PodCast 4ª Parede #01 – Teatro Domiciliar
Em 2014, a cidade do Recife viu um movimento pouco usual: uma série de grupos e coletivos passaram a realizar espetáculos de pessoas comuns. Por vezes, nas casas dos próprios artistas; outras, na casa de pessoas convidadas a receber a obra em sua sala de estar…
Com estratégias de divulgação que se valeram das redes sociais, estas obras ganharam um público mais cativo, próximo, quase tão familiar como a proposta de fazer teatro fora no espaço de intimidade de uma residência. Alguns destes espetáculos foram Deixa Ser Eu, da Hazzô (confira o TEASER); Na Beira, O Caso Laramie, Complexo de Cumbuca e SoloDiva, da Teatro de Fronteira (confira o TEASER); Acontece Enquanto Você Não Quer Ver, da Três de Copas (confira o TEASER); o projeto Teatro de Quinta, da Cia Maravilhas, etc.
Ao mesmo tempo funcionando como nova experimentação estética para os artistas e para o público, este movimento foi noticiado em revistas e jornais, gerando, inclusive, uma mostra específica no 21º Janeiro de Grandes Espetáculos – a Mostra Teatro em Casa – e algumas perguntas: o que existe de estética e política neste trajeto do palco para a casa? o que podemos chamar de teatro domiciliar? seria ele uma resposta ao sucateamento dos nossos teatros?
Para debater esse tema, convidamos dois representantes deste movimento:
Márcia Cruz
Atriz e Arte-Educadora que coordena a Cia Maravilhas e dirige o projeto Teatro de Quinta da CASA 17.
Rodrigo Dourado
Professor da Licenciatura em Teatro da Universidade Federal de Pernambuco. Doutor em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia. Coordenador e Diretor no grupo Teatro de Fronteira.