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Home›.Tudo›#14 Confrontos | Performar (n)as urgências da cidade

#14 Confrontos | Performar (n)as urgências da cidade

Por 4 Parede
5 de dezembro de 2019
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Imagem – Divulgação | Arte – Rodrigo Sarmento

A violência e as urgências urbanas são aspectos centrais nos trabalhos do artista e curador carioca Ronald Duarte. É sobretudo a partir do início dos anos 2000 que a rua passa a ser o lugar para agregar colaboradores e realizar ações que, ao escancarem a violência que domina o espaço urbano, acabam também evidenciando uma discussão sobre o poder público. Nesse movimento, a maioria de suas performances rasura as noções de “permitido” e “proibido”, sendo muitas vezes configuradas como “delitos”.

Exemplos disso são Fogo Cruzado, performance em que o artista, com inúmeros colaboradores, literalmente incendeia os trilhos de bonde do bairro de Santa Teresa, e O que rola você vê, em que põe um caminhão-pipa a espalhar sangue nas ladeiras do mesmo bairro, marcadamente um cenário da violência estatal do Rio de Janeiro, com as disputas entre polícia, milícia e tráfico.

O “sangue”, que advém de um corante inofensivo ao meio ambiente produzido com as beterrabas que o artista cultiva, vez ou outra domina os mares de Copacabana na performance Mar de Amor. Outro destaque é a performance Boiada, em que um grupo de pessoas caminha pelas ruas de cidades como Berlim e Rio de Janeiro vestindo cabeças de gado douradas. Confira essa entrevista conduzida por Elilson e saiba mais sobre o performer AQUI.

Performance “Fogo Cruzado” (2002) | Imagem – Wilton Montenegro | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Imagem colorida de uma rua com um trilho de bonde pegando fogo. Ao fundo, carros estacionados e pessoas passando e observando o acontecimento.

Ronald, você costuma afirmar que, em vez de um ‘artista autoral’, é um ‘artista coletivo’. Poderia comentar como vem se articulando esse princípio nesses quase 30 anos de atuação artística, curatorial e docente com o trabalho transitando pelo ateliê, pelas ruas, pela universidade e por ambientes institucionais como as bienais de arte Brasil afora?

Eu penso que tem a ver com aquela frase da Lygia Pape1: “Nada separa a arte erudita da popular”. Pra mim, a arte é coletiva, é para todos. Ela ultrapassa as camadas sociais, vai para o sensível e toca naquilo que nós sentimos. Então, todos os meus trabalhos são pensados como uma espécie de provocação, sobretudo uma provocação a mim mesmo.

Por isso eu distribuo a autoria, sem a participação desse coletivo eu não conseguiria realizar os trabalhos. Se não estivessem todos na “Boiada”, não existiria “Boiada”; se não estivessem todos no “Mar de Amor”, tampouco existiria o “Mar de amor”. É assim na maioria dos meus trabalhos, principalmente nesses que estão nas ruas, nas Universidades e nos ambientes institucionais. As pessoas não estão de forma gratuita/voluntária, elas vivem, entendem e criam formas de fazer o trabalho, seja com o gesto, o corpo ou com a sua participação.

Ou seja, esse coletivo é 99% do trabalho, e o 1% restante seria essa provocação, esse estanque genuíno – como o passarinho que vai pro galho e com um clique o estilhaça com sua cantoria – esse clique nada mais é do que esse início, essa provocação que faço a mim mesmo e a todos esses que eu preciso que existam nos trabalhos. Como eu misturo tudo nessa criação coletiva, eu misturo também essas instituições.

Quer dizer, pra mim tudo é planeta terra! Eu transito em tudo, vou com a massa para criar trabalhos que atinjam, sensibilizem e deem vontade de participar. Essa é minha intenção e desejo. É esse estopim, esse “jogar-se” no mundo em que eu também me jogo e me refaço dentro desse coletivão.

Performance ‘Boiada’ (2019) | Imagem – Igor Freitas Lima | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Imagem colorida de uma passarela de pedestres, em que uma fila de pessoas com roupas de cores e estilos distintos caminham com cabeças de touro douradas. Em paralelo, um motoqueiro e outros transeuntes passam pela passarela também.

Pensando ainda nesse aspecto de coletividade presente em tua poética – o qual se reflete no teu papel como propositor de ações que são como contravenções e reinvenções do espaço urbano e de suas políticas – você poderia comentar os processos de criação e realização de performances como a série Guerra é Guerra e a já mencionada Boiada?

