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Crítica – Cara da Mãe | Um mergulho no útero abissal

Por 4 Parede
2 de outubro de 2016
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Imagens – Divulgação

Por Pedro Rodrigues

Graduando em Licenciatura em Teatro (UFPE)

O espetáculo de dança Cara da mãe é resultado de dois anos de pesquisa do Coletivo Tenda Vermelha. O dispositivo de criação partiu das inquietações das bailarinas sobre as jornadas do feminino, com foco no desafio da maternidade. Uma das fases da pesquisa foi as visitas aos espaços onde elas se encontravam com pessoas de realidades distintas, mas envoltas no mesmo tema. A diretora do espetáculo, Luciana Lyra, escreve no programa do espetáculo, entregue aos espectadores:

[…] adentramos às salas de ensaios vivenciando procedimentos mitodológicos de criação, saímos ao campo, desenvolvendo pesquisas artetnográficas com mães nas comunidades da Várzea, do Coque e do Cais do Parto, formando, por fim, um clã constituído por nós e outras artistas parceiras […]

Os termos, até então desconhecidos, presentes no texto (“mitodológicos” e “artetnográficas”), substantivam as formas de trabalho peculiares da encenadora. O modo de pensar e realizar o processo é carregado de métodos/formas já presentes nos trabalhos de Luciana. A artista, que também assume a função de dramaturga no espetáculo, não faz diferente no que diz respeito ao trato com o texto. Ela comenta: “a mim coube responder também aos ecos do chamado a esta jornada, dirigindo e textualizando o nosso filho chamado Cara da mãe”.

O que poderíamos chamar de texto, ou roteiro, é definido, por ela, como “movimentos tramados”. A escritura divide o espetáculo em um prólogo, sete movimentos e um epílogo. Ela mantém as tradicionais formas da dramaturgia clássica (prólogo – cena introdutória em que o tema em questão é exposto – e epílogo – cena de desfecho, término da representação) e nomeia de “movimentos” o que podemos entender por cenas, ou subdivisões de um único ato, com alguma lógica fundamentando a composição dos blocos, seja por sentidos estéticos, ideias temáticas, coreografias específicas.

Cada movimento, definido por um título poético, descreve indicações de ação, de elementos sonoros e visuais e de relação das bailarinas com o público, além de conter o texto-palavra, presente em todos os movimentos, a ser falado/cantado por elas durante algumas coreografias, individualmente ou em coro. Compor a escritura do espetáculo de um modo diferente dos padrões linguísticos do dramático tem sido uma recorrência nos processos de criação teatral. A estrutura dramatúrgica de Cara da mãe é um exemplo de como descobrir novas formas de registro da tessitura que baseará todo o trabalho cênico, a ser levado ao encontro com o espectador. Segundo afirma a professora Sílvia Fernandes, em um artigo sobre o texto teatral contemporâneo:

[…] tudo o que aparecia até o final do século XIX como marca inconfundível do dramático, como o conflito e a situação, o diálogo e a noção de personagem, torna-se prescindível quando os artistas passam a usar todo tipo de escritura para eventual encenação, na tentativa de responder às exigências de tema e forma deste final de século. (2001, p. 69)

Ela se refere à produção de dramaturgia no final do século XX, que continua avançando, cada vez mais, nesse sentido, no século XXI. Foi justamente esse desejo criativo de falar sobre o que move, o que pulsa, que as bailarinas do Tenda Vermelha decidiram tratar sobre o tema da maternidade, algo tão marcante nas suas trajetórias individuais e nas de muitas outras mulheres. Qualquer estímulo pode dar início à necessidade de escrever um texto, contanto que haja a inclinação artística de pensar o teatro como espaço de partilha; ou seja: encontrar a conexão do que o artista sente com o que os outros sentem, pretendendo que os futuros espectadores sejam cúmplices do criador, no momento do encontro.

