#12 Feminilidades | Mi Madre – Dramaturgia de um Corpo Semente
Imagem – Arquivo Pessoal | Arte – Rodrigo Sarmento
Por Jhanaína Gomes
Doutoranda em Artes Cênicas (UFBA), Mestra em Artes Cênicas (UFRN), Bailarina e Atriz (UFPE)
Eu sou Benedita, Maria, Ceça e Jhanaina. Faço parte de um clã de mulheres que doem e coube a mim, nessa existência, com esse “corpo” de mulher negra, medindo 1,65 m de altura, alinhavar as histórias dessas mulheres que sou, coloca-las no ventre e sumir para o mundo subterrâneo tal como Perséfone. A diferença aqui entre eu e o mito foi que minhas “Deméteres” que me mostraram o caminho e me levaram para as profundezas.
Perséfone brincava livremente pela floresta, até que a terra se abriu e com ela, de repente, o senhor da morte, Hades, surgiu em sua carruagem e a levou à força para o mundo avernal (inconsciente) com o intuito de casar-se com ela. Perséfone foi abduzida para o mundo sombrio e ao mesmo tempo cheio de revelações. Lá, ela conheceria profundamente a morte e se tornaria a rainha desse reino.
Eu passeava livremente pela vida, até que a terra se abriu pela primeira vez quando presenciei, aos dez anos de idade, minha avó se arrastando, agarrada aos pés de meu avô, enquanto ele quebrava tudo dentro de casa antes de ir embora. A partir dali, meu comportamento diante do outro (sexo masculino) mudou, as brincadeiras já não eram as mesmas até tornar-me adolescente e passar a me comportar como minha avó. Eu sentia a necessidade de escorregar, cair, arrastar e me agarrar em outra pessoa.
A terra foi se abrindo à medida em que escutava minha avó Benedita contar suas histórias. A terra foi se abrindo mais e mais à medida em que eu crescia e conhecia minha mãe enquanto mulher. A terra se abriu para mim convidando-me a entrar e eu, depois de muito relutar, aceitei.
Desci o quanto pude e ainda me encontro no mundo avernal. Aqui, de onde estou, me deparo com as memórias e experiências de minhas antepassadas. A poeira toda que ficou debaixo do tapete está aqui sob meus olhos, pele, boca, nariz, ouvidos. Tornei-me uma espécie de corpo semente e ao perceber que os ciclos se repetiam geração após geração constantemente, entendi que Mi Madre é uma possibilidade de cura e posso vislumbrar nitidamente o porquê que, no caso desse enredo, foram as minhas “Deméteres” que mostraram o caminho.
O mundo avernal ao qual esta e outras jovens Perséfones são atraídas é frequentemente o resquício de algum antigo segredo familiar – uma fossa cuja tampa foi mantida firmemente fechada geração após geração. Apesar de profundamente perturbada por todos os pensamentos “proibidos” em sua família – “não devemos falar sobre a tia-avó Brunilda” – Perséfone não tem como desligar o seu sensível radar inconsciente. Esses pensamentos proibidos criam um inferno silencioso de pesadelos extemporâneos, os quais ela tem dificuldade para articular. Na realidade o que pode estar acontecendo é ela estar captando psiquicamente fragmentos caóticos desses segredos guardados a sete chaves e enterrados naquilo que Jung chamou de inconsciente ancestral, fazendo-a sofrer como a princesa Cassandra na Ilíada de Homero, cuja profecia do notório cavalo de Tróia ninguém acreditou. (WOOLGER, WOOLGER, 2007, p. 188)
POR DEBAIXO DA TERRA
O que considero o início de uma certa consciência desse processo se deu alguns anos atrás, quando participava no GETA (Grupo de Estudos do Trabalho do Ator), coordenado pelo diretor e dramaturgo Luiz Felipe Botelho[1] e sediado na Fundaj[2]. Iríamos nos aprofundar nos estudos de “Os que vivem dentro de nós”[3], quando Felipe perguntou-me: – Sobre o que você quer falar?
