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Crítica – Pólo Marginal | Uma nau poética de possíveis corpos palavras

Por 4 Parede
27 de maio de 2018
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Imagem – Miguel Igreja

Por Raquel Franco

Mestra em Artes Cênicas (UFRN), Atriz e Palhaça (Trupe Circuluz)

O trabalho encontrava-se em circulação pela Região Metropolitana do Recife, uma montagem do Grupo de Teatro de Rua Loucos e Oprimidos da Maciel, grupo que surgiu em 2007 como iniciativa de diversos artistas que frequentavam a Pça. Maciel Pinheiro, no centro do Recife e tem na figura do ator e diretor Carlos Salles (já falecido) seu principal líder.

Final de tarde na histórica Olinda – Praça do Carmo. A roda já se encontrava formada e, mesmo que a narrativa do espetáculo ainda não houvesse começado, sua espetacularidade já se iniciava, apresentando-nos de cara uma das singularidades do Teatro de Rua: ele desnuda, dissolvendo coxias, camarim, banheiro, corredores. Enfim, escancara o início da ação cênica para o público.

Com esse cenário me deparei: atores se maquiando, se vestindo, conversando, encontrando-se com o seu momento. O que se seguiu, então, foi o espetáculo acontecendo antes do espetáculo. Esse é um caminho importante para a montagem, pois constrói de antemão uma relação de cumplicidade com a roda. Nesse sentido, é importante apontar que nem todos os atores se entregam da mesma forma a esse momento inicial do espetáculo, que remete à própria estética dos artistas de rua quando vão estabelecer suas rodas. Uma herança trazida de muitos séculos, gestada nos artistas de feira como cita Robson Camargo Correia no artigo A pantomima e o teatro de feira na formação do espetáculo teatral: o texto espetacular e o palimpsesto. “Este tipo de espetáculo originado nas feiras, dentro do espírito comercial do deixa fazer, deixa passar, não buscava uma forma pura, ao contrário, propunha a mistura de gêneros ou um gênero das misturas, de épocas, de tons, com audácia de linguagem, transgressão calculada, utilizando a irreverência cotidiana.”

Nessa espécie de preparação da roda, alguns atores falaram sobre política, cultura, cachaça, praça, vendedores, uma variada relação de trocas com o público, ou seja, já era o espetáculo acontecendo, antes de começar. Será isso possível? Antes de iniciar a apresentação, o ator e assistente de direção Rodrigo Torres, mais uma vez, traz uma marca da estética dos artistas de rua: também demarca a roda derramando cachaça. Muitos rueiros de grandes centros urbanos, que, cotidianamente, estão nos espaços públicos para o desempenho de suas praças e rodadas de chapéu, utilizam desse código para definir sua roda, utilizando muitas vezes água, querosene, fogo, corda, etc. No Pólo Marginal, a cachaça é bem representativa da história de vida do poeta que inspira o espetáculo. Vida boêmia pelas ruas do Recife.

Pólo Marginal apresenta duas contextualizações, antes e depois do quadro “Mete Bronca”. Cena no meio do espetáculo e onde o público é convidado a participar, falando, discursando, recitando, cantando. Momento do público falar o que pensa e sente.

Pois bem, o espetáculo antes desse quadro metamorfoseia a imagem de uma nau de piratas em viagem, se materializam na cena, com as músicas e poesias, a areia, o vento, o mar, a viagem, o caminho e a liberdade. O que estariam esses piratas a procurar? O que querem conquistar? Em um dos momentos eles entoam – “era o barba negra com a sua turma e suas canções”, letra da banda pernambucana Ave Sangria, que inspira a dramaturgia. Ou seja, uma turma de seres marítimos em um barco poético, caminhando, viajando, cantando, dançando, fugindo quem sabe? O coro que os atores formam, com corpos e vozes tenta trazer essa atmosfera para a narrativa, misturando um pouco do universo da oralidade dos contadores de histórias, pois são os piratas assim como os pescadores, exímios contadores de histórias?

O cenário do espetáculo compõe-se de banquinhos em madeira que ajudam a circunscrever a roda, ao fundo os dois músicos Celso José e Walgrene Agra e os figurinos que serão trocados no decorrer da cena. O que chama a atenção é ao centro o uso de um pequeno praticável meio arredondado em forma de escada, esse é um dos elementos no cenário mais representativo desta nau de piratas, pois os atores se revezam na utilização deste, onde o ator em destaque costuma subir para o plano mais alto, e aí reside essa conexão com uma nau, aos meus sentidos esse material de cena seria a popa, local onde se guia o leme da embarcação, lugar de vislumbrar o mar mais do alto.

