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Home›.Tudo›#12 Feminilidades | Hackear os Corpos [ou Micro-Desordens para Implodir Binários]

#12 Feminilidades | Hackear os Corpos [ou Micro-Desordens para Implodir Binários]

Por 4 Parede
16 de outubro de 2018
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Imagem –  Danilo Galvão| Arte – Rodrigo Sarmento

‘Como habito o campo do invisível, não acredito em uma ordem binária e menos na lógica de gênero em oposição. Prefiro pensar na ideia de fluxo, de forças, de desenhos que se juntam, se aglutinam, amalgamam e se desfazem, nesses gêneros e identidades que se embaralham.’

Nosso dossiê Feminilidades inicia com a colaboração da performer Flávia Pinheiro, em entrevista ao nosso editor-chefe, Márcio Andrade, refletindo sobre as potências do corpo feminino em provocar fissuras nos nossos modos de nos afetar e sobreviver diante da hegemonia do racional e do patriarcal.

Flávia Pinheiro é performer, Graduada em Artes Cênicas (UFPE), Mestra em História da Arte (UNSAM – Universidad de San Martin) e Pós-Graduada em Linguagens Artísticas Combinadas (Instituto Universitário Nacional del Arte – IUNA). Dentre seus trabalhos, estão a série de performances Diafragma – Dispositivo versão Beta, Ensaio sobre a Impermanência e Como manter-se vivo?, a direção do espetáculo Enchente, e outras performances como Contacto Sonoro (2014), Summer Camp (2011), A permanência do invisível (2009), Tornar Visível o X da questão (2007), Tudo que é sólido desmancha no ar (2005), integrando a programação de diferentes festivais no Brasil e no exterior.

Flávia, como começou tua relação com as artes cênicas – e mais especificamente, a performance?

Tem uma origem que eu colocaria, talvez, em dois parâmetros: um embriológico, de ter uma mãe negra neta de escravos e um pai branco machista de olhos verdes; e outro ontogenético, sobre como esse corpo se movimenta durante meu trajeto, em relação com os materiais e o espaço que me circundava deste esta formação e hereditariedade.

No final das contas, tive muita sorte ou, melhor dizendo, vivi este contexto de alguns privilegiados e de um Brasil que tem sempre um opressor e um oprimido dentro de cada um. Nasci na cidade de São Paulo, com pais nordestinos, onde fui privilegiada por, desde pequena, poder habitar espaços que tinham instalações, intervenções artísticas e teatro em tantos espaços públicos.

Essa fricção inaugural da existência entre essa ontogenética – que habitava todos esses movimentos, fluxos contínuos – e essa embriologia – arraigada nessa relação colonial entre a preta pobre e o branco bem-sucedido – deu esse problema de linguagem que seria, talvez, uma não-adequação no universo da dança e das artes visuais, em especial. Sou uma inadaptada .

Desde pequena, fiz muito esporte – natação, handebol, capoeira, ginástica olímpica – e essa vivência corrobora para esse corpo que se traduz e se organiza em movimento. Fiz balé em uma escola que tinha dança moderna, jazz, sapateado, onde eu tinha aula com uma mulher russa que vivia no outro lado da rua onde eu morava.

Quando cheguei em Recife, tentei fazer parte de várias companhias de dança, mas acho que, pelo meu corpo meio desengonçado, estranho e esquizofrênico, nunca consegui que ninguém me convidasse ou me aceitassem para ser bailarina. Nesse trajeto, uma das minhas maestras de dança foi Maria Paula Costa Rêgo, que me incentivou a ir dançar em seu grupo, mesmo que fosse com uma linguagem totalmente diferente.

Alguns dos teus trabalhos nos possibilitam pensar em provocações nas relações do corpo com o tempo e o espaço. O que te interessa sentir e pensar ao se colocar nessas situações?

Há muito tempo, eu tinha essa ideia da relação com o espaço, a arquitetura e as artes visuais e me interessava muito pelo movimento antropofágico que tentava criar essa idéia de Brasil moderno. Então, comecei a fazer performances site-specific em espaços urbanos, passando pelo conceito de Richard Sennet de espaços públicos e privados.

Com esse interesse em performance site-specific e a relação da arquitetura com os materiais no espaço, surge o Tudo que é sólido se desmancha no ar. Trata-se de uma máxima marxista que dialogava com esses materiais que se desvaneciam e criava uma relação do espaço específico (uma faixa de pedestres) em momentos específicos na cidade do Recife.

Esse, talvez, tenha sido o meu primeiro trabalho que teve uma visibilidade, pois participei do SPA das Artes em 2006 e, depois disso, me aprofundei ou me encarcerei no universo da performance. Dez anos mais tarde, veio o Contato Sonoro, quando meu interesse está nessa outra relação que tem a ver com a ontogenética – o universo da arte/ciência/tecnologia.

Depois que morei na Argentina, comecei a me interessar por coisas que podiam ser consertadas e construídas por qualquer pessoa, pensando em uma autonomia desesperada frente à obsolescência programada dos objetos técnicos e digitais.

Contato Sonoro surge como uma performance do invisível, dos encontros entre desconhecidos a partir de um dispositivo tecnológico do you yourself (faça você mesmo), um circuito bem simples que provoca esses contatos analógicos.

Na série de performances Diafragma, como você traça relações com a tecnologia que parecem mais ligadas a afetos e sobrevivências diante de um mundo que parece, ao mesmo tempo, tão inerte e opressor?