Sim, eu posso falar da proposição maior que tem 23 anos de criação, que é a série Guerra é Guerra, que agrupa 12 trabalhos. Bem, a série foi instigada durante a ocorrência de diversos episódios, mas um deles foi o gatilho. Ocorreu quando eu era morador de Santa Teresa, um bairro na cidade do Rio de Janeiro. Costumava passear com meu filho recém-nascido pela manhã, e em um desses passeios, quando voltamos para casa, encontrei um homem morto no meu portão. Ele estava esquartejado sobre uma enorme poça de sangue.

Na hora eu pensei: será que meu filho vai ver isso? Tapei os olhos dele, fiz a curva com o carrinho e concluí: “tenho que fazer alguma coisa para mostrar pra todo mundo que isso acontece”, pois isso não saía na mídia, não era veiculado em lugar nenhum. Na época, assim como até hoje, em Santa predominava o poder paralelo, mas ninguém sabia quem poderia ter feito isso com ele – se foi uma briga de facções ou a própria polícia… Eu queria fazer com que todo mundo visse aquele sangue que estava rolando morro abaixo, por isso a série começa com o trabalho O que rola você vê.

Surge dessa tentativa de evidenciar o nível da violência que chegava naquela época, 23 anos atrás. Hoje, então, estou pintando o mar de amor, da rua fui para o mar. Porque é tanta violência, que eu preciso de um mar. Coloquei o mar vermelho para poder gritar e ver se as pessoas percebem esse amor de que estou falando, esse que está faltando, e que não é um mar de violência igual ao que vivemos, mas sim de amor, essa contradição é constante na série.

Performance ‘O que rola você vê’ | Imagem – Wilton Montenegro | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Imagem colorida de uma via pública repleta de um líquido vermelho que aparenta ser sangue e, ao fundo, um caminhão pipa que o havia despejado. No lado esquerdo, alguns passantes observam o caminhão.

Vivemos e sobrevivemos ao lado de uma zona de guerra, onde se mata e morre todos os dias. Como gritar de maneira plástica, visual e sensível? Como sensibilizar as pessoas? Daí pensei em lavar as ruas com sangue, esse foi o primeiro trabalho da série Guerra é Guerra, sempre pensada de maneira ética para que não machuque ninguém. Já vi e passei por muito sofrimento. Então o meu processo criativo é visceral.

Um vômito, uma necessidade humana que, se não colocada para fora, eu estaria morto também. Ele não é lógico, 2+2 =4, nada é dessa forma, é uma necessidade expurgante e apertada. Não é uma boa ideia, não tive nenhuma boa ideia, foi uma necessidade de gritar, como ocorre em Boiada. Já viu como é a Boiada? Já viu um boi morrer na sua frente?

Já o viu ser esquartejado e ter sua cabeça arrancada? É isso que estão fazendo conosco o tempo todo, com a nossa sociedade civil, porque o sistema quer, necessita que sejamos burros e idiotas, não podemos ter educação, conhecimento e muito menos liberdade. A liberdade nos é tirada desde o início, desde quando as pessoas começam a sonhar, a criar e a viver elas são cerceadas com a fome, com a falta de educação, a falta de saneamento básico, a falta de água, a falta, enfim, do básico do básico…

Esse cerceamento faz com que essa massa seja manipulada pelo sistema de maneiras explicitamente covardes. Assumi-me artista por isso, acho que um dia teremos a consciência universal, uma consciência do animal, do homem-animal, que não é esse homem limpinho, acético, construído para uma sociedade corrupta e dominadora. É no homem-animal que eu acredito.

Os trabalhos, assim, buscam uma alteridade que estimule uma nova percepção sobre o todo, de forma crítica e criativa, despertando nossa realidade. Lembro, por exemplo, de quando soltei uma bomba no evento “Corpocidade”2. Enquanto alguns gritavam “UMA É POUCO!”, muita gente reclamou. Quantas pessoas estão anestesiadas?

O quanto as próprias instituições produzem anestésicos mentais para as pessoas acreditarem que é assim mesmo? São os ” sinais dos tempos”, mas não! Nós temos que tomar rédea da vida, a frente da vida da gente, temos que dizer o que queremos dela, e não ficar sempre aclamando a mídia e o poder. A vida é aqui e agora, não temos que nos submeter a ninguém e a nada. E dessa liberdade, eu não abro mão, vou morrer brigando, mas não vou me vender, pode vir o dinheiro que for, mas eu sempre vou colocar minha posição, seja lá pra quem for, para o papa, para o milionário colecionador, para o varredor de rua, para o anestesista, para o médico, para quem for.

