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Home›.Tudo›Crítica – Meia Noite | A força-motriz de um performer da dança

Crítica – Meia Noite | A força-motriz de um performer da dança

Por 4 Parede
14 de março de 2020
2116
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Imagem – Lívia Neves

Por Bruno Siqueira
Professor de Teatro (UFPE)

Passados séculos de colonização no Brasil, com inúmeros e gradativos focos de resistência, estamos hoje num movimento cada vais mais forte e mais coeso, por parte das minorias sociológicas, de questionar, negar e enfrentar a colonialidade do poder, do saber e das nossas subjetividades. O educador brasileiro, Luiz Rufino, por exemplo, propõe uma mudança decolonial radical de paradigmas e oferece uma epistemologia calcada noutras bases, que tomam por referência os saberes de matriz afro-indígena-brasileiros. Na esteira desse pensamento, precisamos olhar e produzir nossas formas e processos culturais através de saberes que descentralizem o paradigma europeu colonial e nos abram novos horizontes de expectativas, nos quais possamos nos reconhecer e nos identificar como alteridades.

O bailarino recifense Orun Santana, filho da Mestra Vilma Carijós e do Mestre Meia-Noite, cognome de Gilson Santana, foi criado em meio ao movimento cultural, educacional e artístico promovido pelo Centro de Educação e Cultura Daruê Malungo, fundado por seus pais em 1988 e localizado na comunidade Chão de Estrelas, em Peixinhos, subúrbio de Recife. Orun, cujo nome provém do orixá Orunmilá, estudou Dança na Universidade Federal de Pernambuco, onde, em meio a uma formação contemporânea (e europeia), foi encontrando, per se, sua ancestralidade afro-brasileira e subvertendo as danças de matrizes europeias pela força-motriz advinda dessa mesma ancestralidade africana e diaspórica.

Meia-Noite, seu último espetáculo autoral, em que atua como dramaturgo, diretor e bailarino solo, é um trabalho que vem sendo gestado há algum par de anos, estreando em Recife em 2018. O título faz referência ao nome de seu pai. A busca de sua ancestralidade como produção de subjetividade passou pela memória de sua origem paterna e materna. Orun constrói nesse espetáculo uma escritura cênico-dramatúrgica do eu. Esse recuo temporal é delicadamente simbolizado no início do espetáculo, quando ele vai desenhando, através de uma farinha branca, uma espiral, do centro para a extremidade, que vai ocupando todo o espaço da cena. Logo após isso, perfaz o caminho de volta, da extremidade para o centro.

A espiral, no Ocidente, tem um valor simbólico e espiritual da evolução, do movimento ascendente e progressivo, geralmente construtivo. Em África, a espiral possui, em muitas etnias, o simbolismo da criação da vida e a expansão do mundo, representando, em muitas aldeias, o deus masculino, bem como o movimento das almas e dos espíritos. Voltar ao ponto inicial dessa espiral é voltar à origem. O bailarino parece estar voltando à sua origem e, com isso, vivenciando seu renascimento.

O palco se torna uma encruzilhada, sendo Exu (Èṣù) o princípio, o domínio e a potência referente à linguagem; o suporte físico em que se montam as experiências, as cognições, as memórias. Princípio da imprevisibilidade e do inacabamento do mundo, Exu constitui a força-motriz que move o corpo de Orun Santana no palco, sendo guiado por Oxaguian (Òsógìyan), filho de Oxalufan (Orìşà Olúfón ou Òsàlúfón), considerado o Oxalá (Òṣàlá) novo; um orixá jovem, forte e guerreiro. O orixá de frente de Orun Santana é dinâmico e encoraja seus filhos a encarar as lutas diárias para que possam superar os obstáculos. Nessa mesma cosmogonia, não é coincidência que Mestre Meia-Noite tenha Oxalufan como seu orixá de frente. Pai e filho se encontram na encruzilhada do palco.

Em sua dramaturgia corporal, o bailarino coleciona documentos e memórias que remetem ao arco que leva da vida de seu pai, o Mestre Meia-Noite, passando pela forte presença de sua mãe, a Mestra Vilma Carijós, até chegar às suas próprias subjetividades, herdadas e construídas por essa ancestralidade. Seus movimentos, marcados pelas gingas da capoeira, evocam o passado de seu pai, nascido no interior do estado, em contato com o gado e a estiagem. Os chocalhos enrolados no pescoço e o crânio bovino na face do bailarino geram uma cena potente, um corpo-memória que afeta o espectador, remetendo-o a um tempo-espaço de homens pobres e bravos de um Nordeste ainda pouco conhecido. Ogun (Ògún), orixá das batalhas, assoma no espaço, demarcando a força guerreira masculina.

