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Os fluidos são espírito | Entrevista – rodrigo de odé

Por 4 Parede
20 de agosto de 2024
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Imagem – MariSer

O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. A dramaturgia vai ser lançada em grande estilo, com dois eventos em locais e datas diferentes, em São Paulo.

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o co-editor-chefe do Quarta Parede, Márcio Andrade.

O livro ‘Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder’ resulta de 20 anos de pesquisa. Quais foram os principais desafios e descobertas ao longo desse extenso período de criação?

Eu me lembro do ano de 1988, quando houve uma forte difusão da reflexão sobre a condição da população negra na sociedade brasileira, em virtude dos 100 anos da abolição. Eu tinha 11 anos de idade e, no dia 13 de maio, me deparei com uma fotografia na capa do Jornal do Brasil. Nessa fotografia, dois policiais militares negros prendiam outros 3 ou 4 homens negros com uma corda amarrada em seus pescoços. Para mim, foi um golpe violentíssimo. Fiquei transtornado, triste, com meus pensamentos acossados pelo desespero e pela revolta. 

Constatei naquele momento que eu ainda vivia numa sociedade escravocrata e que pertencia à classe, à família dos escravos. Foi quando comecei a perceber pela primeira vez como o racismo é um sistema de domínio e controle social, político e cultural. Não é apenas uma questão de preconceito e discriminação. Irresistivelmente, desde cedo fui capturado pela rede do racismo, introjetei uma péssima percepção da minha própria negritude e me lembro de me sentir frequentemente perseguido pela vergonha, pelo medo, pela ansiedade e pelo complexo de inferioridade. 

Então, um dos principais desafios que precisei enfrentar foi superar essa condição indigna e começar a cultivar o amor próprio, o orgulho e o autocuidado. Transformar a vida em algo desejável. Três coisas surgiram na minha vida, já na idade adulta, que me ajudaram a deslocar meu olhar sobre mim mesmo e a cultivar uma cosmopercepção bem mais saudável: a capoeira angola, a Cia dos Comuns (companhia carioca de teatro negro fundada em 2001) e o candomblé, com toda a força e todos os símbolos da filosofia de vida dos orixás. Até hoje, esses são os principais pilares da minha vida como artista, educador e cidadão. 

Elegbára Beat começou a ser escrita num momento esplendoroso de afirmação da minha negritude, enquanto eu elaborava minha tese sobre a filosofia do teatro de nação, conjugando uma produção teórica com a vivência naqueles três pilares. Descobrir a capoeira angola, o teatro negro e a filosofia dos orixás no candomblé foi fundamental e revigorante para mim. Simboliza recondicionamento em diversos sentidos, simboliza a descoberta do meu amor próprio pela afirmação da minha negritude. Significa também o orgulho de um projeto de vida e o sentido da minha responsabilidade.

A obra aborda questões de poder a partir da diversidade racial negra. Como você vê a importância de trazer essa perspectiva para o teatro e para a literatura contemporâneos?

Este texto foi deliberadamente criado para ser um discurso da negritude (compreendida nessa articulação entre Exu e o afrobeat), escrito em língua portuguesa, para ser lido como dramaturgia ou encenado como expressão de performance negra. A discussão sobre o poder que gostaríamos de fomentar, portanto, se dirige tanto ao público negro quanto ao não-negro que se interessa, no mínimo, por teatro e relações raciais, e que esteja familiarizado com os modos pelos quais a sociedade brasileira tem lidado historicamente com essas relações e com o problema do racismo. 

Embora vivamos em um mundo confuso e confusamente percebido, como diria o geógrafo Milton Santos, acredito que, no Brasil, podemos destacar alguns símbolos de poder altamente sedutores, alçados à posição privilegiada de objetos de disputa, quando não são empregados como armas nas próprias dinâmicas dessa disputa.

No meu entender, esses símbolos são a terra, o lucro, a Bíblia (a religião), a arma de fogo e os meios de comunicação. Creio que uma das qualidades de Elegbára Beat é apresentar uma perspectiva política, racial e cultural que pode ser tomada como referência consistente na abordagem desses símbolos. Ou seja, uma perspectiva colocada à disposição para contribuir no debate sobre relações de poder na sociedade brasileira.

