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Home›.Tudo›Um grito de alegria e de angústia | Entrevista – Rodrigo França

Um grito de alegria e de angústia | Entrevista – Rodrigo França

Por 4 Parede
2 de julho de 2024
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Imagem – Rai do Vale

Com direção e dramaturgia de Rodrigo França, o espetáculo Angu, idealizado por Alexandre Paz e Nina da Costa Reis, busca subverter o olhar social fetichista que objetifica, coisifica, criminaliza e hiperssexualiza as “bixas pretas”,  cumpriu sua primeira temporada em São Paulo. Com texto que concorreu ao Prêmio Shell de 2024 pelo Rio de Janeiro, a trama aborda histórias de “bixas pretas” se entrelaçam, mostrando ao público que as vidas dessas pessoas não se resumem apenas às situações de violência.  

Além de evocar narrativas passíveis e possíveis envolvendo negros gays, a montagem celebra e agradece ícones como Madame Satã, Gilberto França; o bailarino Reinaldo Pepe; Rolando Faria e Luiz Antônio (Queer Les Étoiles) e Jorge Laffond. Em cena estão Alexandre Paz, João Mabial e Orlando Caldeira. Para saber um pouco mais sobre o processo de criação, o diretor e dramaturgo Rodrigo França conversou com o co-editor-chefe do Quarta Parede, Márcio Andrade.

O espetáculo ‘Angu’ busca subverter o olhar social fetichista que objetifica, coisifica, criminaliza e hiperssexualiza as “bixas pretas”. Como surgiu o interesse de abordar essas temáticas e como foi o processo de construção dramatúrgica?

Na verdade, eu costumo dizer que esse espetáculo nada mais do que um grito de alegria e de angústia, essas pessoas estão no nosso dia a dia. São pessoas que estão no nosso trabalho, são familiares, estão na nossa história, estão próximas, ainda lutando, ainda lutando por algo mais básico – que é a dignidade humana. Então, essas pessoas estão no meu imaginário, é óbvio que o trabalho é ficcional, mas inspirado no dia a dia de gente que só quer ser o que é.

O espetáculo propõe uma mistura entre seis histórias com personagens distintos. Como foi o processo de integração do elenco para se encontrar nesses personagens? As experiências pessoais deles também foram se incorporando à dramaturgia?

Foi um processo de confiança, porque foram várias histórias, construídas a partir de um quebra-cabeça. E eu fui estabelecendo uma ordem, uma ordem muito pessoal que beirava à subjetividade. Então, até está tudo muito levantado, pronto, encenado, foi um processo de confiança, que o elenco confiou bastante. Eles sabiam que aquilo que estava sendo proposto pelo autor/diretor teria qualidade, teria excelência. Mas só tenho que agradecer a um elenco que esteve de olhos vendados e que acabou estabelecendo aquilo que a gente vê nas cenas de uma forma tão potente. Obrigado.

O texto do espetáculo busca aliar elementos documentais e ficcionais. Como foi o processo de pesquisa destes elementos não-ficcionais e ficcionais e como busca equilibrá-los na abordagem das suas temáticas?

Na verdade, são pessoas desconhecidas para o grande público, mas sempre permearam a minha vida, a minha existência. E aí eu só encontrei um pretexto para colocá-las em cena sendo homenageadas. Então, não tive necessidade de um grande tempo de pesquisa, mas, como trabalho a partir do senso crítico, precisei checar aquilo que estava no meu imaginário condizia ou não. Mas foi um pretexto para homenagear personagens, pessoas LGBTs que fazem ou fizeram parte da minha vida.

Ao mesmo tempo, a peça busca homenagear pessoas negras LGBTQIAPN+ como Madame Satã e Jorge Laffond. Como essas figuras influenciaram vocês em suas trajetórias pessoais para que decidissem incluí-las na dramaturgia do espetáculo?

Eu sou um carioca do subúrbio, sempre ouvi falar sobre Madame Satã, quando eu tinha 16/17 anos e fiz um espetáculo sobre ele. Trabalhei como ator e produtor desse espetáculo e, desde então, ele permeou ao longo da minha vida. 

E eu conheci o Jorge Lafond, pois fizemos um trabalho juntos como ator: eu era um garoto de coxia e ficava encantado com aquela figura deslumbrante. E é isso, acho que o espetáculo faz justiça quando coloca essas duas figuras de uma maneira humana, de uma maneira respeitosa, de uma maneira potente que são.

“Angu” busca resgatar a ancestralidade preta e gay e que busca se criar uma ambiência ritualística para o espetáculo. Como foi o processo de incorporar esses elementos ritualísticos na encenação? Existem algumas referências que foram importantes para vocês nesse processo?

Uma das minhas formações é a filosofia e a gente aprende que a ética e a estética estão muito relacionadas na arte. Eu não saberia fazer arte sem a minha ética e a estética, que trabalho e estabelece a partir de uma ancestralidade. Então é muito eu, como criador, busco trazer os elementos que eu me identifico e que não necessariamente são de contextos religiosos.

Tudo isso vem de contextos muito pessoais e comprometidos com aquilo que eu acredito quanto artista, a partir de trazer legados para não serem esquecidos. Ao mesmo tempo, penso em possibilitar novos legados, além de uma reverência a uma ancestralidade a qual devemos ser gratos, honrados e generosos.

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    4Parceria – Oficina ‘Outros Olhares, Outras Escritas’

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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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