Em Diafragma, começo a pensar nessas camadas, nessas capas internas, nessa endoderme que se relaciona ao modo como funcionam os organismos. A temática do gênero, mesmo que não seja o foco, aparece quando falamos do visível, da magia dos processos que são mais percebidos do que acionados.

Esses processos não são necessariamente da ordem dos desejos, mas da construção de um pequeno caos ou desordem das coisas, que se compõe de forma contrária a uma lógica hegemônica e estabelecida da razão que se estrutura a partir de uma soberania masculina instituída.

Nessa performance, uso bastante a tecnologia como possibilidade de reinventar os modos como entendemos alta tecnologia e baixa tecnologia, a partir de um movimento de adentrar nesses processos como se entrasse nesse corpo organismo. Ao compreender ou perceber como funcionam essas máquinas, hackeio e me aproprio do meu corpo, partindo dele para me insurgir contra algo que está estabelecido.

Em Como mantêr-se vivo?, tenho um problema de gênero que está mais nas palavras (seria talvez Como mantêr-se viva?), mas acredito que aquilo ele comunica precede as palavras. Hoje, estou bem interessada nesses processos que surgem antes dos nomes, da colonização, do livro, da teoria ou até da razão, talvez. Processos de uma percepção analógica. Tocamos o mundo o tempo todo e o mundo nos toca… Isto é antes da linguagem verbal, traduzimos as sensações em percepção e ação.

O trabalho fala um pouco sobre como inverter essas lógicas e investir em processos da percepção e do invisível que acontecem, primeiramente, no nível do sistema nervoso que não acessam o córtex cerebral. Eles percorrem o fluxo em que a resposta pode estar no meso encéfalo ou no tronco encefálico, mas não necessariamente no córtex – em que a gente imageticamente acredita que esteja a razão.

Nesse dossiê Feminilidades, o Quarta Parede procura refletir sobre as potências da cena de propor questões relacionadas ao feminino em suas formas mais diversas. Como tu pensa as potências do teu corpo feminino comunicando as questões que se atravessam nos teus trabalhos?

O corpo, no meu trabalho, emerge na potência de processo, não sendo entendido como algo fechado, completo, terminado, talvez contornado, mas como processo de várias camadas, fissuras, relevos, uma topografia entre o visível e o invisível, uma paisagem, uma brecha, um vazio.

A partir disso, esse corpo feminino, processo em que estou submergida ao criar e ao existir, está cheio de arestas, cheio de dores, cheio de rastros, cheio de memórias. Em Enchente e em Como manter-se vivo?, esse feminino aparece quase como uma erupção vulcânica, uma lava queimando e aparece quase em pó.

Eu tenho investido muito no treinamento do corpo feminino no meio dessa guerra que está sendo travada, em que precisamos de heroínas, de representatividade, de aprender a competir e a emular o risco, a queda, o abismo, de poder escalar e estar perto do abismo, a se jogar de cabeça.

O espetáculo, de alguma maneira, levanta essas bandeiras pela potência de um corpo que é apresentado sem representar, que aparece, como o Espinosa fala, em sua potência de vida. Esse corpo é capaz de escalar a montanha do Himalaia e fincar uma bandeira lá, ganhando representatividade porque se apresenta em sua potência máxima de movimento.

Ao mesmo tempo, nessa ideia de risco, queda, treino que tem no meu trabalho, eu emulo a ideia de isolamento. Qual a ideia do ermitão que também escala essa montanha, mas decide ficar sozinho? É um pouco contraditório, mas eu acho importante estar sozinho em alguns momentos de criação.

Como você percebe as potências da cena tanto em reproduzir como romper com os imaginários que temos de masculinidades e feminilidades? Como podemos refazer nossas questões de gênero – e com a ideia de gênero em si?

Uma das grandes questões do meu trabalho em geral, desde Tudo que é sólido se desmancha no ar, procura pensar como estamos falidos nesse projeto de humanidade. Atualmente eu estou pensando muito em como a gente pode descolonizar esse projeto de humano e inverter o Sul pelo Norte, a cabeça pelo cu, destronando a soberania da razão que, em muitos momentos, descategoriza o sensível e o invisível.

A gente precisa de uma heroína que pule no rio e toque nessas questões, mas eu entendo que essa guerra de identidades sexuais e de gênero, principalmente, se trata de uma batalha do gênero oprimido contra o gênero opressor, que seria o masculino. Constituída a partir de representatividades, essa guerra inclui, nessa macro-política, que se assumam poderes para a mudança dos direitos e das leis. Contudo, o fato dessa guerra existir ainda mantém uma lógica binária de oposição, de contraposição que emerge somente no campo do visível, daquilo que reconheço como identidade.

Como sou do campo do invisível, do impossível, não acredito mais na necessidade de existência dessa ordem binária e nem essa lógica de gênero em oposição. Prefiro pensar na ideia de fluxo, de forças, de desenhos que se juntam, se aglutinam, amalgamam e se desfazem, nesses gêneros e identidades que se embaralham.

Não digo que não seja importante reivindicar esses lugares de poder, principalmente considerando a lógica da macropolítica, mas que não é suficiente. Meu trabalho transparece minha condição como artista, mulher, latino-americana, solteira, bi-sexual etc.. Por mais que essas lutas sejam importantes, podemos mobilizar ainda tudo aquilo do campo da subjetividade que não aparece na foto e na palavra, que é da ordem da telepatia, da abstração e da desordem, do caos, de outro lugar.

TagsColetivo MazditaDossiê FeminilidadesFemininoFeminismoFlávia PinheiroMulherPerformance
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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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