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Home›.Tudo›Crítica – Jogo da Guerra (Exterior 1) | Vamos pensar em formas de artivismo?

Crítica – Jogo da Guerra (Exterior 1) | Vamos pensar em formas de artivismo?

Por 4 Parede
7 de outubro de 2019
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Imagem – Divulgação

 

Por Bruno Siqueira

Professor da Licenciatura em Teatro (UFPE)

O tema “O Teatro e a Cidade”, que orientou a curadoria da quinta edição do Transborda/Usina Teatral deste ano, pelo SESC-Santa Rita/PE, reverbera o eixo de discussão de alguns ciclos de debate realizados em território nacional e internacional, como aconteceu no Centro Cultural São Paulo (SP), em 2001, cujo encontro internacional resultou na publicação de um livro homônimo, com ensaios de diversos pensadores[1]. Também foi o tema do XII Festival Recife do Teatro Nacional, em 2009, com curadoria de Kil Abreu. Isso demonstra que a relação entre os dois elementos, teatro e cidade, ainda rende muita discussão. Neste ano, o tema foi muito oportuno pelo viés político assumido pelo SESC/PE: a (des)construção dos espaços cênicos/urbanos na cena contemporânea.

Uma das atrações foi o Jogo da Guerra, do Erro Grupo, coletivo de teatro catarinense que persegue uma arte como intervenção política no cotidiano das pessoas. Esse trabalho, de 2018, consiste num tríptico: o jogo se divide em três espaços de uma mesma rua, resultando em três vivências e perspectivas simultâneas e  distintas. Em Recife, a peça aconteceu num único dia e essa rua foi a da Imperatriz, sendo um espaço interno – o Sindicato dos Empregados no Comércio do Recife – e dois externos – um, Exterior A, entre a Rua da Aurora e a Rua da Imperatriz; outro, Exterior 1, entre a Rua Sete de Setembro e a da Imperatriz.

Esta crônica assume, portanto, sua limitação de perspectiva, uma vez que, em decorrência da simultaneidade dos acontecimentos num único dia de apresentação, só pude compor a cena e meu olhar crítico a partir do grupo que se dirigiu para o encontro entre a Rua da Imperatriz e a Rua Sete de Setembro. Infelizmente, o crítico não pôde se dividir em três[2]. No meu ponto de vista, o ideal seria se pudesse acompanhar o trabalho por, no mínimo, três dias seguidos.

No entanto, se essas foram as condições, é do meu lugar como espect-ator que me dou o direito de falar e de fazer meu depoimento. E uso o termo espect-ator com o sentido em que o criou Augusto Boal, uma das inspirações do Erro Grupo. Para além da linha divisória entre performers e espectadores, o público é convidado a participar das ações cênicas.

‘Jogo da Guerra’, do ERRO Grupo (SC) | Imagem – Divulgação | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Imagem em preto e branco em um centro urbano, em que duas mulheres brancas carregam um saco de lixo cheio em uma calçada, em meio a uma diversidade de passantes. Ao fundo, carros diversos parados em uma faixa de pedestres.

A proposta do trabalho se insere na esteira do artivismo, termo ainda conceitualmente pouco instável, que articula, de forma explícita, a relação entre arte e ativismo político, estimulando o potencial da arte como ato de resistência e de subversão. A intenção foi boa, mas a performance do jogo cênico como guerrilha urbana, no nicho em que eu me encontrava, junto ao coletivo, fracassou.

Duas atrizes/performers/personagens (confusão proposital?) e um ator/performer/personagem (idem) organizaram o grupo numa roda e nos perguntaram o que estávamos fazendo e o que buscávamos naquele lugar. Chegaram numa ansiedade de quem está em guerra, precisando tomar alguma decisão e agir sobre a realidade que nos circunda. Teatro de guerrilha[3]. Propuseram realizar uma ação performativa – insistindo sempre na necessidade de poetizar essa ação – para agir sobre um problema do entorno, do qual os espect-atores decidiriam a escolha. A necessidade de pensar politicamente o espaço urbano era constantemente lembrado pelos condutores.

Em nosso grupo foram indicados três espaços: a casa abandonada, em que nasceu Clarice Lispector, na Praça Maciel Pinheiro; o Teatro do Parque, na Rua do Hospício, fechado há quase dez anos para uma reforma que ainda não se efetivou; o Banco Santander, que fica exatamente no ponto de encontro do terceiro espaço com que jogou o Erro Grupo, no qual nos encontrávamos.

Ainda que os condutores insistissem para ficarmos diante do Banco Santander, a maioria optou pela casa abandonada de Clarice Lispector. Todos seguiram para a Praça Maciel Pinheiro e, diante da casa em ruína, esses condutores nos perguntaram o que poderíamos fazer para manifestar nosso desejo de que a cidade ouvisse nosso apelo para que a casa fosse restaurada. Alguns espect-atores se manifestaram, gritando, timidamente, palavras de ordem e pixando a fachada da casa.

E daí?

