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Home›.Tudo›Entrevista | Estela Lapponi | O corpo e a política do desequilíbrio

Entrevista | Estela Lapponi | O corpo e a política do desequilíbrio

Por 4 Parede
1 de setembro de 2025
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Imagem – Lígia Jardim

Na 5ª edição do Festival Acessa BH, que acontece de 5 a 28 de setembro de 2025, a presença de artistas com deficiência ocupa o centro da cena, reafirmando a potência política, estética e afetiva da cultura DEF. Um dos destaques da programação é o solo CAPENGÁ!, criação da performer e videoartista paulistana Estela Lapponi, que articula dança, tecnologia e poesia em um espetáculo que tensiona as noções de equilíbrio, precisão e normalidade.

A partir da invenção do verbo “capengar”, Lapponi constrói uma dramaturgia do movimento marcada por instabilidade, humor, ruído, repetição e falha: em cena, sensores acoplados ao corpo da artista disparam sons e efeitos sonoros, compondo uma trilha ao vivo que capenga junto com ela.

Além da apresentação de CAPENGÁ! no Festival, Estela também conduz um workshop baseado no método DanceAbility, com foco em escuta cênica, improvisação e diversidade corporal. Sua pesquisa parte do conceito de “corpo intruso” e da performatividade Zuleika Brit — ideia que atravessa seus trabalhos desde 2009 e que propõe uma subversão poética das normas de presença e representação no campo das artes.

A seguir, a entrevista com a artista nos conduz pelas camadas afetivas, políticas e sensoriais que alimentam o verbo, o espetáculo e o gesto de capengar.

O espetáculo CAPENGÁ! nasce de um verbo que você inventou e conjugou poeticamente, transformando a palavra “capenga” em gesto de criação, desejo e potência. Como foi o processo de ressignificar essa palavra a partir da sua experiência e dar a ela um status poético?

A etimologia da palavra Capenga vem do Tupi-Guarani e significa “osso torto” CANG – osso e PENG – torto, embora seja uma informação duvidosa (o que pra mim, é em si o próprio diálogo, que a palavra me propõe, que é o que tá lá e cá, que pendula) eu escolhi acreditar e ao mesmo tempo, que me deparo com essa etimologia, me pergunto: Porquê Capenga significa manco, coxo? se não se diz qual osso é torto? 

A partir deste questionamento, eu expando o significado da palavra e percebo o seu significado em português como uma interpretação bípede.

O verbo existe, o que inventei foi a conjugação desse verbo no imperativo, como se fosse uma ordem mesmo, como algo que é imperativo acontecer. Parafraseando Fernando Pessoa “Capengar é preciso.” Preciso, pois é necessário e porque a própria palavra ao ser verbalizada, tem uma sonoridade que explicita seu significado. Você pode não saber o significado do dicionário, mas por conta dessa sonoridade, é possível senti-la e compreender o que significa . Com todos estes questionamentos martelando minha mente, inicio o processo em março de 2024 no Farofa do processo, que é uma mostra de espetáculosem diferentes momentos do processo de criação, que acontece aqui em SP. Nessa apresentação, abri o processo “inicialíssimo” de criação, com o objetivo de ouvir o público, mesmo antes de sair o resultado do Edital RUMOS do Itaú Cultural. Nesse um ano, fui esmiuçando o verbo, o adjetivo, o substantivo  na pesquisa de dramaturgia do movimento, entendendo o que fazia ou não fazia sentido nesse processo, e desta forma ampliando os significados dela. 

Depois de uns 4 meses de pesquisa de movimento, chegaram os sensores de movimento, que disparam a trilha sonora do espetáculo, aí foi outro processo de estabelecer as relações das trilhas com a dramaturgia geral do espetáculo e a dramaturgia de movimentos. Pra mim, a palavra Capenga é engraçada, divertida, gostosa de falar.  Capenga é poesia em movimento.

Você menciona que a palavra surgiu como um eco de uma situação vivida nas ruas de Salvador, e que desde então passou a “encasquetar” com ela. Como foi essa situação, e como se deu o processo de investigar outras camadas dessa memória na pesquisa de linguagem e dramaturgia?

Na verdade, a situação que vivi me despertou para a relação afetiva com a palavra Capenga. Eu começo a encasquetar artisticamente com ela, entre 2022 e 2023, quando escrevo meu livro Corpo Intruso – uma investigação cênica, visual e conceitual, pois me lembrei do ocorrido e o conto no livro. Muitos dos meus trabalhos partem de situações que vivencio, talvez uma forma de ressignificar, ampliar e extrapolar as simbologias e afirmar nossas existências como possíveis. A situação  ocorrida em dezembro de 2011, fez com que eu me deparasse com a palavra Capenga de forma efetiva e incorporada. É claro que já conhecia a palavra antes do ocorrido, mas até então, nunca tinha me identificado, me visto nela.

Certo dia, estava andando pela Av. 7 de Setembro em Salvador com uma colega, que tem a mesma DEF que eu, mas do outro lado. Eu tenho uma hemiparesia do lado esquerdo do corpo e ela do lado direito. Ao cruzarmos a rua e nos dirigirmos à calçada, um camelô solta em voz alta: “Eita, que hoje eu vô dançá capenga memo!” E quando passamos ao seu lado, continuou:  “E vô pegá uma mulé capenga pá mim também!”

