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Crítica – Sábado Descontraído | O que acontece numa sociedade não ocidental?

Por 4 Parede
8 de março de 2020
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Imagem – Jose Caldeira

Por Bruno Siqueira

Professor da Licenciatura de Teatro (UFPE)

Neste sábado, pude assistir ao espetáculo Sábado Descontraído (Samedi Détante) dentro da programação da MIT-SP. A concepção, coreografia e direção eram assinadas pela ruandesa Dorothée Munyaneza.

Tratou-se de um dos espetáculos mais concorridos da mostra paulistana. Tanto que somente eu recebi o convite, cabendo à minha parceira crítica, Lorenna Rocha, chegar duas horas e vinte minutos antes de começar o espetáculo para ser a primeira da fila de espera, a fim de ocupar o lugar de quem poderia desistir de ir ao teatro.

O trabalho foi apresentado no SESC Paulista, no 13º andar. Quem conhece o espaço, sabe que o corredor é minúsculo, ladeado por quatro elevadores, dois de cada lado. Estive com Lorenna todo o tempo na fila de espera. Aos poucos, foram chegando pessoas que também tinham interesse em assistir ao espetáculo, mas não tinham conseguido comprar o ingresso antes.

A Folha de S. Paulo, em matéria sobre a peça, foi enfática: INGRESSOS ESGOTADOS. Todavia, os espectadores desejosos não se deixaram intimidar, foram chegando a conta-gotas. Perto do início da peça, aqueles que estavam com ingresso e os que se encontravam na fila de espera das desistências somavam-se mais de 100 espectadores, num corredor de aproximadamente 4m x 1m. A sensação era de claustrofobia, como se estivéssemos todos num bunker.

Entramos na sala. A sensação de claustrofobia não desapareceu; antes, foi piorando até o desfecho da peça. Penumbra. Luz branca sobre a plateia. No espaço cênico, uma mesa, sobre a qual se acoplava um microfone e repousava um facão. Ao lado, um rádio grande e velho, com antena levantada. Ao lado direito da plateia, um microfone sobre um pedestal, seguido de uma mesa de som. Ao fundo, na lateral direita, um praticável; na lateral esquerda, outro microfone sobre um pedestal.

Quando a peça começa, a luz da plateia se apaga e acende um foco sobre o microfone. O operador de som bate os dois facões um no outro diversas vezes, fazendo o tilintar ecoar e sugerir lutas corpo a corpo. Sons de facão em madeira, evocando facões cravados em crânio. Nisso, uma belíssima voz vinda pela lateral direita da plateia invade a cena numa música pungente.

É a Dorothée Munyaneza que surge num vestido azul, pueril, dá a volta pela mesa de som e sobe à mesa central. Finda a canção, ela começa a narrar suas memórias de criança, impregnadas em seu corpo, como profundas cicatrizes. A voz sai num sopro, com cadência, fazendo contrastar a harmonia vocal com os sentidos que a narrativa construía a respeito de um dos maiores genocídios da história em curto espaço de tempo.

A luz azul e vermelha contribui para imprimir um caráter expressionista à cena, aprofundando a sensação de guerra, de pessoas oprimidas, assassinadas, escondidas em bunkers, decaptadas, estupradas. Sim, um dos maiores casos de estupro coletivos de mulheres e homens em tão pouco tempo. Uma terceira pessoa compõe a cena, a atriz Nadia Beugré, que interage visceralmente com Dorothée, seja mostrando personagens, seja compondo desenhos e movimentos expressionistas.

O teatro é vocalizado, seguindo a tradição de muitos países africanos pela oralitura. Muito já se foi escrito sobre o genocídio em Ruanda, no ano de 1994. Mas esses três corpos em cena constroem uma narrativa cênica oral, como máquinas de subjetividades. Esses corpos estão atravessados pelas memórias trágicas desse genocídio e constituem os lugares de fala genuínos. São corpos-arquivos.

Há uma série de documentos concretos plasmados em suas memórias e subjetividades. As forças de sentidos que são disparadas dessas máquinas de subjetividade, como fios tênues e delicados, enovelam e envolvem afetivamente nossos corpos de espectadores, ora provocando empatia, ora nos afetando a ponto de provocar náusea e ânsia de vômito, ora extraindo lágrimas.

Sabe-se que esse genocídio foi resultado de uma guerra étnica entre os povos hutus e tutsis, organizado por membros da elite política principal dos hutus, que assassinaram uma média de 800.000 pessoas de grupos étnicos tutsi, twa e de hutus moderados. O que poucos ainda sabem é que esses conflitos foram estimulados pelas potências imperialistas europeias para maior controle sobre os povos e sobre a extração de riquezas.

No caso de Ruanda, a Bélgica contribuiu muito para fomentar o ódio entre os grupos étnicos envolvidos. Em seu livro Os Condenados da Terra, de 1960, Frantz Fanon, um influente pensador martinicano sobre os temas da negritude, da descolonização e da psicopatologia da colonização, já denunciava essa política perversa dos países europeus imperialistas, que estimulavam a guerra entre as etnias colonizadas, para fins de maior controle político e econômico. Essa prática permanece até hoje, e o genocídio de 1994, em Ruanda, foi efeito dessa política.

Para se ter uma ideia, apurou-se que o genocídio foi financiado, pelo menos parcialmente, por programas internacionais advindos do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). As armas vinham especialmente de nações ocidentais, como a França. E, apesar do massacre ter chocado uma parte considerável do mundo, nações ocidentais como Bélgica, França, Estados Unidos, dentre outras, ignoraram friamente o genocídio.

O impactante trabalho de Dorothée Munyaneza nos chama atenção para alguns tantos temas graves que nos afetam. Primeiramente, que o capitalismo imperialista foi e continua sendo devastador para os países economicamente subalternos. Em segundo lugar, que esse mesmo capitalismo engendra uma necropolítica voltada para o devir negro do mundo – para nos valermos de terminologias adotadas pelo filósofo camaronês Achille Mbembe – que torna esses corpos descartáveis, elimináveis.

Por fim, nos faz pensar que, enquanto um atentado terrorista nos Estados Unidos, como o que ocorreu com as torres do World Trade Center, choca o mundo ocidental e é ritualisticamente lembrado, ano após ano, por meio de documentários que registram a memória dos sobreviventes, um genocídio de 800.000 pessoas e o estupro de 500.000 mulheres e homens, em apenas três meses, num país africano, pouco ou nada é lembrado, porque pouco ou nada significa para o mundo ocidental capitalista.

A pergunta que assoma ao final da peça, quase que irônica, é: o que você estava fazendo no ano de 1994?

…

…

…

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Todos saíram do teatro em silêncio.

TagsBruno SiqueiraDorothée MunyanezaMITspMITsp 2020Sábado Descontraído
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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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