Considero essa pergunta um ponto chave para todas as criações posteriores e ao que me proponho enquanto artista hoje. Na época, eu já estava conectada à minha mãe de uma maneira profunda e inquietante. No mês seguinte, engravidei do meu filho Lótus e encarei esse fato como o prenúncio do porvir. Não havia mais como sair desse processo imagético que se instaurava, o arquétipo da grande mãe já havia atravessado corpo e inconsciente adentro.
Foi partindo dessa pergunta, que surgiu a ideia do espetáculo Cara da Mãe[4] e da prática que conduziria essa criação, a Mitodologia em Arte. O encontro com Luciana Lyra[5], criadora da Mitodologia em Arte, foi em uma oficina realizada pelo SESC Santo Amaro (Recife- PE) chamada: Mitodologia em Arte aplicada ao trabalho do ator. Nesta oficina, entrei em contato com o que empiricamente já estava pesquisando e, de pronto, a convidei para a direção do espetáculo Cara da Mãe.
Mas o que vem a ser a Mitodologia em Arte? Primeiramente, apontarei sobre o termo Mitodologia, criado por Gilbert Durand[6] para condensar dois tipos de estudos nos quais se debruçava. Os estudos da Mitocrítica, que se aprofunda na construção imagética das obras literárias e da Mitanálise que tem como objetivo detectar os mitos fundantes de uma determinada época histórica e social de uma cultura. Essas duas metodologias de análise do mito formam o que Durand chamou de Mitodologia, termo que Lyra dispõe para criar os conceitos do que viria a ser uma Mitodologia no campo das artes.
Dentre suas diretrizes, a Mitodologia em Arte propõe para nós, artistas, um saber que associa o baú de imagens individuais e coletivas inseridas na criação cênica em questão, propondo uma interlocução entre o raciocínio cênico e o caminho da ludicidade para compor um corpo e uma história, ou seja, transbordar-se em imagens para a cena concatenando essas interlocuções.
Paralelamente, esta via de criação nos propõe um tempo cíclico e feminino, que não tem uma ordem métrica e fechada a ser seguida para criar. Ao contrário, utiliza-se do tempo como motor para uma escuta profunda de si no processo de criação. Por esse viés, estimula-se a interseção entre o imaginário do atuante com sua máscara ritual, potencializando, assim, as experiências pessoais do indivíduo.
Dessa forma, considera-o como um ser holístico, que se observa, se descobre enquanto observa e descobre o outro, que ‘fricciona’ a história do outro na sua e vice-versa, traçando um esquema de criação, a partir de camadas mais profundas e subjetivas de si.
Antes de ser um meio para se atingir um fim, a Mitodologia em Arte possibilita a descoberta de fios que a princípio parecem desconexos, mas que cabem ao atuante tramá-los e costurá-los com o enredo de sua própria história, para que assim façam sentido.
Intenta-se antes o encontro com o ser ‘humano’ em potência plena, do que qualquer resultado cênico. É um trabalho que, antes de tudo, nutre o autoconhecimento do artista que, conhecendo a si mesmo e a sua história, pode encontrar-se inteira e integralmente com a alteridade.
Enfim, é um estado latente de desvelamento de si em consonância com o processo criativo, pensando o mito como força motriz para idealizar, refletir e realizar a performance.
Traçando uma linha paralela com as diretrizes da Mitodologia em Arte, vejo em Marie Christine Josso, mais precisamente no seu livro Experiências de Vida e formação (2010) a conexão com a trajetória mitodológica proposta por Luciana Lyra. No livro, Josso relata experiências de sua pesquisa e de outros autores a respeito do Método Autobiográfico.
