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Home›.Tudo›Crítica – Hamlet? Fragmentado | Trupe Artemanha e um novo espaço para cena na cidade

Crítica – Hamlet? Fragmentado | Trupe Artemanha e um novo espaço para cena na cidade

Por 4 Parede
28 de agosto de 2017
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Imagem – Divulgação

Por Bruno Siqueira

Doutor em Letras (UFPE) e Professor da Licenciatura em Teatro (UFPE)

Recife ganhou mais um espaço para experimentações teatrais. Ufa! Um tanto quanto atrasado, venho saudar Luciano Santiago e sua Trupe Artemanha pela iniciativa de abrir o Galpão CITTA – Centro de Investigação Teatral Trupe Artemanha, na rua João Francisco Lisboa, 170, Várzea. Sim, Várzea, um dos bairros mais astrais de Recife. Além de funcionar como atual sede da trupe, o CITTA se propõe a ser um centro de investigações teatrais, que promoverá pesquisas, produções e montagens não somente do grupo, mas de outros que se interessem em compartilhar com ele o espaço.

A Trupe Artemanha é paulista em sua origem e conta com vinte e um anos de pesquisas, experimentos, montagens, formação de público, criação de festivais. A partir de 2013, alguns de seus integrantes passaram a fazer intercâmbio artístico em algumas cidades do Nordeste e, em 2016, Luciano Santiago, um dos fundadores da grupo, passou a fixar residência em Recife, inaugurando, com novos integrantes, uma nova fase da trupe.

No último final de semana, enfim, conheci o novo espaço, quando fui assistir ao experimento teatral Hamlet? Fragmentado. Recife está podendo testemunhar, neste momento, três produções que partem da obra de Shakespeare. Além desse experimento da trupe, temos Dinamarca, do grupo Magiluth (leiam a crítica AQUI), e o Shakesfood, peça escrita e dirigida por Diogenes D. Lima. Todas as três deglutem a dramaturgia shakespeariana e oferecem, cada qual a seu modo, experimentos cênicos e performativos recheados de conotações politicamente sérias e relevantes.

Em Hamlet? Fragmentado, Luciano Santiago dialoga não somente com o Hamlet de Shakespeare, mas também com o Hamlet-máquina de Heiner Müller. Do ponto de vista da dramaturgia, o experimento está mais próximo de Müller do que de Shakespeare. No texto do dramaturgo alemão, escrito em 1977, a tragédia shakespeariana é implodida e, com suas ruínas, Müller opera uma transformação textual, deslocando questões contidas na peça de 1600 para um cenário da Europa contemporânea, arrasada pelo fracasso de seu projeto de modernidade e pelos vários conflitos internos oriundos da devastação promovida pelo capitalismo tardio. Hamlet-máquina apresenta um discurso psicótico e bastante pessimista do mundo. Falo discurso psicótico no mesmo sentido que Tzvetan Todorov (Os Gêneros do Discurso) usa o termo: “se a psicose em geral é uma perturbação da relação entre o eu e a realidade exterior, o discurso psicótico será um discurso que fracassa em seu trabalho de evocação dessa realidade, dito de outro modo, em seu trabalho de referência”.

Quando esse discurso psicótico se insere no discurso dramático-teatral, desestabiliza a estrutura do drama tradicional, promove uma fragmentação da estrutura básica dos processos de pensamento, gerando, assim, efeitos de sentido reveladores do sujeito desse discurso. No texto fragmentado de Hamlet-máquina, a personagem deixa de ser dramática (dramatis personae). O dramaturgo alemão reduz consideravelmente a dimensão humana do príncipe dinamarquês e o transforma em máquina: de palavras, de cortes (Deleuze e Guattari), de desejos. O conflito não se estabelece mais pelo dialogo entre personagens, mas é revivido através da memória de Hamlet e de uma Ofélia lúcida, que toma para si o destino secular da mulher, como nos faz ver Ruth Rölh (O Teatro de Heiner Müller).

