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Home›.Tudo›#13 Negritudes | Vamos falar de pretura

#13 Negritudes | Vamos falar de pretura

Por 4 Parede
22 de novembro de 2018
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Imagem – Nana Moraes

Por Lorenna Rocha

Graduanda em Licenciatura em História (UFPE) e Atriz

Mil nações
Moldaram minha minha cara
Minha voz
Uso pra dizer o que se cala
O meu país
É meu lugar de fala
(O Que se Cala – Elza Soares)

Um telão em forma retangular e uma mesa com um copo de água estão diante dos olhos das espectadoras. No proscenium, um conjunto de microfones e pedestais. Nas extremidades do palco, há uma instalação com um celular e estruturas de iluminação do lado direito e do outro está o musicista, Felipe Storino, que assume, com instrumentos e mesa de som, a trilha do espetáculo que se faz em camadas distintas de preto. E de branco também. Afinal, como falar de pretura, expressão evocada pela atriz Grace Passô, sem colocar na roda a branquitude que nos inventou e nos impõe cada pensamento, passo e imagem? Com Cássia Damasceno, Felipe Soares, Grace Passô, Nadja Naira, Renata Sorrah e Rodrigo Bolzan, a apresentação de PRETO, da companhia brasileira de teatro, formou ecos no Teatro de Santa Isabel, durante o 20º Festival Recife de Teatro Nacional através de seus questionamentos, repetições e canções.

É uma palestra. A atriz-personagem falará, mais uma vez, sobre a pretura: a negra sempre é chamada para falar sobre isso, ela diz. Passô se senta em frente à instalação com o telefone próximo ao rosto e sua imagem se projeta no telão que está a alguns metros dela. Como uma espécie de Grande-Irmão, do estilo de George Orwell em 1984, ela começa a dizer que precisa de pessoas para colocar a sua mesa no lugar que deseja. Há silêncio e alguém pergunta na platéia: é sério? E ela, rindo, afirma que sim. Entre mandos e desmandos, mais para esquerda ou para direita, é aquele rosto preto ditando ordem que chama atenção. Mas nós poderíamos estar em roda, não era preciso hierarquia… Ela anuncia a pretura como marco civilizatório. Seria isso uma denuncia ao processo civilizatório branco que construiu a figura preta para legitimar seu projeto de auto-afirmação de uma supremacia? Ou seria a manifestação de uma nova ordem civilizatória que inverta o jogo de poder? Ou ainda, pode-se pensar na pretura como expansão do processo de enegrecimento, que é evocado durante o espetáculo?

Fragmentado, performático e multilinguístico, PRETO faz da “confusão” uma travessia para o diálogo que se estabelece entre palco e platéia. Na descontinuidade, ruptura e estilhaço, o grupo joga para o público a autonomia de construir suas próprias narrativas do espetáculo, o qual se faz por meio de imagens e perguntas que são respondidas entre gargalhadas e grandes silêncios. Uma das indagações feita durante a sessão foi “Sobre o que vocês acham que eu vim falar aqui?”. As respostas do Teatro Santa Isabel, no dia 19, foram: cabelo, racismo, escravidão, resistência. E o jogo retorna para a atriz-personagem “sempre me chamam para falar sobre isso”. PRETO, não necessariamente, está para as questões mencionadas, mas trata do que atravessa a experiência de pretura. Isso está desde a interpretação de Grace Passô da canção “Faz uma loucura por mim”, de Alcione, até a performance ao som do funk carioca com passinhos e as linhas e poses do vogue. Mas também está nos cinco jovens negros mortos com mais de 100 tiros no Rio de Janeiro, após receberem o seu primeiro salário. E em Rafael Braga, jovem negro preso injustamente durante os protestos ocorridos em julho de 2013.

Na dança, na interpretação musical ou na palestra, todas as linguagens funcionam como estruturas que saltam aos olhos que os negros estão lá. Estão em todos os lugares. Afinal, o Brasil é PRETO, não é?

O trabalho em torno das imagens sociais, daquilo que se é visto – ou mostrado – e daquilo que se é, entra no jogo cênico durante o espetáculo. A cena dividida entre Renata Sorrah e Felipe Soares, por exemplo, de uma entrevista, em que ele faz perguntas a ela do tipo “Como é viver sua imagem nesse mundinho?”, põe sobre o palco tensiona, a partir da percepção da imagem dela, escancarando o jogo plástico da mídia, frente a essa persona consagrada que é colocada em xeque. Na tentativa de se isentar de uma preocupação em torno de sua imagem, uma vez que ela finge ignorar qualquer tipo de código de conduta nesse sentido, a atriz-personagem cai em seu próprio discurso na hora de tirar uma selfie, pois se descompassa dizendo que precisa se posicionar em um ângulo que valorize a foto.

Nesse jogo de mostrar ou esconder, quando a mesma pergunta é feita para Grace Passô, num outro momento, junto ao questionamento sobre algo que ela jamais esqueceria que é, a resposta é dada, apenas com choros e risos, os quais são explorados pela potência vocal de Passô. Na minha autonomia de espectadora, não tinha como não se identificar junto: nós não nos esquecemos que somos negras.

É nesse contraste de uma resposta não dita, mas sentida, que a cena irrompe sobre quais imagens são impostas e sobrepostas quando se tem uma negra em questão. Ainda que a ligação de todos os personagens-atores seja a sua profissão, entre os brancos e pretos em cena, o artifício da construção do jogo cênico, denuncia a branquitude se passa como invisível na sociedade, não como marginal, mas assumindo uma espécie de “sem partido” ou de “neutralidade” que um corpo negro não tem o privilégio de experienciar. Se Renata tem a chance de gerenciar aquilo que ela quer que seja visto enquanto quadro de si mesma, o mesmo parece não acontecer para os corpos negros em questão.

De black-face à globeleza, a representação das pessoas de peles negras é refletida para o mundo real às avessas e ao bel-prazer do outro, branco, que precisa de uma imagem distorcida para se impor como espectro certo e universal. Na última cena do espetáculo, Cássia Damasceno expõe tudo aquilo que é esperado pela mulher preta com corpo de “mulata” quando diz que vai cantar para nós, que vai sambar para nós, que vai posar para nós. Mas nega tudo, ao som de um samba que se repete junto aos seus entra e sai de cena, fazendo os espectadores olharem para a mulher preta no tempo dela, nas suas próprias vontades. Entre microfones impostos sobre ela, o desejo lindo de enegrecer ganha projeção, tom e corpo.

A espectadora negra agradece o tom de liberdade da imagem construída. Se isso ainda não é o que sempre acontece, que seja o futuro.

Nós poderíamos estar em roda com Rafael Braga e Marielle Franco, que há mais de 200 dias não tem respostas sobre quem mandou apertar o gatilho que a matou, e construir outras imagens. Seria essa a pretura como modo civilizatório? A contagem de Grace Passô dos dias sem resposta deste assassinato político, entre descrença e força, pode se tornar um quadro para a nossa conta: entre cansaço e vitalidade, a pretura que nos  atravessa, um dia, se tornará imagens de libertação. Afinal, a verdade também tem que ser dita por nossas bocas, pois a história contada pelos outros nunca nos comportou. São imagens de resposta a uma sociedade que nos subjuga e nos coloniza há séculos. Mas, sabendo disso, se o Brasil é PRETO e ainda está tomado pela branquitude, o que fazer para que o enegrecimento seja cada vez maior, cada vez mais potente no lugar onde estamos?

TagsCríticaDossiê NegritudesGrace PassôLorenna RochaPRETO
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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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