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Crítica – vaga-lumes | Carta para a pintora da dança Dani Guimarães

Por 4 Parede
29 de abril de 2025
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Por Edileine Bonachela

 

Recife,16 de outubro de 2024

Querida Dani Guimarães, 

Ao assistir ao filme vaga-lumes (2018, como é bom apreciar e aprender com o que você traz de melhor, que é a sua capacidade de transformar o visível e revelar o invisível existente no corpo e nas imagens insurgentes. Você realiza tudo isso em tempo real! Esse tempo que é capturado e transmutado pelas imagens que vão contar muitas histórias a partir de uma história, ou será o contrário? ainda não sei…

A sua sensibilidade se revela nas escolhas dos planos que engrandecem o que se espera materializar do mundo retratado das suas obras. O que resulta no esperado das suas direções sempre brilhantes em comunhão com as equipes.

Seu filme Vagalumes é um longa metragem de 1 hora e 9 minutos e ao qual me atrevo a comentar agora. Você o exibiu lá na Mini Residência Criação Fílmica, promovido pelo Festival de Dança do Recife (2024), no qual espero que nos encontremos novamente em breve. Nesta oportunidade, você me revelou que este filme demorou 3 anos para ficar pronto e finalmente estreou em 2018. 

Ao me deparar com Vaga-lumes, percebi que ele dialoga sobre a resistência para existir em sobrevivências. O filme aborda travessias, desafios. Seus aventureiros personagens partem de Minas Gerais / Brasil, para Sagres / Portugal, através da imensidão do mar, em um barco instável onde o tempo flutua. Uma linda forma poética de retratar a vida, que também retrata a vida de quem produz dança e cinema com muita resistência para conseguir estrear uma obra tão trabalhosa. É um bom momento para se usar o clichê “a arte imita a vida”, e a vida nem sempre é fácil.

No início do seu filme, sofri um encantamento pelas luzes, que continuam a encantar durante todo o longa, entre as frestas de tantos ambientes diferentes. Ora, me senti guiada pelas luzes entre as árvores imensas; e, em outros momentos, pelo caminhar dos personagens no chão da floresta, nas águas e pela linda cachoeira. Tornei-me um vagalume por um momento, esse ser mágico, incrível, de luz própria.  

Estou com muita saudades das suas técnicas de improvisação potentes e que guiam o processo de construção dos seus trabalhos. Conhecendo-a, fiquei imaginando como você dirigiu os bailarinos do filme Vaga-lumes em tempo real: Pega o giz e contorna seu pé na mesa. Permaneçam todos deitados enquanto apenas uma pessoa dança… E, por mais que as cenas tenham sido repetidas e conhecendo a importância do processo da improvisação na sua vida, sei o quanto o filme tem de você e dos bailarines que transitam na criação.

Seus personagens jogam Tarô por um dos momentos tensos da viagem. E eu me pergunto que quem não gosta de Tarô na vida real, talvez esteja mentindo, mas as cartas não mentem nem mesmo no seu filme. E uma carta escolhida revela a seguinte frase: “Todo fim é contemporâneo de todo começo”. Esta carta parece anunciar o encaminhamento do final do filme, que mais uma vez imita a vida.

Uma tempestade afundou o barco e todos aqueles que antes estavam à deriva estão agora náufragos. Tragédias…Neste momento, não pude deixar de me lembrar de sentir como e quantas vezes já estive à deriva, perdida na imensidão de uma praia diante do mar. É um filme com o qual todes podem se identificar. 

As imagens de drone são um espetáculo. E imagens de um anoitecer e em seguida um amanhecer e mais águas a correr mundo e a correr vidas, e montanhas a serem escaladas. Todos os 7 tripulantes sobrevivem a essa longa jornada e o sol se põe mais uma vez.

Que filme incrível, Daniela! Muito poético e de imagens lindas e plásticas.

A tragédia e a superação da vida, pulsando e nos desafiando, são o retrato da alma do improvisador. A cara do criador do universo que nos deu o livre arbítrio para escolhermos o que quisermos fazer pelos caminhos incertos.

Mas tudo isso  só é possível porque você é uma estudiosa da improvisação desde a adolescência até realizar as residências artísticas com Westmore Farm, Lisa Nelson e Steve Paxton e realizar sua tese de doutorado Corpolumem: Poéticas de (Re)Invenções no corpo na interação Dança e Cinema e sua dissertação Dramaturgias em Tempo Presente.

 

Aplausos, gratidão e um até breve,

Edileine

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Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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