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De forças e de sonhos | Entrevista – 28 patas furiosas

Por 4 Parede
23 de maio de 2024
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Imagem – Helena Wolfenson

Entre os dias 17 de maio e 9 de junho (com sessões às sextas e sábados, às 21h, e, aos domingos, às 18h), o espetáculo Um jaguar por noite, do Coletivo 28 patas furiosas, realiza temporada de estreia na Sala Multiúso do Centro MariAntonia, em parceria com o TUSP, com ingressos gratuitos.

Após anos de pesquisas com antropólogos, antropólogas, pajés e lideranças indígenas, o coletivo 28 Patas Furiosas  compreendeu que, para alguns povos ameríndios, o sonho é incorporado como um fenômeno que incide sobre a realidade das aldeias, podendo ser revertido em ações de cura ou mesmo na transformação da organização social e política daquela comunidade.

O coletivo mergulhou nas cosmologias dos povos Xavante, Kamayurá e Guarani para discutir como o ato de compartilhar sonhos é capaz de coletivizar essa experiência. E, ao mesmo tempo, como sonhar é uma forma de transitar entre mundos, percorrer caminhos, extrapolar geografias, deslocar-se e alterar-se.

Para saber mais sobre o processo de criação, o editor-chefe do Quarta Parede, Márcio Andrade, conversou com o coletivo.

Antes de tudo, poderiam apresentar uma breve trajetória do 28 Patas Furiosas para quem ainda não os conhece?

28 Patas Furiosas é um coletivo originado em 2013 na cidade de São Paulo que tem por bases a experimentação da linguagem teatral em intersecção com as artes plásticas. Através das instalações cênicas criadas para os espetáculos pelo encenador, iluminador e artista visual Wagner Antônio, o grupo pesquisa caminhos que borram as fronteiras entre as linguagens do teatro e das artes visuais, criando obras que celebram a dramaturgia das materialidades da cena em comunhão com os atores e as atrizes e a textualidade.
O 28 Patas Furiosas se encontra em pesquisa continuada desde a sua formação, tendo realizado os espetáculos lenz, um outro (2014), A Macieira (2016), PAREDE (2019) (que juntos compõem a Trilogia da Instabilidade), a vídeo arte PAREDE DE DENTRO (2021), a performance Parabólica dos Sonhos (2022) e a peça-instalação Um Jaguar Por Noite (2024).
Além disso, desde 2013, o grupo gerencia sua sede, o Espaço 28 (atualmente localizado no Bom Retiro, SP) onde, além de conceber e apresentar seus espetáculos, realiza diversas atividades como o m0no_festival – festival de solos em diferentes linguagens artísticas, oficinas, concertos, residências artísticas, performances, mesas de debate com convidadas e convidados, além de trocas com diferentes coletivos, artistas e com o público.
Imagem colorida de um palco na penumbra. Nele, duas mulheres estão envolvidas em tecidos de cores distintas (azul, verde, salmão), deixando somente o rosto descoberto.

Espetáculo ‘Um jaguar por noite’ | Imagem – Helena Wolfenson | #AdnoTextoAlternativo #4ParedeParaTodes

Na trajetória do grupo, vocês atravessaram uma diversidade de linguagens (vídeo, instalação, performance etc.) na composição de seus trabalhos. De onde surgiu esse interesse e como ele se relacionava com as questões que vocês queriam abordar?

Desde o princípio de sua formação, o coletivo trabalhou a partir de investigações espaciais em conexão com a poética das atrizes e atores, o que resultou em um treinamento que vem sendo desenvolvido há onze anos pelo grupo, chamado “Dramaturgia de Forças”. Neste treinamento, o grupo experimenta a criação cênica a partir de uma perspectiva material, na tentativa de horizontalizar a presença humana em relação às demais materialidades da cena. No decorrer dos trabalhos, o grupo foi se aproximando de uma ideia de instalação cênica presente nas artes visuais.
Assim, aos poucos, o espaço cênico se tornava uma espécie de “sistema” em que os jogadores e jogadoras pudessem atuar a partir dele e com ele, buscando ativar os seus elementos. Assim, o vídeo, a sonoridade, a luz e as materialidades surgem como tecnologias para que o espaço, junto da presença humana, construam uma dramaturgia cênica e textual. Nesse sentido, cada espetáculo sugeriu uma instalação diferente, e assim o grupo foi experimentando a complexidade dessas linguagens. Olhando com certo distanciamento, é possível dizer que o 28 Patas Furiosas sempre trabalhou com narrativas não-lineares, que de alguma forma já manifestavam esse universo onírico enquanto forma. Até que, em 2020, começou-se a discutir os sonhos também enquanto temática.

