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Crítica – Solo para um sertão blues & Rainhas | O racismo é uma distração

Por 4 Parede
10 de maio de 2022
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Imagem – Autor(a) Desconhecido(a)

Por Lorenna Rocha
Historiadora (UFPE), pesquisadora e crítica cultural

Lirismo, poesia, ritmos musicais e negruras convocam a constelação entre os espetáculos Solo para um sertão blues, dirigido por Claúdio Lira, e Rainhas, do Coletivo Abaya. Exibidas na PretAção – 3ª Mostra de Mulheres Pretas de Pernambuco, as obras partem de lugares diferentes para produzirem um movimento comum: o “enegrecimento” de narrativas que tangenciam o passado histórico brasileiro, questões contemporâneas ligadas à racialidade e a “positivação” dos símbolos e experiências atrelados às vidas, culturas e tecnologias negras. 

Inspirado no livro Solo para Vialejo e em seus versos carregados de memórias da infância de Cida Pedrosa em Bodocó, Solo para um sertão blues inicia-se com um prólogo de sua jornada, fazendo uma promessa de deslocamento do mar ao sertão. Mas o trânsito vem de antes: em referência ao Atlântico Negro, marca-se não apenas o processo de escravização forçada conduzido pela empreitada moderna-colonial, como rememora-se tal abismo oceânico como um lugar de trocas e comunicação entre culturas. Para fazer ver essa elaboração, a conexão entre os povos negros diaspóricos e os povos ameríndios, em terras nomeadas brasileiras, é criada pelo espetáculo através de ritmos e canções que, muitas vezes, não são reconhecidos como partes das culturas negras e indígenas. Em relação a essa conexão no espetáculo, é importante destacar que há certa romantização e idealização sobre o mundo anterior à invasão colonial, que congelam as complexidades das relações existentes entre os povos donos desta terra.

No palco, Brunna Martins, Fernanda Spíndola, Jhanaína Gomes e Célia Regina movem-se com suas cestas de palha, fazendo alusão a catadoras de algodão. A dança que tracejam no palco desenham mapas imaginários, em que as quatro fazem uma jornada para o interior de Pernambuco. Não há um investimento em “desconstruir” possíveis estereótipos atrelados à figura de “sertanejos” ou “interioranos”, mas uma revisitação geográfica que se dá pela sonoridade e por personalidades da música, como Jackson do Pandeiro, Pixinguinha, Otacílio Rodrigues, entre outros. Ainda, o espetáculo chama atenção para artistas brancos, como Elvis Presley, que, se por um lado, influenciaram o imaginário e os ritmos de regiões do nosso estado, por outro, embranqueceram a imagem de vários ritmos que foram criados por pessoas negras e indígenas.

Ainda que chame atenção pelo seu trabalho musical, uma vez que Solo… é quase todo cantado e a trilha sonora é realizada ao vivo, as partituras corporais, desenhos e elementos cênicos manifestam certa desconexão em relação ao conjunto composicional do espetáculo, com a construção de imagens um tanto convencionais para as matérias que estão tratando tematicamente e em seu repertório sonoro. Não é a ideia de novidade, genialidade ou excepcionalidade que se defende aqui, mas a inventividade entre as conexões musicais realizadas pela obra, que une forró a atabaques e jazz ao samba, parecem não impactar ou inspirar diretamente a performance das atrizes em cena. 

A dramaturgia do espetáculo aproxima-se da poesia de Cida Pedrosa, apostando na linguagem da narração, do conto e do lirismo. Os versos musicados pelas atrizes trazem expressões atreladas às demandas de representatividade, num caminho bastante previsível, que é oposto ao som e ao improviso da banda Jazz Band União Bodocoense, grupo musical constantemente referenciado no livro da escritora pernambucana e, em menor proporção, no trabalho dirigido por Claúdio Lira. A existência aparentemente “inusitada” de um grupo de jazz no interior de nosso estado poderia ser o ponto de virada para uma investigação estética mais improvisada, igualmente compromissada com seus temas políticos, mas ávida por possíveis experimentações que deslocassem o modo de se estar em cena, aderindo à matéria que trazem para dentro da obra. 

