Quarta Parede

Menu

  • Sobre o 4ª Parede
  • Quem Faz?
  • Fale Conosco

Seções

  • INÍCIO
  • Dossiês
    • Atual
    • Anteriores
  • Podcasts
  • Entrevistas
  • Videocasts
  • Críticas
  • Como Colaborar
  • Expediente
  • Sobre o 4ª Parede
  • Quem Faz?
  • Fale Conosco

logo

Quarta Parede

  • INÍCIO
  • Dossiês
    • Atual
    • Anteriores
  • Podcasts
  • Entrevistas
  • Videocasts
  • Críticas
  • Como Colaborar
  • Expediente
  • Crítica – Breaking/PE | Vestígios históricos H2, PE

  • Crítica – vaga-lumes | Carta para a pintora da dança Dani Guimarães

  • Crítica – Bokeh | A luz invisível que nos atravessa

  • Crítica – Inverso Concreto | Conexão coletiva e arquitetura desconstrutiva

  • Crítica – A Engrenagem que Nos Move | Deixa eu te contar a história da engrenagem que ganhou VIDA!

.TudoCríticas
Home›.Tudo›Crítica – Sibila | O mistério das coisas

Crítica – Sibila | O mistério das coisas

Por 4 Parede
19 de janeiro de 2023
941
0
Ouça essa notícia
Voiced by Amazon Polly
COMPARTILHE ESSE CONTEÚDO

Imagens – Dhyego Lima

Por Maria Pepe

Atriz e Graduada em Letras (UFPE)

Quem ou o que é Sibila?
Na Antiguidade, as sibilas eram consideradas mulheres oraculares. Bruxas, feiticeiras, profetisas.

Acredita-se que, ao todo, existiram dez sibilas com dons divinatórios, sendo a mais conhecida Sibila de Cumas, que mais tarde irá inspirar grandes artistas, como Dante Alighieri, Michelangelo, Virgílio, Ovídio, Petrônio e T. S. Eliot. Na noite de quarta-feira, dia 11 de janeiro, tive o prazer de prestigiar, novamente, a inspiração poética que incorporou a atriz Surya Marielle no espetáculo Sibila — O mistério das coisas, realizado no Teatro Santa Isabel.

Digo incorporar de forma literal, pois o monólogo é a representação de um ritual de feitiçaria, onde podemos captar suas delicadezas através do festival de sentidos a serem ativados pelo contato com os quatro elementos: terra, fogo, ar e água, que, mais tarde, irão protagonizar o espetáculo junto com a atriz. E assim parece ser a linguagem de Surya, que, italiana, prefere expor sua poeticidade através das sensações que provoca, desde o cheiro de mirra até o deslumbre auditivo que a trilha sonora causa, nos comovendo em uma dança quase estática, como se um quadro fosse pintado a cada fração de segundo.

É preciso ressaltar a estética do espetáculo: como uma pintura em movimento, os cabelos e figurino moldam-se à cena, agindo e reagindo como, também, personagens coadjuvantes à Sibila. A atriz traja um tecido preto que, inicialmente, surge como uma saia, e mais tarde será metamorfoseado em um vestido, seguindo o ritmo dos movimentos de dança de Sibila, fazendo companhia aos seus longos cabelos, que caem até quase a cintura.

A primeira vez que assisti esse espetáculo foi em sua estreia, ano passado, o teatro Apolo. Achei especialmente simbólico, pois o deus Apolo era o que inspirava as profecias das sibilas. Contudo, assistir novamente no Teatro Santa Isabel é realmente uma experiência única. Não assistimos na formação à italiana, estando todos sentados dentro do palco, junto com a atriz. O jogo de luz criado por Luciana Raposo escolhe metodicamente quais pontos ressaltar e em qual momento destacar o quê.

Em determinada ocasião vemos pequenas lâmpadas piscando diante de Sibila, agregando ao ritual a sensação de estarmos juntos com ela, numa gruta do monte Córico, acompanhadas de vários vagalumes. A mitologia conta que Sibila era imortal; contudo, ao desejar a Apolo a imortalidade, esqueceu-se de pedir, também, a eterna juventude. A feiticeira pegou um punhado de areia em sua mão e pediu ao deus para que vivesse tantos anos quanto haviam de partículas de areia ali. O resultado é que ela pôs-se a envelhecer com o passar dos anos, presa na maldição da interminável vida.

Em dado momento da peça, Surya pega uma porção de terra que derrama, em meio à sua coreografia hipnotizante, ao redor de todo o palco. Tem-se a impressão de estar vivenciando o momento de imortalidade de Sibila, ou apenas ter um pedaço de sua história contada em alegorias que ultrapassam a corporeidade. Utilizo o termo hipnotizante, pois nos sentimos, enquanto plateia, extremamente hipnotizados pela atriz, que, fazendo uso do golpe de máscara, mostra suas raízes italianas e choca o público com um olhar que provoca lágrimas sem sabermos exatamente porquê.

O golpe de máscara é recorrente na commedia dell’Arte, forma de teatro popular surgida no século XV, na Itália. Nessa forma de teatro, máscaras cobrem todo o rosto e a atuação faz-se necessária através do corpo. Como é um teatro de rua, em sua maioria, os movimentos devem ser amplos e largos, para que, sem a configuração de um teatro à italiana, todos possam ver os movimentos das personagens.