As artes em geral, e o teatro especificamente, são modos de atividade que as pessoas escolhem para lidar, entre outras coisas, com a ordem simbólica; e a importância do simbólico na vida de uma sociedade determina os modos como essa sociedade age no real, no trabalho, na família, na escola, na rua, enfim, no teatro. E o modo como as pessoas agem no real também determina a estrutura e os conteúdos da ordem simbólica. 

Então, quando escolhemos falar sobre relações de poder no teatro, empregando uma poética específica que conjuga Exu, afrobeat, cinema, música, ancestralidade e contemporaneidade, estamos apostando em uma proposta com uma simbologia bem específica, que implica uma reação particular do público (que conseguimos mais ou menos prever). 

O fato é que, ao elaborar essa proposta nos termos do teatro contemporâneo, em que privilegio o jogo entre realidade e ficção como uma de suas mais marcantes características, estamos apostando também na produção de um futuro diverso deste que se desenha com base nas disputas atuais envolvendo os símbolos que mencionei acima (a terra, o lucro, a Bíblia ou a religião, a arma de fogo e a comunicação). E qual seria a característica da diversidade desse futuro? No contexto de Elegbára Beat, talvez a resposta dependa do lugar que a negritude venha a ocupar diante da dinâmica dessas disputas. No meu entender, são pelo menos três lugares possíveis.

O mito de nascimento de Exu Elegbára é central na dramaturgia. Como essa figura mitológica dialoga com os eventos trágicos recentes, como o assassinato de George Floyd e a pandemia de Covid-19?

Muito interessante essa questão, porque me faz rever o jeito que eu havia pensado essa relação de Exu com os eventos. Ao longo do meu ofício de pesquisador, passei a me interessar pela vigência de um estilo propriamente mítico de pensar, nesta era da lógica e do racionalismo exacerbado. Acreditava que o mito poderia me restituir algo importante sobre a vida que a razão talvez me impedisse de alcançar.

A razão foi alçada ao ápice dos fundamentos relativos à moral e ao conhecimento pela história da filosofia e da ciência no Ocidente. Ela foi criada como o elemento que caracteriza a suposta superioridade da espécie humana sobre todas as outras. Mas nós aprendemos, para nossa alegria, que a história de supervalorização da razão não vai muito além dos termos de mais uma fabricação mitológica. Se a razão foi instaurada como condição de possibilidade máxima da verdade, isso se deve ao fato de a história da razão ter sempre andado de braços dados com a violência colonial e com a violência gratuita do racismo. Em si mesma, não há nada na razão que justifique sua prerrogativa de detentora dos discursos verdadeiros, a não ser a desonestidade e a obsessão dos humanos pela verdade.

Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra.

Considerando o caso de George Floyd e a pandemia de Covid-19, constatamos dois exemplos de um irracionalismo brutal, expressão da decadência de uma civilização incapaz de solucionar os problemas que seu funcionamento produz, como diria Aimé Césaire. Não creio que os procedimentos usuais da sociologia, da antropologia, da história e da biologia possam explicar satisfatoriamente a pandemia e o evento George Floyd, assim como tantos outros crimes raciais em metástase pela civilização ocidental. Porque, além da explicação, é necessário mobilizar um sistema de saberes que conduza a uma interferência no real e a uma transformação nesse estado de coisas.

Creio ainda que só um sistema de saberes enunciado por uma razão negra possa mobilizar a mudança, uma vez que essa mesma razão negra possa assumir solidariamente uma responsabilidade existencial com as vítimas desses crimes historicamente produzidos. A razão negra é a expressão de racionalidade que orienta a reação das vítimas. Assim, fica evidente que, no contexto de Elegbára Beat, Exu também é apresentado como símbolo de racionalidade, expressando a razão negra necessária à compreensão e à transformação da condição de indignidade fabricada historicamente pelo racismo, entendido aqui como dispositivo de poder.

A sua formação em Filosofia, capoeira angola, e as experiências com a Cia dos Comuns influenciaram diretamente na criação da obra. Como essas diversas influências se interconectam no texto?

