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Home›.Tudo›Crítica – Estudo nº 1 – Morte e Vida | Todos Severinos

Crítica – Estudo nº 1 – Morte e Vida | Todos Severinos

Por 4 Parede
7 de junho de 2023
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Imagem – Vitor Pessoa

Por Maria Pepe

Atriz e Graduada em Letras (UFPE)

Como todo movimento literário, o Regionalismo surge para suprir uma demanda da época. A era industrial irrompe fortemente impregnada de um discurso político, e os romances de 30 aparecem enquanto ferramenta literária capaz de traçar discussões acerca de seu tempo presente. O Regionalismo, historicamente denominado desde A Bagaceira, de José Américo de Almeida, publicado em 1928, é apenas catalogação histórica. O movimento que abarca o pré-modernismo desde Lobato e Lima Barreto até os Andrade (e hoje em dia!) surge como um reflexo deste novo Brasil  que se forma com a Revolução de 30, pondo fim à República Velha. É o cenário da urbanização, onde

no sul, a Armour marcava o fim das charqueadas e no norte as modernas usinas eliminavam o engenho. As zonas industriais e as cidades cresciam e suas imediações passavam a produzir alimentos para abastecer estes grandes aglomerados humanos. O café, elemento-chave da velha ordem econômico-política, perdia importância. (DACANAL, 1986, p. 16)

 E hoje em dia, como entendemos a urbanização no século XXI?

Neste cenário pós-modernista, o teatro do grupo MAGILUTH surge como a ferramenta teatral capaz de discutir sobre o tempo presente, entre a tríade passado, presente e futuro, filosofando acerca da injustiça social que ultrapassa qualquer temporalidade histórica.

É essa a reflexão que o MAGILUTH propõe em sua peça Estudo nº 1: Morte e Vida, linkando o poeta João Cabral de Melo Neto, mais especificamente o seu livro Morte e Vida Severina, com a realidade contemporânea, através de uma peça-palestra. Uma peça-palestra é uma forma teatral que combina elementos de uma palestra ou conferência com elementos de uma peça de teatro. É uma abordagem na qual os atores apresentam informações, discutem ideias ou compartilham conhecimentos com o público de maneira interativa e teatral. Essas peças geralmente têm um tom mais informal e participativo, permitindo que os atores se comuniquem diretamente com a plateia, estimulando o diálogo e a reflexão.

Na peça-palestra, os atores podem desempenhar papéis de personagens fictícios ou até mesmo de si mesmos, combinando elementos dramáticos e discursivos para transmitir uma mensagem específica. Essa forma teatral pode ser usada para abordar questões sociais, políticas, filosóficas ou educacionais, fornecendo ao público uma experiência que combina entretenimento e aprendizado.

O livro de João Cabral, por sua vez, retrata a história de Severino, que, num movimento de emigração, deixa o sertão e parte para o litoral, em busca de melhores condições de vida.

A história de Severino é o ciclo que repete-se incessantemente até hoje. Ainda há o movimento de migração, mas não apenas isso: a realidade palpável é ainda a da injustiça social.

Os romances regionalistas, em sua narrativa, se atêm à verossimilhança, onde tudo “o que é narrado é verossímil, é semelhante à verdade” (DACANAL, 1986, p. 13).  É  exatamente este ponto que o MAGILUTH irá explorar, trazendo a realidade de Severino não apenas como um estudo para os atores, mas entendendo a injustiça como protagonista de uma história que não se limita à temporalidade histórica ou geográfica.

Estudo nº 1. Morte e Vida também é uma pesquisa sobre a identidade dos atores. A injustiça também é o que acontece no Kiribati. Severino também é sobre mim, sobre você, sobre Thiago Dias, entregador de aplicativo, que trabalhava 12 horas por dia e morreu durante uma entrega, aos 33 anos, de um AVC. É sobre a banda Devotos, cujos direitos e lucros de seu próprio disco estão reservados à gravadora Sony Music, que em 2004 comprou a BMG.

É sobre isso. Essa frase que Mário Sérgio Cabral enfatiza que tanto detesta, mas que mais sintetiza a essência do tema do poema de João Cabral.

Assim como a injustiça, a morte é uma protagonista que se faz bastante presente na peça-palestra. É na insistência da Vida que Severino enxerga ser a única maneira de vencer a Morte, que a ninguém poupa.

 Estudo nº 1, encenada no dia 16 de maio, no Teatro Hermilo Borba Filho, em Recife, com direção de Luiz Fernando Marques (Lubi), inicia-se evidenciando a essência do MAGILUTH: de forma fragmentada e polifônica, num caos organizado, os atores posicionam-se entre microfones e uma superfície que reflete imagens da internet, através de um projetor. O livro é apenas um disparador para o grupo, que entremeia seu estudo com outros poemas do autor, como O Rio e O cão sem plumas.