Ao mesmo tempo em que essa força masculina constitui o corpo de Orun Santana, ele é atravessado por uma ancestralidade feminina. O bailarino realiza em cena um mergulho de cabeça, dentro de uma grande cabaça cheia de água, com parada de 3 consecutiva (um passo de capoeira). A parte de baixo da cabaça é feminina na cosmogonia africana yorubá; e as águas são de Oxum, orixá materno. Quando toca os pés de volta ao chão, ergue sua cabeça lançando água pelos ares e exalando feminilidade. O corpo-memória traz, assim, a complementação das forças masculinas e femininas que o constitui.

Valendo-se do conceito criado por Zeca Ligiéro, o corpo de Orun Santana carrega não apenas suas matrizes culturais afro-diaspóricas, mas aciona motrizes culturais, entendidos como um conjunto de dinâmicas culturais e performativas utilizadas na diáspora africana para recuperar comportamentos ancestrais africanos. Em sua prática performativa, Orun Santana se vale da dança, do canto, da música, do figurino, do espaço numa celebração ritualística, através da arte, de suas memórias ancestrais.

Esses motrizes culturais acionados pelo artista já começam pelo jogo estabelecido na entrada da sala de espetáculo, onde recebemos um ramo de arruda e sementes de girassol, elementos que, no candomblé, são responsáveis pela limpeza espiritual e proteção contra os maus olhados. A experiência na qual imergimos constitui um jogo ritualístico. O louvor aos ancestrais dá-se em forma de culto. A presença constante do Mestre Meia-Noite no espetáculo, inclusive no uso de sua voz em off ao final do trabalho, guardião do conhecimento da tradição da capoeira e dos cultos religiosos, transmite esse legado a Orun Santana, que lidera o ritual e a celebração, dos quais somos, enquanto público, convidados a participar.

Outras referências assomam dos movimentos do corpo do bailarino, que nos remetem às marcas da negritude. Dos seus pés, desenham-se e estilizam-se os passos de frevo, do maracatu, chegando às danças mais contemporâneas e periféricas do funk e do passinho. Essas estilizações na dramaturgia da cena, além completar a arco que vai do passado ancestral ao presente mundano, expressam formas de movimento da juventude negra pouco aprovadas pela elite cultural – como o funk e o passinho –, mas que constituem modos legítimos das festividades periféricas.

Vale destacar dois fortes momentos em que a cena ancora no drama presente da luta do negro em nossa sociedade racista. Primeiramente, quando ouvimos sons de balas e de um tiro de fuzil, que faz o corpo do bailarino prostrar-se ao chão, evocando muitos dos irmãos pobres e de cor preta vítimas do genocídio racial. Num segundo momento, quando Orum hasteia uma faixa, em que está escrita a frase MOA VIVE, fazendo alusão a Romualdo Rosário da Costa, o Mestre Moa do Katendé, compositor, percussionista, artesão, educador e mestre de capoeira brasileiro, que foi assassinado com doze facadas pelas costas após o primeiro turno das eleições gerais de 2018. Segundo testemunhas e a investigação policial, o ataque foi motivado por discussões políticas, após Romualdo declarar ter votado em Fernando Haddad. Esses dois momentos, sobretudo, constituem belas e pungentes homenagens; ao mesmo tempo, fazem uma crítica feroz, através da arte, às vítimas do genocídio da população negra no Brasil.

Não posso deixar de reconhecer, aqui, o primoroso trabalho de Natalie Revorêdo na dramaturgia da luz, que colabora para criar e recriar tempos e espaços, bem como para tornar o corpo do bailarino potente no desempenho de seus movimentos. Na apresentação da MIT-SP de 2020, no palco do Teatro Alfredo Mesquita, a luz foi belamente executada por Domingos Júnior, que também é assistente de direção. Aos artistas, um respeitoso e sincero muito obrigado. Àṣẹ!

TagsBruno SiqueiraCapoeiraDançaDaruê MalungoMITsp 2020Natalie RevorêdoNegritudesOrun SantanaPerformance
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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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