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Home›.Tudo›Não dá pra sair ileso quando se é negro | Entrevista – Cia. de Teatro Negro MACACADA

Não dá pra sair ileso quando se é negro | Entrevista – Cia. de Teatro Negro MACACADA

Por 4 Parede
18 de junho de 2024
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Imagem – Camila Ferreira

Nos dias 28 e 29 de junho a Cia. de Teatro Negro MACACADA apresenta as performances NONADA e DE MIM, CORRO BAMBA no MAMAM. Nascida no audiovisual, a performance NONADA agora ganha o formato presencial e ao vivo, onde o público é guiado pelos dois corpos que não carregam nada além de, cada um, seu colar de madrepérola, por uma travessia de condicionamentos humanos, buscando refletir o primitivo no contemporâneo. A performance DE MIM, CORRO BAMBA, por sua vez, demarca a realidade num espaço-tempo incontrolável, provocando reflexões sobre a conquista de territórios saturados.

Para saber mais sobre os processo de criação em torno das performances, o diretor Luiz Apolinário conversou com o co-editor-chefe do Quarta Parede, Márcio Andrade.

Vocês podem falar um pouco sobre como foi o encontro de vocês e a formação da Cia. de Teatro Negro MACACADA?

A Cia. de Teatro Negro MACACADA surge em 2022, como um selo teatral da produtora cultural TINHA QUE SER NEGRO – esta que surge em 2020 –, ambos projetos idealizados por Luiz Apolinário, a fim de viabilizar e impulsionar artistas, produtores e narrativas negras e indígenas.

Como a produtora surge para abraçar todas as linguagens artísticas – trabalhamos com cinema, música, poesia-literatura e teatro – sinto a necessidade de abrir um selo voltado especialmente ao teatro, que sempre foi o meu caminho na arte e foi colocado em segundo plano devido à demanda e à falta de oportunidades para se fazer teatro em Pernambuco. Claro que também é difícil fazer música, cinema, literatura, mas o Funcultura tem um edital voltado exclusivamente ao audiovisual enquanto teatro fica dentro do edital geral, por exemplo.

A partir, então, da ideia de uma Cia. de Teatro Negro, a primeira coisa que busquei, enquanto idealização, foi um nome, que demorou a vir, mas MACACADA se apresentou como uma ótima opção, quando ouvi uma amiga usando esse termo de forma irônica, seguindo a mesma ideia da expressão TQSN, aí tudo casou.

Então fui reunindo pessoas. Diana Paraiso, idealizadora da produtora GRAVE!, que é nossa produtora desde sempre e alguns dos artistas que estão conosco, alguns em um projeto, em outro não, mas seguem fazendo parte. Claro, no começo não tínhamos orçamento nenhum e todos esses artistas (uns dez) foram reunidos pela loucura que é fazer arte, mas logo depois conseguimos um pequeno incentivo vindo de editais e deu pra segurar.

A abordagem das temáticas em torno das memórias das negritudes e das violências históricas, sociais, físicas transparece nos trabalhos de vocês. Como essas temáticas foram surgindo nos encontros de vocês?

Não dá pra sair ileso quando se é negro. É recorrente, às vezes nós mesmos cansamos, mas tudo está na maneira de nos expressar. Os temas são inerentes e por mais que se tente fugir já estamos demarcados pelas violências, então quando nos reunimos, no início, lá em 2022, algumas coisas estavam intrinsecamente pré-definidas, de acordo com a bagagem (especialmente a bagagem racial) de cada um, o trabalho era fugir do lugar comum. É onde surge a performance NONADA.

De lá pra cá, com a voraz necessidade de cuspir racismo devidamente controlada – não adormecida –, a Cia. agora estuda o caminho inverso, se começamos a partir das nossas subjetividades, agora estamos com sede do outro, o que naturalmente deságua em nós mesmos.

Imagem colorida de uma sala com chão de madeira e paredes brancas. No chão, estão sentadas três pessoas negras (dois homens e uma mulher), com vestimentas distintas. Diante deles, um conjunto de papéis e canetas, usados para o trabalho de ensaio de uma performance

Registro Ensaio da Cia de Teatro MACACADA| Imagem – Camilla Ferreira | #ADnoTextoAlternativo #4ParedeParaTodes

Além disso, o coletivo vem trabalhando com o atravessamento de linguagens como teatro, dança, audiovisual etc.. Como foi o interesse nessas conexões dentro do grupo?

Isso se dá muito porque a MACACADA surge como um selo da TQSN, uma produtora que lida com as múltiplas linguagens artísticas. Mas é algo que buscamos fazer com cuidado. Teatro é teatro. Ao vivo, na hora.

Quando realizamos algum projeto audiovisual e colocamos o selo da Cia. é porque a proposta é expandir a discussão teatral, não estar fazendo teatro propriamente dito. É cinema, mas cinema que se vale de dramaturgia, por exemplo, ou mesmo em formatos mais documentais.

No segundo semestre, vamos lançar a segunda edição de um projeto chamado MACACADA EXPERIMENTAL, onde produzimos vídeo-performances que dialoguem com o fazer teatral. Na primeira edição, foram performances que nasceram para a experiência ao vivo e registramos em vídeo-performance. 