Com a junção entre cognição e imaginação, entramos já na evocação do ser da imaginação e as conexões que lhe são mais especificamente vinculadas. Numerosos relatos abordam a importância das obras artísticas (música, letras, artes plásticas, artes decorativas, dança, etc.), essas realidades imaginárias e, no entanto, bem concretas, como alimentos de sua vida interior, fontes de referências para simbolizar situações, acontecimentos que permanecem sem palavras para serem ditos, descobertas de outros universos possíveis. Uma pesquisa e uma construção de conexões, de conivências que possam, também, permitir outros olhares sobre si, possibilitar que se descubram outras potencialidades, sentir-se vinculado, em sua humanidade, com seres desconhecidos que são portadores de sensibilidades vizinhas, ou totalmente “estrangeiras”, utilizar essas produções artísticas como mediação para falar de si e de sua visão de mundo etc. (JOSSO, 2010, p.79)
O processo do espetáculo Cara da Mãe se deu pela via da Mitodologia em Arte, o que originou minha dissertação de mestrado Cara da Mãe: uma jornada de criação pela via da Mitodologia em Arte (acesse AQUI). Neste trabalho, relato as experiências cênicas criadas a partir dos procedimentos mitodológicos capitaneados por Luciana Lyra seguindo as etapas da Jornada do Herói, de Joseph Campbell[7], como suporte para narrativa dessa construção cênica.
No entanto, a jornada não concluiu e eu precisei dar continuidade, desta vez, sozinha. Era necessário cavar ainda mais, descer ainda mais e receber ainda mais o peso da terra. Mi Madre é o protótipo de um corpo semente, um corpo que se posiciona em paralelo com a Mitodologia em Arte, o método autobiográfico e ao que Luciana Lyra chama de ator de fricção. Segundo Lyra, o ator de fricção é uma espécie de cartógrafo que vai traçando paisagens na relação com o eu e a alteridade, podendo gerar momentos eletrizantes de uma cena em contínua transformação. (LYRA, 2011, p.44):
Na liminaridade (TURNER, 1982) está o ator, numa fecundidade contínua de ser eu-outros. O ator de f(r)icção, sob a máscara ritual de si mesmo transita da alteridade ao si mesmo, do aquoso ao telúrico, do profano ao sagrado, da vida à arte, mas não deixa de ser o que se é para tornar-se outro, experimenta em si mesmo, a multiplicidade de possíveis eus, em que eu são muitos. Como aponta Schechner, “múltiplos eus” coexistindo em uma “irresolvida tensão dialética” (1985). (LYRA, 2011, p.11).
Corpo semente também corrobora com as recordações – referências de Marie Cristine Josso:
Falar de recordações-referências é dizer, de imediato, que elas são simbólicas do que o autor compreende como elementos constitutivos da sua formação. A recordação-referência significa, ao mesmo tempo, uma dimensão concreta ou visível que apela para as nossas percepções ou para as imagens sociais, e, uma dimensão invisível, que apela para emoções, sentimentos, sentido ou valores. A recordação-referência pode ser qualificada de experiência formadora, porque o que foi aprendido (o saber fazer e os conhecimentos) serve, daí para frente, quer como referência a numerosíssimas situações do gênero, quer como acontecimento existencial único e decisivo na simbólica orientadora de uma vida. São as experiências que podemos utilizar como ilustração numa história para descrever uma transformação, um estado de coisas, um complexo afetivo, uma ideia, como também uma situação, um acontecimento, uma atividade ou um encontro. E essa história me apresenta ao outro em formas socioculturais, em representações, conhecimentos e valorizações, que são diferentes formas de falar de mim, das minhas identidades e da minha subjetividade. Assim a construção da narrativa de formação de cada indivíduo conduz a uma reflexão antropológica, ontológica e axiológica (JOSSO, 2010, p. 37).
O corpo semente conversa e dialoga com as referências acima citadas para poder se isolar e finalmente germinar. A tessitura dessa dramaturgia está calcada na dor de se fazer brotar, na memória celular dessa semente que repete padrões e se conscientiza dos ciclos perenes com a finalidade de quebrá-los.
Por isso, a importância do isolamento e da espera. Por mais que a ajudem, o corpo semente precisa fazer o trabalho sozinho. Enquanto lembra, escreve; enquanto lembra, fala e retorna a escrever; enquanto lembra, esse corpo semente capta as vibrações dessa recordação-referência ou dessas imagens ressonantes[8] para montar um quebra-cabeça de ações físicas e vozes.
Corpo semente é um manifesto para dentro, uma tessitura de retorno, de encontro e de fricção com sua trajetória e com a trajetória das sementes que a germinaram, suas ancestrais. Também, é importante frisar que, quando um corpo semente escreve e atua, os aspectos sombrios e grotescos não são renegados ou escondidos, mas, ao contrário, são poetizados. A poeira, a névoa, a cortina de fumaça que está por baixo da terra é cuspida para fora. Não há elementos “bons” ou “ruins”, o que há, são histórias e muitas roupas sujas que estavam escondidas e precisam ser lavadas.
