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Crítica – TREMA! Festival | Dramaturgias expandidas e olhares descolonizantes da nossa própria crítica

Por 4 Parede
6 de junho de 2022
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Imagem – Nereu Jr

Por Sônia Sobral

Gestora cultural e curadora nas áreas de dança e teatro

Não tem modelo, tem inspiração. Nêgo Bispo

No seminário Perspectivas anticoloniais que abriu a programação da MIT-Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, em 2020, ouvimos do líder indígena, filósofo e escritor Ailton Krenak:

“Nós costumamos debater a colonização numa perspectiva pós-colonial. A colonização é aqui e agora. Pensar que estamos discutindo as práticas coloniais como alguma coisa pretérita, que já foi e agora só estamos limpando, é uma brincadeira. A colonialidade está tão impregnada em nós quanto a poluição do ar. Seguiremos esse debate imersos na prática colonial.”

Nosso vício de pensamento. Olhamos de dentro do ringue colonizado-colonizador. Mesmo escolhendo um lado, estaremos dentro dessa dicotomia. A partir disso, o que podemos fazer? Como escapar de ou ao menos arranhar essa lógica medularmente constituída? Certamente não é reiterando o modo como pensamos e agimos.

A única chance, diz Krenak, é “compreender o que está nos acontecendo e agir a partir daí”.

Pós, des e de-colonial são movimentos intelectuais, epistemológicos e políticos, que em diferentes momentos tiveram e ainda têm grande reverberação no Sul do mundo. Com perspectivas distintas, dedicam-se a contestar a história única e idéias naturalizadas e a compreender os efeitos dos domínios coloniais, trazendo as vozes e experiências vividas de comunidades silenciadas.

Nos dois primeiros anos da pandemia de Covid-19, a produção de ciência que não está na academia começou a nos chegar amiúde nas discussões sobre o que estávamos e estamos vivendo.

Essas formas de refletir sobre o momento que nos cabe viver vêm de pensadores e de lideranças como Ailton Krenak, Nêgo Bispo, Cacique Babau, Davi Kopenawa, Luis A. Simas, Tiganá Santana, Emanuele Coccia, Donna Haraway, Sandra Benites e de intelectuais “fora do eixo”, como o camaronês Achille Mbembe, entre muitos outros. A chave mestra das reconhecidas e das novas referências parece ser a mesma, a crise de uma lógica de vida, do antropoceno e do capitalismo.

O biólogo italiano Emanuele Coccia propõe mirar o modo de vida das plantas como um modelo de organização e de ética. A vida vegetal destrói hierarquias tipológicas e a vida cartesiana.”As plantas coincidem com as formas que inventam, formas são derivadas do ser e não do modo de fazer. A forma que você cria contém e é contida pelo ser. Estamos falando de metamorfose e criação. As plantas se confundem com o mundo enquanto semente”. (Citação do livro A vida das plantas. Uma metafísica da mistura, de 2019).

O povo tucano acredita que fomos povos das águas, que fomos anfíbios. O que interessa não é ter sido peixe ou outro vivente, mas a ideia de metamorfose que há nessas visões de mundo, a ideia de uma recriação constante do corpo. Um corpo que pode vir a ser outro corpo, e isso colide com a ideia de um corpo permanente e territorializado. E nos lembra o corpo em trânsito de Antonin Artaud, um corpo sem órgãos que se desfaz e se recompõe constantemente – concepção de corpo que carrega o pensamento nietzschiano.

Nêgo Bispo, liderança quilombola do vale do Rio Berlengas, no Piauí, se auto-denomina afro-pindorâmico. “A minha voz não é uma voz brasileira, a minha voz é do quilombo que fisicamente está no Brasil”. Nêgo Bispo é conhecedor e crítico do sistema euro-cristão-colonialista, ativista político, autor de diversos artigos e dos livros: Quilombos — modos e significado (2007) e Colonização, Quilombos. Modos e Significados (2019).