Agora, estamos com uma edição intitulada “Solilóquios”, onde grandes solilóquios do teatro mundial, numa curadoria de Luís Reis, foram filmados no palco do Teatro de Santa Isabel. Então, é teatro? Não acredito. Mas uma forma de trabalhar com ele, de fazer ele chegar em mais pessoas e provocá-las ao fazer, de fato, teatral. Estamos nessas vias, com projetos em audiovisual, que discutam teatro, e também com projetos de performances e espetáculos para serem lançados.

A performance NONADA transparece uma experiência de relação entre as ancestralidades, as descobertas e os enfrentamentos entre os corpos a partir de uma certa itinerância entre espaços distintos. O que interessava a vocês discutir como ponto de partida e como foi o desenvolvimento da performance?

NONADA surge, também, como uma maneira de brincar com o nome da Cia. – MACACADA –, que pode nos remeter ao primitivo. Assumindo que somos primitivos, então, qual a questão? Quais condicionamentos nos são postos? A existência – e só ela bastaria, mas – a fé, o desejo, as fomes, etc. Essas tão faladas características nos escancaram enquanto sociedade primitiva.

Quando cheguei com a ideia, e eu já sabia quase tudo (digo, a dramaturgia, a história que queria contar e os elementos com quais queria brincar, essa coisa de um elemento ir dando noutro) – com exceção do final e do título, Falik e Pato (que protagonizaram o filme). NONADA surge como um curta-metragem em 2022 e, apenas em 2024, decidi trazer ela pro formato ao vivo, acreditando que esse tempo foi fundamental para circulação do filme e maturação de como trazer para o ao vivo. 

Eles toparam no ato e foram propondo também. Passamos por um processo imersivo de ensaios, testando possibilidades, e também diversos títulos surgiram até eu chegasse em NONADA, uma referência à Grande Sertão: Veredas, do Guimarães Rosa. No Ao Vivo, permanecendo com Falik e chegando Sérgio Black pra dividir cena, além do desafio de trabalhar os corpos para performance, porque uma coisa é fazer cinema e outra fazer teatro, outros desafios surgem, como encontrar espaços que possam receber NONADA. 

Para a gente é fundamental manter a itinerância da performance e Recife e Região Metropolitana não possuem muitos lugares que tenham arquitetura que caiba a performance ou, quando cabem, não aceitam nudez no espaço, que é outra questão recorrente nas nossas tentativas de levar a performance.

E o gostoso nisso é que essa é uma das questões levantadas por NONADA, onde os performers vão desaguando em condicionamentos involuntários mas especialmente quando caem em roupas, escolhem continuar sem elas, buscando o vestir no lugar de real-primitividade. Então, é ver que realmente não estamos tão longe da primitividade proposta na performance.

Acaba que NONADA reverbera e tem chegado nas pessoas de maneiras diversas, a ponto de conseguirmos realizar o que seria uma sequência da performance, intitulada TRAVESSIA – ainda em referência à Grande Sertão –, que nasce nesse 2024 como um curta-metragem, e em 2025 vai para o Ao Vivo. Agora protagonizado por um único performer (Roby Nascimento), TRAVESSIA discute as questões já apresentadas em NONADA, agora sob a ótica da contemporaneidade.

Imagem colorida de uma sala com chão de taco e paredes brancas e alguns quadros pequenos pendurados. O espaço é repleto de cadeiras pretas e, dentre elas, caminham um homem e uma mulher negros. A mulher aparece em primeiro plano, derramando sal no chão. O homem aparece ao fundo da imagem, observando a mulher.

Performance DE MIM, CORRO BAMBA | Imagem – Camilla Ferreira | #ADnoTextoAlternativo #4ParedeParaTodes

Em DE MIM, CORRO BAMBA, por outro lado, transborda uma relação conflituosa com o território e a memória com uma cena centralizada em um único espaço amontoado de cadeiras. Como vocês chegaram a estas escolhas de abordagem?

A construção de DE MIM, CORRO BAMBA é engraçada, porque ela surge dentro de um processo criativo onde estávamos em sala de ensaio estudando textos do teatro contemporâneo e muitos (dos que estávamos utilizando) traziam essa questão territorial, o que implica diretamente em questões identitárias. Esse é o ponto de partida. Estávamos tratando disso.

Então, como recurso para ampliar nossos estudos, realizei uma bateria de exercícios com Roby e Ruibeni e, ao final, disse que na semana seguinte eles apresentariam uma proposta de performance que trouxesse os elementos provocados nos exercícios. E nasceu. Claro que para ir ao público alterações foram feitas e os estudos foram aprofundados, mas os elementos que vemos hoje também estavam nessa primeira proposta. 

A cadeira é um instrumento de demarcação, buscamos isso na brincadeira infantil de rodar e sentar na cadeira (onde também há conflito), porque pra esse jogo funcionar já tem que começar com mais pessoas do que cadeiras (sempre sobra alguém!), até que vai saindo um por um, retirando também uma cadeira, e o mais rápido vence. Isso é território. Claro, é simplesmente uma brincadeira muito divertida, mas também nos provocou.

E assim foi, os outros elementos foram surgindo e a performance foi se impondo bastante também… não tínhamos como sair em itinerância, por exemplo, quem vai abandonar o espaço que tanto demarca? Tanto que a performance não termina, os performers poderiam ficar toda uma eternidade parados, demarcando o espaço que lhes coube, por isso pedimos a retirada do público, diferente de NONADA, onde os artistas saem de cena, em DE MIM, CORRO BAMBA as personagens jamais abandonariam seu pedaço de terra.

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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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