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Home›.Tudo›#10 Palavra, Imagem e Movimento | Corpos e Fagulhas em Imagens Musicais

#10 Palavra, Imagem e Movimento | Corpos e Fagulhas em Imagens Musicais

Por 4 Parede
15 de julho de 2018
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Imagem – Eliene Lago | Arte – Rodrigo Sarmento

‘Ao desenvolver essa antropofagia com a cultura pop como um ponto de partida para subvertê-la, nos interessa dar corpo aos nossos desejos poéticos para pensar outros tipos de cena e indicar possibilidades de uma existência aberta à improvisação’. Como as imagens afetam não somente nossos corpos, mas também de outras pessoas ou de uma população inteira? Continuando nosso dossiê Palavra, Imagem e Movimento, nosso editor-chefe, Márcio Andrade, entrevistou os artistas Jorge Alencar e Neto Machado, cujas obras mesclam teatro, dança com a cultura pop e linguagens como música, videoclipe e redes sociais.

Os bailarinos e atores Jorge Alencar e Neto Machado compõem a Dimenti Produções Culturais, ambiente de criação artística e de produção cultural que articula campos como dança, teatro, cinema, audiovisual, curadoria e comunicação. Composta, ainda, pelos artistas-curadores-produtores Ellen Mello, Fábio Osório Monteiro e Leonardo França, a Dimenti é responsável por espetáculos que propunham um diálogo de dramaturgias consideradas ‘clássicas’ – seja a literatura de Machado de Assis, o teatro de Nelson Rodrigues e Shakespeare ou contos de fadas – com a cultura pop e linguagens como música, videoclipe, blogs, redes sociais.

Além dos espetáculos, também produziram curtas (como Miúda e o Guarda-chuva), videodanças (como Sensações Contrárias), longas-metragens (como Pinta), exposições (como Phina) e livros (como Astroneto), que, à sua maneira, exploram também relações com outras artes.

Neto e Jorge, antes de tudo, gostaria que vocês falassem de como nasceram os seus encontros com as artes cênicas e o interesse pela mescla de linguagens.

Jorge Alencar – Aos 12 anos de idade, realizei minhas primeiras apresentações públicas na cantina de escola onde estudava (a extinta Teresa de Lisieux, em salvador – BA), nas quais fazia números musicais, coreografias e imitações de diversas naturezas. Na adolescência, fiz parte de um grupo experimental de artes cênicas na mesma escola, coordenado pelo diretor e coreógrafo mineiro Osvaldo Rosa, no qual tinha uma rotina de trabalho quase profissional que incluía temporadas em teatros da cidade e participação em premiações.

Nesse grupo, trabalhei ainda com o multiartista alemão Harald Weiss e seu ‘teatro de imagens musicais’. Assim, desde o começo, me formei por meio de um intenso trânsito pelos diferentes campos das artes. O Dimenti teve sua primeira semente justamente nessa escola, quando fizemos uma versão piloto de nossa primeira peça, “O Alienista”, a partir do conto homônimo de Machado de Assis. Em 1998, começaria a nossa vida profissional em um circuito de apresentações em escolas da rede pública e particular de Salvador (BA).

Neto Machado – Sou nascido em Curitiba, formado em Teatro pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP) e me mudei para Salvador há nove anos por conta do meu relacionamento com Jorge. Tem uma amiga que me diz ‘Gosto das pessoas que se mudaram por amor porque tem uma ideia de viver a vida com intensidade’ e, de algum modo, acho que isso está implicado em nosso trabalho também.

Na minha adolescência inteira, fiz dança de rua e teatro paralelamente, mas, na graduação, decidi pelo teatro. Depois da faculdade, fiz uma formação em dança contemporânea na França, em uma cidade chamada Montagner. Voltando para o Brasil, iniciei um mestrado em artes cênicas na UFPA, pesquisando sobre obras, cenas e peças que que estão baseadas ou interessadas em falar sobre obras que aconteceram antes delas.

No geral, minha formação é muito híbrida porque me interessa essa ideia de um corpo atravessado por todas essas questões políticas, estéticas e poéticas que apresento nas minhas obras – geralmente, classificadas como teatro, mas consideradas por mim como dança.