O golpe de máscara, então, é uma maneira de ressaltar a máscara, criando uma movimentação característica do rosto, encontrando o olhar do espectador através da imagem enigmática e sedutora de suas máscaras, representando arquétipos sociais. Surya utiliza-se desse artefato para guiar os olhares do público e, também, nos seduzir diante de sua apresentação.

Foi assim que me vi diante da mais recente apresentação de Sibila no Santa Isabel: em dado momento, meus olhos lacrimejaram sem possuir exatamente motivo concreto para tal. O poder dos olhos da atriz juntamente à força de sua coreografia esteticamente bem desenhada nos leva direto à antiga Grécia, e o poder do feminino ganha protagonismo diante de representação tão visceral e delicada. O olhar da direção realizado por Quiercles Santana, mesmo partindo de um homem, constitui uma singular feminilidade. O cuidado com as pausas, olhares e gestos meticulosamente calculados prepara o terreno para as mais potentes interpretações.

A lenda de Sibila de Cumas conta que ela viveu nove vidas humanas de 110 anos cada, chegando, também, a guiar Eneias, príncipe de Tróia, em meio ao Hades, o submundo. Conta-se, também, que existiam os chamados Livros Sibilinos, uma compilação de declarações do oráculo que foram comprados pelo rei romano Tarquínio, o Soberbo. Mais tarde o fogo veio a destruir os livros originais, formando uma nova coleção que também será inutilizada.

No momento final do espetáculo vemos uma referência da personagem ao fogo que destrói e constrói. A atriz, segurando uma vela, repete para que nós não deixemos a chama se extinguir. A metáfora, contudo, pode ser atribuída à arte no período atual, um diálogo entre os tempos antigos e modernos sustenta-se na tentativa de não deixarmos que destruam nossa arte, que não percam-se nossas relíquias. Uma nova inquisição acontece a cada período histórico e nós, artistas, não podemos deixar a chama se extinguir.

Já que, apenas recentemente, voltamos a ter novamente o Ministério da Cultura, que fora extinguido na gestão presidencial anterior. E como esquecer da Cinemateca Brasileira que, com mais de cem anos de história e com o maior acervo de audiovisual da América Latina, foi inteiramente sucumbida pelo fogo, em 2021!? O incêndio, por sua vez, foi consequência de uma política de descaso de um
governo que não prezava pela cultura, que teve o orçamento destinado às artes sucateado, além do esvaziamento dos órgãos responsáveis pela conservação dos espaços e acervos, como a demissão da equipe da Cinemateca.

Sequelas, portanto, de um governante que prezava pela censura de nossas peças teatrais, extinção de nossas leis de incentivo, além de tantas outras formas de aniquilação de nossa cultura. Agora, o Brasil suspira aliviado diante de um novo presidente. Contudo, não podemos deixar de lado nossa busca por manter a chama da Arte acesa, viva, sem relaxar diante de nossos direitos.

Reforço, ainda: é esse fogo que Sibila busca emanar dentro de nós, clamando, em desespero, que não o deixemos se extinguir. E assim o monólogo é concluído, através de uma simbologia expressa entre atos e intervalos, trazendo, em suas fraturas, imagens que abrem espaço para reconstruir a superfície realista de ecos literários e alusões místicas e mágicas de um passado que
constantemente se repete.

Post Anterior

Crítica – Tropeço enquanto falo | Inventário ...

Próximo Post

#19 Artesanias Digitais | Podcast #54 – ...

Posts Relacionados Mais do autor

  • .TudoEm Cartaz

    Coletivo Angu faz nova temporada de “Ossos” no Teatro Barreto Jr.

    17 de agosto de 2016
    Por 4 Parede
  • .TudoDossiês

    #15 Deslocamentos | O teatro de rua transforma a relação com a cidade?

    21 de maio de 2020
    Por 4 Parede
  • .TudoEm Cartaz

    12º Festival de Teatro para Crianças abre inscrições para espetáculos

    28 de abril de 2015
    Por 4 Parede
  • .TudoEm Cartaz

    “O Amor de Clotilde…” comemora seis anos com temporada no Teatro Apolo

    30 de março de 2016
    Por 4 Parede
  • .TudoCríticas

    Crítica – A receita | Solo de fogo – Ingredientes para mudar o fim da história

    30 de setembro de 2020
    Por 4 Parede
  • .TudoEm Cartaz

    Alunos da Escola Fiandeiros apresentam “Perdoa-me por me traíres”, de Nelson Rodrigues

    4 de dezembro de 2015
    Por 4 Parede

  • .TudoEm Cartaz

    Festival de Circo do Brasil traz espetáculos da França, Itália, Finlândia e Brasil

  • .TudoDossiêsPodcasts

    #13 Negritudes | Podcast 35 – Festivais de Cena Negra

  • .TudoDossiês

    Editorial | Don’t Touch! It’s Art! – Sobre estética, política e a transexual crucificada (ou a arte de habitar conflitos)

ÚLTIMOS PODS

INSTAGRAM

Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
Siga no Instagram

Receba feeds quentinhos

Cadastre seu e-mail e receba as novidades em primeiro lugar

Quarta Parede - Palco & Plateia. Unidos! Direitos Reservados. Desenvolvido pela Atuante Agência Digital. V1.1