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Home›.Tudo›#09 Queer | Entre rainhas, Dandaras e Genis – Notas sobre transgeneridades nas quadrilhas juninas

#09 Queer | Entre rainhas, Dandaras e Genis – Notas sobre transgeneridades nas quadrilhas juninas

Por 4 Parede
3 de julho de 2018
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Imagem – Paulo Mafe

Por Hugo Menezes Neto

Doutor em Antropologia (UFRJ) e Professor do Departamento de Antropologia e Museologia e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA/UFPE)

 

Os festejos juninos – complexo festivo-ritualístico que se remete aos rituais pagãos do solstício de verão, apropriados pela igreja católica – celebram a culminância do ciclo de plantio e colheita, a fertilidade da terra e da humanidade; é o ritual do triunfo da vida sobre a morte. A quadrilha junina, sua manifestação cultural mais emblemática, dramatiza tais elementos simbólicos encenando anualmente um casamento entre um noivo e uma noiva, comemorando a família, a procriação, a continuidade da vida e a abundância. Os casais formados por damas e cavalheiros festejam o enlace, e os noivos representam todos os outros casais cujos destinos, com vistas à manutenção da ordem social,  convergem para o matrimônio. As quadrilhas juninas apresentam, portanto, como indica Rafael Noleto (2016), performances dançadas que giram em torno de noções corporificadas de ruralidade, conjugalidade, religiosidade e sexualidade, uma sexualidade heterossexual.

A quadrilha junina está presente em praticamente todo o Brasil com consideráveis diferenças  regionais. Podemos dizer, no entanto, que a estrutura em dança de pares – distinguindo os(as) participantes entre damas e cavalheiros – é a característica comum aos diversos grupos existentes. Não obstante, de damas e cavalheiros são esperadas atitudes diferenciadas e estereotipadas. Os espectadores e os jurados dos grandes concursos querem ver a beleza e a graciosidade das damas, bem como o garbor e a força dos cavalheiros. Todavia, no Nordeste, e também no Norte, as quadrilhas juninas envolvidas nos circuitos competitivos, aquelas de estética não-matuta, chamadas popularmente de estilizadas, cada vez mais intensamente agenciam essa lógica sexista, permitindo que sujeitos de diferentes identidades de gênero e de sexualidade, não apenas mulheres cis, dancem como damas e representem a corporalidade ligada a um tipo específico de feminino.

É conhecida a participação de homens cis representando personagens femininos em diversas brincadeiras populares. Nas quadrilhas de estética matuta, as tidas como tradicionais, quando necessário os brincantes do sexo masculino se vestiam de mulher, ativando um sentido paródico da inversão de papéis, ratificando a ordem existente menos do que contestando-a. Encenavam, tais brincantes, uma performance que se pretendia jocosa e engraçada. Em Pernambuco, desde o final dos anos de 1990, paulatinamente, quadrilheiros(as) passam a mexer nessa estrutura. A experiência mais contundente ocorreu no começo dosanos 2000 quando a Quadrilha Junina Lumiar, campeã de concursos estaduais e regionais, trouxe homens cis e mulheres trans interpretando personagens femininos compondo o elenco da dramaturgia da encenação do  casamento. Eram chamadas de “caricatas”, ainda não funcionavam cenicamente, nem se comportavam, a rigor, como damas, pois possuíam uma linguagem corporal  propositalmente exagerada, mais próxima das drag queens. As caricatas foram copiadas por muitos grupos, participavam de momentos específicos, especialmente com a função de provocar a comédia. Elas não necessariamente dançavam com um cavalheiro por isso não precisavam performar o modelo ideal de feminilidade, não tinham o compromisso de se parecer com as demais damas.

No esteio do pioneirismo da Quadrilha Junina Lumiar, aos poucos, e não sem polêmicas, ao longo dos anos 2000, os grupos pernambucanos começaram a incorporar gays e mulheres trans dançando como damas. Atualmente, é muito comum encontrar nas quadrilhas gays que se vestem de mulher apenas nos festejos juninos para dançar, ou mulheres trans que assumem as experiências de transgeneridade também em seus cotidianos. Nos espetáculos juninos, contudo, esses sujeitos devem apagar os marcadores de diferença corpórea no intuito de se confundir com as mulheres cis e compor de modo coeso, uniforme, o conjunto de damas do seu grupo. Os quadrilheiros, os concursos e a audiência esperam que as damas representadas por sujeitos trans passem despercebidas, o que nem sempre acontece com sucesso, se misturem às demais damas para parecerem com mulheres cis, heterossexuais, dançando com graça, leveza, feminilidade (e outros adjetivos constitutivos da ideia do feminino heteronormativo), compondo um par de opostos com seus cavalheiros. Rafael Noleto (2016), pensando nas quadrilhas de Belém do Pará, chama esse movimento de heterossexualidade e cisgeneridade coreográfica,  dispositivo de regulação dos corpos para conseguir o efeito de indistinção enquanto dançam.

