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Crítica – Verão Sem Censura | DJ Rennan da Penha e o Giro Periférico da Juventude Preta

Por 4 Parede
30 de março de 2020
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Imagem – Karolyn Andrade

Por Lucas Bebiano

Ator, Performer e Graduando da Licenciatura em Teatro (UFPE)

 

Praça das Artes, 17 de janeiro de 2020, São Paulo. O público se depara com um palco: nele, uma mesa, alguns equipamentos de som, dançarinos e um DJ ao centro. A perspectiva coloca o DJ em foco – em sua frente uma multidão de jovens (a maioria negros), reagindo à sua música; em sua esquerda uma projeção gigante de seu nome num edifício: DJ RENNAN DA PENHA.

Nessa mesma projeção, são exibidos alguns trechos de filmes do cinema nacional, construindo imagens de fundo para a música que está tocando. O ritmo? Funk! Os filmes? Bruna Surfistinha, Aquarius, Hoje eu Quero Voltar Sozinho, entre outros. Tais filmes têm em comum o ataque moralizante que receberam em algum momento de sua distribuição.

A junção da música que é tocada com as imagens dos filmes nos dá alguns momentos únicos, como a personagem Dona Clara do filme Aquarius lutando contra a especulação imobiliária da elite pernambucana, ao som de Eu vou Passar com a Xota na Sua Boca (MC Mazzoni feat DJ Rennan da Penha).

Rapidamente introduzidos ao tom artístico da noite, olhamos novamente para o palco para encontrar o contexto do show: slogans da prefeitura de São Paulo e do Festival Verão sem Censura. Esse texto lançará um olhar crítico para o contato do artista Rennan da Penha com tal instituição e tal festival.

O festival é uma idealização da Secretaria de Cultura do município, que abrange todas as regiões da capital, e dá palco a mais de 40 atrações artísticas que foram atingidas pela bizarra onda ideológica anti-arte e anticultura dos últimos anos no Brasil.

Essa onda tem como uma de suas imagens políticas atuais o governo Bolsonaro. Ele, em um ano de mandato, acabou com o Ministério da Cultura, decretou uma série de desmontes nas leis de fomento cultural, cortou verbas destinadas a produções com narrativas negras e LGBTQIA+, assim como censurou filmes e espetáculos lidos como “de esquerda”, dentre outras políticas públicas da barbárie.

Esses ataques pegaram de surpresa muitos artistas brancos de classe média (alguns até convidados a integrar a programação desse mesmo festival) uma vez que, inseridos num contexto de livre circulação e expressão de seus trabalhos, não vivenciam diariamente a experiência da censura. Mas, além dos ataques diretos que um governo pode fazer à determinada classe, existe uma corrente estrutural que ele alimenta e que age diretamente no pensar e agir social da população.

Ou seja, apesar de mais uma vez em 2019 a discussão classista sobre o funk ser proibido ou não ter chegado ao congresso, não foi o governo Bolsonaro que censurou diretamente o DJ Renan da Penha. Mas o artista teve não só o seu trabalho, como sua presença, censurados pela onda ideológica bolsonarista, e pelo pensamento conservador brasileiro.

Rennan da Penha ficou preso injustamente durante 7 meses em 2019. A prisão impediu sua presença no Prêmio Multishow de Música Brasileira, no qual foi premiado como Produtor do Ano e levou o grande prêmio da noite, Canção do Ano.

DJ Rennan da Penha | Imagem – Karolyn Andrade | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Imagem colorida e frontal de Rennan da Penha, homem negro com barba curta, usando camisa de manga longa e gorro pretos. Além disso, ele usa correntes de ouro no pescoço e segura um copo em sua mão esquerda.

Ele também não pôde tocar no Rock In Rio, quando acabou recebendo uma série de homenagens, e não pôde ir à cerimônia do Grammy Latino comemorar sua indicação inédita, representando a música do país internacionalmente. Portanto, ter o seu nome projetado no edifício ao lado do palco no festival não é só a afirmação de seu trabalho, mas também de sua presença física nos espaços.

Em entrevista para os jornalistas Lucas Veloso e Nataly Simões, a dançarina Renata Prado (moradora do extremo leste de São Paulo) identifica o funk como uma cultura orgânica da periferia. Renata diz que tem contato com o ritmo desde criança. A realidade de Renata dialoga com a de muitas crianças do estado, que, quando adolescentes, encontram no ritmo autoestima e bem-estar e, na fase adulta, podem torná-lo gerador de renda, como é o caso do DJ Rennan.

Quando o funk é censurado, um grupo social é censurado junto. Não é à toa que um ritmo, diretamente relacionado à vivência de pessoas negras e pobres, é criminalizado socialmente e isolado nas artes.

