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Home›.Tudo›#16 Urgências do Agora | Poesia Fugitiva

#16 Urgências do Agora | Poesia Fugitiva

Por 4 Parede
13 de outubro de 2020
1963
0
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Arte – Rodrigo Sarmento

Por Yhuri Cruz

Artista visual e escritor, Graduado em Ciência Política (UNIRIO) e Pós-Graduado em Jornalismo cultural (UERJ)

 

Meio-dentro meio-fora da luz, meio-dentro meio-fora do escuro, as imagens penetram a matéria do corpo como cenas, coladas filme-a-filme. Meus cinco (ou vinte e sete) sentidos respiram, e os grandes olhos abrem e fecham para capturar os atos. E, por vezes, no milésimo de um instante eu percebo – ou melhor, noto a falta de – algo; algo que complete o sentido da memória.

Aí eu paro e foco. Fecho e esfrego o olho em busca desse lapso, dessa imagem perdida em oclusão.

Porque quando permito que ela deslize para longe de mim, e a perco, dentro de meu corpo ela caminha e se abriga: na omoplata esquerda, no joelho direito, no espaço côncavo entre a boca e a ponta do queixo. E me pego lidando com o desconforto de uma imagem furtiva.

Que me provoca um balanço de dentro pra fora, com força ingênua, mas insistente – até que se instala. Então, a imagem se esconde e, sem que eu perceba, engrandece e vira palavra (linguagem), e revela os sintomas das palavras fugitivas: as tosses, os arrotos e os pigarros. Irritam meu corpo, que por sua vez luta para pegar, prender bem presa e ler, sim, ler o que está em fuga.

Senão incha, arde, treme e – na hora mais profunda da noite – se torna uma condição. A palavra fugitiva me belisca, causa dormência, me puxa o pelo – tudo de dentro – e na maior parte dos casos, acha casa entre os dedos das mãos – especialmente da mão que escreve.

No começo, ela fica imóvel, quase-morta no indicador. Paralisada. Uma serpente atroz, atenta, há dias em transe, esperando o momento em que meu corpo é só carne latente e anuviada, para a palavra-fugitiva picar de forma implacável seu código, que é um tipo de boca memorial que existe em cada fuga e em cada morte e em cada linguagem, até que esse código adormeça entre os dedos se apossando de minha mão, esse membro que é o próprio pulmão para a escrita. Espasmos aqui e ali e a mão pouco a pouco já não exerce o domínio dos gestos.

Longe de estar morta, a mão responde a outra memória.

Desenho em preto e branco de uma cobra. No corpo da cobra aparecem as palavras 'cãibra no dedo'. Perto da boca dela, a expressão 'palavra trancada'

Autor – Yhuri Cruz

Quando se perde uma cena de sentido – e me dou conta – é importante que eu a busque, caso contrário, me gera estresse, afeta o colágeno e complica o labirinto. E quando eu finalmente a encontro, não é comum ser uma imagem furtiva que me causaria problemas.

Mas, por vezes, causa.

Pois é muito comum, por outro lado, que a falta de uma imagem importante possa ser um trauma. Uma cena, duas cenas. Três minutos. Dois dias, seis meses ou séculos inteiros de uma sequência de cenas e imagens – perdidas. Ou melhor, em fuga, em fuga dentro de meu corpo e de mim. Essa cena furtiva se alimenta e se torna uma palavra fugitiva.

Longas cenas viram longas palavras que meu corpo luta pra ler, e assim agregar sentido aos cortes vazios da memória. Quando há muita fuga, no entanto, não só minha mão é possuída, mas, às vezes, toda a coluna e, com ela, o sistema nervoso que me curva e curva meu espírito e distorce o que traço como jornada de vida.

Pois há a vida; e há a vida que pensa estar em fuga. E como um veneno de serpente nas entranhas, há bocas e códigos por todo o meu corpo que eu perdi na longa sequência de vida – não pelo Tempo, mas aquelas por escolha, por imposição, por medo, por violência.

Bocas e códigos meus e que vivem em fuga, negativando meu corpo que parece ser repleto de vísceras, quando na verdade tem tanto espaço oco (ar dentro dos túneis) quanto o branco de uma página repleta de palavras organizadas. À margem.

