Quarta Parede

Menu

  • Sobre o 4ª Parede
  • Quem Faz?
  • Fale Conosco

Seções

  • INÍCIO
  • Dossiês
    • Atual
    • Anteriores
  • Podcasts
  • Entrevistas
  • Videocasts
  • Críticas
  • Como Colaborar
  • Expediente
  • Sobre o 4ª Parede
  • Quem Faz?
  • Fale Conosco

logo

Quarta Parede

  • INÍCIO
  • Dossiês
    • Atual
    • Anteriores
  • Podcasts
  • Entrevistas
  • Videocasts
  • Críticas
  • Como Colaborar
  • Expediente
  • Crítica – Breaking/PE | Vestígios históricos H2, PE

  • Crítica – vaga-lumes | Carta para a pintora da dança Dani Guimarães

  • Crítica – Bokeh | A luz invisível que nos atravessa

  • Crítica – Inverso Concreto | Conexão coletiva e arquitetura desconstrutiva

  • Crítica – A Engrenagem que Nos Move | Deixa eu te contar a história da engrenagem que ganhou VIDA!

.TudoCríticas
Home›.Tudo›Crítica – Desencaixe | Você também está na mira

Crítica – Desencaixe | Você também está na mira

Por 4 Parede
21 de novembro de 2019
1992
0
COMPARTILHE ESSE CONTEÚDO

Imagem – Divulgação

Lucas Emanuel
Licenciando em Dança (UFPE)

Incomodar: verbo transitivo direto e intransitivo e pronominal; causar (a) ou sentir incômodo, físico ou não; indispor, importunar, estorvar, perturbar.

Desencaixe é um espetáculo do Coletivo Mosaico, concebido e performado por Yuri Silva, com direção de Bárbara Espíndola, ambos estudantes da Universidade Federal de Pernambuco. A iluminação foi assinada por Alírio Assunção e Zé Iná é responsável pela sonoplastia. O trabalho foi apresentado apresentado na XII Semana de Cênicas (UFPE), que tinha o tema Teatro, Democracia e Censura nesta edição. Na sinopse do projeto, afirma-se que este é um “trabalho de dança e teatro que, além de falar sobre as vivências negras […], [e] traz a capoeira em sua estrutura, abordando a visão ritualística ancestral. O intérprete questiona o racismo, pondo suas inquietações em movimento”.

Tudo em Desencaixe vibra, pulsa, cutuca, faz tremer, incomoda.

De uma forma afetiva, eu presenciei a constante do corpo de Yuri, muito de perto. Somos da mesma turma do Curso de Licenciatura em Dança e, durante esses últimos quatro anos, é possível notar as novas roupagens que o corpo dele ganhou. Ele se dedica às danças urbanas, uma linha da dança que é particular, muito bem codificada. Este termo abrange um conceito muito amplo (e tem vertentes como o break dance, popping, looking, etc) mas que tem em comum a resistência e força física, a contração e expansão de partes isoladas do corpo e o equilíbio. Em Desencaixe, os movimentos se ressignificam, ainda que dentro de uma estética contemporânea, foge dos padrões e formas eurocêntricas de se fazer dança: pelo contrário, é ancestral; é local de pertencimento; de regionalidade; é acolhedor. Esse acolhimento é um alerta, fazendo o espectador não relaxar em nenhum momento. É como um ataque que não se sabe de onde vem: ele só vem e quando atinge o alvo, dilacera-o, preenche. Não existe previsibilidade. O público é surpreendido a todo momento. O burburinho fica no ar.

A dança, em linhas gerais, passa pela subjetividade de uma forma muito orgânica. É uma linguagem do corpo. Fica à critério do interprete objetivar ou não a obra. Se o teatro possui, majoritariamente, a fala como mecanismo de comunicação, a dança perpassa por uma linguagem que esta estritamente ligada ao corpo. É nele e por ele que o diálogo com o público é construído. Ambas, por sua vez, trabalham muitas vezes com o que não é visível. A união dessas duas linguagens ressignifica a obra, trazendo uma nova camada. Em Desencaixe, Yuri faz isso quando, em alguns momentos, o texto do corpo coloca em dúvida, se conecta com o falado, e fica também suspenso se aquelas histórias contadas foram fatos ocorridos na história de vida dele. Ele passa uma ideia de verdade… Tanto pelo corpo quanto pela fala. Entrecruzando as linguagens, ele provoca questões: algumas são fáceis de decifrar, outras são o sentir de cada pessoa.

Espetáculo ‘Desencaixe’ | Imagem – Divulgação | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Imagem colorida. Em primeiro plano, um homem negro ajoelhado de frente para um cubo com pedaços de panos brancos com as pixações “Marielle” e “Pai” de cor vermelha.