Bispo desenvolveu o conceito de confluência no lugar de convergência porque esta seria simetria entre iguais. A confluência, por outro lado, é uma relação de convivência, de “ajuntar sem se misturar”. “Eu posso estar no mesmo território que os colonialistas, sem estar misturado com eles”. “As águas não se encontram por coincidência, mas porque andam na mesma direção, elas confluem. Um rio não deixa de ser um rio porque conflui com outro; pelo contrário, ele fica mais forte. Da nascente até onde confluiu ele tem um nome, a partir de onde ele confluiu ele tem um nome compartilhado, ele só deixa de ser rio e se mistura quando chega no mar.”

Ele propõe enfraquecermos algumas ideias como a de desenvolvimento – palavra e conceito coloniais – e fortalecer a idéia de envolvimento. “Nós pensamos do segmentado para o integrado, nós pensamos de forma envolvimentista, eles pensam do integrado para o segmentado. Eles querem consertar o Brasil e depois o brasileiro, e nós o contrário, nós queremos consertar a vida do quilombola para depois consertar o quilombo, porque o quilombo somos nós.”

Ouvir seu modo simples e direto de pensar dá uma volta no nosso pensamento funcional. “Eu não tenho medo da Bíblia porque ela é quadrada e o tambor é redondo”. Criticando a lógica euro-cristã observa que Deus é o pai, Jesus é o filho, Jesus morre e vem o Espírito Santo. Esse Deus não tem neto. Na civilização euro-cristã-monoteísta, completa Bispo, é começo, meio e fim, acaba a circularidade da vida”. Bispo lê o mundo a partir da dinâmica: “Princípio – Meio – Princípio”.

Isso pode explicar porque não vivemos ou convivemos com a noção de ancestralidade – não somente como reverência aos antepassados desencarnados, mas como continuidade infinita. Coccia traz a idéia de ancestralidade de outra forma, lembra-nos que  nossa vida já é a vida de outra pessoa, a começar pela nossa mãe. “A nossa vida é muito mais antiga do que a idade que temos, nosso corpo é tão antigo quanto a vida, somos jovens e contemos a vida de milhões de anos”, diz o biólogo.  É possível relacionar a confluência de Bispo à unidade entre corpos diferentes de que fala Coccia e ao alerta de Krenak, “O futuro é ancestral”.

Luiz Antonio Simas, professor de história, escritor, compositor e babalaô, e o pedagogo Luiz Rufino, jovem professor da UERJ, autor de Pedagogia das encruzilhadas, escrevem juntos Encantamento. Sobre política da vida (2020), falam da prática do encantamento como ato de desobediência, de invenção e de reconexão. O livro foi uma das referências literárias da Lia Rodrigues Companhia Danças para a criação de Encantado, espetáculo apresentado no Trema! Festival que, por sua vez, se alimenta da mesma referência “… o contrário da vida não é a morte, o contrário da vida é o desencanto”, lemos essa e outras passagens nas apresentações dos programas Lado 1 e Lado 2 do festival.

Cito mais: “Uma perspectiva contrária à diversidade produz desencanto, perda de vitalidade, que reifica as raízes mais profundas do colonialismo. O encantamento seria o princípio da integração entre o visível e o invisível, materialidade e espiritualidade, a conexão e relação entre diferentes espaços-tempos”.

Tudo isso que trago em citações comunga, cada uma a seu modo, com a ideia de que as formas de violência coloniais e imperialistas, executadas há séculos; impede a vivência de ciclos e conexões entre vida, morte e natureza. Esse mundo construído na linearidade e na ideia de desenvolvimento se perde na circularidade da existência. As problemáticas antropoceno, colonialismo e capitalismo estão, portanto, ligadas.

Pensar na circularidade é pensar no tempo. O músico e filósofo Tiganá Santana lembra um aforisma yorubá que diz: “Exu matou o pássaro ontem com a pedra que arremessou hoje. Isso implica que a partir da presença ou do instante presente tem uma certa vivência ou experimentação do que se passou. O que passou, ao mesmo tempo que está dado, não está.”

