Quarta Parede

Menu

  • Sobre o 4ª Parede
  • Quem Faz?
  • Fale Conosco

Seções

  • INÍCIO
  • Dossiês
    • Atual
    • Anteriores
  • Podcasts
  • Entrevistas
  • Videocasts
  • Críticas
  • Como Colaborar
  • Expediente
  • Sobre o 4ª Parede
  • Quem Faz?
  • Fale Conosco

logo

Quarta Parede

  • INÍCIO
  • Dossiês
    • Atual
    • Anteriores
  • Podcasts
  • Entrevistas
  • Videocasts
  • Críticas
  • Como Colaborar
  • Expediente
  • Podcast #64 | Sal no Palco, Tempo no Deslocamento

  • #21 Ruínas ou Reinvenção? | Panapaná e a escrita como dança

  • #21 Ruínas ou Reinvenção? | O Picadeiro e a Fênix

  • #21 Ruínas ou Reinvenção? | Uma pausa para revelar memórias invisíveis: dança a partir das ruínas

  • #21 Ruínas ou Reinvenção? | As vísceras da dramaturgia. Práticas de loucura para uma escrita

.TudoCríticas
Home›.Tudo›BR Trans, uma trans-cenação

BR Trans, uma trans-cenação

Por 4 Parede
14 de abril de 2015
2836
0
COMPARTILHE ESSE CONTEÚDO

Por Bruno Siqueira

No comentário crítico que escrevi a respeito do espetáculo A Receita (leia AQUI), apresentado na sexta-feira (10), fiz menção a Eugenio Barba. Depois de encaminhar o texto para postagem, lembrei-me do que tinha lido no livro escrito pelo mesmo Barba, Além das Ilhas Flutuantes, quando dizia ser o teatro “uma ilha flutuante, uma ilha de liberdade. Risível, porque é um grão de areia no turbilhão da história e não muda o mundo. Mas ela é sagrada porque nos muda.”  Saí de alguma forma trans-formado do Espaço d’ O Poste. Mudanças aqui e acolá confluem para mudanças de maiores proporções. Assim creio.

A propósito, também saí tocado e trans-formado do Teatro Hermilo Borba Filho, após ter assistido ao espetáculo BR Trans, do coletivo As Travestidas (Ceará) (leia a entrevista sobre o grupo AQUI), apresentado dentro das atrações da 3ª edição do TREMA! neste sábado (11). Com direção de Jezebel de Carli, Silvero Pereira faz o solo e ainda assina a dramaturgia. À primeira vista, um teatro documental, no seu mais refinado (e particular) estilo. Por teatro documental, entende-se todo teatro que se vale de documentos vivos (inclusive de documentos pessoais, o que corresponde a uma das vertentes desse teatro, o biodrama) para transformá-los em cena. Foi exatamente o que Silvero Pereira fez para criar o solo BR Trans. O espetáculo faz parte de um projeto mais amplo, de intervenção social através da arte do teatro, em prol da discussão sobre a condição sociocultural das travestis e transexuais, minorias sociais profundamente marginalizadas e postas nos subterrâneos da existência em nossa cultura.

Nesse trabalho, Silvero Pereira empreendeu uma pesquisa de campo e registrou modos de vida de travestis e transformistas de Porto Alegre (RS), relacionando os dados aos das pesquisas empíricas realizadas, por ele, com travestis do Ceará. O ator se baseou nesses documentos para criar uma tessitura com as vozes provenientes de vidas e de existências que a sociedade brasileira (e mundial, de certa forma) nega e abafa. Mistura essas histórias com suas próprias histórias, de um sujeito que transita entre as diversas identidades. Do tecido dramatúrgico, são projetadas as figuras de Gisele, de Bruna, de Babi, de Dani, de Tyna e de uma gama de personas que se identificam com a transexualidade. Se o prefixo “trans” na língua portuguesa significa “através” ou “além de”, implica dizer que a transexualidade, por exemplo, corresponde a uma identidade de gênero e de sexualidade que, por sua vez, questiona o estabelecimento das identidades fixas. Trata-se de uma condição de gênero e de sexualidade que vai além (e através) das identidades estabelecidas pela cultura: masculino, feminino, gay, lésbica, heterossexual, homossexual, bissexual.

