“Dom Quixote”, do Teatro Experimental de Alta Floresta, se apresenta em Recife e Petrolina
Imagens – Divulgação
Dom Quixote – o cavaleiro andante, personagem clássico da obra de Miguel de Cervantes, acompanhado de seu fiel escudeiro, Sancho Pança – continua a percorrer caminhos nunca vistos antes. Desta vez o destino do Teatro Experimental de Alta Floresta, com seu Quixote, será duas cidades pernambucanas – Recife e Petrolina. Nos dias 11 e 12 de março, o espetáculo do Teatro Experimental de Alta Floresta será apresentado no Teatro Apollo, localizado no centro histórico de Recife/PE. Já em Petrolina as apresentações ocorrerão nos dias 16 e 17 de março no Teatro Dona Amélia – Sesc Petrolina. A Petrobras Distribuidora apresenta esta circulação, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura sob a realização do Ministério da Cultura.
A peça Dom Quixote, baseada na obra de Antônio José da Silva, O Judeu, foi montada pelo Teatro Experimental de Alta Floresta (MT) em 2008, e conta com a direção do português Horácio Manuel. A obra de Cervantes foi considerada, em 2002, o melhor livro do mundo por uma comissão de 100 críticos literários de vários países. Dom Quixote aborda temas como amor, sabedoria, amizade, enternecimento, encantamentos, justiça, loucuras e divertimento. O espetáculo trata da última viagem do fidalgo Dom Quixote em busca de aventuras, enfrentando leões, gigantes e outros seres que povoam o mundo do personagem. Dessas aventuras e desventuras saltam o amor e a bravura para enfrentar os “monstros” do dia a dia. É assim que nossa personagem vê gigantes em moinhos de vento e os enfrenta bravamente. É no espírito da busca de aventuras e do amor por Dulcinéia que ao vencer uma das batalhas Quixote conclama: “Haveis de confessar que a minha namorada Dulcinéia é a menina mais linda do mundo”.
“Levar Dom Quixote e seu fiel escudeiro Sancho Pança ao nordeste não seria uma mera retribuição de carinhos com grupos teatrais e amigos com os quais construímos uma relação ao longo de nossa trajetória, mas sim uma oportunidade rara de levar essas personagens, numa encenação cuja estética europeia está explícita, a uma das regiões brasileiras que talvez seja a mais rica e singular no tocante a cultura popular, com seus mais diversos personagens. Se Cervantes tivesse escrito sua obra no Brasil, o cenário nordestino teria grandes chances de ser o chão para as aventuras e desventuras de Dom Quixote’, diz Ronaldo Adriano, ator do TEAF.
Além das apresentações o projeto possibilitará atividades que envolvem ações educacionais e de intercâmbio, além de bate-papo com o público no dia das apresentações. As ações alcançarão também pessoas com necessidades especiais, pois foram incluídos nas apresentações tradução em libras e legendagem para um acesso mais democrático e de fruição maior ao espetáculo Dom Quixote. Em ambas as cidades serão executadas oficinas de formação de plateia. Ao todo serão atendidas 120 pessoas que terão acesso gratuito à atividade que terá 4h de duração. A oficina dirigida para adolescentes e jovens do ensino médio de escolas públicas será composta por jogos corporais e exercícios que trabalhem aspectos de quem vê a cena. Assim, no jogo de espaço o participante terá noções de como se organiza o espaço cênico de Dom Quixote. Estes alunos ainda assistirão a uma das apresentações do espetáculo e ao final será feito um bate papo sobre o histórico da obra de Cervantes, tanto no aspecto da obra literária em si, como de sua adaptação para o teatro feita por Antônio José da Silva para teatro de bonecos e a posterior adaptação de Horácio Manoel que o TEAF monta.
Por fim, dando sequência a uma prática do TEAF em todos os seus projetos, serão realizadas as ‘Tertúlias Teatrais’, também de acesso gratuito aos participantes em ambas as cidades. “Este momento será bastante rico para a troca de experiências e conhecimento das realidades locais no fazer teatral e, também, proporcionará um melhor conhecimento do público das realidades de cada grupo, o que pode ser algo motivador para uma adoção de postura de valorização e prestígio das produções dos grupos locais”, finaliza Adriano, coordenador desta atividade.