A filosofia do teatro de nação é a ideia que sintetiza, no texto, a coexistência de elementos da filosofia africana, da capoeira angola e da minha experiência vivida na Comuns. O Cobrinha (o ator, diretor e produtor cultural Hilton Cobra, fundador da Cia dos Comuns) sempre nos estimulou, na Comuns, a nos prepararmos tanto para a cena quanto para a cultura política, enfatizando a importância do discurso e do trabalho de corpo.

Aqui, no teatro de nação, a relação entre corpo e discurso passa pela concepção da sabedoria muscular e da poética da revolta. Tanto uma quanto a outra são empregadas como dispositivos criativos para pensar e criar cenas, diálogos, situações, ações, imagens e qualquer elemento necessário à composição de uma obra sinestésica e propositiva.

A poética da revolta é uma ideia mais ligada à estrutura formal de Elegbára Beat e provém de uma articulação da minha vivência na Comuns com o estudo de algumas revoltas negras, como a Revolução Haitiana, por exemplo. Já a sabedoria muscular se refere mais ao conteúdo do texto: seu discurso, sua poesia, o tema de cada cena. Ela resulta de uma articulação dos elementos, valores e saberes aprendidos entre a prática da capoeira angola, o terreiro de candomblé e uma leitura de Fanon sobre a tensão muscular no corpo do colonizado.

De modo sucinto, a sabedoria muscular é a substituição da tensão produzida na situação colonial pelos saberes cultivados na vida dos terreiros. Assim, os personagens da peça transitam entre a tensão muscular e a sabedoria; falam uns com os outros como se estivessem jogando capoeira; todo o texto é entrecortado por música, ritmo e poesia; e seus solilóquios são discursos poéticos que tratam de temas afins à filosofia do teatro de nação, como revolta, estratégias de sobrevivência, quilombagem, filosofia africana, alegria, amor e desejo.

O lançamento do livro será acompanhado por oficinas de capoeira angola, teatro negro e afrobeat. Como essas atividades complementam e expandem o conteúdo apresentado na obra?

A ideia do ciclo de oficinas sempre foi compartilhar com a comunidade interessada em performance negra um pouco da vivência que me permitiu a criação do texto e a elaboração da filosofia do teatro de nação. Acho que pode ser muito interessante experimentar no próprio corpo a impressão dos mesmos elementos que dão corpo (mas também espírito) ao texto.

Creio que a apreensão desses elementos ao longo das oficinas vai familiarizar os participantes com a proposta do texto de uma forma mais completa, porque o corpo presente coloca em jogo todo o seu aparato sensorial, espiritual, emocional e intelectual nessas relações de ensino e aprendizagem. Bem, nem sempre é assim, uma vez que nós padecemos de diversos bloqueios (de diversas ordens). Afinal, cada pessoa tem suas dificuldades.

Mas penso nessas oficinas também como um lugar de acolhimento, em que poderemos ficar todes, todos e todas à vontade para confluir, aprender e aumentar, com professores acolhendo participantes e participantes acolhendo professores. Vejo nessas oficinas também um espaço para impulsionar desejos e necessidades criativas.

Assim como terei a oportunidade de rever e ampliar os sentidos e o propósito do trabalho com meu grupo, a Malta Teatro de Nação, espero que as pessoas aproveitem também para desenvolver seus próprios trabalhos, para desejar mais, para criar mais, para se organizar mais. O texto também fala sobre desejo, criação e organização. Foi escrito com fluidos: suor, saliva, lágrimas, sangue, sêmen.

Parafraseando o velho Nietzsche de “Assim Falou Zaratustra”, eu diria que só acredito naquilo que alguém escreve com fluidos (ele diria, metonimicamente, “escreve com sangue”). Escreve com fluidos e verás que os fluidos são espírito. Quer dizer, que os fluidos são corpo e que o corpo é o espírito.

Então, organizar o lançamento de Elegbára Beat no contexto de um ciclo de oficinas como esse, em que os trabalhos do corpo ganham especial atenção, foi absolutamente necessário.

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A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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