Em dado momento, a imagem do ator Erivaldo Oliveira surge no telão, como se estivesse fazendo uma ligação para os amigos. É interessante pensar que o estudo, ao trazer a verdade em tantas camadas, também não omite a presença verdadeira dos atores, com nomes e sobrenomes verdadeiros, sem a máscara de personagens fictícios. É interessante, também, a fala de Erivaldo, que insiste que a peça deveria começar na rua, onde ele está, no Rio Capibaribe, e não numa caixa preta, como o teatro em que estamos.

É nesse momento que ele decide mergulhar no rio, e vemos em nossa frente a referência ao Severino do poema, que pensa em suicídio jogando-se no mesmo Rio Capibaribe, mas é contido pelo carpinteiro José, assim como Erivaldo é contido pelo seu grupo de amigos. O momento de renovação da vida de Severino entrelaça-se com a renovação de Erivaldo, e a frase de Severino ecoa em nossas mentes: somos muitos Severinos/iguais em tudo na vida:/na mesma cabeça grande/que a custo é que se equilibra.

Dessa forma, a peça nos leva à inevitável reflexão: não somos nós, atores nordestinos, todos Severinos, quando pensamos em migrar do Nordeste para o Sudeste, em busca de melhores oportunidades de carreira, de uma nova vida?

A palavra também incorpora o sentido de destino, que pode ser interpretado como identidade. E é nessa busca por identidade que o ator Bruno Parmera se encontra imerso, conduzindo diversas pesquisas no banco de imagens do maior mecanismo de busca da internet. Ele busca encontrar a si mesmo através dos adjetivos homem, nordestino, pernambucano, magro, gay, artista. No entanto, a realidade é que ele se depara com imagens que representam apenas uma caricatura de sua descrição, denotando a impossibilidade de encontrar sua própria identidade em um mundo contemporâneo excepcionalmente fragmentado.

No contexto da peça, todos os atores estão vestidos de jeans, remetendo à Toritama. Essa cidade é mencionada no poema de João Cabral como o local onde um corpo está sendo levado para ser enterrado. Além disso, Toritama é conhecida por sua extensa produção de jeans, tornando-se um cenário que reflete a exploração capitalista vigente.

Em determinado momento da encenação, a peça perde o tom de palestra e, diante dos nossos olhos, cria-se uma cena mediada por Giordano Castro. Nesse momento, dois lados em conflito, representados por Mário Sérgio e Bruno Parmera, são desafiados a selarem um acordo. Esse confronto entre os personagens revela a lógica capitalista e a lógica da guerra, onde propostas de genocídio são apresentadas em detrimento da ética e da busca pelo poder.

Assim, a peça transcende os limites da mera palestra, mergulhando em uma narrativa teatral que mescla elementos da realidade contemporânea, reflexões sobre identidade e críticas sociais. O MAGILUTH utiliza sua linguagem metateatral característica para explorar esses temas, construindo um panorama multifacetado do mundo em que vivemos.

Com uma dinâmica inicial em que cada ator propõe um início, a construção da peça revela um iminente fim que parece ser apenas uma resposta natural, desprovido da possibilidade de ter seu destino moldado. O fluxo narrativo se desenvolve em um contexto em que o desfecho se apresenta como uma inevitabilidade, destituído da capacidade de ser influenciado ou modificado.

Dessa maneira, ao encerrar a peça com um corpo estendido no chão, simbolizando Thiago Silva, mais um Severino, somos impactados pela cena que aparenta normalidade em nosso cotidiano. Nesse momento, o sonho de autonomia do trabalhador urbano se choca com a exploração capitalista, a esperança de vida confronta-se com a iminente morte, desafiando uma utopia em que “a desordem reina no mundo e é preciso consertá-lo através da ação dos indivíduos ou dos grupos sociais interessados” (DACANAL, 1986, p. 15).

A verdade trazida pelo MAGILUTH é cirúrgica, evidenciando um desfecho com uma solução que não se revela fácil aos olhos daqueles que lutam pela quebra dessa estrutura. Nesse sentido, a peça emana referências de Rousseau e Marx, no que se refere à opressão, desigualdade e busca por mudança social, seguindo uma tradição de pensamento crítico e questionamento das estruturas injustas da sociedade, mas isso ainda diz pouco sobre a obra.

Para escutar o episódio do podcast Jardim Elétrico com a participação de Mário Sérgio Cabral, do Magiluth, acesse AQUI.

 

Referência bibliográfica

DACANAL, J. H. O Romance de 30. Porto Alegre, Mercado Aberto: 1986.

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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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