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Home›.Tudo›O estado mais vulnerável | Entrevista – Aline Bourseau

O estado mais vulnerável | Entrevista – Aline Bourseau

Por 4 Parede
26 de junho de 2024
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Imagem – Divulgação

Até 30 de junho, o Teatro Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, recebe a temporada do espetáculo Improvisações Selvagens, de autoria e direção de Aline Bourseau, com sessões nos domingos, às 17h. Trata-se de um espetáculo de improvisação teatral long form, onde parte-se da premissa que, em algum momento, rompe-se a linha que separa o humano do racional e passa o limite desse civilizado. O elenco reune, além da própria Aline, os atores e atrizes Gil Guigon, Lucas Rocha, Mônica Marli, Sérgio Eng e Tâmara Sender em um espetáculo que aborda a desconstrução de padrões de comportamentos.

Para saber mais sobre os processos de criação, a atriz e diretora Aline Bourseau conversou com o co-editor-chefe do Quarta Parede, Márcio Andrade.

Antes de tudo, poderia falar um pouco sobre seu encontro com a improvisação e como foi se dando a formação desse grupo?

Bom, sou atriz formada desde 1999. Antes do teatro, minha primeira formação foi com dança. Contextualizo isso porque a “improvisação” faz parte do processo criativo, e essa palavra sempre me acompanhou. Mas foi em 2001, em uma viagem à Argentina, que conheci a improvisação como linguagem artística em um espetáculo de teatro esporte.

Encantei-me e, desde 2001, estudo, pesquiso e trabalho com improvisação em suas três vertentes: como metodologia de processos criativos e desenvolvimento cognitivo, como linguagem e gênero de teatro, e como técnica de criação. Fui sócia e diretora da Cia de Teatro Contemporâneo durante 20 anos. Dentro da CTC, desenvolvi projetos específicos de improvisação, como é o caso do Festival Carioca de Improvisação, realizado anualmente há 18 anos. Pude inserir a improvisação como matéria no currículo de formação da escola. 

Desde 2004, venho participando como atriz, diretora, improvisadora e ministrando oficinas em diversos festivais internacionais na Argentina, Chile, Peru e Chicago. Participei como convidada do simpósio ATHE (Associação de Teatro no Ensino Superior), sediado em Nova Iorque e Canadá, na edição de 2021, com o tema: a improvisação feminina e o que foi revolucionário no formato Impro em Feminino Brasil. 

Dessa forma, pude estudar e trabalhar com grandes mestres da improvisação mundial, como Amy Roeder (Second City – EUA), Omar Galván (Espanha), Bobbi Block (Tongue & Groove – EUA), Sergio Paris (Ketó – Peru), Jorge Rueda (ImproMadrid – Espanha), Frank Totino (LooseMoose – Canadá), Kevin Mullaney (Second City), Laura Hall (De Quem é a Linha, Afinal?), Susan Messing (Second City), Rachel Mason (Second City), Shaw Kinley (Loose Moose – Canadá), José Luis Saldaña (México). 

Em 2017, tive um período maior no Canadá e fui aluna do mestre Keith Johnstone em Calgary (Canadá). Este foi um dos momentos mais importantes para mim nessa área. Acredito que a improvisação faz parte da construção da minha subjetividade como pessoa e como artista.

Quais foram as inspirações iniciais para criar o espetáculo “Improvisações Selvagens”?

Improvisações Selvagens é um espetáculo de improvisação teatral long form, em que partimos da premissa de que, em algum momento, rompemos a linha que nos separa do racional, do controlado, e passamos o limite do civilizado, do socialmente adequado e dos códigos sociais de bom comportamento. Às vezes, o nosso “selvagem” escapole. 

Então, é um espetáculo que traz à tona esse transbordamento — em algum momento, extrapolamos e cruzamos a fronteira do educado e controlado, e nos mostramos imperfeitos, exibindo um lugar vulnerável, mas também intenso e sensível. Dessa forma, vamos nos desconstruindo e, muitas vezes, nos sentimos exaustos e até destruídos. 

