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Home›.Tudo›#14 Confrontos | Utopias incendiárias de esperanças

#14 Confrontos | Utopias incendiárias de esperanças

Por 4 Parede
4 de março de 2020
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Arte – Rodrigo Sarmento

Por Ângelo Fábio

Artista interdisciplinar e Produtor Cultural

 

“NOSSA BANDEIRA NÃO SERÁ VERMELHA!!”, jargão de grupos conservadores; ao contrário dele, nos deparamos com uma TRILOGIA VERMELHA. O vermelho é a única cor que biologicamente nos iguala uns aos outros/as: cor de nosso sangue.

Sem sangue, não sobrevivemos, mas, em muitos dos casos, ele nos tem sido extraído com atos de truculência e muita dor. A Trilogia Vermelha, como metáfora, memória dos tempos de chumbo e denúncia dos dias atuais, nos toca em feridas e nos unifica para que determinados ciclos não voltem a nos atormentar. Mesmo vivenciando aparatos repressivos no Brasil de hoje, presenciamos cenas que nos fazem refletir e despertam coragem pra seguir.

Durante as apresentações da Trilogia Vermelha[1], em diferentes espaços, pude observar uma constante interação entre público e obra. Uma das coisas que me chamou a atenção foi o cuidado que os espectadores/as tem aos acontecimentos da cena, as constantes indagações diante dos relatos históricos e sobre todo o contexto do atual sistema político nacional.

Na Casa da Cultura em Jaboatão dos Guararapes, um público misto com estudantes e professores. O espaço é bastante favorável ao espetáculo. Os que ali se encontravam interpretaram as figuras e a situação, citando o nome de Bolsonaro, e alguns alunos vaiavam, também timidamente. Estamos presenciando constantes bombardeios de informações e conscientização política através do teatro.

Durante a apresentação na VII Aldeia Yapoatan, em 2019, alguns alunos e alunas da rede estadual de ensino comentam entre si: ‘isso rolou mesmo?’; ‘Eita, aconteceu! Será que vai acontecer de novo?’; ‘Conheço uma pessoa que se parece com esse daí (em referência a um dos personagens, representado como opressor)’.

Pro(Fé)ta – O bispo do povo, espetáculo da Trilogia Vermelha | Imagem – Divulgação | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Imagem colorida de um homem usando roupas eclesiásticas e rodeados por bonecos de barro que representam um presépio cristão. Ele está ajoelhado e segura em suas mãos uma pequena manjedoura, também de barro, contendo palha.

Ao assistir a trilogia, uma frase de Augusto Boal me veio à mente: ‘Pode ser que o teatro não seja revolucionário em si mesmo, mas não tenho dúvidas: é um ensaio da revolução’. O espetáculo me parece um ensaio que nos faz sair da nossa zona de conforto, um encontro de gerações que se chocam e se deparam com dois tempos: os anos de chumbo (ditadura militar, 1964/1985) e os dias de hoje (pré golpe 2013 e pós – golpe 2016).

Nesse texto, opto por não me apegar aos fatores estéticos das três obras, mas em sua mensagem e aquilo que elas nos mobilizam. Ao final de cada apresentação, conversava com outras pessoas e fazia algumas perguntas sobre o que viram: ‘Como foi assistir à Pa(Ideia) e Pro(FÉ)ta nos dias de hoje?’; ‘Você teme que voltemos a viver este ciclo, como era sua relação com pessoas que combatiam a repressão militar?’; ‘Você conhece algum ex-militar da época?’.

Diante dessas perguntas, boa parte das respostas de pessoas com mais de 45 anos eram: ‘Vivi tudo aquilo’; ‘Meu tio foi torturado’; ‘Ouvi dizer que o pai de um amigo foi morto’; ‘Fulano teve de fugir’; ‘É triste estarmos num momento que este ciclo volta’; ‘Não temos de desistir. Temos que resistir e ter esperança de dias melhores’; ‘Sim, conheço um militar o que sinto é piedade dele, peço a Deus que o guie…’.

Já os mais jovens pareciam ‘sorrir de forma aflita’ e alguns comentavam: ‘Fiquei com medo, mas tô sentindo outra coisa. Aquilo aconteceu mesmo?’; ‘Como uma pessoa é tão ruim?’; ‘O professor só queria ensinar o pessoal a ler e a escrever. Minha mãe criou a mim e meus irmãos sozinha e ela sonha em aprender a ler!’

A Trilogia Vermelha nos leva ao encontro de um teatro pedagógico, poético, necessário e inspirador. Nestas obras, a simplicidade, o tônus e a força da obra contemplam muitas coisas que, hoje em dia, em alguns casos se tem deixado de lado no teatro. O que é visto não se trata apenas de conceito, e sim de teatro!

Imagem de Pa(Ideia), espetáculo da Trilogia Vermelha | Imagem – Divulgação | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Imagem em preto e branco de dois homens. Um deles está à esquerda sentado em uma cadeira, usando óculos. O outro, está à direita, acocorado ao seu lado, falando com o outro.