O homem soube sincronizar perfeitamente sua fala com o nosso movimento, ou seja, não restava dúvida de que a mulé capenga era eu e minha colega. Eu soltei uma gargalhada, achei maravilhosa a fala do tal camelô, porquê ele se colocou capenga junto conosco.

Minha colega se ofendeu, não curtiu. Eu ri e achei, embora inesperado, divertido. Este camelô falou algo que nós artistas DEfs afirmamos sobre a necessidade de aleijar os espaços,  capengar a Dança … eu achei isso lindo, pois não tem tabu, tem a realidade. Se nos debruçarmos sobre o ocorrido, na perspectiva da Dança de dupla, por exemplo, para que esta dança  aconteça de verdade, a dupla tem que se conhecer corporalmente, é um encontro com escuta mútua e não um só no comando. Então, quando o camelô se coloca capenga pra dançar com as duas mulheres, que são capengas … é incrível e anti capacitista! É de igual pra igual, não tem hierarquia entre os corpos. Eu não me apeguei à memória literal desse ocorrido, mas sim à sensação que ficou em mim da palavra, e nesse caso o que ficou foi o humor, que a própria palavra capenga sugere. Foi com esta sensação aliada ao verbo que é ação de capengar que dei início à pesquisa de dramaturgia do movimento do espetáculo. Esta pesquisa dramatúrgica através da sensação é um dos elementos trabalhados no Danceability.

Desde 2009, sua prática conceitual parte do “corpo intruso” e da performatividade Zuleika Brit. Como essas ideias se atualizam ou se desdobram em CAPENGÁ!?

Zuleika Brit (óculos de armação preta arredondada que possui lentes com olhos desenhados maquiados com sombra azul) é a performatividade do conceito Corpo Intruso, o que significa que onde está Zuleika, está Corpo Intruso. Apesar de ser óculos e desta forma, sugerir uma máscara, não é uma persona, pois não representa um indivíduo, mas sim um conceito. Zuleika Brit, pode estar em mim e em qualquer outra pessoa ou qualquer coisa, ela se desloca, não está fixada em mim. Ela surge em Capengá! por conta da ideia de eu não querer estabelecer hierarquia com o objeto Cadeira. A fim de estabelecer um código de uma “coisa” que se relaciona com outra “coisa”. Essa ideia de “coisa” tem relação com uma das regras, que estabeleci na investigação Corpo Intruso. Além disso, tem a proposta de transformar uma palavra lida como “feia” socialmente em algo poético, criativo e portanto, potente, e isso também é Corpo Intruso.

Em cena, há uma não hierarquia entre o corpo, os objetos e os sons — uma cadeira que também capenga, um microfone que se recusa a ficar em pé, um espaço que gagueja. Como o humor, o erro e o impreciso se tornam operadores políticos dentro dessas escolhas estéticas?

O humor, a ironia e o cinismo são elementos muito presentes nos meus trabalhos. Desde o início, quando era só atriz, fiz muito curso e workshop de clown. Eu não tinha interesse em descobrir o “meu clown”, tinha o interesse na técnica que o treinamento de clown propunha de escuta e improvisação. Acredito no humor como meio de aproximação, comunhão e reflexão. O erro, o fracasso são matérias de criação que muito me interessam e me inspiram, pois vão de encontro ao culto da perfeição em nossa sociedade. 

O estado capenga subverte a ideia da perfeição. No espetáculo tudo  capenga, a relação é horizontal. Esta subversão é extremamente política, pois sustenta um jeito próprio de ser no mundo, que foge do rebanho.

No Acessa BH, você também ministrará o workshop de improvisação baseado no método DanceAbility. Quais os principais pontos que costuma abordar nessa prática?

Eu vou ministrar aula de improvisação em Dança através do método Danceability, não é uma formação, pois esta se dá com uma carga-horária muito maior – 1 mês de 2f a 6f o dia inteiro, e só é ministrada pelo próprio Alito Alessi, ou por pessoas que cursaram o Master Trainer com o próprio. O que eu vou ministrar é um workshop, em que as pessoas participantes irão, caso não conheçam, aprender a improvisar em dança e caso tenham alguma experiência vão aprofundar seus conhecimentos em improvisação a partir da perspectiva do método. 

O Alito propõe 4 elementos que são a base para improvisar, que são: sensação do movimento, tempo, relação e composição. Além desses elementos, propõe princípios filosóficos: denominador comum e o não isolamento.

Tais princípios regem a maneira de pensar e conduzir uma aula, em que a pluralidade dos corpos são consideradas na base. É o planejamento da aula que se adequa às pessoas ali presentes e não as pessoas presentes que devem se adequar ao planejamento da aula. Com isso o método tem como princípio a Cultura, o Cultivo do Acesso. Tendo tudo isso, como base, o meu foco é o artístico, é o da criação e/ou descoberta da dança de cada um, como potência emancipatória criativa de cada pessoa, seja qual for sua condição.

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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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