A temporalidade e espacialidade que Exu traz é do tempo como lugar e do espaço como a forma que o tempo se dá, nos ensina Tiganá . Numa outra fala do mesmo projeto Vagamundos. Modos de apreensão do mundo, o tradutor de cosmologias nos conta que na língua guarani os sons e as palavras ocupam um lugar central: pessoa significa “palavra em pé” e “o canto é o estar aqui da palavra”.

Sandra Benites, da Terra Indígena Porto Lindo, em Japorã (MS), se apresenta como mãe e ativista Guarani. Atua ainda como antropóloga, curadora de arte e educadora. Primeira curadora indígena de um museu, abriu a exposição Histórias da Dança no MASP, em 2020, nos falando dos significados das danças guaranis.

Sandra conta que o período de menstruação da mulher é o momento do silêncio para sentir o corpo. Os meninos, por sua vez, têm sangue quente. O controle emocional do sangue quente é o domínio do próprio corpo. Por isso os meninos aprendem a dança do guerreiro, que é lutar contra si mesmo. Os homens têm que estar em movimento e em estado de alerta, e isso constrói um corpo de guerreiro; o que eles têm que aprender então é o corpo paciente, o corpo que escuta.

“O movimento é mais do homem e o canto é mais das mulheres. As mulheres são donas da voz do grito. As mães cantam para os filhos e isso ensina também os homens a escutar”.

A palavra guarani para escutar é a mesma palavra para sentir. Rendu é escutar o outro no próprio corpo.

“Quando a gente dança entre nós, mulher dança com mulher e homem dança com homem. Mas quando a gente se junta em momentos tensos, quando a aldeia corre risco, dançamos a dança tensa dos homens, que tem potencial de coragem. Quando a gente é chamada pelos ancestrais para se preparar para a luta, a gente se prepara dançando para encarar inclusive a morte. Tem medo, tem perigo, mas tem coragem e tem alegria”, diz Sandra.

Esse conjunto de olhares descolonizantes converge para a multiplicidade de mundos como valor. Os fundamentalismos fazem o que podem para suprimir outros mundos.

Nada do que expusemos é necessariamente novo, mas segue distante de uma prática de vida. Nós ocidentais olhamos o mundo à nossa frente e não imersos nele, não num intercâmbio mútuo, “a pessoa no rio e o rio na pessoa”. A natureza deve ser gerenciada pelo homem para o homem. O xamã yanomami Davi Kopenawa chama de “povo da mercadoria quem só enxerga na floresta insumos a serem extraídos a qualquer custo” e completa “… os brancos só conhecem o que está dentro deles mesmos”.

Não devemos, contudo, essencializar a natureza. A vida é também devoração. Há perigo, medo, tensão, morte. Para o pensamento indígena, a predação é a forma como a vida se transforma.

Voltemos a pergunta inicial: O que podemos fazer? O que nos uniu na roda de conversa Dramaturgias expandidas e olhares descolonizantes da crítica são dois gestos nessa direção. Os conceitos do Trema! Festival, com curadoria de Pedro Vilela, e do projeto Dramaturgias de palcos e plateias, idealizado por Roberta Ramos, com parceria do 4Parede, são eles mesmos formas de deslocamentos. O primeiro apresenta e o segundo provoca encontros que percebam as expansões das dramaturgias e aprendam com elas  formas justas de olhá-las.

Escolhemos quatro formas diversas de dramaturgias expandidas apresentadas no Trema! Festival. Nesse ponto falamos de linguagem e falamos de temporalidades descontínuas, curvas e simultâneas ao invés de contínuas, retas e consecutivas.

A arte inscreve-se na dimensão simbólica, se contrapondo à dimensão cotidiana e pragmática da vida. É preciso sair dos nossos quadros habituais de representação para que algum desvio de pensamento aconteça.