Porque essa posição que estou é o último suspiro de liberdade. É o último suspiro ser artista em uma sociedade opressora, ditatorial e covarde o suficiente para não declarar logo essas posturas, mas mantê-las veladas. Será que ninguém se incomoda mais? Que anestésico bom é esse que está todo mundo aceitando que um governador dê pulinhos na ponte porque matou uma pessoa, como se tivesse feito um gol? A morte virou publicamente comemorativa? Não estou nesse mundo, não. Eu sou um entusiasta da vida! Sou um cara que quer celebrar a vida todo dia.

Suas ações coletivas, por desvelarem o controle urbano e acrescentarem camadas éticas e estéticas ao imaginário da cidade, muitas vezes possuem como motor de criação o que você chama de ‘urgências urbanas’ para tocar ‘onde a ferida da cidade está gritando’. Como você percebe/utiliza a relação entre violência e confronto como energéticas de criação?

Isso é construção de subjetividade. Claro, eles (os representantes do poder público) estão correndo e eu estou correndo atrás, eles estão pegando o “Zeitgesist” (espírito do tempo) e eu também quero saber que espírito do tempo é esse, quero estar o tempo todo ligado neste instante. Porque a vida é o agora, o que você faz no presente – esse conjunto de “agoras” que vai ser o passado e que constrói o futuro – mas é o agora que está valendo. Temos que pensar nesse homem do instante, e, nesse sentido, é o “agora 2019” que me interessa.

Por isso falo dessa urgência, desse instante que vive a cidade, e por cidade me refiro a um modo coletivo de se viver, pois a própria concepção sobre cidade e a ideia de “Pólis” vem de um pensamento coletivista: criaram-se leis e regras para um melhor convívio entre todos, daí surge o termo “política”. Nós concordamos com isso, iríamos obedecer às leis, à ética e à generosidade. “Água não se nega a ninguém”, lembra? Agora não, ela custa 5 reais, 2 reais, então se nega sim, pois se comercializa, se vende.

Mas a questão é que eu não penso. A percepção é anterior ao racional, é da ordem do sensível, quando sinto essa necessidade já estou agonizando para fazer, espirrando e botando pra fora, e, quando vejo, o trabalho já está acontecendo. Eu não tenho esse tempo de contactar a violência como se fosse a mola para gerar um impulso criativo. Acontece no mesmo instante. É um gozo ardido, doído, que traz toda essa carga da cidade, dessas construções, da violência em todos os níveis possíveis. Como te obrigaram a andar em fila, vestir-se, calar a boca e escutar. “Quando um burro fala, o outro abaixa a orelha’’, não é assim que dizem? Isso é uma violência!

E são todas essas violências, físicas ou morais, que impulsionam o meu energético criativo. O trabalho age como um dedo enfiado na ferida, por isso que o instante é agora, nesse momento. Um exemplo disso é o aquecimento global. A natureza está morrendo, é um fato, estamos sofrendo na pele, e essa urgência nos sufoca de tão urgente que é. São tantas feridas, que devemos enfiar o dedo para questionar e discutir: Que cidade é essa que nós estamos construindo para nossos filhos e nossos netos? Que lugar é esse que estamos construindo ou destruindo para morrer? Pois está evidente que não estão investindo nas cidades como um projeto de Vida.

Performance ‘A Sangue Frio’ | Imagem – Fernando Rabelo | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Imagem colorida de uma via pública, em que do lado direito, se vê uma colcha disposta de um modo que se refere a um corpo morto coberto. Perto dela, uma faixa de líquido vermelho que lembra sangue e, pouco acima, um homem usando terno passa pelo local.

Você já declarou algumas vezes que, em muitos trabalhos, ‘mostra ao poder público o que ele esconde’. Nas performances ‘O que rola você vê’, ‘A Sangue Frio’ e ‘Mar de Amor’, você opera diferentes escalas com a simbologia do sangue. Poderia relacionar a declaração citada com a descrição desses trabalhos, partilhando episódios em que houve confronto direto por parte do poder público ou mesmo do público passante, que por vezes reage às práticas artísticas como um policial por extensão?

Antes de tudo, penso que o confronto é da ordem desse massacre, dessa violência, que o estado omisso e ativo faz com os cidadãos que ainda acreditam nele. Não tenho conflitos em relação a essas questões, porque elas estão muito claras pra mim. Mas, claro, já tive vários embates. Em “o que rola você vê”, a polícia me parou com uma pistola 765; em “A sangue frio”, a polícia veio atrás de mim, não conseguiram me encontrar, mas desmontaram o trabalho inteiro; e no “Mar de Amor” fomos duas ou três vezes para a delegacia, também porque houve denúncias.