A performance estava “morna” e os condutores procuravam tensioná-la, dividindo-se entre as que propuseram voltar à frente do banco e um performer que, à maneira de um teatro invisível, denunciou as ações políticas de uma esquerda “paz e amor”, propondo uma ação mais contundente, como fabricar coquetel molotov. Ele segurava uma panela de pressão, na qual colocou gasolina; quando ia colocando nela os pregos, foi interrompido por uma das performers, que lhe bateu na mão, fazendo caírem os pregos no chão. Ela enfatizou para o público que nem todo o grupo concordava com aquela opção.

Mas e daí?

No caminho de volta, elas ainda conclamavam a participação do público, todavia já consideravam a possibilidade do fracasso da ação. Sim, o fracasso de construirmos uma coletividade, um nós em ação. Diante do Banco Santander, elas denunciaram os banqueiros como agentes centrais do capitalismo desumano e, num ritual quase xamânico, com fogo aceso no interior da panela de pressão, dão fim à performance.

Como artivismo, vejo que o trabalho gerou um efeito ambíguo.  Ele fracassou, na medida em que a condução dos performers não conseguiu a adesão calorosa do público, o qual, tímido, ficou sem saber bem o que fazer. Ao mesmo tempo, nos faz pensar: não teriam os performers mostrado que somos também responsáveis pelo fracasso, uma vez que estávamos imersos no jogo? Sendo esse o caso, lanço uma provocação: será que todos ali presentes estavam a fim de atuar/performar no jogo com ações diretas?

‘Jogo da Guerra’, do ERRO Grupo (SC) | Imagem – Mariana Rotili | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Imagem colorida de um centro urbano à noite, em que se vê um grupo de pessoas brancas com roupas pretas de frente para nós. Em primeiro plano, um sujeito grita a plenos pulmões e, ao fundo, um sujeito segura um conjunto de papeis em branco acima da cabeça ladeado por outras pessoas com maquiagem de guerra.

Há uma diferença grande entre uma guerrilha urbana de fato e um jogo que procura performar uma guerrilha. A forma como os performers nos abordaram já nos colocava compulsoriamente no jogo. No meu grupo, percebi que todos procuraram cooperar, mas nem todos pareciam estar dispostos a performar. Diria que a maioria não estava. Por várias razões. Considere-se que era um grupo composto majoritariamente por pessoas ligadas ao teatro, o que, em princípio, seria um indicativo de maior disposição para performar.

Crítico e continuador do maior legado de seu pai, o Teatro do Oprimido (TO), Julian Boal nos permite perceber que, assim como o distanciamento brechtiano perdeu, hoje, muito de sua força política, a participação do espectador na cena tornou-se também banalizada e suavizada[4].  A reflexão que Rancière tece sobre o espectador emancipado mostra que a simples voz ativa do espectador pode estar longe da emancipação intelectual. Pode repetir formas e estruturas de pensamento cristalizadas e pouco revolucionárias. Quando se pensa em tirar o espectador de sua passividade e torná-lo ativo, ficam as perguntas: de que passividade está se falando?[5] A atividade se dá tão somente em tornar-se ator, no caso do teatro? A proposta de Augusto Boal do espect-ator pode ser utilizada tal e qual foi pensada no contexto da América Latina da década de 1970, ou precisamos repensar suas formas e fazer avançar a luta política do teatro de Boal, em sua relação complexa com o mundo contemporâneo?

Mesmo que a falta de disposição para agir politicamente seja um sintoma de nossos tempos e uma das razões do fracasso do jogo, faltou, a meu ver, uma maior habilidade dos performers na condução desse jogo. Afinal, o que é agir politicamente? Se a guerrilha urbana é uma opção possivelmente mais eficiente no estado atual das coisas, parece que foi fazendo confundir ficção com realidade que o grupo não conseguiu convencer o público. Guerrilha urbana naquela hora e lugar? Com que motivações diretas? Esperava-se fazer isso em 2h, tempo estimado da performance? Como fazer em 2h aquilo que não estamos conseguindo fazer na nossa realidade factual há alguns anos? Não terão sido ambiciosos demais os propósitos do grupo? E, mesmo tendo o público timidamente cooperado, não senti em mim e nos demais uma credibilidade nessa experiência particular de artivismo.

Talvez pensar em estratégias estético-políticas mais eficazes possa fazer o grupo conseguir do público uma maior imersão. Esse não é um caminho fácil, porque não se tem uma receita prévia para isso. É na experimentação cotidiana de formas e práticas que podemos pensar numa revolução política a partir de uma revolução da forma poética.


Notas de Rodapé

[1] CARVALHO, Sérgio de. O teatro e a cidade – lições de história do teatro. São Paulo: SMC, 2004.

[2] A crítica de Lorenna Rocha, sob a perspectiva INTERIOR, encontra-se publicada AQUI

[3] Para quem quiser compreender mais sobre o teatro de guerrilha, sugiro a leitura DESTE ARTIGO.

[4] Boal, Julian. Por una historia política del Teatro del Oprimido. Literatura: Teoría, História, Crítica, v. 16, n. 1, p. 41-79, 2014.

[5] RANCIÈRE, Jacques. O espectador emancipado. Lisboa: Orfeu Negro, 2010.

TagsBruno SiqueiraERRO GrupoJogo da GuerraSESC Santa RitaUsina Teatral
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A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

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#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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