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Home›.Tudo›Crítica – A receita | Solo de fogo – Ingredientes para mudar o fim da história

Crítica – A receita | Solo de fogo – Ingredientes para mudar o fim da história

Por 4 Parede
30 de setembro de 2020
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Imagem – Luiz Mendonça

Por Anderson Leite

Ator, diretor, dramaturgo, pesquisador e produtor cultural

 

Poderia ter sido mais um dia com o ponteiro do relógio retardando o tempo, a atualização de óbitos e novos casos chegando pela tela, meu filho correndo pela casa, estressado em decorrência do isolamento numa metragem tão pequena, a frequente dificuldade de lembrar a data de hoje e a busca viciante de encontrar nas redes A Receita para que esse momento passe sem ferir mais, e que o futuro nos chegue como aquele algodão doce que quando criança a gente trocava por uma panela velha.

No entanto, não foi mais um dia!

Logo cedo, como de costume, eu coloquei a água do café no fogo. Sendo que, dessa vez, me preparei para assistir o trabalho de um grupo que, há 16 anos, desenvolve importantes contribuições no campo artístico do estado de Pernambuco. Grupo que surge como um coletivo de iluminação cênica, e, no decorrer de sua trajetória, por volta de onze anos, passa a produzir seus trabalhos com o enfoque nos métodos do teatro antropológico. Aliando-o ao teatro físico, o grupo apresenta como pilar de sustentação e inspiração a matriz africana/afro-brasileira, mergulhando na força da ancestralidade como base para a composição corporal, vocal e estética de suas montagens.

Composto por Agri Melo, Naná Sodré e Samuel Santos, o grupo, formado por artistas pretos(as), coloca como protagonista as histórias e culturas negras em suas criações, contribuindo para a desconstrução dos estereótipos em torno do povo negro e abrindo caminhos para outros artistas negros(as) que ocupam a cena pernambucana.

Vê-los em cena é o tipo de coisa que nos borbulha por dentro, que levanta os pelos e faz a gente sentir o coração correr. Foi assim quando assisti Cordel do Amor Sem Fim. Pude me ver naquela montagem e ali constatei o sentido da representatividade. Lembro que os tons de preto preenchiam personagens redondos, ou seja, cuja história tem início, meio e fim. Parece comum, mas antes não era. E hoje, é comum ver pretes protagonizando espetáculos fora das caixas estereotipadas? O grupo tem nome e “dá nome”: O Poste Soluções Luminosas, que há muito tempo vem iluminando o negro num estado de plenitude.

“Eita”, a água já tava fervendo, minha cabeça também!

O café ficou pronto. Então peguei meu celular e cliquei num link que me direcionou para A Receita, solo da atriz Naná Sodré. Preciso dizer que meu primeiro contato com a obra foi por meio de um arquivo audiovisual da peça, de modo que os ingredientes por mim saboreados podem ser diferentes dos provados pelos espectadores daquela sessão registrada pelo vídeo.

Inclusive, fiquei sabendo que, logo na entrada, a plateia era recebida com um caldinho de feijoada. Gostos, cheiros… A possibilidade de ouvir a respiração da atriz, o quente da luz… No entanto, eu, em meu estado de isolamento, enfrento a tela armado com o fone de ouvido e aperto o play. Ainda é possível sentir! Cheiros, gostos. Sim, é possível sentir teatro.

Tanto que, nesse momento, ao escrever, ainda sinto o gosto da montagem…

E se eu pudesse traduzir essas sensações em alimento, seria em um acarajé: frito no azeite de dendê, com uma crosta áspera e crocante, e por dentro uma massa macia e muito apimentada. Acarajé, mesmo sabendo que a memória gustativa ativada pelo solo é outra: a da feijoada, a qual era sempre servida aos domingos, dia em que as agressões eram mais frequentes àquela personagem da história de A Receita… Mesmo assim, não pude furtar-me do gosto que me veio à boca durante a encenação: um acarajé!

Me arrisco nessa tradução, pois, ainda que a montagem tenha aparência simples, assim como esse alimento, é com muita articulação cênica que somos atingidos pela poética envolvida no solo de Naná Sodré. São poucos os elementos usados, mas, assim como a massa do acarajé, eles explodem nos olhos e na boca. Lembro-me também que o acarajé é um dos alimentos oferecido a Oyá. A partir daí, tudo parece se encaixar: Oyá se fez presente naquele ritual cênico… E se fez ventania durante aqueles 40 minutos do espetáculo.

Eparrê Oyá!

No arquivo audiovisual de A Receita, a câmera está posicionada frontalmente, permitindo ao espectador uma visão panorâmica do monólogo, que está montado em arena. Ainda que a imagem se desfoque por algumas vezes e que, pela disposição do desenho cênico, o espectador (remoto) perca algumas ações, o que salta aos olhos é a forte presença de Naná Sodré. Ela dá corpo/voz a uma dramaturgia que versa sobre as situações/opressões/violências sofridas pelas mulheres, seja em casa, no trabalho ou em outros espaços da sociedade.