Em trabalhos anteriores (como Memória de uma Trilogia e Parabólica dos Sonhos) vocês haviam abordado os sonhos como uma temática. Quais os desdobramentos que essa investigação vem desaguando no espetáculo Um jaguar por noite?

No caso de Memória de uma Trilogia (peça-video-instalação em 03 partes), o grupo, em plena pandemia, optou por desenvolver um ritual para poder “enterrar” e elaborar o luto das suas três peças anteriores (lenz, um outro; A Macieira e Parede). Naquele momento, o coletivo havia sido contemplado pela Lei de Fomento ao Teatro com um projeto que previa a apresentação dessas três peças, sequencialmente, em um mesmo espaço. No entanto, em decorrência da Pandemia, as apresentações presenciais se tornaram inviáveis durante um longo período de tempo. Diante disso, o grupo se recolheu em sua Sede (o Espaço 28) por uma semana, onde criou um filme em três partes, em que discutem a memória e o luto, para que assim pudessem encerrar a Trilogia e dar início à nova pesquisa envolvendo os sonhos, ainda como parte do mesmo Edital.
Portanto, em 2020, o grupo inicia uma pesquisa a partir da tecnologia dos sonhos para alguns povos ameríndios. Da mesma maneira como, para esses povos, compartilhar os sonhos com a coletividade é fundamental, o 28 Patas foi encontrando diferentes formas de compartilhar com o público seu processo de estudos, sonhos e investigações, tanto por meio de instalações e performances, como por uma abertura de processo realizada no Zoom, etc. Dentre essas obras em processo, a Parabólica dos Sonhos, realizada em edições no CCSP (2021) e no TUSP (2023), é uma performance instalativa em que os/as performers coletam os sonhos do público dentro de um espaço imersivo e povoado por diferentes elementos materiais.
Essa ação, que terá uma nova versão ainda em 2024, tem forte conexão com o “Jaguar”. Algumas das materialidades que aparecem na “Parabólica” se desdobraram na instalação criada para o espetáculo “Um Jaguar por Noite” e deixaram seus rastros: colchões infláveis, confetes, vasos de vidro, vestimentas de tecido, fósforos, etc; – bem como a gravação das vozes dos atores e atrizes que ocorre ao longo da peça. No entanto, diferente do que ocorre na performance, uma dramaturgia foi desenvolvida especialmente para a peça, numa parceria entre o grupo e Tadeu Renato.
O coletivo considera interessante essa forma “aberta” como se deu toda a pesquisa, permitindo ao público acompanhar as diferentes etapas de criação do processo. Porém, diferente daquele caráter performático e aberto para a participação do público, a peça possui características mais “fechadas” de um espetáculo teatral embora o caráter visual e sensorial tenham sido mantidos.
Imagem colorida do chão de um palco teatral. à frente, ele está coberto com confetes coloridos e, ao fundo, observamos duas mãos humanas jogando os confetes.

Espetáculo ‘Um jaguar por noite’ | Imagem – Helena Wolfeson | #AdnoTextoAlternativo #4ParedeParaTodes

No espetáculo Um jaguar por noite, vocês partiram de cosmologias de povos originários para abordar a relação com os sonhos. Como foi o encontro entre esses universos no processo de criação do espetáculo?