A importância dos diários poéticos para esse processo é de extrema relevância, tendo em vista todo o arsenal de acontecimentos que parece dançar com o momento criativo. Quando voltamos a nossa atenção para esse retorno, situações do cotidiano se mostram de maneira reveladora. Encontros, situações, pessoas, objetos, cheiros, imagens, músicas e uma infinidade de alusões a esse estado de compreensão de si e da sua linhagem, nutrem o ato criativo e servem de mola propulsora para a escrita e para os contornos da cena.
Esse processo também vislumbra enxergar e fazer as conexões com o trajeto antropológico de suas ancestrais e o seu, desembocando em um autoconhecimento profundo que separa o que realmente é seu e o que são das outras sementes.
Na teoria de Durand, baseada nos estudos elementares de Gaston Bachelard e nos estudos arquetípicos de Carl Jung, faz-se um levantamento de imagens em diversas culturas e para organizá-las, lança-se a ideia de um trajeto antropológico, uma maneira própria para cada cultura e indivíduo de estabelecer a relação existente entre sua sensibilidade (pulsões subjetivas) e o meio em que vive (tanto o meio físico quanto o histórico social) (PITTA, 2005, p.21).
Necessariamente, a dramaturgia e a criação partindo desse corpo semente precisa vir de suas origens, concatenando com a ideia biológica e genética de que eu já passei pela barriga de minha avó através dos ovócitos de minha mãe.
As “sementes” existentes no corpo embrionário de minha mãe já existiam desde quando ela habitava as águas de dentro de minha avó. A teoria ensaísta de Alejandro Jodorowsky[9] se debruça de maneira mais aprofundada sobre isso.
Portanto, o corpo semente refere-se essencialmente a essa ancestralidade que opera e coabita o modus operandi do indivíduo “ser” em sua esfera micro e macro, galgando a partir de suas conexões de histórias do eu e do outro, práticas para perdoar a si e a toda sua linhagem, entendendo essa jornada como um processo de cura e autocuidado. Por fim e acima de tudo, compreende que todas foram as sementes possíveis de ser.
O DELICADO E GENEROSO PROCESSO DE GERMINAR
Encontro-me fértil e crescente, talvez pronta para despontar uma pequena folhagem. Falar sobre si e sobre onde seus pés pisam, lhe dá possibilidades de entender a si mesmo para entender o outro e esta é só mais uma opção e direção de ser e estar na arte.
Este isolamento vivido por baixo da terra me fez conhecer profundamente o mundo avernal e abissal de minha linhagem, compreendendo comportamentos que me compõem enquanto mulher e artista em meu “mundo cotidiano”.
No livro Mulheres que correm com os lobos, a autora Clarissa Pinkola Estés[10] sugere que as mulheres peguem fotos de suas antepassadas e digam: “Essas são as mulheres da minha família” ou “essas são as mulheres de quem sou herdeira”.
O espetáculo Mi Madre se propõe especificamente a essa tarefa psíquica. Olhar para nosso clã de mulheres antepassadas com compaixão e amor, reconhecendo as diversas dores, alegrias, mágoas, os grandes esforços e as grandes vitórias na vida de cada uma delas, tal qual no livro acima citado:
Aqui o que conta é uma verdadeira lavagem de roupas femininas de uma vez por todas. A proibição universal de se lavar a roupa suja em público é irônica porque geralmente a “roupa suja” também nunca chega a ser lavada no seio da família. Lá embaixo no canto mais escuro do porão, a “roupa suja” da família fica simplesmente ali jogada, dura com seu segredo para sempre. A insistência em se manter segredo é um veneno. Na realidade, ela quer dizer que a mulher não tem nenhum apoio à sua volta para lidar com as questões que lhe causam dor” (ESTÉS, 1998, p. 473).
