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Home›.Tudo›#20 Territórios em Trânsito | Ancestralidade Themônia – Possibilidades de territorialização Themônia

#20 Territórios em Trânsito | Ancestralidade Themônia – Possibilidades de territorialização Themônia

Por 4 Parede
25 de dezembro de 2024
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Arte – Rodrigo Sarmento

Por Juliano Bentes

Produtor cultural, performer e multiartista. Doutorando em Artes (UFPA), Mestre em Artes (2019), Especialista em Gestão Cultural (2017) e fundador da Haus of Carão.

É complexo, a princípio, explicar o que é ser Themônia para um público alheio, nos atendo aos fatos, mas é possível traçar uma linha cronológica de acontecimentos para pensarmos essa configuração. Podemos começar com um duo de DJs, S1mone e Tristan Soledade que em 2013 começam a fazer sets montades em festas pela cidade com o nome de NoiteSuja, no ano seguinte, 2014, começam a produzir festas para reunir pessoas que peitassem a ideia da montação. Nem sequer era drag a palavra utilizada, não era por aí, depois veio a percepção de que drag era montação, adotamos o título de maneira pedagógica.

Com o tempo passamos a nos reorganizar em diversos âmbitos e crescer, crescer muito. Éramos muitas, vindas de todos os bairros, de cidades do interior, ávidas por consumir não só essa energia gerada pelo todo, mas umas às outras, assim se fez a retroalimentação entre nós. A vontade de nos ver, nos abraçar, nos tocar, nos assistir, nos refletir. Nos tornamos as maiores fãs das nossas melhores amigas e isso construiu uma rede gigantesca, costurada delicadamente entre afetos e vivências. O que externamente era apenas um “grupo de drags feias” se tornou nossa casa, nossa família, nosso refúgio.

Em 2017, não sabemos se a tradicional palhaçada de mesa de bar dizendo que a outra estava tão linda quanto uma demônia, se a influência da cola acrilex permanente utilizada nas maquiagens – que colava tudo e por isso foi batizada pelo grupo de cola themônia, se talvez o meme da Socorro Feirante – olha a cara dessa demônia! O que sabemos é que o termo se atravessou dos nossos discursos e começou a ser pensado de que forma nós, enquanto corpos dissidentes, de fato, estávamos sendo demonizados. Em contraponto e também em manifesto, tanto à demonização cristã que nossos corpos sofrem no dia a dia quanto à leitura de internacionalização das nossas produções, elencando as nossas encantarias amazônicas estéticas ao local simplório de “drag queen”. É quando começa a ser construído enquanto conceito o termo Themônia. É um movimento anti-o que fizeram de nós. É o manifesto nós por nós. Como explica Gabriela Luz em sua pesquisa:

Insistimos que Themônia escrita com “th” é um estranhamento a palavra demônio que tenta resumir tudo aquilo que é ruim e que deve ser proibido pela moral judaico-cristã, e com isso, o sentido da themonização que para nós é sinônimo de qualidade, como resposta à demonização da nossa existência, cultura e ancestralidade, fazemos questão de existir, de incomodar cada vez mais, sendo a nossa existência uma ameaça, nossas ações passam a ser um atentado em nome do amor e da liberdade de expressão. (LUZ, Gabriela, 2018, p.22)

Para muito além de drag queens, para muito além de corpos dissidentes que produzem arte, para muito além de artistas da Amazônia, existe um eixo que costura cada um desses vincos, transformando tudo isso no que hoje entendemos (ou não entendemos) por Themônia. Por isso, hoje podemos dizer com segurança que existem diversas Themônias que não se montam, que nunca passaram uma maquiagem no rosto, não é sobre drag, é sobre produzir a coletividade, retroalimentar, redimensionar afetos e reivindicar nossas próprias Amazônias, nossos territórios e nossos modos de fazer.

Themônia é energia vazando pelos poros, é quente, é úmido. Às vezes precisa respirar fundo para dar conta da magnitude desse pertencimento. Exatamente como Belém, onde o movimento nasce e onde tudo se atravessa. É preciso muito abraço, muita risada e muita vala aberta para construir uma Themonização. Ainda assim, não existe um critério e/ou uma seleção de participação do movimento, tem artistas que há anos rondam querendo fazer parte e simplesmente não conseguem se vincular e/ou construir essa soma de afetos, e tem pessoas que surgiram ontem e já construíram vínculos familiares. E, em questão, torna-se mais simples de explicar que Themônia é família, não se pede para ser família de alguém, é preciso falar a mesma língua, é preciso construir o afeto e o vínculo.