Então, a simbologia do sangue realmente é muito forte – ele fala da violência na lata – todo mundo entende do que está se falando, mas eu procuro amenizar, já que está tão explícito. “A sangue frio”, por exemplo, em que uso uma pedra de gelo e o corante utilizado nas maçãs do amor, é uma contradição entre aqueles que têm coragem de matar a sangue frio e o próprio “sangue frio” de quem se habitua a esse derramamento diário. O sangue, então, vem com uma camada de poesia, mais leve do que a escala da realidade violenta que vivemos.

Em “O que rola você vê” utilizei 90 kg de corante de beterraba, são 30 kg em cada caminhão de 10 mil litros de água. No “Mar de Amor’’ são 100 kg, 20 sacos de 5 kg. Os dois feitos de beterraba, pintam bem, não matam ninguém, não sujam a cidade, não degradam monumentos, não sujam nada, porque o corante é vegetal, o sol bate e a coloração sai, não tem o menor problema.

Minha intenção era questionar se tudo realmente é violência: o sangue cobre o mar disparando a violência da cidade, mas eu chamo a performance de “Mar de Amor”, porque é o que falta, porque isso tudo que já está aí, eu já estou excedendo para saber se alguém consegue ver. Por exemplo, o próprio “Mar de Amor” saiu na capa do jornal Le’ monde, na França, saiu no Público, em Portugal, mas não saiu em nenhum jornal e em nenhuma TV brasileira.

Por que será? Coincidência? Já fiz três vezes esse trabalho. Poderia já estar na mídia, não? Mas, não. Existe, sim, uma necessidade por apagamento, omissão e de sempre mostrar a visão da polícia como a salvadora da história, que sempre tem a solução das coisas, enquanto os prejudicados levam as balas perdidas (que não são tão perdidas assim). E é essa população que está dentro do meu trabalho.

Performance ‘Mar de Amor’, na Praia do Arpoador (2013) | Imagem – Robin Resch | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Imagem colorida de uma praia em dia nublado. O mar está repleto de um líquido vermelho e tem algumas pessoas mergulhando e outras caminhando pela areia.

Diante do cenário político atual, com o desmonte da educação sendo orquestrado, perseguição a artistas, boicotes a exposições e os episódios continuados de censura, fatores que parecem atualizar ainda mais a urgência presente em tua poética, quais estratégias artísticas e políticas que você considera fundamentais nesse momento para compartilhar com os artistas mais jovens que dialogam com teu trabalho e com os potenciais leitores desta entrevista?

Micropolíticas. É a palavra-chave. Procurem seus pares, procurem aqueles que trocam contigo felizes, entendem o que você fala e corroboram o tempo todo para o crescimento dessa intenção. Que essa intenção seja contaminante. Então é da ordem das micropolíticas e da contaminação. Quanto mais contaminado nessa intenção como resposta a isso tudo, mais coletivos e maiores seremos.

Nós faremos uma revolução com um trabalho de formiguinhas, no que você pode fazer com o outro ali na esquina, para o outro também exercitar a liberdade. Esse “exercício experimental da liberdade’’, como Mário Pedrosa3 falava. Já que eles estão nos censurando, vamos ver até onde podemos ir, vamos ao limite e nos limites, ou melhor, podemos até ultrapassá-los de maneira bastante inteligente. Vamos virar essa realidade, mas iremos se formos humildes o suficiente para enxergar o outro, não é criando bolhas, mas é por: Con-ta-mi-na-ção!

É sobre virar verme e sair contaminando nas micropolíticas. É assim que a gente vai transformar, e os trabalhos coletivos são parte disso. A Boiada de Ouro, por exemplo, são só 40 pessoas, mas faz um barulho de 400 ou de 4 mil. Então são pequenas ações inteligentes, às vezes com poucas pessoas, 2, 3 ou 4 – sempre bom que sejam alguns – mas que seja sempre aquele grupo, aquele todo, aquela nuvem. Que sejamos nuvens, assim construiremos coletivos potentes, ativos, inteligentes e capazes de realizar mudanças.

Performance ‘Nimbo Oxalá’ | Imagem – Domingos Guimarães | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Imagem colorida de uma balsa no meio do mar repleta de pessoas, em que se vê uma fumaça branca e encorpada subindo.


Notas de Rodapé

1. Lygia Pape (1927-2004), natural do Rio de Janeiro, foi uma professora e artista multimídia, atuando principalmente com escultura, gravura,   pintura e cinema. É um dos principais nomes do neoconcretismo brasileiro.

2. Acesse mais informações sobre Corpocidade AQUI

3. Mário    Pedrosa (1900 – 1981), natural de Pernambuco, figura como um dos mais profícuos críticos de arte do Século XX, tendo atuado também como escritor, curador, jornalista e ativista político. Defendia o princípio de que a arte é um exercício experimental de liberdade.

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Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

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#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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