A roupa suja do porão, ou as substâncias tóxicas que contaminam a terra em que a semente está germinando, são as histórias de preconceito, abandono, desafeto, solidão, agressão física, agressão psicológica e maternidade abusiva que povoaram as experiências e o imaginário do meu clã das cicatrizes, das minhas sementes geradoras e primeiras.
Por fim, posso dizer que a construção de Mi Madre, sou eu enquanto Perséfone descendo o mundo avernal, observando cuidadosamente cada rastro histórico de meu clã, e ao comer da romã, fruto proibido ofertado por Hades, acabo por me tornar a própria semente desse fruto e lá me predisponho a ficar.
Referências
ÉSTES, Clarissa Pinkola. Mulheres que correm com os lobos: Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1992.
JOSSO, Marie Christine. Experiências de vida e formação. 2. Ed. São Paulo: Paulus; Natal: EDUFRN, 2010.
LYRA, Luciana de Fátima Rocha Pereira de. Guerreiras e heroínas em performance: Da artetnográfia à Mitodologia em Artes Cênicas. 2011. 533 f. Tese (Doutorado em Artes) – Instituto de Artes, Universidade Federal de Campinas, Campinas, 2011.
__________________________________. O Caso Joana: transporte e transformação do ator de f(r)icção. In BRONDANI, Joice. Grotowski: estados alterados de consciência. São Paulo, Giostri Editora, 2015.
PITTA, Danielle Perin Rocha. Iniciação a teoria do imaginário de Gilbert Durand. São Paulo: Atlântica, 2005.
TURNER, Victor. O processo ritual: estrutura e antiestrutura. Petropólis. São Paulo: Vozes, 2013.
WOOLGER, J.; WOOLGER, R. A Deusa interior: Um guia sobre os eternos mitos femininos que moldam nossas vidas. São Paulo: Cutrix, 2007.
Notas de Rodapé
[1] Luiz Felipe Botelho, Técnico da MMP/Fundaj desde 1993, mestre em Artes Cênicas (UFBA), arquiteto (UFPE), ator (UFPE), autor de peças teatrais e roteiros, diretor de teatro e vídeo, membro da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT) e da União Brasileira dos Escritores (Seção PE).
[2] Fundação Joaquim Nabuco
[3] Luiz Felipe Botelho escreveu o artigo Tensões e Incorporações: estudo sobre o caminho do corpo do ator e o corpo do personagem presente no livro Teatro, Máscara e Ritual, organizado pelos pesquisadores: Joyce Aglae Brondani, Vilma Campos Leite e Narciso Telles. Neste artigo descreve um pouco do que foi o percurso da nossa pesquisa dentro do Grupo de Estudos do Trabalho do Ator (GETA) e do processo do espetáculo “Os que vivem dentro de nós”.
[4] Espetáculo de dança e teatro do Coletivo Cênico Tenda Vermelha
[5] Atriz, performer, dramaturga, encenadora e professora na área das Artes Cênicas. Docente adjunta efetiva do Departamento de Arte e Cultura Popular e do Programa de Pós-Graduação em Artes no Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Docente colaboradora e Pós doutora pelo Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal do Norte (UFRN). Docente colaboradora pelo Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas da Universidade do estado de Santa Catarina (UDESC).
[6] Antropólogo francês conhecido por seus estudos sobre o imaginário e mitologia.
[7] Mitólogo norte-americano. Estudioso dos mitos, arquétipos universais e das religiões. Joseph Campbell é considerado uma das maiores autoridades em mitologia comparada. Abordando com igual eficiência os mais variados ramos do conhecimento, seus livros descrevem desde os mitos antigos e os aspectos mais complexos das civilizações primitivas, passando pelos estudos de filosofias orientais, até chegar aos símbolos mais significativos das artes e da literatura contemporânea.
[8] Um dos procedimentos da Mitodologia em Arte. Esse procedimento se dá pela via das imagens que são geradas em conexão com o mito-guia do processo para que possamos desbravar corporalmente o imaginário do artista- criador
[9] É ensaísta, escritor, cineasta, ator, pintor, tarólogo e psicólogo chileno.
[10] É escritora e psicanalista de origem mexicana. Autora de livros como Mulheres que correm com os Lobos, Libertem a mulher forte e ciranda das mulheres sábias.