Espetáculo ‘Rainhas’ | Imagem – Morgana Narjara | #ADnoTextoAlternativo

Se é a literatura que instiga a criação de Solo para um sertão blues, o universo mítico afro-brasileiro e vivências relacionadas ao racismo religioso, embranquecimento, representação da negrura e ligadas às feminilidades negras compõem o espetáculo Rainhas. Dividido em quatro monólogos, Brunna Martins, Camila Mendes, Luana Vitória e Kadydja Erlen criam partituras corporais através das técnicas da antropologia teatral para compartilhar com o público questões que constroem suas identidades. 

Ao invés de usarem a primeira pessoa do singular, as atrizes performam a presença de quatro orixás femininos: Iemanjá (Kadydja Erlen), Obá (Luana Vitória), Oxum (Camila Mendes) e Iansã (Brunna Martins). O investimento estético no universo mítico que recriam, para destacarem alguns temas de suas experiências enquanto mulheres negras, se dá pela iluminação (que se associa às cores de cada orixá), pela sonoplastia (instrumentos são tocados de modo a dar maior amplitude às ações das atrizes em cena) e pela narrativa lírica, com tons fantasiosos, combinada com frases de intelectuais negras, como Angela Davis, ou de palavras de ordem da militância contemporânea, como “nenhuma mulher preta a menos”. 

Em Rainhas, nos deparamos mais uma vez com uma cena teatral que se preocupa com a “positivação da imagem negra”, com o “empoderamento” e com a “representatividade”. A legibilidade discursiva parece nos encaminhar para uma areia movediça, uma vez que os mesmos lugares de enunciação, e consequentemente poéticos, são convocados pelo viés da “urgência” e “potência” da cena. Compreensível, quando se vive num mundo anti-negritude. No entanto, talvez, a fuga dessa coreografia esteja em uma aposta muito simples, como, por exemplo, a que uma das atrizes de Rainhas fez: enquanto se movimentava fazendo referência à corporeidade de Obá, Luana Vitória mesclou seus movimentos com o passinho do brega funk.

No monólogo dessa atriz, o mítico se reelabora dentro da própria cultura negra, produzindo algum tipo de deslocamento que pouco se encontra em todo o espetáculo. Não se aposta numa repetição de gestos e referenciais negros, mas na combinação entre códigos que elabora um outro lugar, ainda que em processo de revisitação das performatividades negras. Reforço: aqui não se defende ineditismos. A aposta é na deseducação do corpo e do discurso como forma de encontrar outras maneiras de elaborar as cenas negras, a fim de expandi-las, construí-las em pleno estado de experimentação.  

A aproximação entre Solo para um sertão blues e Rainhas não se dá apenas por um viés temático, mas pelo reconhecimento de algo que ambos espetáculos compartilham: uma desatenção a suas próprias matérias e ao que elas podem oferecer para desmantelar aquilo que está cristalizado enquanto discurso e elaboração estética. Nenhum dos apontamentos aqui são fatores externos às obras, mas rastros, sinais ou pistas que elas mesmas produzem. 

Se falta um exercício maior de autopercepção e atenção para aquilo que está dentro das obras, é porque, de alguma maneira, parafraseando Toni Morrison, o racismo é uma distração e operar as cenas negras dentro desse binômio de resposta a anti-negritude parece muito mais conter nossa criatividade do que necessariamente acender um espaço de confronto e de reformulação dos modos de olhar e estar neste mundo que nos mata. 

TagsBrunna MartinsCélia ReginaCláudio LiraFernanda SpíndolaGrupo O PosteJhanaína GomesPretAção - Mostra de Mulheres Pretas de Pernambuco
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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

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Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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