Millenial e geração X) alongadíssimos e ativos, provando que nunca é tarde para a arte, o etarismo não tá com nada, basta conhecer seus próprios limites e potenciais, e investir tempo justamente onde se sabe que a batalha está ganha. Mas, o tempo imprime marcas no nosso corpo, e pude analisar a mesma movimentação sendo executada por ambos os bailarinos, de diferentes formas, um corpo levemente mais acelerado, frenético, e menos aterrado que o outro. É impossível ganhar do tempo! Até no corpo ele se imprime. Como o burnout, a luta de um corpo cansado, que não possui mais forças para ficar em pé, e mesmo assim insiste. Até colapsar.

Nas religiões de matriz africana, uma árvore é associada ao tempo. O orixá Iroko é representado por uma gameleira no Brasil, e quem melhor para falar de tempo do que uma árvore? Que faça chuva, faça sol, resiste ao tempo e suas ações. E resistir aos estímulos da única cena durante todo espetáculo que dilata e suspende o tempo: o ato sexual. Numa crítica às relações que andam cada vez mais superficiais, o casal simula um ato sexual vagaroso, sexy e gostoso, ritualizando momentos em que ainda nos damos o direito de interagir com quem está na nossa frente, e não dentro de uma tela a kms de distância.

O tempo é cíclico, o cansaço permanente. As horas foram inventadas para controlar o tempo, domesticá-lo. Mas, há tempo para tudo. Só não tem jeito para a morte. Tempo não se perde, se ganha lá na frente. O que acontece com quem não acompanha o ritmo ditado pela sociedade como certo? O Tempo das Lebres denuncia em corpo, imagem, som e luzes a luta interminável contra as horas, e não o tempo Iroko.

 

“sei que nem tudo tá certo, mas com calma se ajeita”

                                         desabafo/deixa eu dizer – Marcelo D2

 

orixá Iroko (autor desconhecido)

 

Iroko (do yorubá Íròkò) é um orixá do candomblé Ketu. No Brasil, é associado à árvore conhecida como gameleira.  Corresponde ao vodum Loko no candomblé Jeje e ao Nkisi Tempo no candomblé bantu, Em todas as reuniões dos Orixás está sempre presente Iroko, calado num canto, anotando todas as decisões que implicam directamente na sua ação eterna. É um Orixá pouco conhecido dos seres vivos ou mortos, nascidos ou por nascer. Toda a criação está nos seus desígnios. É o Orixá Iroko, implacável e inexorável, que governa o Tempo e o Espaço, que acompanha, e cobra, o cumprimento do Karma

de cada um de nós, determinando o início e o fim de tudo.

 

S A U D A Ç Ã O: Iroko Issó! Eeró! Iroko Kissilé

(Salve grande Iroko! O Senhor de todas as árvores!)

 

ÈRÓ = CALMA em Yorubá

 

LEIA

 O CHEIRO DAS LEBRES

Crítica produzida em parceria com a disciplina Dramaturgia e Apreciação Crítica em Dança – Docente: Francini Barros Pontes | CAC | UFPE

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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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