Vale frisar que minha concepção, aqui, é posta a partir da perspectiva da cultura. Não entrarei no viés da medicina ou da psicologia, que tendem a caracterizar o fenômeno como “distúrbio de gênero”. Distúrbio pressupõe patologia, e eu não sou favorável à patologização do fenômeno. A transexualidade surge e faz parte da cultura, e, como tal, merece o direito de ser assumida e exercida. O fenômeno amplia, portanto, o debate sobre a política do corpo, que ganhou novos contornos com Foucault. Como, então, transformar esse tecido dramatúrgico em cena teatral? A encenação optou por criar uma cena que chamo, aqui, de “trans”. Se a língua me permite experimentar, o que vimos foi uma transcenação. O teatro documental que Jezebel de Carli e Silvero Pereira nos apresentaram faz fronteira com a performance, a qual, por si própria, já constitui um gênero de fronteira – expressão cênica transdisciplinar, que faz confluir as diversas artes (teatro, artes visuais, música, dança) num tempo e num espaço determinados para projetar a presença do corpo do performer em ação. A cenografia constrói diversos nichos que serão usados na performance de Silvero Pereira: num, uma mesa e um espelho de camarim; noutro, um microfone numa haste; noutro, um baú; noutro, um piano e o músico que faz, por sua vez, sua performance em cena. A performance de Silvero Pereira  acontece “através” (trans) desses nichos.

Dessa forma, a cenografia deixa de ser apenas um espaço em que transcorre a cena e passa a constituir extensão do próprio corpo do performer, que é um corpo simbolicamente trans. Um corpo posto como presença, como volume, como matéria-prima da criação artístico-performática no ato mesmo da realização cênica. Um corpo fluido, ambíguo (por isso trans), apesar de tecnicamente sólido. Um corpo que se trans-forma em diversos corpos. Um corpo que se expõe como suporte de criações plásticas, flertando, assim, com a body art. Um corpo que não se prende a identidades fixas. Masculino, feminino, gay, lésbico, travestido, trans. Enfim, um corpo que constrói um discurso: há (porque deve haver) liberdade e respeito para as diversas formações e transformações do corpo que pertence única e exclusivamente a nós mesmos.

Com isso, Jezebel de Carli e Silvero Pereira nos emocionam, nos comovem e nos convidam para um debate maior sobre a política do corpo, sobre as políticas de diversidade de gênero e de sexualidades, e sobre a função política da arte, pois não dá mesmo para conceber estética sem algum pressuposto ideológico. Nós, do público, entregamos nossos corpos à experiência estética e recebemos as histórias de algumas travestis que participaram da pesquisa de Silvero Pereira; nos aproximamos delas, de suas dores, de suas experiências, de seus prazeres. Sujeitos que ocupam, as mais das vezes, o único espaço que a sociedade lhes permite ocupar: a rua, na calada da noite, debaixo de um poste, vendendo seu corpo a parte dessa mesma sociedade que insiste em excluí-los. Mas que estão, cada vez mais, reivindicando o direito à voz e à cidadania.

Leia o olhar de Rodrigo Dourado sobre BR-Trans AQUI.

TagsAs TravestidasCríticaFestivalTeatroTREMA!
Post Anterior

Cuidado! Material perigoso! (Viúva, Porém Honesta)

Próximo Post

Das dores e dos prazeres de ser ...

Posts Relacionados Mais do autor

  • .TudoCríticas

    Crítica – Corpo Alvo | A vídeo performance como mídia antirracista

    14 de setembro de 2020
    Por 4 Parede
  • .TudoCríticasDossiês

    #13 Negritudes | Vamos falar de pretura

    22 de novembro de 2018
    Por 4 Parede
  • .TudoEm Cartaz

    Começa a jornada do 13º Festival Estudantil de Teatro e Dança, no Teatro Apolo

    19 de agosto de 2015
    Por 4 Parede
  • .TudoEm Cartaz

    Espetáculo “Bordeline” chega ao Teatro Apolo

    6 de junho de 2015
    Por 4 Parede
  • .TudoCríticas

    Crítica – Hamlet? Fragmentado | Trupe Artemanha e um novo espaço para cena na cidade

    28 de agosto de 2017
    Por 4 Parede
  • .TudoEm Cartaz

    De 21 a 31.03, Sesc Petrolina realiza edição do projeto ‘Experimenta Cena’

    20 de março de 2016
    Por 4 Parede

  • .TudoDossiêsEntrevistas

    #14 Confrontos | Performar (n)as urgências da cidade

  • .TudoDossiês

    #01 Cena e Censura | Por uma descolonização dos modos de fazer e de receber arte

  • .TudoEm Cartaz

    Espetáculo “Show de Horrores da Baby Jane” estréia em Caruaru no FEINT

ÚLTIMOS PODS

INSTAGRAM

Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
Siga no Instagram

Receba feeds quentinhos

Cadastre seu e-mail e receba as novidades em primeiro lugar

Quarta Parede - Palco & Plateia. Unidos! Direitos Reservados. Desenvolvido pela Atuante Agência Digital. V1.1