Assim, se por um lado, a presença de gays e mulheres trans dançando como damas aponta para um avanço político na discussão atual sobre  representatividade e diversidade sexual e de gênero na cultura popular, por outro, inadvertidamente também aponta para o reforço do binarismo e para a manutenção dos estereótipos, uma vez que as quadrilhas juninas continuam dramatizando anualmente os códigos, valores e comportamentos corporais heteronormativos, inclusive tentando enquadrar os corpos e as corporalidades dissidentes dos seus brincantes. Nesses termos, a referida presença trans não subverte plenamente a estrutura. Não há espaço para as muitas experiências não binárias que podem tencionar os parâmetros pré-estabelecidos acerca de como devem dançar homens/cavalheiros e mulheres/damas. Gays e mulheres trans que dançam de dama não podem deixar a barba por fazer (chuchu), não podem ser “machudas” (masculinas), devem fazer maquiagem e cabelo (se montar) de forma impecável,, tem que saber rodar a saia “como uma mulher”. De maneira contraditória, então, é fortemente recomendável que os gays e as mulheres trans não deixem transparecer sua condição/experiência de trangeneridade, não podem reivindicar esse léxico político-identitário potente, um esforço a serviço da manutenção dos sentidos rituais da festa e da estrutura sexista das quadrilhas.

Em 2018, contudo, as quadrilhas sinalizam mudanças. Um vídeo da apresentação da Quadrilha Girassol do Sertão, do Ceará, viralizou na internet no mês de junho. O grupo da cidade de Russas, no Vale do Jaguaribe, trouxe como tema “Minha manifestação cultural também é política” cujo argumento central é o potencial político de uma quadrilha junina para falar sobre opressão às minorias. Em determinado ato do espetáculo, o grupo faz uma homenagem à mulher trans Dandara Santos, espancada e morta a tiros, por homens, no dia 15 de fevereiro de 2017, em Fortaleza (um crime de ódio, provocado por transfobia, que teve muita repercussão nas redes sociais). Cíntia Freitas, uma das quadrilheiras da Girassol do Sertão, é uma mulher trans que interpreta a cena do espancamento e morte de Dandara, ao som de “Geni e o Zepelin”, de Chico Buarque, emocionando a audiência presencial e virtual. Assim como na vida real, a personagem do arraial é levada num carro de mão, mas, reaparece minutos depois vestida como a rainha da quadrilha (personagem de destaque), e grita: “Dandara, presente! Parem de nos matar! Eu sou Cíntia Freitas, sou mulher trans e faço parte dessa sociedade!”.

Cíntia Freitas, Rainha da Girassol do Sertão | Foto – Edson Oliveira | #4ParedeParaTodos #PRaCegoer – Imagem colorida de apresentação de quadrilha, em que homens e mulheres com figurinos com tons de verde e amarelo cercam ofensivamente uma mulher, que, sentindo receio, se protege com os braços.

Cíntia Freitas, Rainha da Girassol do Sertão 2 | Foto – Edson Oliveira | #4ParedeParaTodos #PraCegoVer – Imagem colorida de uma mulher sorrindo e usando um vestido e maquiagem brilhosos na cor azul, com uma faixa escrita ‘Ordem e Progresso’.

Em Recife, outro grupo fez uma homenagem à Dandara Santos de forma muito semelhante. A Quadrilha Junina Raízes, com o tema “Só Jesus na causa”, conta a história da esperada volta de Jesus a Terra. Ao chegar, o filho de Deus se encontra com uma mulher trans, Geni, sendo apedrejada. A cena também é realizada ao som de “Geni e o Zepelin”, de Chico Buarque. O carro de mão em alusão ao caso de Dandara Santos novamente entra em cena para carregar a Geni, nome do personagem criado pela Raízes, abreviação de Genivaldo. Geni é salva por Jesus e também retorna ao arraial como a rainha da quadrilha, com direito ao arco-íris da bandeira do movimento LGBTTQ na barra da sua saia. Sem peruca, sem enchimentos, desafiando mais fortemente o modelo binário, ela dança com um homem cis que tem uma faixa atravessada no peito com o mesmo arco-íris da diversidade.