Rennan é idealizador de um dos maiores bailes de rua do Rio de Janeiro, o Baile da Gaiola. O baile passou a promover os DJs que lançavam músicas no evento, garantindo sua projeção mundial. O sucesso do baile foi tão grande, que Rennan começou a fazer parcerias com artistas já consagrados e a realizar shows fora da favela. Assim, os shows de Rennan prometem uma experiência similar a um baile na favela. Rennan não é apenas uma DJ que vende suas músicas, ele vende a experiência de um baile de favela junto.

Dessa forma, o show traz um repertório de funks antigos e atuais. As letras? Putaria com romance. Além de Rennan comandar o som e estabelecer um contato direto com o público, ele estabelece um tom político inserindo pautas de raça, gênero e sexualidade, como tentativa de conscientização do público frequentador de seus shows (sem aderir ao discurso politicamente correto).

Seja nos momentos de animar a galera: “70% das meninas vão concordar comigo. Homem que não chupa buceta pra mim é viado”. Ou em instantes mais densos, como quando ele faz menção ao genocídio da juventude preta, pedindo justiça pelo massacre de Paraisópolis, na madrugada de 1° de dezembro de 2019. Nesse massacre, nove pessoas de 14 a 23 anos morreram, durante uma ação da polícia militar do Estado de São Paulo no baile funk da DZ7 na Zona Sul.

Nesse momento do show realizado durante o Verão Sem Censura, percebo que a média do público é exatamente a mesma dos jovens assassinados no massacre: o público em sua maioria é negro e jovem/adolescente. Comparando as taxas de mortes diárias de jovens negros no país com a experiência do Baile da Gaiola, no qual centenas de jovens negros se agrupam para dançar e não morrer, percebe-se a inversão de uma violenta norma que DJ Rennan e tantos outros MCs de funk promovem.

Aparentemente, o que está acontecendo, não só no Sudeste, mas em todo o país; é um giro periférico, que os estudos decoloniais vão chamar de ‘giro decolonial’. Os bailes funk de rua do eixo Rio-São Paulo são um reflexo de uma periferia agrupada, que não mais depende diretamente do sistema que a mata. Esse giro periférico da juventude preta dialoga com o trabalho de Rennan da Penha. É um movimento de autonomia e de resistência de corpos dissidentes latino-americanos.

Essa autonomia vem de uma periferia censurada todos os dias; é a reação a um sistema de controle, a negação de normas brancas de produção, seja no que diz respeito à renda, ou ao conhecimento. A produção artística da periferia, muitas vezes, não é levada verdadeiramente em consideração pela elite cultural branca, a qual também não é capaz de dimensionar o quanto essa arte já é censurada e/ou censurável dia a dia.

Quero dizer que, muitas vezes a classe artística embranquecida pode considerar uma obra desconstruída, polêmica ou revolucionária, pelo fato de ela sofrer algum tipo de censura, por parte de algum órgão do Estado, ou se for isolada (cancelada) por grupos na Internet. No entanto, é importante considerar que se trata de uma classe cujo privilégio foi sempre ter plena condição de trabalho e cuja visibilidade termina por chamar também a atenção do governo.

A categoria de “censurados” parece ter virado moda entre uma parcela de artistas atuais. Artistas que reproduzem o que a jornalista Stephanie Ribeiro define como a lógica do “meu umbigo, minha vida”. Como se o fato de uma obra ser censurada, automaticamente transformasse o artista em um corpo à margem, sem levar em consideração os artistas que, já postos socialmente à margem, são censurados todos os dias.

A elite cultural e artística parece ter uma visão muito parcial sobre a censura, geralmente tomando como único referencial histórico os episódios de censura, barbárie e terror vividos por artistas na ditadura militar no Brasil. E usam tais argumentos para vender seus trabalhos: “artista censurado apresenta…”.

Mas e se for preto? A onda ideológica anti-arte e anticultura que levou, recentemente, à censura de trabalhos artísticos por agentes de políticas públicas continua sendo hedionda. Mas, pergunto novamente, e no caso dos artistas negros e periféricos? Pergunto isso, porque, aparentemente, na percepção branca de arte e censura, o alarde só acontece quando um trabalho branco (pensado dentro da lógica universal de “para todos os públicos”) é censurado.

Parece que ainda persiste na elite cultural e artística branca um pensamento de arte como um fenômeno universal, ligado a um ideal artístico tipicamente moderno. Uma vez que o conceito da universalidade é tensionado, percebe-se que o que está sendo lido como universal, na verdade, é apenas a perspectiva branca e europeia sobre a arte.

Isso termina por distanciar tudo o que não é branco da classificação e valorização da obra de arte. Assim, o universalismo nas artes não dá mais conta (ou nunca deu) das estéticas dissidentes e identitárias, o que contribui para que o pleno contato da elite cultural branca com essas outras formas de fazer artístico seja quase inexistente.

