Leidson Ferraz lança resultados de pesquisa sobre teatro recifense das décadas de 30 e 40
Imagens – Renata Pires (foto) | Cláudio Lira (capa) | Arquivo
No dia 29 de março, às 19h30, no Teatro de Santa Isabel, com entrada franca e acesso aos bastidores e palco pela administração (distribuição de senhas na bilheteria a partir de 1h antes), vai ser lançada a pesquisa Um Teatro Quase Esquecido – Painel das Décadas de 1930 e 1940 no Recife, do jornalista, pesquisador do teatro e mestrando em História na UFPE, Leidson Ferraz. A opção do lugar foi para recordar o Teatro de Santa Isabel na montagem da peça “Nossa Cidade”, de Thornton Wilder, dirigida por Ziembinski para o Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP), em 1949, um marco na história teatral pernambucana porque, pela primeira vez, o palco ficou nu, sem tapadeiras, coxias, ciclorama, e parte da crítica e público surpreendeu-se com esta opção estética.
Em parceria com o FUNCULTURA e o Teatro de Santa Isabel e apoio da Prefeitura do Recife, o jornalista e pesquisador teatral, após dois anos de intenso trabalho, lança este projeto de pesquisa em DVD de dados (com mais de 500 páginas e mais de 800 imagens raras) que vem sendo doado a bibliotecas e instituições de pesquisa e memória das artes cênicas em Pernambuco, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Ele não será vendido, mas todo o material também vai poder ser acessado nos sites do Teatro de Santa Isabel e da Fundarpe.
A pesquisa Um Teatro Quase Esquecido – Painel das Décadas de 1930 e 1940 no Recife vem revelar mais sobre grupos e artistas que atuavam naquele momento na capital pernambucana, mas, principalmente, as diferenças ocorridas entre os primeiros anos do Século XX e o decênio 1930, período em que o mercado teatral se ampliou consideravelmente pelo surgimento do Grupo Gente Nossa, tendo à frente Samuel Campelo, e os anos 1940, com o aparecimento do Teatro de Amadores sob a liderança de Valdemar de Oliveira, até chegar aos novos procedimentos para a cena pela contribuição de encenadores convidados. Um período ainda pouco lembrado e de fundamental importância para a implantação do teatro como arte. A equipe contou com o design e diagramação de Claudio Lira; Elivânia Araújo, Cleide Silva e Kátia Ivo como assistentes de pesquisa; Leidson Ferraz e Rodrigo Dourado na revisão de texto; Paulo André Viana como proponente do projeto; e Laura Ferraz na administração.
Leidson Ferraz é autor da coleção de quatro livros intitulada “Memórias da Cena Pernambucana” (em parceria com Rodrigo Dourado e Wellington Júnior no 1º volume), do livro “Panorama do Teatro para Crianças em Pernambuco (2000-2010)” e da pesquisa “Teatro para Crianças no Recife – 60 Anos de História no Século XX”. Atualmente, além de professor de História do Teatro Pernambucano no SESC Piedade e estudante da Pós-Graduação em História pela UFPE, desenvolve outros projetos de acervo e memória do teatro em Pernambuco.