Na carreira da Dimenti, vocês aliam projetos de espetáculos e performances à produção de curtas e outros trabalhos ligados ao audiovisual. Queria que vocês falassem um pouco do que interessa vocês pessoal e esteticamente nesses projetos.

JA – Na primeira década de criação do Dimenti, quando éramos um grupo nuclear, nos interessava pensar relações contemporâneas com obras clássicas da literatura, da dramaturgia e da dança para, ao mesmo tempo, beber em suas fontes e questionar suas dimensões canônicas.

Entre 1998 e 2008, desenvolvi junto ao Dimenti os seguintes trabalhos cênicos: O Alienista (1998) a partir do conto homônimo de Machado de Assis; Chá de Cogumelo (1999) sobre os contos de fada tradicionais; A Novela do Murro, cruzamento da obra Dom Casmurro de Machado de Assis com a telenovela brasileira (2001); Tombé (2002), peça interessada em discursos produzidos sobre/pelas artes; Pool Ball (2002) baseado em Hamlet de W. Shakespeare; Chuá (2004), infanto-juvenil feito a partir de O lago dos Cisnes; O Poste, A Mulher o Bambu (2007) e Batata! (2008) atravessados pelo universo de Nelson Rodrigues.

Nesta última década (2008 a 2018), o Dimenti deixou de ser um grupo para organizar-se como um ambiente de criação e produtora cultural e as questões que movem nossas criações não têm passado necessariamente por obras clássicas. Cada trabalho se engaja em algum assunto/matéria/problema específico e é também configurado em uma plataforma específica, a exemplo de Pinta, longa-metragem que passa em revista os materiais artísticos e universos estéticos gerados nos 15 primeiros anos do Dimenti.

Desde 2012, trabalho ao lado do artista Neto Machado, companheiro de vida e arte, com quem venho criando trabalhos como: Desastro (peça de dança), souvenir (peça de quintal), um corpo que causa (performance-cabaret), Honestidade Artística (oficina), Astroneto – dança no espaço (livro infantil) e Biblioteca de Dança (instalação coreográfica). Atualmente, a equipe gestora do Dimenti é formada por mim, Neto Machado, Ellen Mello, Fábio Osório Monteiro e Leonardo França junto a uma equipe com outras duas produtoras, uma jornalista e uma contadora. 

NM – Entrei na Dimenti há quase 10 anos, mas eu não peguei essa primeira fase, onde essas obras, especificamente baseadas em clássicos, como O Alienista ou Shakespeare e etc. Mas algo interessante é que, mesmo que eu não estivesse nessa fase de criação, essa ideia de antropofagia da cultura pop me pega de pronto.

Sou muito interessado por pensar obras contemporâneas que desenvolvem essa antropofagia com a cultura pop como um ponto de partida para subvertê-la e provocar um passeio pelo que também existe de superficial na arte contemporânea, borrando um pouco o tabu de separação entre as obras que pertencem aos museus e ao que chamamos de cultura pop.

Além dos espetáculos, vocês produzem curtas, videodanças, longas-metragens, exposições e livros, que também exploram relações com outras artes. Como as relações de vocês com teatro e dança influenciam nesses outros trabalhos?

JA – Os nossos trabalhos têm sido motivados tanto pela vontade de mergulhar em algum campo artístico, penetrando em suas lógicas – como tem sido com o audiovisual -, como pelo desejo de ativar artisticamente um espaço, como no caso das bibliotecas e dos quintais de casas. Em Pinta, propusemos um pensamento coreográfico para compor um discurso fílmico, na Biblioteca de Dança, estudamos os códigos daquele espaço para fazer deles parâmetros performativos.

NM – Acabamos de produzir o Astroneto, um livro que funciona como exemplo do nosso interesse por pensar um mundo como cena ou performance, como possibilidade de performar mundos que gostaríamos que tomassem corpo – assim como os curtas, as videodanças, as exposições etc.

Nossas tentativas de dar corpo aos nossos desejos poéticos/estéticos/políticos atravessam essas plataformas, que viram um lugar para pensar outros tipos de cena. Em Astroneto, nós desejamos coreografar a criança e o adulto que, ao ler o livro, vai abrir, desdobrar, folhear o papel e se relacionar com essas ilustrações. Ao pensar o livro como uma partitura coreográfica, indicamos possibilidades de uma existência aberta à improvisação da criança.