Na ponta dos dedos, no topo da cabeça, está a fuga que consome e me controla, me apossa de ressentimento, de uma tristeza, de uma vitória arrasada ou uma batalha trapaceira. Uma memória sem território. Uma memória insensível que me rouba a sensação de pertencimento a meu próprio corpo, detém e ocupa minhas margens: as mãos e os pulsos, os pés e tornozelos, as orelhas e a cabeça – enroscados por uma serpente aterrorizada, deixada para trás como a casca espiralada de um fruto de carne doce e pele amarga, (pele) à margem.

Viverá em mim, então, uma náusea ou mal estar que são consequência de impulsos opostos. Estímulos da vida e do cativeiro. O desejo e as memórias marginalizadas de mim, e em mim. Estas, abrigadas longe dos núcleos: nas bordas dos órgãos, nos fios dos dentes, nas curvas da orelha, ponta da língua, cutículas das unhas, onde o corpo não suspeita, mas justamente abrigadas nos limites que engendram e praticam o que entendemos como expressão do eu.

Do corpo > ao sentido > à memória (ou à falta de sentido e falta de memória) > e de volta ao corpo eu sinto a cabeça lenta e mais pesada, há também um aperto entre os olhos, um tremor nos dentes, uma brotoeja nas axilas, um frio nas solas dos pés, um desencaixe no joelho, um amargo na língua e uma onda irrefreável nos meus dedos que me leva a escrever.

Escrever sobre um corpo que sofre e não sente as razões. Eu começo a escrever sobre a fuga, sobre a paisagem longínqua, sobre a velocidade da vida e de quão a morte (o esquecimento) me parece familiar. Eu desenho e crio coreografias sobre a revolta, sobre a submissão e a vingança. Espetáculos sobre o corpo-só, sobre a carne nua e fraca e líquida e insustentável.

Gravo filmes e músicas sobre o vazio da existência, do apagamento, dos genocídios, das tentativas ininterruptas de me tornarem obsoleto ou subordinado. Mais uma vez e mais outra.

Desenho colorido de um homem de costas. Ele é pintado com cores vermelhas e possui um buraco negro de forma retangular nas costas. Abaixo da gravura, estão as expressões 'fragmento forte' e 'cripta viva'.

Autor – Yhuri Cruz

As cenas perdidas dentro de mim se manifestam fora de mim, tendo o domínio dos sentidos que eu delego ao corpo traduzir: com imagem, palavra, código, memória – significantes fugitivos. Eu me torno um poeta fugitivo e escrevo poesia fugitiva; torno meu tempo e meu potencial de vida reféns da fuga e me construo no sensível como reflexo do corpo, através de ideias cativas, refugiadas.

Mas sei que:

Na hora mais profunda da noite a poesia fugitiva não vai me salvar; ou me curar ou me extasiar, ou me levar a catarse que vai recuperar o sentido que falta na narrativa, este que deslizou e se arrastou pra dentro, nos abismos que não me fundaram.

Não são expressões do meu controle, me pertencem mas não respondem a mim. Me drenam a energia necessária para criar poesia, metáfora, posturas, formas e sensações que não refletem eu, mas a incerteza do (eu) meu passado e meu futuro.

A poesia fugitiva me serve, pois me convence que flui de mim, do meu valor, mas despenca a linguagem pelo peso que sinto ao carregá-la, o que me faz sentir leve, mas não aliviado. Neste caso, eu olho pra trás e me pergunto: qual o legado de uma poesia fugitiva senão a própria fuga de mim e jamais a liberdade de mim?

E vou além da poesia fugitiva. Percorro por dentro uma poesia do encontro, que vire a esquina de mim, alguma que me tropece em alguma escápula, que me resgate do labirinto e transmute minha fuga, ou que destrua de uma vez (até o fim da luz) os códigos que me impedem de inventar e ter, não o domínio, mas consciência de si e do meu corpo, desta anatomia e biografia sensível – minha alvorada e meu anoitecer.

(Rio de Janeiro, 2020)

TagsDossiêEnsaioUrgências do AgoraYhuri Cruz
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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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