Sobre a influência do conteúdo contemporâneo na forma de fazer dramaturgia, Sílvia Fernandes diz, ainda:

A forma dramática, além de expressar um sentimento de época, sempre revelou uma prática cênica, um tipo de desempenho e uma determinada imagem da representação. A qualidade do espaço, o estilo de atuação e o modelo de fábula que o teatro estava apto a contar sempre foram fatores determinantes da escritura do dramaturgo. (2001, p. 71)

É uma nova forma de escritura que nasce para dar conta de um teatro que se valide, que se sustente no mundo contemporâneo. Para o dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1989-1956), “hoje em dia, para que essa reprodução [do mundo no teatro] se torne, de fato, uma vivência, exige-se que esteja em diapasão com a vida” (1978, p. 5).

Para poderem construir o espetáculo Cara da mãe, as bailarinas-criadoras passaram por um longo tempo de pesquisa, indo ao encontro de várias mulheres (mães experientes e mães jovens, parteiras, doulas), buscando adentrar em outros espaços nos quais a maternidade é valorizada e encarada como questão central. Além disso, entraram em contato com as obras Libertem a mulher forte e Mulheres que correm com lobos, de Clarissa Pinkola, descobrindo e investigando os tipos de mães apresentados pela escritora americana.

O trabalho da dramaturga Luciana Lyra foi acompanhar esses encontros, conduzir os “procedimentos mitodológicos de criação” em sala de ensaio e, finalmente, compor a escritura que permearia toda a cena. Dessas etapas, podemos destacar: a maneira de composição processual do texto, permitindo que a dramaturga o fosse escrevendo processualmente, até a versão final (ou inicial); a integração das bailarinas no processo de elaboração do texto (por isso chamadas “bailarinas-criadoras”); o fato de a dramaturga ser a diretora do espetáculo, marcando o texto com resoluções cênicas da encenação (desde materiais a serem usados à imagens a serem construídas) e proporcionando um trabalho contínuo de dramaturgia – uma oportunidade a mais para aprimorá-la.

Em seu artigo O direito ao teatro, o ator e diretor Walter Lima Torres comenta, sobre o termo dramaturgia na contemporaneidade:

O emprego do termo dramaturgia sobressai de maneira a querer nos anunciar que há uma maneira de anotação (ou seria uma partitura?), minimamente sistematizada, cujo conteúdo é veiculado por meio da expressão dos signos da cena. Não é mais a cena que emancipa da literatura, isto é, da dramaturgia, mas são os elementos constituintes da cena que se emancipam da própria cena. […] graças a um novo olhar para a função social do teatro, esses elementos expressam sentidos particulares por meio de uma outra organização dramatúrgica específica, e se liberam assim, eles próprios, do jogo da encenação convencional. Essa dinâmica criativa, que gera uma dramaturgia performativa, passa a ser o fio condutor do processo que se mostra numa etapa de seu permanente work in progress, quando da apresentação deste “experimento cênico” ao público. (2012, p. 267)

Desse modo, Cara da mãe pode ser considerado um espetáculo que já pensa e trabalha com as demandas dos novos tempos: assimilar as formas convencionais e adaptá-las à sua realidade, às suas necessidades, em busca da forma artística que mais seja promotora de experiências estéticas e reflexão do mundo.

É uma convocação ao coreografado e arriscado mergulho no útero abissal, reafirmando o cosmo maternal e resguardando a generosidade oceânica da mãe, na sincera esperança que tenhamos um mundo onde o cuidado de si e do outro faça-se carne e nos dê colo. O colo que dança! (Luciana Lyra)

———————
Referências
BARBA, Eugenio. O trabalho das ações. In: BARBA, Eugenio e SAVARESE, Nicola. A arte secreta do ator: um dicionário de antropologia teatral. São Paulo: É Realizações, 2012.
BRECHT, Bertolt. Estudos sobre teatro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978.
FERNANDES, Sílvia. Apontamentos sobre o texto teatral contemporâneo. Sala preta, n. 1, 2001, p. 69-80.
TORRES, Walter Lima. O direito ao teatro. In: IAACSSON, Marta; PEREIRA, Antonia e TORRES, Walter Lima (Orgs.). Cena, corpo e dramaturgia: entre tradição e contemporaneidade. Rio de Janeiro: Pão e Rosas, 2012.

Este texto resulta de uma parceria entre o Quarta Parede e a Licenciatura em Teatro (UFPE)

TagsCara da MãeColetivo Tenda VermelhaCríticaPedro Rodrigues
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A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

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#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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