Em pa(IDEIA) – pedagogia da Libertação, por exemplo, o intimado é Paulo Freire. Em uma das cenas, diante de Freire, um militar que se impõe superior às leis. Através da ordem do militar, ele manda uma parte do público evacuar a área, mantendo no palco apenas duas mulheres.

Durante uns dez minutos, as mulheres observam uma triste e nebulosa sessão de tortura psicológica. Da plateia, presenciamos uma situação atemporal. Estamos nos anos 60/70 ou nos dias de hoje?

O que ontem fizeram, se mantém forte. Uma raiva explosiva está no militar que fala e despreza os direitos humanos, zomba da democracia, do direito de ir e vir, afirmando que artistas são ameaças para a moral e os bons costumes.

A floresta amazônica está em chamas, a costa do nordeste manchada de óleo e o perigo no teatro é eminente. Uma vela cai sobre o palco e uma briga entre os personagens é intensa. A tensão fica no ar, um foco de luz sobre Freire e uma penumbra no militar.

No entanto, os relatos do educador Paulo Freire ferem a ordem já imposta pelo sistema: constantes embates ideológicos fazem afrontar aquele que tem o “poder” em mãos.  ‘Alguém tem vontade de ser opressor aqui?’, diz um dos atores.

Num buchicho bastante tímido, escuto a voz de uma aluna da rede estadual, na Casa da Cultura de Jaboatão dos Guararapes: ‘O que é isso?’ e, imediatamente, lhe respondo: ‘Ser opressor é ser este militar que está interrogando o Paulo Freire’. Ela diz: “Ah, não quero!”.

Nesse sentido, a Trilogia parece se revelar como um espelho contemplativo[2] que explora as nossas dores, criando momentos em que ficamos sem respostas. Ao mesmo tempo, somos estimulados e estimuladas a seguir em frente na possibilidade de que seja possível mudar o rumo da nossa história.

Imagem de H(eu)storia, espetáculo da Trilogia Vermelha | Imagem – Divulgação | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Imagem colorida de dois homens. Um deles, usando roupas pretas, carrega em suas costas um homem nu e segura em suas mãos uma bandeira do Brasil.

***

Teatro: ferramenta política que nos causa as mais variadas sensações. Ferramenta esta que vai muito mais além do ‘belo’ e o que é o ‘belo na arte?’; não se faz necessário seguir parâmetros estéticos ou rígidos propostos à cena, não há limites para se experimentar. A questão é se algumas apostas funcionam ou não.

Hoje, na terra ‘braZilyz’, cada vez mais têm saído do armário os conservadores de plantão para atear pedras e palavras de ódio aos que pensam contrário às ‘pessoas de bem’, que tanto pregam a ‘moral e os bons costumes’.

A arte e cultura sempre foram os primeiros a serem atingidos por meio da censura e da intolerância. Nós, artistas interessados nas causas democráticas, estamos sujeitos a massacres, seja por meio do sucateamento do sistema ou do atingir das balas em nossa própria pele. O pronunciamento de Roberto Alvim não foi gratuito, assim como a entrada da Regina talvez seja um aporte à barbárie da cultura.

Entre amigos e amigas, tenho sido um pouco pessimista ao falar sobre os nossos rumos quanto produção cultural e de como estamos em constante risco, tentando não deixar de lado aquilo em que acreditamos e que nos faça seguir em frente.

Seja via redes sociais ou em cena estamos sendo constantemente monitorados e monitoradas. O ator José Neto Barbosa, que atua e dirige o monologo A Mulher Monstro, foi atacado com uma pedra enquanto se apresentava no Sesc Piedade no dia 24 de setembro de 2019[3]. Sim, estamos no século XXI e parece que a inquisição contemporânea vem sendo retomada!

Diante de todas as reflexões que nos proporciona, podemos dizer que a trilogia desenvolve uma pesquisa poética, política, pedagógica e engajada nestes tempos de fúria, proferindo um sopro que nos emana forças para seguirmos em frente. Se, como dizia Saramago, ‘Esperança é como um sal. Não alimenta, mas dá sabor ao pão’, a cor vermelha nos leva a semear o pão para que possamos comer o pão em algum momento.

 


Notas de Rodapé

[1] Realizada pelo Coletivo Grão Comum, com direção de Júnior Aguiar, atuação de Márcio Fecher, Daniel Barros, Júnior Aguiar e execução de luz e sonoplastia de Moacir Lago, a Trilogia Vermelha é composta pelos espetáculos h(EU)stória – o tempo em transe, centrada na trajetória do cineasta Glauber Rocha; pa(IDEIA) – pedagogia da Libertação, no educador Paulo Freire; e pro(FÉ)ta – O bispo do povo, no arcebispo Dom Helder Câmara.

[2] Aqui no contemplativo utilizo a metáfora no sentido da palavra Contemplação. Hoje presenciamos uma passividade apática da população diante aos casos que nos vem acontecendo no país.

[3] Saiba mais sobre o ocorrido AQUI.

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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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