Ao mesmo tempo, o espetáculo nos permite experimentar esse lugar da vulnerabilidade de forma intensa, e isso é o que nos conecta. Porque a demanda pela perfeição é muito manipuladora e, de repente, nos vemos reféns disso. Muitas vezes, essa perfeição nem nos pertence. Não somos perfeitos, a perfeição é artificial, um lugar inatingível, de insegurança, e também muito chato, que não permite erros. E por isso ela nos distancia uns dos outros. O que nos conecta é o estado mais vulnerável.

No ano passado, a vontade de experimentar esse lugar intenso e absurdo, muitas vezes fora do padrão, desproporcional, caótico, às vezes bárbaro, através de uma emoção extrema, fez muito sentido para mim.

Então, convidei pessoas com quem amo trabalhar, amigas e grandes improvisadoras. Mas, principalmente, pessoas que se gostam, que gostam de improvisar juntas — afinal, sempre é uma escolha afetiva —, e formamos um elenco muito conectado, intenso, cuidadoso e disponível para a investigação que se anunciava. Ainda não tínhamos o conceito, mas tínhamos as premissas. Acho que começou daí, das premissas, que levaram ao conceito e só depois à estrutura.

Bom, se alguém já fez um link com o filme argentino Relatos Selvagens, acertou, porque o ponto inicial de inspiração foi esse filme. Assim que o vi, há muito tempo, já que o filme é de 2014, senti algo que me fez conectar com a improvisação, no sentido de dinâmica de cena, onde as coisas começam pequenas e triviais, mas o problema vai aparecendo e crescendo, tomando um rumo absurdo e chegando a proporções gigantescas e inimagináveis — isso eu achei inspirador.

imagem colorida de um palco. Nele, estão reunidos oito pessosas (cinco homens e três mulheres. Quatro deles estão em pé e situados atrás dos outros quatro. Todos vestem roupas bastante distintas entre si, com visuais contemporâneos.

Espetáculo ‘Improvisação Selvagens’ | Imagem – Divulgação | #ADnoTextoAlternativo #4ParedeParaTodes

Você pode nos contar um pouco mais sobre o processo criativo junto com os outros integrantes e como ele evoluiu ao longo do tempo?

Quando começamos a trabalhar cenas a partir das premissas, encontramos os desafios e as descobertas de um novo tipo de improvisação: 

Primeiro, essa coisa de que em algum momento dentro da cena identificamos o gatilho ou disparador e apostamos nele, deixando que ele cresça sem perder força. Então, a partir de um ponto, não há pausas, não recuamos mais. Isso foi um desafio e exigiu bastante prática. Desenvolver um tipo de improvisação que nunca tínhamos experimentado antes, onde em algum momento, na cena dramática, não há mais altos e baixos. Nesse momento, a gente sobe uma montanha e vai. Não recuamos, só crescemos. E isso foi aprendido e desenvolvido nesse projeto.

Outra coisa foi acessarmos os lugares mais sensíveis, ou ainda mais estranhos, tolhidos, reprimidos, ou não tão sexy, engraçados ou magníficos, como, por exemplo, uma perversão, um tesão, ou uma profunda tristeza. Fomos curiosos no processo de ensaio, porque algumas emoções não foram fáceis de identificar ou acessar, já que sempre foram tolhidas ou educadamente reprimidas; somos educados a controlar nossa raiva, nossa tristeza, nossos excessos — esses são lugares não desejados na vida, lugares a serem escondidos e nunca mostrados.

A partir daí, o conceito foi aparecendo; no auge da intensidade, a gente foi se encontrando meio acabado, exausto, frágil, exposto, e também descabelado, com a roupa amassada ou rasgada, a maquiagem borrada, etc. Então, essa ideia de desconstrução começou a ficar mais forte. Desistimos de ser sempre bonitos e sensuais, e nos apresentamos meio destruídos… e assim compreendemos que essa era a nossa estética. E todos nós cada vez mais envolvidos com esse processo de desenvolvimento do formato. Todos muito empenhados e disponíveis. E só por isso o Improvisações Selvagens aconteceu!