Passado o momento de tentar explicar o que pode significar ser uma artista Themônia na Amazônia, é preciso conjecturar que hoje temos mais de trezentas artistas envolvidas no movimento, que segue em propósito de expansão. Estamos em todos os lugares de Belém, em diversas manifestações artísticas e já não estamos mais apenas aqui, estamos em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Recife, bem como em Castanhal, Santa Izabel, Cametá, Marabá, Soure, Vigia, Apeú, Santa Bárbara, Santo Antônio do Tauá, Igarapé-Açú, etc. E com essa expansão descomedida é repensado: se o fazer e identidade Themônia é atrelado ao vínculo corpo-arte-território-afeto, como as Themônias em outros territórios seguem construindo esse vínculo com essa ancestralidade? E ainda: como se configuraria essa Ancestralidade Themônia?

A Themônia pode existir em outros espaços, mas ela faz sentido aqui, em coletivo. (…) a territorialidade pessoal de cada artista em sua relação com a cidade de Belém, assim como as relações sociais e políticas intrínsecas, influenciam diretamente nessa construção de identidade, seja através dos afetos, da necessidade de invadir espaços, da cultura densa ou das forças climáticas. Tudo isso molda a Themônia e faz dela uma artista essencialmente territorial (…) é uma obra inacabada, porque a Themônia é a sua própria obra, não é apenas uma performance, não é apenas uma montação, é ela inteira, é o conjunto de performances, montações e atravessamentos, ela é o processo. (BENTES, Juliano, 2020, p.159)

     Talvez o primeiro lugar a se refutar seria reconhecer o externo. Quem fala por nós de nós senão nós? Para além de tantos textos completamente sem pé nem cabeça que colocam a gente em locais questionáveis de produção, nossa expansão trouxe demais pesquisadores-urubus de outras áreas a sondar o que são Themônias e suas representações estético-políticas na Amazônia Contemporânea. Como é o caso do mais recente livro do famoso teórico João de Jesus Paes Loureiro – O Espelho Quebrado da Arte Canônica (2024). No dia 14 de agosto do referido ano foi realizado o lançamento do seu livro e, conforme em todo espaço cultural-artístico da cidade de Belém atualmente, haviam Themônias presentes e logo chegou ao grupo de artistas no aplicativo whatsapp a referida imagem:

Página de um livro com o título "Estética Drag e Dragdemônias" no topo, parte de um capítulo identificado como "O espelho quebrado da arte canônica | João de Jesus Paes Loureiro". O texto discorre sobre a performance Drag, abordando temas como identidade, diferença, montação e a teatralização da diferença. Menciona as "Drags Demônias" de Belém do Pará, destacando suas montações hiperbólicas e pseudônimos como formas de expressão artística e resistência. Na parte inferior, uma mão aponta para o trecho que discute a busca pelo exótico e a ruptura com o comum por meio da estética drag.

Imagem 01 | Fonte: Reprodução/Arquivo Pessoal | #ADnoTextoAlternativo #4ParedeParaTodes

Mais uma, das diversas publicações colocando Themônias no espaço único da drag, mais ainda, restringindo nossas produções a uma “Montação hiperbólica das personagens que são elas mesmas. Maquiagens, penteados e vestimentas hiperbolizadas.” Chega a ser desrespeitoso tratar o que temos construído filosoficamente na última década de trabalho como eixo hiperbólico de personagem ou como uma mera estética do exagero. Reitero o já citado acima: Themônia é o vinco bem costurado entre corpo-arte-território-afeto, e é preciso muito abraço pra alinhavar esses mancais, logo tão mais surgiram os questionamentos:

Captura de tela de um grupo no WhatsApp chamado "Mov. Themônias ", com diversos membros participando. A conversa inicia com a mensagem "Novo livro do Paes Loureiro" e uma imagem anexada de um livro. Em seguida, vários participantes replicam a mensagem "Já quero ler. Essa bixa nunca tomou uma catuaba comigo...", com variações de autoria, indicando humor e descontração no contexto do grupo. O grupo parece ser voltado para interações culturais e comunitárias.

Imagem 02 | Fonte: Printscreen de Aplicativo/Arquivo Pessoal | #ADnoTextoAlternativo #4ParedeParaTodes

Como pode alguém falar de nós sem nunca ter tomado uma catuaba na beira da vala conosco? A partir disso, relembramos um outro eixo muito importante da construção da Themônia: o corpo alterado. A alteração corporal não precisa apenas vir de “maquiagens, penteados e vestimentas”, a alteração corporal é o que nos move, é o que gerencia a energia pulsante da produção themônia, seja com o álcool, seja com a montação, seja com hormônios sintéticos, seja com o peso do preconceito recorrente sobre nós, seja com ansiedade ou depressão. O corpo alterado é emblemático para construção da dissidência que marca a nossa vivência diária, seja em espaços noturnos, de boates e bares, ou seja pra comprar um pão na esquina de casa. Themonizar é manipular essa demonização do corpo, é construir poder sobre a imposição e tomar para si.