Quando um artista jovem, negro, do Complexo da Penha, é preso injustamente pela justiça, pouco se debate, ou se escreve sobre isso, seja nos cafés de artistas de galeria ou nos meios especializados de arte. Quando levantam hashtags como #LIBERDADEARENNANDAPENHA em seu nome, e ele arduamente ganha sua liberdade, só então passam a convidá-lo para integrar festivais de teatro, e animar o establishment.

Show de DJ Renann da Penha no Festival Verão Sem Censura | Imagem – Karolyn Andrade | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Imagem colorida de show realizado em local aberto, em que se vê uma multidão de pessoas se reunindo diante de um palco iluminado. Ao redor do palco e da multidão, podem se ver prédios da cidade de São Paulo.

Esse é o maior tensionamento que faço com relação ao artista Rennan estar participando desse establishment, questão que também me atravessa: por que ainda frequentar/fomentar espaços brancos com arte preta? Órgãos como a Fundação Getúlio Vargas, Associação de Comerciantes de Paraisópolis e Conseg Morumbi – Conselho Comunitário de Segurança do Morumbi, já apresentam dados que comprovam a renda e os empregos diretos gerados pelo funk no eixo Rio-São Paulo.

Trata-se de uma economia independente que movimenta as periferias, sem precisar dialogar com o senso comum do mercado¹. Segundo as informações dos órgãos citados, já seria possível que as periferias investissem em empreendimentos que fazem parte dos seus próprios processos culturais, sem precisar depender apenas do mercado branco. Não significa romper com ele, mas não depender apenas dele. O que falta para isso acontecer?

Possivelmente, a razão pela qual os artistas pretos no Brasil precisam se inserir no mercado hegemônico (regras brancas) esteja no fato de que a renda gerada por eles não consegue ser tão independente como apontam as pesquisas. O capital elevado de produção artística no país ainda está concentrado nas mãos do sistema branco, gerando uma relação de dependência cultural entre mercado hegemônico e artistas pretos.

A perseguição a Rennan, por exemplo, dá continuidade a uma série de outros MCs perseguidos pela justiça, como MC Tikcão, MC Smith e MC Rômulo Costa. A lógica para essa série de perseguições é a mesma: se começou a fazer muito dinheiro e sucesso sem depender do sistema branco, já vira suspeito de crime e alvo de policiamento.

Estar numa universidade hoje me fez perceber esse giro periférico. No meu caso, ser um jovem negro, e o primeiro de minha família numa universidade pública, me faz bater de frente com toda a lógica de epistemologias que antecedem a entrada de jovens negros no ensino superior.

Nessa condição, que está diretamente ligada ao conhecimento, bato de frente com um sistema eurocêntrico, que despreza a produção de conhecimento vinda da periferia nas artes da cena. E acompanho de perto os iguais a mim, que lutam, mesmo dentro da universidade, para conciliar suas produções científicas e a alimentação, tendo que decidir entre pagar a passagem ou fazer a xerox. Por isso, vejo constantemente pessoas negras adoecendo dentro da universidade.

A presença de Rennan da Penha no festival não deveria acontecer meramente por ele ter uma obra censurada pelo governo, e sim pela junção de uma série de controles sociais e capitais, que fazem de tudo para que a periferia não possa se colocar em perspectiva. Enquanto DJ Rennan e aqueles que ele representa tiverem espaço em qualquer tipo de mercado para suas criações, sigo escrevendo. E sigo destacando essas outras formas de produções artísticas, as que não fazem parte do ideal branco de arte.


Referências

VELOSO, Lucas. SIMÔES, Nataly. Como a cultura do funk eleva a autoestima e o bem estar dos jovens. Revista Alma Preta. Disponível AQUI. Acesso em: 05 de dezembro de 2019.

FERREIRA, Gabriela. Entenda o caso da prisão do DJ Rennan da Penha. Disponível AQUI. Acesso em: 27 de abril de 2019.

DIAS, Tatiana. O fluxo do fluxo. Revista TAB. Disponível AQUI. Acesso em: 27 de novembro de 2017.

RIBEIRO, Stephanie. Quando achamos que somos revolucionários sendo apenas privilegiados. Revista Alma Preta. Disponível AQUI. Acesso em: 09 de setembro de 2015.


Notas de Rodapé

¹Me refiro a toda lógica de mercado que vem antes do giro periférico, ou seja, a todas as regras consolidadas, antes da periferia comandar sua própria produção de capital.

TagsCríticaCrítica TeatralFunkFunk CariocaLucas BebianoRodolfo VianaTeatroVerão Sem Censura
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A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

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#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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