Além desses projetos de criação, vocês trabalham com essa mescla de linguagens outros projetos ligados à formação e aos encontros com o público e outros artistas, como Biblioteca de Dança e IC – Encontros de Artes. Como os encontros com esses outros artistas vem influenciando nas criações de vocês?

JA – Além das criações das obras, temos dinamizado contextos de troca entre artistas como o IC – Encontro de Artes, realizado em Salvador (BA) desde 2006 enquanto uma plataforma das artes contemporâneas que estimula o contato de artistas nacionais e internacionais, fortalecendo redes de intercâmbio e aprendizado. O Encontro tem abrigado amplos fazeres dos diversos campos da arte – dança, cinema, artes visuais, teatro, escrita -, experimentando novos parâmetros de curadoria e programação.

IC é sigla para “interação e conectividade”, dois princípios que têm favorecido a criação artística, a reflexão teórico-crítica, a difusão de obras e as trocas artístico-pedagógicas. O Encontro realiza: mostras artísticas, co-produção de obras inéditas, publicação de escritas críticas e performativas, debates, residências artísticas, ações de engajamento de públicos para a arte contemporânea, shows/performances musicais, produção de conteúdo para TV e Web, entre outras ações.

NM – Cada tipo de corpo e cada tipo de pessoa tem suas especificidades. O que desejamos, além de criar trabalhos em que consigamos trabalhar entre a gente e com nossas lógicas de existência de mundo, é colaborar com outras lógicas, em que todo mundo aprenda com isso. Quando convidamos outras pessoas para esses trabalhos, estamos lidando com outros modos de vida, existência e criação e fazendo surgir outras lógicas de colaboração e convivência.

Na Biblioteca de Dança, criamos uma ‘biblioteca de pessoas’, em que cada livro/pessoa tem capítulos diferentes disponíveis e cada capítulo conta a história de uma peça que essa pessoa viu na vida e que marcou a sua vida por algum motivo especial. Interessa a nós criar uma biblioteca que seja viva, múltipla e com diversos pontos de vistas.

Esse desejo de ver o mundo a partir de outras perspectivas alimenta também o projeto do festival, por acharmos que Salvador, a cidade na qual residimos, precisa de espaço para receber outras produções e fomentar essa co-existência de diferenças.

Olhando para os trabalhos de vocês, percebo que existe uma ludicidade e um desprendimento para a experimentação. Como vocês veem as potencialidades do humor e do lúdico em nos conduzir a formas mais abertas de pensar corpo e imagem?

JA – O humor tem sido um componente muito presente em nossos trabalhos, mesmo quando criamos algo mais denso ou emotivo, como um modo de criar conexões críticas e inusitadas entre os materiais que relacionamos, para produzir novos sentidos, realidades e percepções. Nem sempre pretendendo um efeito diretamente cômico, mas sempre buscando jeitos menos rígidos de investigar e compor nas artes.

NM – Talvez, hoje, as redes sociais sejam menos digitais que o próprio corpo, porque essa produção de imagens e informações já fazem parte da nossa comunicação com o mundo: eu como a partir de indicações do Google, me localizo a partir do Maps e me conecto com as pessoas a partir do Facebook.

Hoje, se parabenizo alguém pelo Facebook, nem sinto mais a necessidade de encontrar a pessoa pessoalmente, pois acredito que meus sentimentos já chegaram onde deviam. Isso é corpo, no sentido de ser um modo de me colocar no mundo. Acredito que não seja possível separar imagem e corpo porque, talvez, tudo isso seja mesmo corpo, como o que já viemos conversando sobre os trabalhos da Dimenti.

Ao entender esse corpo a partir da cultura pop, talvez nosso interesse esteja justamente em pensar como essas coisas afetam não somente meu corpo, mas também de outras pessoas, de uma massa ou de uma população. Como pensar esses afetos? Quais as consequências e possibilidades que nossas relações com as redes sociais provocam ao concentrar interações de tantas pessoas em um só espaço?

TagsDimenti ProduçõesDossiê Palavra Imagem e MovimentoEntrevistaJorge AlencarMárcio AndradeNeto Machado
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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

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Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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