Assim como o eixo afetivo é central para o mantenimento do movimento cabe a pergunta: as que estão em expansão em outros territórios continuam sendo themônias? Por difícil que o contato se configure, é perceptível como as artistas que se afastam fisicamente e se mantém atreladas ao movimento não deixam de emergir suas essências themônias em suas produções independente do âmbito, bem como Uhura Bqueer em seu filme “Themônias”, a manifestação sustentável estética que é Sarita Themônia vivida por Gabriela Luz, os quadros de humor apresentados por Luka Cortez nas suas redes sociais, ou Yndjah que, como DJ, leva ritmos paraenses por onde vai. Que se possa construir o argumento: mas isso é suficiente? Não, não é apenas falar de Amazônia, é o contato afetivo, é viver a retroalimentação com a família/movimento ainda que distante, é saber que em qualquer lugar do mundo em que haja uma irmã Themônia ali teremos família. Essa certeza de modus operandi demarca o eixo da Ancestralidade Themônia. Em contraponto, diversas outras artistas que se expandem para outros territórios deixam de reivindicar esse espaço dentro do movimento e se afastam. Em entrevista realizada em 2018 com A.K.A. Della, quando perguntada sobre se considerava uma Themônia, foi explícita:

Não sou mais uma Themônia. Mais que uma visualidade, acredito que Themônia seja um fenômeno local (…) penso que depois que me afastei por conta da minha mudança para Mosqueiro, dos rolês, dos grupos, das rodas de conversa com as outras Themônias, meu jeito mudou, não me alcançam mais. Pelo simples fato de não ter mais nenhuma convivência. Estou interessado e ligado em outras coisas. Acredito que a convivência com o grupo influencia na formação de crenças e valores que compartilhados formam a definição de uma Themônia.” (A.K.A. Della, 2018)

Cabendo a hipótese de que uma referida Ancestralidade Themônia só é possível a partir do mantenimento dos vínculos afetivos, entre pessoas e com o território, de forma que cada indivíduo seja por si só um próprio agente de territorialização e themonização, que mije por onde passe, que themonizar seja o método de sua produção com ênfase do eixo corpo-arte-território-afeto.

Existem, sim, nomes como Xirley Tão, Pandora Rivera Raia, Tristan Soledade, Skyyssime, Flores Astrais, Sarita Themônia, S1mone, Gigi Híbrida, Shayra Brotero, Monique Lafon, entre tantas outras que estiveram desde os primórdios do movimento e não pararam de produzir em nome dele, que possuem vínculos muito fortes entre si e que desenvolveram seus nichos familiares, suas      Haus e suas próprias descendências, mas há de se enfatizar que essa Ancestralidade vislumbrada não é em referência apenas a algumas pessoas mais antigas nesse panteão, mas, sim, aos valores compartilhados e construídos ao longo dessa década de vivência artística intensa, como o afeto em rede, a territorialização, a retroalimentação e a retomada de poder. Isso é themonização. Isso é se conectar com a Ancestralidade Themônia.

De forma geral, desde seu nascimento, o Movimento Cultural das Themônias tem reconfigurado a paisagem cultural e artística da Amazônia e além. Este ensaio é apenas um olhar rápido sobre história, identidade e evolução desse movimento, uma família LGBTQIAPN+ que utiliza o corpo-arte como meio de expressão e resistência. Por meio de uma densa rede de afeto e territorialização, as artistas transformam suas vivências em poderosas declarações de pertencimento e luta. Explorando desde as raízes do movimento na efervescente Belém até sua expansão global, o artigo traz à tona as complexas relações entre corpo e território, destacando a vital conexão com a Amazônia, com sua biodiversidade, encantarias e lutas socioambientais, se torna muito mais que um cenário – é um personagem vivo e essencial na narrativa das Themônias. Este artigo convida o leitor a participar de uma celebração contínua de identidade, resistência e criação coletiva.

Referências

BENTES, Juliano. EKOAOVERÁ: um estudo sobre a territorialidade nos processos identitários das drags demônias. 2019.

BENTES, Juliano. Identidades em trânsito: revisitações acerca da arte da montação. GOMES, Aguinaldo Rodrigues; LION, Antonio Ricardo Calori de (org.). Corpos em trânsito: existências, subjetividades e representatividades. Salvador: Devires, p. 228-242, 2020.

GOMES, Ana Paula. Cultura Marginal: A Trajetória das Drags em Belém do Pará. Trabalho de Conclusão de Curso – UEPa. 2018.

LATIF, Larissa. Insurreições estéticas e performances na Amazônia brasileira: notas para uma reflexão decolonial (Edição 485). Papers do NAEA, v. 1, n. 2, 2020.

LUZ, Gabriela. Desconstrução Permanente publicado em: I Revista das Themônias. 2020.

LUZ, Gabriela. Diarréia humana no colapso da colônia: Themonização nas ruínas do heterociscapitalismo (Transtorno de Cognição em Curso–TCC). 2018.

Manifesto das Themônias. 2020. Acesso AQUI

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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

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#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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