Quadrilha Junina Raízes. Geni no Carro de Mão | Foto – Paulo Mafe | #4ParedeParaTodos #PraCegoVer – Imagem colorida de vários homens e mulheres com figurinos coloridos cercando e apontando para uma mulher sendo carregada em um carrinho de mão.

Quadrilha Junina Raízes. Jesus Salva Geni | Foto – Paulo Mafe | #4ParedeParaTodos #PraCegoVer – Imagem colorida de um homem vestido como Jesus Cristo (bata branca com faixa vermelha) abraçando mulher com roupas coloridas. Ao fundo, a plateia sentada em uma arquibancada.

Quadrilha Junina Raízes. Geni é Rainha da quadrilha | Foto – Paulo Mafe | #4ParedeParaTodos #PraCegoVer – Imagem colorida de mulher com roupa em tons amarelados caminhando pelo palco, com outros dançarinos da quadrilha se movendo ao fundo e com a plateia assistindo na arquibancada no lado direito da imagem.

Além da homenagem à Dandara, as quadrilhas Raízes (de Pernambuco) e Girassol do Sertão (do Ceará) têm mais em comum: duas mulheres trans que dançam de damas, mas que negam a farsa artística e anunciam a sua condição/experiência transgênero no arraial. A rainha cearense, inclusive, grita seu nome social. São mulheres trans representando damas sem o compromisso com a interpretação da cisgeneridade e da heterossexualidade. Não precisam encenar a corporalidade ligada ao modelo ideal/esperado do feminino se não quiserem, pois não há segredos entre elas, os espectadores e os jurados. Elas são mulheres trans performando damas trans.

Destaco, por fim, os esforços dessas quadrilhas em apresentar temas com conteúdos políticos, tentando relacionar o repertório imagético e discursivo constitutivo do ciclo junino, que tradicionalmente subsidiou a produção das quadrilhas, às questões sociais, às pautas políticas que atentam para as minorias sociais e mobilizam a vida dos brincantes. Tendo em vista a participação contundente de gays e transexuais, não só nos espetáculos como também em funções de liderança, a homofobia e a transfobia tornam-se temas prementes, justificados pelos altos índices de assassinatos e crimes de ódio. Credito o sucesso do vídeo da Quadrilha Girassol do Sertão ou a repercussão alcançada pela Quadrilha Raízes, especialmente junto a pessoas que não conheciam o movimento quadrilheiro do Ceará e de Pernambuco, à forma clara como esses grupos assumiram a presença trans em seus quadros de damas, descortinando a encenação e desestabilizando com mais vigor político a lógica sexista.

As quadrilhas juninas do Nordeste e do Norte do país há décadas têm se transformado em espaços de sociabilidade no qual convivem quadrilheiros e quadrilheiras com diversas experiências de gênero e sexualidade, classe social e raça; espaços nos quais as diferenças compõem e engendram processos de convivência, disputas, conciliação e conflitos. Esses artistas populares agenciam as tradições continuamente e agora abrem espaços para repensar o fazer quadrilha – uma dança de pares composta por cavalheiros e damas, homens e mulheres como opostos complementares, idealizados e irredutíveis – e ao mesmo tempo encampar discussões políticas que libertam os corpos da estrutura binária limitadora. Nos corpos indecorosos, dissidentes, desobedientes, está a esperança de novos tempos e novas tradições.

PS.: Optamos pela categoria transgeneridade por considerar a forma mais ampla como ela complexifica as questões postas. Sabemos, entretanto, que parte significativa do movimento LGBTTQ usa também transexualidade para articular questões similares.

 Bibliografia Recomendada

MENEZES NETO, Hugo. O Balancê no Arraial da Capital: quadrilha e tradição no São João do Recife. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal de Pernambuco, CFCH. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Recife, 2008. O Balancê do Arraial da Capital Hugo Menezes Neto (2009).

MELO, Liana de Queiroz, “Na minha quadrilha só tem gente que brilha”: corporalidades dissidentes e direitos humanos nas quadrilhas juninas do Recife/PE. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Pernambuco
Centro de Artes e Comunicação
Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos. Recife, 2018.

NASCIMENTO, José Roberto. Entre damas e “outras damas”: um estudo sobre as travestilidades nas quadrilhas juninas da região metropolitana do Recife. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Artes e Comunicação. Licenciatura em Dança. Recife, 2017.

NOLETO, Rafael da Silva. “Brilham estrelas de São João!”: gênero, raça e sexualidade em performance nas festas juninas de Belém – PA. Tese (Doutorado) Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Programa de Pós-graduação em Antropologia Social. São Paulo, 2016.

 


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Estreia da Quadrilha Girassol do Sertão | Trecho do ato em homenagem à Dandara Santos

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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

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Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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