Seria muito difícil encarar a vida de trabalhadores assalariados numa das periferias mais pobres do México, não fosse o espetáculo Tijuana da companhia Lagartijas Tiradas al Sol. Foi no campo da linguagem poética que pudemos fazê-lo. Na construção desse espaço real-ficção-poética chegamos em Tijuana.

O “bando de artistas mexicanos” como se auto-denomina o Largatixas tiradas al sol criou uma contra-narrativa e desestabilizou nossa percepção do real e do ficcional, em constante embate na cena. O público foi levado ao limbo assim como as vidas dos operários de uma fábrica. Dias depois da apresentação, Tijuana ainda era o assunto nas mesas de bares, nas saídas dos teatros. Largatixas nos deslocou através da linguagem, não da informação.

É o caso também de Altamira 2042, de Gabriela Carneiro da Cunha, que cria uma dramaturgia sem nenhuma palavra sua ou palavra encomendada sobre o tema. Rios que vivem uma experiência de catástrofe não são um tema, são uma questão. A partir de testemunhos do Rio Xingu sobre a barragem de Belo Monte, a atriz e diretora traz a voz do rio, da mata, de ribeirinhos, indígenas e profissionais que trabalham a favor do rio e dos povos da floresta e instaura na linguagem simbólica, uma polifonia de seres, línguas e imagens que nos levam para a beira do rio e “amazoniza” o mundo por 90 minutos.

De outro modo, em Involuntários da Pátria, a artista Fernanda Silva lê integralmente o texto de uma aula pública escrito pelo antropólogo Eduardo Viveiros de Castro. Fernanda é uma involuntária da pátria nos termos definidos pelo autor. Essa operação abre outros significados não alcançáveis numa leitura silenciosa. A palavra ganha vida num corpo em movimento. Nessa performance, a primeira que concebi e dirijo, a atriz-onça espreita, acentua, grita, esfrega o texto na terra e faz reverberar no nosso corpo o que está forjado no seu.

Na abertura de processo de Essa Menina, Roberta Ramos e Rodrigo Dourado descortinam uma vida ou o que se pode reter dela. “O que passou, ao mesmo tempo que está dado não está.” As memórias que retemos são por vezes invenções, contudo nos constitui. Foi preciso um caminho de volta para resgatar uma garota de nove anos que ouvia Lupicínio Rodrigues e que escreveu e apresentou com sua tia um melodrama, Essa menina. Nove anos e um melodrama. Como uma contadora de estórias, ela conta a sua própria numa bela e desconhecida sala de uma antiga faculdade de medicina, nada mais justo. Nessa confluência de tempos-espaços, no futuro aberto, uma mulher dança.

Muito se fala que a arte é um lugar potente de se constituir novas perguntas e novas respostas. Assim, proponho algumas perguntas descolonizantes para nós.

Este tempo pede o que da arte e de cada um de nós?

Qual a nossa contranarrativa?

Como não reiterar nosso ponto de vista na forma como assistimos a espetáculos ou escrevemos uma crítica?

Como ser público menos desejoso de reafirmação e mais suscetível à transformação?

Caminhar sem mapa, acreditando na alteridade, no tempo e na alegria.

 

Referências

Conversa Selvagem. Ciclo de estudos sobre a vida. Com Ailton Krenak e Emanuel Coccia. Canal Selvagem no YouTube.

Seres-Rios Festival Fluvial. Com Ailton Krenak e Marisol de la Cadena. Canal You Tube. 2021

Série Vagamundos – Um Laboratório Cênico. Com Tiganá Santana, Nêgo Bispo, Leda Maria Martins, Cacique Babau, Luiz Antonio Simas, Sandra Benites, entre outros. Idealizado pela diretora teatral Maria Thaís. Canal CPT-Sesc no You Tube. 2020

Demais citações partem dos meus cadernos de anotações de aulas, como a palestra de Sandra Benites, no Museu de Arte de São Paulo.

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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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