Tudo em Desencaixe incomoda: em nenhum momento o público relaxa.  Em uma cena específica, em que só era possível ver o que Yuri estava fazendo as primeiras fileiras, virou um murmúrio de corpos querendo saber a todo custo o que ele estava fazendo, o público estava sempre em busca de mais. A tensão paira desde o momento que o público entra até a última cena. Eu sentir como se tivesse prendido a respiração e só voltasse a respirar normalmente quando o espetáculo acabou e as luzes se acenderam. A pirotecnia incomodava os olhos. A luz se apresentava como um mosaico. Como o próprio Yuri falou: a iluminação a todo tempo dançava com ele. O som fazia com que eu me sentisse em perigo, mesmo no conforto da poltrona. Juntando esses elementos, o espetáculo me transportou para um estado quase de transe, de hipnose. Voltei para casa com o incomodo que permanecia nos olhos. O som ecoava em meus ouvidos. Mesmo assim, ainda era uma sincronia perfeita. 

Uma das questões sociais que o espetáculo aborda é o racismo. Isso me afeta, principalmente, quando as cenas me lembram fatos  que já presenciei na favela onde moro. Ele faz de uma forma muito singela, mas sem amolecimento, Yuri narra, expõe, pixa e grita sobre o que a juventude negra sofre diariamente. Mesmo sem saber se os fatos da história contada, em Desencaixe, são ou não da vida dele, as histórias contam sobre fatos que se repetem: uma criança negra ter o pai assassinado; mulheres pretas (faveladas) ser arrimo de família. E, logo associamos, talvez que esses poderiam ser fatos da história de Yuri porque é um corpo negro que está em cena. A sociedade (e digo sociedade para generalizar mesmo) está tão acostumada a rotular o que é o negro que, ao ver essas questões, penso que é um dever de todos discutir sobre o racismo, sempre, até que isso não se repita mais.

Desencaixe é um grito ecoado. Um nó na garganta. É como uma carne dura que desce rasgando. Todos os alvos são atingidos com sucesso. É completo estado de alerta. Em tempos de fragilidade, como a que estamos passando no nosso país, Yuri desencaixa e reordena todos os seus pensamentos. Yuri é gigante. O corpo dele pulsa, dança. Pulsa arte. Desencaixe é sobre negritude. Negritude que não se cala. Que está em busca de resposta. Que está cansada do comodismo da cabeça baixa. De saber que os seus estão morrendo aos montes todos os dias. A mensagem está posta, é escancarada. O corpo negro presente. Vive. Pulsa. Resiste.

Este texto é fruto da parceria entre o 4 Parede e a Semana de Cênicas (UFPE), na 1ª edição da ação formativa “Cobertura Crítica”, projeto idealizado e ministrado por Lorenna Rocha e Rodrigo Dourado.

TagsBárbara SpíndolaDançaDesencaixeLucas EmanuelPerformanceSemana de Cênicas da UFPEUniversidade Federal de PernambucoYuri Lumin
Post Anterior

#14 Confrontos | Paredes riscadas podem falar?

Próximo Post

Crítica – É Permitido Chorar | A ...

Posts Relacionados Mais do autor

  • .TudoDossiêsEntrevistas

    #15 Deslocamentos | Figuras Traçadas nas Ruas

    11 de maio de 2020
    Por 4 Parede
  • .TudoPodcasts

    4Parede na Frei Caneca FM 12 – Sebastião Simão Filho

    19 de dezembro de 2020
    Por João Guilherme
  • .TudoCríticas

    Crítica – Donos | Porque vocês não queriam ter nascido negros?

    19 de novembro de 2019
    Por 4 Parede
  • .TudoDossiêsPodcasts

    #09 Palavra, Imagem e Movimento | Podcast 28 – Roberta Ramos

    10 de julho de 2018
    Por 4 Parede
  • .TudoEm Cartaz

    Acupe abre Curso de Formação de Intérprete-Pesquisador em Dança

    1 de julho de 2015
    Por 4 Parede
  • .TudoEm Cartaz

    Projeto “O Solo do Outro” estreia “A Enchente”, espetáculo de dança a partir de texto de Hermilo Borba Filho

    13 de março de 2016
    Por 4 Parede

  • .TudoEm Cartaz

    “Vento Forte para Água e Sabão” faz apresentações no Teatro Barreto Jr

  • .TudoEm Cartaz

    “Ombela” faz temporada no Espaço O Poste

  • .TudoCríticas

    Nachtergaele tensiona vida e arte em inebriante performance

ÚLTIMOS PODS

INSTAGRAM

Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
Siga no Instagram

Receba feeds quentinhos

Cadastre seu e-mail e receba as novidades em primeiro lugar

Quarta Parede - Palco & Plateia. Unidos! Direitos Reservados. Desenvolvido pela Atuante Agência Digital. V1.1