Após quatro anos de pesquisas a partir de conversas com antropólogas, antropólogos, pajés e lideranças indígenas, assim como investigações práticas na sala de ensaio, o coletivo 28 Patas Furiosas compreendeu que, para alguns povos ameríndios, o sonho é incorporado como uma ação que incide sobre a realidade das aldeias, podendo ser revertido em cura ou até mesmo na transformação da organização social e política daquela comunidade.
O grupo se aproximou das cosmologias dos povos Xavante, Kamayurá, Guarani e Yanomami para discutir como o ato de compartilhar sonhos pode ser capaz de coletivizar a experiência dos sonhos, e, ao mesmo tempo, como sonhar pode ser uma forma de transitar entre mundos, percorrer caminhos, extrapolar geografias, criar mitos, deslocar-se e alterar-se.
Ao mesmo tempo, ao longo da pesquisa, o grupo se deparou com o livro “O Oráculo da Noite”, do neurocientista Sidarta Ribeiro, a partir do qual foi compreendendo que um dos males da nossa sociedade ocidental é ir, gradualmente, descartando a importância do sono (em prol do trabalho e da produtividade, ou por problemas crônicos que surgem em decorrência do excesso de trabalho e produtividade), a ponto de mal conseguir sonhar e/ou se lembrar dos sonhos.
Sidarta observa que estamos desconectados  de uma coletividade, enfrentando sérios prejuízos cognitivos e sociais por conta da falta de sono. A partir daí, passamos a nos questionar sobre como abordar uma tecnologia ameríndia dos sonhos uma vez que ela está muito distante da nossa sociedade. Optamos, então, por trazer para a peça num primeiro momento, a própria discussão sobre as dificuldades que enfrentamos para dormir e sonhar na atualidade. Em um segundo momento apenas, é que a encenação mergulha em um universo mais onírico.

Além dos espetáculos, o grupo também realiza atividades como festivais, oficinas, residências artísticas etc., o que os coloca em contato com diversos trabalhos de outros artistas. Como esses espaços de encontro têm ampliado o repertório e diversificado as conexões do grupo?

A sede do coletivo 28 Patas Furiosas, o Espaço 28, localizada no Bom Retiro, é um espaço voltado para o treinamento e criação dos espetáculos do grupo, bem como para a realização de ações que envolvem demais artistas e coletivos, não apenas do teatro, mas das diferentes linguagens artísticas e, por vezes, de outras áreas também. A trajetória artística do 28 Patas Furiosas é indissociável dos projetos multidisciplinares que acontecem no Espaço 28 e para o grupo, fomentar atividades pedagógicas, receber residências de outros artistas ou mesmo realizar festivais, é fundamental para criar interlocução com outros criadores e com o público.
Nesse sentido, o grupo realiza, desde 2018, o mOno_festival – festival de solos em diferentes linguagens artísticas, no qual fomenta a produção e fruição de solos na atualidade. Esse festival já contou com duas edições e foi integralmente adaptado para o formato online durante a crise da pandemia da Covid-19.Outra ação que o grupo desenvolve há alguns anos é o Anexo 28_ Núcleos de Experiências Artísticas.
Neste, o grupo oferece formações em diferentes áreas, ministradas pelos integrantes do grupo. No Anexo muitas pessoas novas puderam entrar em contato com a pesquisa do 28 Patas Furiosas, do mesmo modo que o grupo entrou em contato com muitas pessoas com afinidades de pesquisa. O Anexo 28 representa o interesse do coletivo por desenvolver e dar continuidade às suas ações pedagógicas, bem como o compromisso com a formação de espectadores para o teatro.
Cientes dos desafios em se conseguir um local para ensaiar e se apresentar em São Paulo, desde a inauguração do Espaço 28, em 2013, o grupo acha fundamental receber pessoas que precisem e queiram utilizar o espaço para suas pesquisas. Assim, o grupo vem realizando as Residências Artísticas, na qual criadores(as) ocupam o Espaço 28 por um determinado período para ensaiar e finalizar suas pesquisas artísticas. Deste modo, o grupo também realiza trocas com esses e essas artistas ao longo de suas residências. Foi assim que o grupo convidou uma das performers presentes em “Parabólica dos Sonhos”, por exemplo (Guma).
Esse conjunto de ações constituem o coletivo 28 Patas Furiosas em consonância com suas criações artísticas, uma vez que inaugura novos diálogos, fomenta artistas de diversas linguagens e socializa o uso do Espaço 28 e de seus recursos financeiros.

Serviço

Um Jaguar por Noite
Classificação etária: Livre.

Duração: 90 minutos

TUSP | CENTRO MARIANTONIA | Sala Multiúso

Data: 17 de maio a 9 de junho, às sextas e sábados, às 21h, e, aos domingos, às 18h

Endereço: R. Maria Antônia, 258/294

Ingresso: grátis | Retirada de ingresso na bilheteria com 1h de antecedência

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Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
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A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

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Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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