No roteiro dramatúrgico que Luciano Santiago nos oferece em seu Hamlet? Fragmentado, a personagem Hamlet tende mais para o dramático, mesmo havendo o dramaturgo trabalhado com rupturas, estranhamentos e técnicas de distanciamento. Daniel Gomes, que atua como Hamlet, entrega-se totalmente à crise existencial de sua personagem, mantendo uma linha de interpretação, do início ao fim, dramaticamente coerente. Por sua vez, Damyeres Barbosa, que faz Ofélia, carrega no matiz dramático, mas aparece na cena em momentos intermitentes, quase como projeções da mente de Hamlet. Ou seja, a própria dramaturgia consegue estabelecer a ruptura com o dramático na composição dos atos da personagem Ofélia, mas ainda titubeia na construção da personagem Hamlet, confundindo um pouco a recepção da cena ao oscilar entre o dramático, o melodramático e o épico brechtiano. Afinal, o que pretende esse Hamlet? Fragmentado? Apresentar uma personagem (Hamlet) e sua crise existencial? Tocar o espectador em suas emoções epidérmicas, a exemplo do melodrama? Brincar com as velhas poéticas teatrais e, com essa brincadeira, chamar atenção para questões relevantes do mundo contemporâneo?

Na roda de conversa que se formou após o espetáculo, ficou claro para mim que o objetivo de Luciano Santiago era investir no antidramático. Na minha compreensão, se esse era o objetivo, o espetáculo poderia investir mais ainda nas rupturas dramáticas, não em número, mas em qualidade: brincar mais com a personagem-título; experimentar mais junto aos atores, com exercícios de biomecânica corpórea, das técnicas de bufão, de teatro de rua. Vale salientar que  todos esses elementos já se encontram presentes na cena; falta, a meu ver, potencializá-los, de forma a ficarem mais claros na economia do discurso cênico.

Essas questões de ordem estética podem parecer meramente formais, se pudéssemos separar forma de conteúdo. Todavia, essa divisão cartesiana há muito já foi superada pelo pensamento moderno tardio e, hoje, se torna insustentável. A forma é carregada de conteúdo e o conteúdo só pode advir da forma. Apesar dos ruídos na comunicação estética que a cena estabeleceu comigo, pude flagrar o viés político que Hamlet? Fragmentado nos quis passar. Heiner Müller começa seu Hamlet-máquina com o seguinte texto: “Eu era Hamlet. Estava parado à beira-mar e falava BLA-BLA com a ressaca. Atrás de mim, as ruínas da Europa. (…) Eu me deitei no caixão e ouvi o mundo girar no compasso da putrefação”. Diante do atual quadro político em que estamos vivendo, o Hamlet que Daniel Gomes desempenhava parecia estar nos dizendo “Atrás de mim, as ruínas do Brasil”, de um Brasil putrefado, apodrecido pela corrupção e pelos crimes de colarinho branco. Assumir cenicamente esse discurso político é um dos méritos do espetáculo.

Vale destaque, também, a criatividade do grupo para a realização do trabalho, com tão poucos recursos que o espaço ainda está podendo oferecer. O galpão tem um largo espaço para as apresentações cênicas e um outro, com balcão, onde podemos comprar bebidas. Só. A iluminação do Hamlet? Fragmentado é muito bem improvisada; o cenário se vale da precariedade do espaço: delimitado por velas, contém, em seu interior, dois montículos de terra e uma pá. A partir disso, Luciano Santiago consegue criar para o espetáculo algumas imagens poéticas de forte beleza, nos lembrando que, para fazer teatro, basta uma boa ideia e artistas que acreditam no que fazem. A larga experiência do diretor com o teatro de rua certamente contribuiu para a criação de formas artísticas quando as condições materiais não se mostram tão vantajosas.

O Galpão CITTA despontou em terras recifenses com muitas promessas. Fiquei bastante entusiasmado não somente com a existência de mais um espaço na cidade para as artes cênicas, mas por ter tomado conhecimento dos projetos estético-políticos da Trupe Artemanha. Nossa cartografia teatral é diversificada e a Trupe Artemanha só vem a somar com sua experiência. Que seja este um percurso compensador e próspero para o grupo e para o público nosso, ávido de novas experiências.

Para mais informações sobre a Trupe Artemanha e o Galpão CITTA, clique AQUI.

TagsBruno SiqueiraCríticaHamlet Fragmentadotrupe Artemanha
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Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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