Imagem de ‘Polo Marginal’, do Grupo Loucos e Oprimidos da Maciel | Foto – Miguel Igreja | #4ParedeParaTodos #PraCegoVer – Imagem colorida de apresentação teatral de rua, em que o público rodeia um conjunto de atores (homens e mulheres) vestindo trajes com cores intensas e diversas. Cercados por um cenário com bandeirolas de São João e variados instrumentos musicais, dois atores se beijam, diante da celebração dos outros integrantes do elenco.

Na dramaturgia, o poeta é um pirata: ele busca, cria, rouba, descobre, enterra para depois descobrir de novo. A opereta de rua compõe a imagem desse poeta pirata, marginal e solitário em sua paradoxal viagem em bando. Nesse sentido, se instaura para o grupo um desafio, como experimentar a poesia de Marco Polo no corpo dos atores, já que a montagem exige que eles ultrapassem a palavra dita e escrita para criar outras palavras, criar talvez um corpo-palavra, alguns atores conseguem ancorar nesse porto de descobertas. Contudo, percebe-se que, quando essa viagem a outras corporeidades não acontece, se estabelece uma linearidade na atuação, que pode gerar certo cansaço ao vermos algumas poesias sendo vividas corporalmente e poeticamente sempre com a mesma forma. Mesmo que exista uma tentativa de desorganizar isso com as marcações e coreografias, todavia essa estratégia ainda parece insuficiente.

Um dos exemplos mais importantes na encenação que trazem esse corpo-palavra em ação é a cena entre os três piratas, que em luta, talvez mais que luta, são corpos em jogo; onde a métrica, os versos, as palavras, não adormecem somente no dito, mas acordam e gritam no corpo dos três piratas. E isso coincide inclusive com o fragmento final desta mesma cena: “- O corpo é a caligrafia da morte”. É na morte que esse corpo se inscreve, é na morte que o corpo se rebusca, é na morte que o pirata poeta surge, mais vivo que nunca.

No decorrer dessa morte, algumas maquiagens vão derretendo nos rostos dos atores, gerando outras máscaras, diferentes imagens imperfeitas da imagem inicial; Começam a aparecer sujeitos marcados, fantasmas de si mesmos. É importante esse deixar desmanchar, manchar, a viagem de um pirata é uma trajetória de descoberta.

Contudo, toda viagem um dia chega, talvez não a um destino final, mas em algum lugar. A segunda parte do espetáculo é a chegada desse poeta pirata, o barco ancora, encontrando rastros; esses sujeitos desterrados descobrem um mundo de mendigos, rios de merda, procissões de igreja, crucificados, julgados e julgadores, luxo, riqueza, pobreza, sexo e expansão. Então, é melhor não acordar Lazáro! Essa mudança é marcada além da dramaturgia, pela mudança de figurinos, os piratas agora sem camisas, com longos saiões, colares e lenços na cabeça. Nas cenas anteriores usavam sobretudos, casacos e bermudões.

Marco Polo adentra nas vísceras da cidade, olha poeticamente todas suas sutilezas, mais ainda é o mar, areia e a praia seu último refúgio. É assim que o poeta percebe ser um marginal, pois nem é mais nau que o leva indefinidamente a lugares, dentro dele mesmo, nem é cidade que lhe habita como fantasmas, atração, sentidos e cheiros. Talvez ele seja os dois…

A opereta se traduz nas músicas, sons, dança, é uma opereta construída em um universo estético próprio do grupo, uma opereta dos marginais, poetas, bêbados, cantadores, mulheres e homens em viagem, como não ser diferente sendo está uma opereta de rua, preenchendo-se de alguns sentidos da rua. Os músicos, magistralmente auxiliam os atores na tarefa de fazer ecoar essa nau e esse bando, nessa busca de chegar e sair de diferentes portos, de diferentes rodas.

TagsGrupo de Teatro de Rua Loucos e Oprimidos da MacielLoucos e Oprimidos da MacielPolo MarginalRaquel FRanco
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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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