Ela interpreta uma anônima, uma mulher-preta-mãe-filha-esposa-cozinheira… Todas elas numa só. E que passou por diversas humilhações, tendo vivido a maior parte do seu tempo temperando as suas ilusões com sal, alho e coentro com cebolinha. Ao ver sua vida se perdendo aos poucos, como madeira em fogo de lenha, ela chega ao seu limite e encontra a receita para sua libertação.

No monólogo, através da técnica de interpretação trazida por Naná, em consonância com a direção, se vê/sente de forma fluida o seu corpo imbuído da verve hipnotizante da antropologia teatral, no que diz respeito a sua partitura intrinsecamente preenchida de ancestralidade. Os gestos psicológicos repetitivamente utilizados reforçam essa imagem e potencializam a energia necessária para atingir os altos e baixos da personagem.

Em Naná, o teatro físico faz morada, pois, o conteúdo se dilui, sem rigidez, e a forma fluida se destaca. A direção, me parece se valer do teatro pobre grotowiskiano, eliminando tudo que é “desnecessário”, deixando a atriz com poucos elementos cênicos, possibilitando que seu corpo conte toda essa história. No solo, constata-se um cardápio vivo do conceito experienciado pelo grupo ao longo de sua trajetória nas artes cênicas.

A temática do monólogo se abre para todas as mulheres, sobretudo para as mulheres negras, cujo racismo, abandono e abusos são agravantes em suas vidas. Mulheres que são diretamente violentadas e humilhadas. O solo nos faz refletir como a sociedade machista, racista e misógina consome a vida das mulheres. O espetáculo abre os olhos dos homens e, nos machistas e/ou misóginos, a montagem arregala os olhos com faca. Dando a obra relevância não apenas artística, como também social.

Confesso:

Durante toda a peça, através da negritude de Naná e a da personagem, eu só me lembrava da minha Vó Cidalha: mulher preta, que viu sua vida sendo consumida num pequeno fogão feito de barro e lata de tinta. Ela vendeu durante toda sua vida acarajé lá na Av. Dantas Barreto, para criar meu pai…

Nesse momento o café esfriou. E eu compreendi o acarajé.

Na história, aquela mulher fazia um tipo de carne para cada dia da semana, um feijão diferente para cada dia, tudo bem temperado com sal, alho e coentro com cebolinha. Servia a todos com esmero, no entanto, a sua carne era abatida e servida diariamente, sem tempo para descanso. Maus tratos no trabalho, na rua e em casa, não tinha diferença.

Ela era agredida física e psicologicamente pelo homem com quem dividia a vida. Depois de muita humilhação/violência, ela finalmente encontra a receita para libertar-se dessa situação: sal, alho, coentro com cebolinha… e pequenas doses diárias de veneno. Aos poucos, o agressor é abatido e a vítima rebenta para a vida.

Esse homem não vai sugar mais os ingredientes dessa mulher.

Aqui, nos furtamos a pensar sobre essa necessidade de “violência” por parte da mulher para se livrar das mais variadas violências que talham seu corpo e sua alma. Mesmo que se queira pensar num julgamento imparcial da cega justiça, nós sabemos que de cega ela não tem nada.

E quando falamos sobre classe, gênero e raça bem específica, a injustiça rouba a cena. Desse modo, a personagem que se encontra no limite, age em legítima defesa. Pois, sua vida estava em risco! Às vezes, precisamos fazer uso da força para não sucumbir.

Até quando?

Dado momento, enquanto assistia ao arquivo de A Receita, minha internet travou. O vídeo congelou num momento em que a personagem estava de costas, retirando o avental que fazia parte de seu figurino.

Aquele gesto, junto a sua mão esquerda erguida, sintetizava seu manifesto em prol da liberdade, do empoderamento, enquanto sua mão direita retirava de si as vestes racistas, machistas e misóginas impostas sobre seu corpo. E, sob a luz amarelo cru, que se traduz em fogo, pisando num chão terra, com os cabelos soltos ao vento, o seu corpo se transforma em água e banha a cena de LIBERDADE.

Daí, Oyá solta seus ares na voz de Elza Soares e a personagem, Naná, minha vó Cidalha e tantas outras mulheres dançam… De peito livre.

Esse texto foi produzido durante a Oficina de Crítica Teatral, ministrada por Lorenna Rocha e Rodrigo Dourado, no edital emergencial #CulturaEmRedeSescPE, do Sesc Pernambuco, em 2020.

TagsA ReceitaAgrinez MeloCríticaNaná SodréNegritudesO PosteSamuel SantosTeatro
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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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