Quando foi a hora de estruturarmos o espetáculo, vimos a necessidade de termos uma cena de fechamento após a cena clímax. Então, a título de desafio, escolhi fazer a cena A seguida da cena B de cada história. Isso foi também desafiador, porque na cena A já chegamos ao ápice, e há uma transição que carinhosamente apelidamos de “freak” e logo vem a cena B como um complemento da história daquela cena. Podendo ser um desfecho ou um flashback.

Outra coisa desafiadora é que falamos de uma irracionalidade, mas ao mesmo tempo trabalhamos essa irracionalidade, pensamos racionalmente sobre esse lugar que escapole ao controle da razão. É um paradoxo. Mais uma coisa que acho muito importante nesse caminho de descoberta é o caos, que é uma possibilidade incrível e potente. Começamos a entender o caos como estética e como linguagem e, assim, aprendemos a improvisar nele, com uma capacidade incrivelmente potente de escuta e cumplicidade. Enfim, abraçamos e aproveitamos o caos, ou o caos já não nos assusta.

Assim que encontramos essa linguagem e essa estética, tudo ficou muito inspirador e a música e a luz acompanharam. Temos uma trilha própria que é maravilhosa, e até música que só a plateia escuta durante a cena, não os atores em cena, ou seja, o ambiente também vai sendo criado junto na hora, assim como as luzes.

Imagem colorida de um palco iluminado por uma luz alaranjada. Nele, estão reunidas oito pessoas (cinco homens e três mulheres. Todos estão estão com posições distintas (uns sentados; outros, em pé) e fazendo expressões corporais e faciais bastante intensas. Alguns parecem gritar; outros, se contorcem; outros, asfixiam outras pessoas.

Espetáculo ‘Improvisação Selvagens’ | Imagem – Divulgação | #ADnoTextoAlternativo #4ParedeParaTodes

A ideia de ‘selvageria’ transparece nos diálogos em torno do espetáculo. Como você vê o diálogo do espetáculo com as demandas pela perfeição na sociedade?

Puxa, essa pergunta é difícil de responder, mas extremamente interessante e desafiadora. Num primeiro momento, está tudo ali: podemos falar coisas intensas, absurdas e cruéis, é exatamente a barreira do razoável que rompemos. Podemos ser imperfeitos e perversos. Mas não sabemos como o “selvagem” se manifestará em uma determinada cena. 

Ou seja, às vezes conta mais a situação do que o texto. A demanda pela perfeição é muito manipuladora e, de repente, nos vemos reféns disso. O que acontece é que, muitas vezes, essa perfeição nem nos pertence. Não somos perfeitos, a perfeição é artificial, um lugar inatingível, de insegurança, e também muito chato, que não permite erros. 

E por isso ela nos distancia uns dos outros. O que nos conecta é o estado mais vulnerável. É justamente aí, nesse “perder a linha”, que o espetáculo conecta todo mundo, tanto o público quanto o elenco e isso é lindo e revigorante.

De que forma a ideia de ‘perder a linha’ contribui para a conexão entre o elenco e o público durante as apresentações?

O  espetáculo, apesar de selvagem, é muito cuidadoso, somos muito cuidadosos uns com os outros no sentido de sabermos aonde podemos ir com cada um de nós e o que cada um de nós quer. Isso nos permite uma conexão muito especial e uma cumplicidade gigante!

Mas entre o elenco e o público, acho que somos muito acolhidos! Acho que nos expomos no lado B e as vezes é o que todos nós queremos, essa chance de ser o lado B,  e aí tem um mistura de sentimentos, como admiração, libertação, mas também, pena, compaixão… Enfim, acho que nos conectamos pela entrega, intensidade e vulnerabilidade.

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A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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